No dia 21 de abril de 1996, às 21h00, dona Therezinha Gallo Clepf, uma dona de casa de 67 anos, avistou uma criatura estranha no restaurante Paiquerê, que fica nas dependências do Bosque Zôo Botânico de Varginha (MG), onde mora. Fomos até sua casa entrevistá-la para nos relatar o fato: “Eu estava em uma festa no restaurante do zoológico, e saí para fumar um cigarro no alpendre, (…) vi a criatura, apenas do pescoço para cima, no parapeito do alpendre”, Alegou-nos, com convicção, que não se tratava de nenhum bicho do zoológico.
Dona Therezinha ficou muito assustada, sem se mover, permanecendo assim durante cerca de cinco minutos, olhando o tempo todo para a criatura, que também a observava fixamente, sem fazer o menor gesto. Aquele instante, a senhora não teve nenhum tipo de reação, como, por exemplo, chamar alguém. Mais tarde, já mais calma, pensou na hipótese de se tratar de um ET.
Dona Therezinha disse em nossa entrevista que, na época em que assistiu pela TV à reportagem das meninas que avistaram o extraterrestre no Jardim Andere, achou que elas não poderiam ter inventado uma história como aquela, pois além de serem muito crianças, não teriam imaginação suficiente para criar algo com toda essa repercussão. E por ter passado peia mesma situação, acredita piamente na palavra das meninas. “Acredito em ETs e já acreditava antes de ter visto a reportagem pela televisão. Sempre olhei revistas sobre criaturas extraterrestres, mas igual a essa, nunca vi e nem quero ver mais. Estou apavorada até hoje”, disse dona Therezinha.
CAPACETE DOURADO — De acordo com o relato da senhora, a diferença da criatura observada por ela e a observada pelas meninas era a de que o ser que ela viu tinha um capacete de cor dourada, que a impediu de ver as orelhas e os chifres que provavelmente deveria ter (baseando-se nas descrições feitas pelas meninas). O restante era semelhante: o ser também era marrom escuro, brilhante, tinha a pele oleosa, o rosto redondo, olhos vermelhos, e não tinha bochechas, nem barba, bigode, ou nariz e, no lugar dos lábios, havia apenas um corte.
O local onde dona Therezinha afirma ter visto o suposto ET estava pouco iluminado, mas, mesmo assim, pôde reparar nos detalhes porque os olhos emitiam luzes, “(…) como se fossem faróis traseiros de carro freando”. Além disso, dona Therezinha estava próxima à criatura, de acordo com ela, cerca de quatro metros de distância. Ainda hoje, quase dois meses depois, ela tem medo de encontrar o ET novamente e ser atacada por ele, “(…) após aquele dia, não consigo dormir direito, e aquela imagem horrível não sai mais da minha cabeça”, afirmou dona Therezinha. Ela tem a certeza de que o ET está no mesmo lugar que foi visto e acha importante que todas as pessoas interessadas no caso fossem procurar alguma pista no local. Apesar de não saber o paradeiro da criatura, nem qual o objetivo de sua vinda, dona Therezinha acredita na capacidade dos pesquisadores e ufólogos de descobrirem, muito em breve, o porquê de tudo isso.
Alguns dias após dona Therezinha ter visto o ET no zoológico, foram encontrados cinco animais mortos no local e a bióloga do zôo, doutora Leila Cabral, não tem explicação para tais mortes. Um exame foi feito nos animais e, no resultado, consta que “… no cervo, o motivo da morte sugere presença de tóxico cáustico (…), os outros animais têm causas totalmente desconhecidas”. O laudo médico apenas sugere (não confirma) a presença desse tipo de tóxico. Não há um motivo real para a morte dos outros quatro animais. Isso é um fato bastante relevante para as pesquisas, que vem confirmar a veracidade do relato de dona Therezinha e aumentar o número de informações interligadas ao Caso Varginha.
Quem acredita no ET de Varginha?
O engenheiro João Ubirajara Nogueira, proprietário da sorveteria La Neve, localizada no centro de Varginha, realizou uma pesquisa entre os meses de fevereiro e abril, com a seguinte pergunta: “Você acredita no ET de Varginha?”. Nesse período, foram entrevistadas 1910 pessoas, sendo que 1530 responderam que sim, acreditam no ET, 330 disseram que não e 50 preferiram não responder. Ou seja, mais de 80% da população da cidade acreditam que algo aconteceu em Varginha e não era terrestre. A iniciativa do senhor João Nogueira nos dá uma idéia do interesse que os moradores têm pelo assunto. Grande parte da população quer saber o que aconteceu com o extraterrestre, para onde foi levado e o que fizeram com ele. Não são apenas os moradores de Varginha. Todos nós, ufólogos, ufófilos e curiosos, desejamos o mesmo.