Entre indícios da colonização europeia, belas praias e pujante desenvolvimento, a região norte do litoral catarinense reserva muitas surpresas aos visitantes. Relatos de avistamentos de discos voadores, pontos de intensa energia e alguns outros mistérios se tornaram um chamariz da região para pesquisadores de todo o mundo. A cidade de Itapoá, por exemplo, está se destacando pela frequência com que UFOs são observados em sua área. “Durante um período de 20 anos, já são mais de três mil relatos de observações na região”, afirma Luis Prestes Júnior, dirigente do Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina (GPUSC), o mais atuante da região.
Itapoá está na divisa de Santa Catarina com o Paraná e é o destino de muitos turistas durante as temporadas de verão — a população fixa de cerca de 20 mil habitantes passa para até 250 mil nas épocas mais quentes. Além dos visitantes, é destino do comércio de importação e exportação por abrigar um dos maiores portos do sul do Brasil. A cidade também está muito próxima de grandes centros urbanos, como Curitiba, por exemplo. São cerca de 130 km até a capital paranaense e 250 km para Florianópolis, capital de Santa Catarina.
Muitos são os atrativos do ainda tímido município e os UFOs já mostraram que estão na lista. Com a ideia de que não somos a única civilização inteligente do universo, a Ufologia praticada na região está cada vez mais presente nas discussões sociais. O GPUSC, que estuda os fenômenos da área, afirma que os depoimentos não são poucos e destacam o município de Itapoá pela grande incidência. Os casos mais famosos, conforme Prestes Júnior, são os da Estrada Cornelsen, o acesso à cidade pelo estado paranaense, onde já ocorreram inúmeros fenômenos estranhos, como luzes que perseguem veículos, pane elétrica em carros e equipamentos eletrônicos, avistamentos de seres estranhos e até objetos voadores não identificados em plena luz do dia. Porém, os mais variados balneários da cidade também registram relatos, inclusive à beira da praia, para quem quiser ver.
Características
De acordo com um artigo publicado pelo GPUSC em dezembro de 2014, os ufólogos da entidade estão catalogando os avistamentos na região há duas décadas e desde 2012 realizam investigações de campo com visitas aos locais de avistamentos, entrevistas com testemunhas e explorações, entre outras atividades, para encontrar respostas para estes eventos. Com isso, observaram que pode existir uma mesma rota traçada por diferentes UFOs, devido ao fato de os relatos de avistamentos às vezes terem as mesmas características em locais diferentes e em curto período de tempo — os estudiosos assim deduziram que tais objetos se deslocam por um determinado percurso. Segundo resultados da pesquisa na região, os artefatos, em sua maioria, surgem na capital paranaense e seguem passando pelos municípios de Piraquara, Morretes e Guaratuba, no Paraná, posteriormente seguindo até a região de Itapoá, São Francisco do Sul e Joinville, em Santa Catarina. Já aparelhos que surgem no litoral paulista, na maioria das vezes, seguem costeando o litoral até o norte catarinense. Para o GPUSC, esta pode ser uma explicação para o destaque de manifestações na região.
Tendo visitado Itapoá e constatado sua alta incidência ufológica, o ufólogo A. J. Gevaerd, editor da Revista UFO, também confirma que a região do litoral norte de Santa Catarina tem proeminência pelo número de avistamentos, mas os UFOs não passam apenas por essas áreas. “O fato de serem mais avistados nesta região pode ser justificado pela iluminação ser mais fraca e pelas pessoas que ali residem estarem mais predispostas ao avistamento. Afinal, onde há mais discussão sobre Ufologia, maior é o número de relatos”, explica.
E entre as discussões, certamente as perguntas mais frequentes são sobre seus planetas de origem, as fisionomias de seus tripulantes e o que fazem por aqui. Apesar de muitas perguntas ainda não terem respostas, há quem trabalhe duro para encontrar as explicações apropriadas. Frequentador de Itapoá há 22 anos e morador há cinco, Prestes Júnior, por exemplo, além de curioso sobre o assunto desde a infância, vem reunindo evidências da ação alienígena na região. Ele diz que o GPUSC recebe muitos relatos e todos são analisados e pesquisados. “Com o céu limpo é possível observarmos muitas coisas diferentes, como satélites, a Estação Espacial Internacional, chuva de meteoros e outros tantos fenômenos. Já com equipamentos conseguimos diferenciá-los de UFOs, usando softwares que monitoram o céu por características distintas, como direção, coloração e velocidade dos objetos voadores não identificados”, explica.