Um cientista alemão diz ter descoberto, através de fotos feitas por um satélite o que seria o lendário reino perdido da Atlântida. Segundo Rainer Kuehe, o que ficou conhecido como a ilha de Atlântida nada mais era do que uma região no sul da Espanha destruída por uma inundação entre 800 a.C. e 500 a.C.. Fotos de satélite da região de salinas Marisma de Hinojos, próxima à cidade de Cadiz, mostram duas estruturas retangulares e círculos concêntricos que podem um dia ter circundado a área. “Platão escreveu sobre uma ilha cujo diâmetro equivaleria a 925 metros e que era envolvida por diversos círculos concêntricos, alguns dos quais seriam compostos por terra, outros por água. As imagens mostram anéis concêntricos idênticos aos descritos por Platão”, disse Rainer Kuehe. Kuehne, da Universidade de Wuppertal, na Alemanha, acredita que as estruturas retangulares podem ser os restos de um templo de prata em louvor a Poseidon, o deus dos mares, e um templo de ouro, que homenagearia a Poseidon e Cleito, a sua mulher mortal. Dimensões Segundo o cientista, o fato de a ilha e de seus anéis concêntricos terem dimensões superiores às descritas por Platão não representa uma prova contra sua teoria. O filósofo grego usou um sistema de medidas arcaico que, segundo estudos atuais, pode ter dimensões 20% superiores ao que se acreditava inicialmente. Dessa forma, segundo a descrição de Platão, uma das estruturas retangulares da ilha teria medida praticamente idêntica à do tempo de Poseidon. A cidade da Atlântida foi descrita por Platão em um de seus Diálogos. De acordo com o pensador grego, era uma terra de civilização avançada, extraordinária riqueza e beleza natural. Sobre a geografia do local, o sábio grego acrescentou que Atlântida tinha uma vasta planície e era rica em cobre e outros minerais. Segundo Rainer Kuehne, a planície à qual Platão se referia pode ser a que se estende do sul da Espanha até a cidade de Sevilha e o cobre e outros minerais dos quais ele fala também são encontrados em fartura nas minas de Sierra Morena. O especialista alemão espera atrair interesse de arqueologistas para realizar escavações na região. Mas ele pode ter dificuldades de levar seu plano adiante, uma vez que o sítio arqueológico fica na área de um parque nacional da Espanha.