Estamos diante de uma nova onda ufológica no interior de São Paulo. Os casos de avistamento de objetos voadores não identificados, filmagens de luzes que bailam no céu e relatos de observação de animais desconhecidos na região triplicaram em relação ao ano passado. Dos meses de julho a setembro, já registramos cerca de 100 relatos relacionados ao fenômeno ufológico e tudo indica que, até dezembro de 1996, esse índice supere a casa dos 500. Dessas 100 ocorrências, registramos dois impressionantes casos de pouso, um em Piracicaba e outro em Ipiguá, ambos no interior daquele estado.
Na noite de 26 de agosto de 1996, por volta de 20h40, João Galvão Coelho e sua esposa Ivanete estavam voltando para casa de moto, quando avistaram um objeto luminoso que, em baixa altitude, sobrevoava o céu. A princípio, João pensou que se tratava de um avião, depois observando melhor, concluiu que as manobras realizadas pelo estranho objeto não eram convencionais. Segundo a testemunha, o objeto tinha aproximadamente quatro metros de diâmetro e dezenas de luzes coloridas que o circundavam. Depois de alguns minutos, o UFO fez uma curva repentina e começou a descer em diagonal. Em função desse movimento, João e Ivanete pensaram que o UFO estava caindo. Por esse motivo, decidiram segui-lo para ter certeza de que se tratava de algo desconhecido.
O interior do estado de São Paulo tem se destacado na imprensa nacional por ser a região onde mais se registram pousos de UFOs e contatos com tripulantes.Esta verdadeira onda ufológica de fantásticas proporções já dura mais de 14 meses, gerando intensa casuística. Agora, novos registros de pousos de UFOs surgem em Piracicaba e Ipiguá, cidades já visitadas antes
Ao chegarem perto de um terreno baldio, em Piracicaba, perceberam que o objeto se encontrava a uma distância de 60 cm do solo. João parou sua moto a aproximadamente oito metros daquele local e começou a fazer sinais de luz com o farol. Nesse momento, Ivanete pôde observar que uma espécie de rampa começou a descer da parte inferior do UFO. A rampa possuía as mesmas tonalidades de luz que brilhavam ao redor do objeto, ou seja, vermelha, amarela e verde.
TRÊS PEQUENOS SERES – De acordo com o relato das testemunhas, dessa rampa desceram três pequenos seres com cerca de 50 cm de altura, de cabeças grandes e desproporcionais ao corpo. “Parecia que usavam capacetes, tinham orelhas enormes e, na parte superior da cabeça, uma antena de onde piscavam luzes vermelhas”, declarou João. As três criaturas tinham em sua mão direita um objeto semelhante a uma caneta. Os seres foram em direção ao casal, mas eles estavam com tanto medo que correram desesperados. Quando chegaram em sua casa, constataram que os vizinhos também tinham observado o mesmo fenômeno.
João, Ivanete e sua vizinha, Elizabete da Silva, voltaram àquele terreno cerca de uma hora e meia depois. Porém, não encontraram mais o UFO que tinham visto. Para surpresa das testemunhas, havia uma outra nave menor. “Ela possuía estacas que a fixavam no chão, luzes vermelha e laranja, com mais ou menos um metro de diâmetro”, descreveu dona Elizabete. Este novo aparelho também pôde ser observado por dona Vânia Isabel Betin que mora próxima ao terreno. Segundo dona Vânia, o UFO voava lentamente, com movimentos irregulares. “Tenho certeza de que não era um avião, porque estava baixo e não fazia barulho. Além disso, era redondo e também cheio de luzes à sua volta”, completou.
No dia seguinte, os envolvidos voltaram ao local do pouso e encontraram cinco perfurações no solo. Três desses pontos, quando unidos, formavam um triângulo isósceles com 30 cm de base e 55 cm de lado. No centro dessa figura, havia mais duas marcas que, ligadas aos pontos da base do triângulo, formavam um trapézio. Essa figura geométrica tinha 12 cm na base menor e 17 cm de lado. João supõe que os três pontos do triângulo eram os pés da pequena nave e os outros dois, marcas deixadas pela rampa. Membros do Centro de Estudos e Pesquisas Exológicas (CEPEX), de Sumaré, do grupo Gênesis, de Piracicaba, e do Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados (GEONI), de São Paulo, estiveram no local para avaliação e coleta de material para pesquisa. Foram utilizados aparelhos de medição de ondas magnéticas e de radiação, mas nenhuma prova contundente foi encontrada ainda. Amostras da vegetação e do solo, além de maquetes, estão sendo analisadas nos centros de pesquisa da região.
POUSO DE UFO TAMBÉM EM IPIGUÁ
O CEPEX investigou um provável pouso de nave extraterrestre nos dias 15 e 16 de junho deste ano. O fato sucedeu-se na Fazenda Areia Branca, Distrito de Ipiguá, município de São José do Rio Preto (SP). O nosso primeiro contato foi com o jornalista Fernando Viana que também havia sido testemunha, juntamente com um amigo, do avistamento de uma suposta sonda extraterrestre. Após levantarmos os dados preliminares com o auxílio do jornalista, fomos ao encontro do senhor Francischini, administrador da fazenda onde ocorreu o pouso. Entretanto, Francischini não quis dar informações a esse respeito, mas indicou o senhor Victor Bittencourt.
Segundo o administrador, esse senhor poderia dar mais detalhes do caso porque conhecia a verdadeira testemunha. Após nos colocar a par dos acontecimentos, Victor nos levou até o local do suposto pouso do UFO. Tiramos algumas fotos das marcas deixadas pela nave, que seriam provavelmente das quatro colunas de sustentação do UFO. Apesar de Victor não ter presenciado o pouso, sua história coincide com a do lenhador Dirceu Vaz Guimarães – testemunha chave do fantástico avistamento em São Paulo.
Entramos em contato com esse senhor no dia seguinte. Ele nos contou que, em 17 de março de 1996, às 17h30, quando voltava da plantação de laranjas onde trabalhava, próxima à Fazenda Areia Branca, notou que algumas aves voavam amedrontadas sobre o pomar. Inicialmente, a testemunha pensou que o motivo do alvoroço das aves fosse a existência de cobras. No entanto, quando chegou ao lado de seu caminhão, notou um forte facho de luz, clareando tudo à sua volta. Dirceu achou estranha essa luminosidade, vi
sto que estava em um local onde não havia energia elétrica. Desconfiado, olhou para os lados e avistou, a uns 300 m, uma luz amarela que iluminava todas as árvores ao seu redor.
Embora fosse ainda dia claro, viu um enorme objeto metálico muito brilhante, que se encontrava a mais de 70 m de altura. Esse objeto parecia ser feito de alumínio polido e tinha a forma de dois pratos sobrepostos, com cerca de 12 m de diâmetro. O aparelho desceu devagar e em silêncio até permanecer a 80 m do caminhão.
Recuperando-se do choque, a vítima se escondeu atrás do veículo. Nesse instante, percebeu que o aparelho se aproximava cada vez mais do solo, chegando a alcançar a distância de 10 m. Da nave saíram quatro colunas, como trens de aterrissagem, que mediam 4 m de altura cada. A testemunha informou que folhas e galhos começaram a voar sob o UFO. Uma palmeira curvou-se para o lado oposto ao objeto, bem como suas folhas. O lenhador não se recorda de ter visto escotilhas ou janelas na fuselagem do disco voador.
COISA DE OUTRO MUNDO – “Isso não é coisa desse mundo, vou correr para a sede da fazenda e chamar o administrador para ver o que é isso”, pensou Dirceu enquanto via o UFO. Depois de 15 minutos, retornou ao local com o senhor Francischini, porém o objeto havia sumido. No entanto, sentiram um forte cheiro de enxofre naquela área. Verificaram ainda que toda a vegetação estava amassada, como se estivesse sido queimada. Nos lugares em que cada coluna tocou o solo, ficaram marcas assimétricas como se três pontas perfurassem o chão, com 3 ou 4 cm de profundidade. Francischini e Dirceu notaram que o arbusto que se encontrava próximo ao círculo também estava queimado na parte superior de sua folhagem. “Meus cabelos ficaram arrepiados no instante em que vi o UFO, tamanho era o medo que sentia”, disse o lenhador ao CEPEX quando perguntamos qual tinha sido sua reação ao observar o fenômeno. Dirceu declarou também que esta tinha sido a quarta vez que casos como esse aconteceram na região. Vítima de trauma, depois desse dia, o lenhador nunca mais foi trabalhar sozinho em áreas longínquas e isoladas da fazenda.
No dia em que estivemos colhendo dados sobre o pouso em Ipiguá, encontramos outro caso bastante interessante onde um UFO teria sobrevoado uma casa. O telhado, que se encontrava cheio de musgos e sujeiras, teria sido limpado através da luz emitida por esse UFO. Inclusive, há boatos de que duas pessoas estariam internadas na Santa Casa de Piracicaba, vítimas do ataque de um animal desconhecido nesse mesmo dia. Conseguimos também uma fita de vídeo feita pela cinegrafista amadora Cristiane Eloise do Prado que filmou um objeto luminoso redondo e de cor amarela, fazendo evoluções no céu da cidade.
EDITOR — Os investigadores Eduardo e Osvaldo Mondini são também alguns dos responsáveis pelo levantamento das circunstâncias que envolveram o Caso Varginha. Trabalhando próximos aos ufólogos Ubirajara Franco Rodrigues e Vitório Pacaccini, que levantaram o caso, têm dado imensa contribuição na elucidação do mesmo. Especialmente no que se refere à descoberta da autópsia das criaturas, mortas, pelo legista Fortunato Badan Palhares, ainda que esse negue seu envolvimento.