Um objeto gelado a 13 bilhões de quilômetros da Terra pode ser o décimo planeta do Sistema Solar. Chamado Sedna, uma deusa esquimó que deu vida às criaturas marinhas no Ártico, o planetóide possui entre 1.290 e 1.770 quilômetros de diâmetro –o equivalente a três quartos do tamanho de Plutão.Para ser elevado à categoria de planeta, um objeto deve orbitar uma estrela, ter gravidade suficiente para ser esférico e possuir valor mínimo de massa. Por isso, o termo planetóide é o mais indicado para Sedna, já que ainda não há dados suficientes sobre sua massa para dizer que se trata do décimo planeta do Sistema Solar.De acordo com os astrônomos do Caltech (Instituto Californiano de Tecnologia), Sedna é o maior e mais distante objeto já descoberto no Sistema Solar desde Plutão, encontrado em 1930 e que está a 6 bilhões de quilômetros do Sol. Sedna também é mais distante que Quaoar, outro objeto descoberto pela mesma equipe em 2002.O planetóide descreve uma órbita elíptica em torno do Sol a cada 10.500 anos. Seu ponto mais distante do astro dista 135 bilhões de quilômetros. Por esta razão, a temperatura em sua superfície chega a 200ºC negativos.”O Sol parece tão pequeno daquela distância que é possível tampá-lo com a cabeça de um alfinete”, disse Mike Brown, astrônomo do Caltech que coordenou a equipe da Nasa (agência espacial norte-americana) para a observação do objeto, em novembro passado, com a ajuda do telescópio do observatório Palomar, em San Diego, nos Estados Unidos, e do telescópio espacial Spitzer.De acordo com os astrônomos, ainda há evidências de uma pequena lua orbitando ao redor de Sedna.