Um grupo de astrônomos do observatório da Universidade de Poznan, dirigido pela doutora Agnieszka Kryszczynska, descobriu que o planetóide Lundia é um corpo celeste duplo. “Baseamos nossa tese nos dados que obtivemos observando o céu do centro astronômico de Borowiec entre os dias 18 e 26 de setembro”, declarou hoje à Agência Polonesa de Notícias um dos descobridores do planetóide duplo, Tomasz Kwiatkowski.
“Até agora, a ciência conhecia apenas nove planetóides duplos que se caracterizam pelo fato de um dos corpos eclipsar o outro”, acrescentou Kwiatkowski. O cientista polonês disse que Lundia, como os demais planetóides duplos estão na faixa principal de asteróides que há entre Marte e Júpiter.”Nosso planetóide, Lundia, é o décimo corpo duplo que foi registrado nos índices astronômicos, o que nos satisfaz muito”, acrescentou Kwiatkowski.
O planetóide Lundia que tem o número 809 no catálogo foi descoberto em 1915 pelo astrônomo alemão Maximilian Wolf, que, no total, descobriu mais de 200 asteróides. “Os planetóides duplos são formados por dois corpos de dimensões mais ou menos similares que giram um em torno do outro, como costumam fazer as crianças quando brincam de roda”, disse Kwiatkowski.
Segundo Kwiatkowski, a peculiaridade de Lundia é que é formada por rochas idênticas às do planetóide Vesta, um grande asteróide de 500 quilômetros de diâmetro. “Essa similitude das rochas nos faz pensar que Lundia foi separada de Vesta provavelmente por algum impacto de grande potência que o planetóide grande sofreu”, disse o astrônomo. O raio do planetóide Lundia é de 6 quilômetros, e os dois corpos dão uma volta completa em quinze horas mantendo entre si uma distância contínua de 35 quilômetros.