Mais um planeta é descoberto, aumentando as chances de a ciência detectar vida em outro mundo. Há 30 anos falar em exoplanetas era uma heresia científica. Hoje, conhecemos milhares. Encontrar vida é apenas questão de tempo.
Nesta segunda-feira, dia 21 de setembro, uma equipe de astrônomos de vários países, liderada por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, anunciou ter descoberto um planeta do tamanho da Terra e que gira ao redor da sua estrela a cada 3,14 dias.
Apelidado de “planeta Pi”, em referência à famosa constante matemática representada pela letra grega cujo valor é de 3,14, ele teve os primeiros registros captados em 2017. Desde então, os cientistas têm estudado os dados coletados pela missão K2 do Telescópio Espacial Kepler da NASA.
Já em 2020, os pesquisadores utilizaram o Speculoos, uma rede de telescópios baseada em solo, para confirmar que o astro observado realmente se tratava de um planeta.
Os novos dados também ajudaram a calcular o tempo gasto para completar a órbita em torno da sua estrela, o equivalente a 3,14 dias terrestres, daí o nome dado ao planeta.
“Ele se move como um relógio”, disse o estudante de graduação do Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do MIT Prajwal Niraula, principal autor do estudo, publicado no Astronomical Journal, que detalha a descoberta do “Terra Pi”.
Quente demais para ser habitável
Crédito: Tecmundo
Denominado oficialmente de K2-315b, o planeta Pi possui um raio de tamanho quase idêntico ao da Terra, conforme as estimativas dos astrônomos, e orbita uma estrela fria, cuja massa é equivalente a um quinto do Sol. Ele gira em torno da sua estrela a 81 km/s.
Apesar de ter um tamanho parecido com o da Terra, o K2-315b provavelmente não é um dos candidatos a ter vida, pois a órbita estreita o aproxima demais da sua estrela, fazendo com que a temperatura da superfície fique em torno de 176ºC. “Muito quente para ser habitável”, comentou Niraula.
Apesar disso, os cientistas afirmam ser necessário um estudo mais detalhado da atmosfera de Pi para comprovar tal possibilidade.
Depois da descoberta de fosfina em Vênus, as possibilidades sobre onde a vida pode estar parecem ter aumentado muito, então nada pode ser descartado.
Fonte: Tecmundo
Assista, abaixo, um documentário sobre exoplanetas: