
Finalmente chegamos ao novo milênio, quando se pensava que o mundo iria terminar de maneira trágica e rápida, os extraterrestres iriam fazer contato e o ser humano teria colônias na Lua e Marte. Mas para a (in) felicidade de muitos, ainda estamos aqui e o Fenômeno UFO continua sendo um assunto esquivo, melindroso e traiçoeiro. Porém, fascinante e cativante. Nunca deixo de citar as palavras do astrofísico e ufólogo Jacques Vallée, quando diz que a fenomenologia ufológica nega a si mesmo, atuando como um mágico que apresenta um número de magia que parece violar profundamente a realidade. Com o tempo, num gesto de condescendência, o mágico explica como realizar o truque e, assim, o observador compra o material certo para reproduzir a ação. Mas quando descobre que não consegue fazê-lo, conclui que foi enganado duas vezes: pelo truque e pela explicação do mágico. Assim também seria com os UFOs e seus supostos tripulantes, pois o fenômeno deixa indícios e evidências. Mas estas podem ser tão sabiamente desorientadoras que a primeira tentação do pesquisador é deixá-las para trás – o que é uma decisão perigosa. O objetivo deste texto é abordar um tema espinhoso com profundidade. Vamos falar de Ashtar Sheran, suposto extraterrestre que tem se apresentado para algumas pessoas e proliferado informações das mais diversas, que teriam a ver com a situação da humanidade.
Sobre o assunto UFO, os permanentes inimigos do tema costumam dizer que tal discussão é inútil, pois não existiria lógica alguma acreditar em seres extraterrestres que visitam a Terra, em viagens interplanetárias que envolvem distâncias de milhares de anos-luz e no formato pouco aerodinâmico das naves. Argumentam que é um absurdo conceber que uma civilização extraterrestre pudesse ter conosco algo em comum, além da improvável ocorrência de formas de vida orgânicas e inteligentes similares às nossas, espalhadas pelo infinito universo. Mas lembremos que há pouco tempo não existia lógica em encontrar no cosmos indícios de outros planetas similares a Júpiter ou a Terra, ou mesmo outros sistemas solares. E hoje, já acumulamos registros de uma centena de planetas extra-solares, alguns até com excelentes probabilidades de possuir condições de vida em seus arredores. Atualmente, se fala não em um universo ou uma realidade tridimensional e, sim, em multiversos, dimensões paralelas, realidade ampliada e vida pluridimensional. Então, o que limita a ignorância dos seres humanos é a base sólida e infalível que os apóia, chamada de tecnologia. Vejam que, com exceção dos instrumentos óticos que apenas observam um passado distante de pedaços do universo, todas as imagens que temos lá “de fora” são baseadas em circuitos digitais que interpretam a radiação eletromagnética que captam, assim transformada em números binários que são retransmitidos à Terra e, aqui, reinterpretados por novos circuitos digitais. Afinal, então, o que seria verdadeiramente a realidade?
O já falecido astrônomo Carl Sagan, autor da série Cosmos, que popularizou a exobiologia, jamais deixou de falar publicamente sobre a possibilidade de vida em outros planetas, utilizando-se da famosa Equação de Drake como base de seu discurso. A equação foi desenvolvida pelo astrofísico Frank Drake, em 1961, como uma maneira de identificar quais os fatores que determinam quantas civilizações inteligentes e em processo de comunicação existiriam em nossa galáxia. Numa de suas falas históricas, Sagan declarou que “uma das grandes virtudes desta equação é que envolve aspectos que vão da astronomia planetária e estelar à química orgânica, biologia evolucionária, história, política e psicologia. Muito do Cosmos está contido nela. E considerando-se tal equação, suas principais incertezas se resumem em economia e política, e ao que na Terra chamamos de natureza humana. É claro que, se a autodestruição não é destino preponderante e irresistível das civilizações galácticas, então o céu sussurra gentilmente com mensagens das estrelas”.
Nossa presença é cada vez mais clara a um número crescente de pessoas sem preconceito.Milhares de habitantes esperam com impaciência nossa aparição visível. Somos capazes de realizarr aquilo que vocês chamam de milagre
Paradoxo Ilógico — Porém, quando Sagan era questionado com relação à visita de extraterrestres provenientes de alguns desses planetas, ele soltava um sorriso forçado e, utilizando-se do chamado Paradoxo de Fermi, dizia categoricamente que visitas de seres extraterrestres não podiam acontecer, pois era algo totalmente ilógico… Diante dos fatos, Sagan estava absolutamente correto, assim como estão todos os que apontam a concepção ilógica da realidade extraterrestre. Mas a questão é muito mais profunda e complexa do que gostariam os amantes da chamada Navalha de Occam – um princípio de parcimônia que é a base do pensamento científico moderno. Tal postulado, nomeado pelo filósofo William Ockham, diz que, dada uma escolha entre duas ou mais explicações viáveis para algum fenômeno, a navalha corta as mais complexas a favor das mais simples. Mas o erro que este tipo de pensamento pode gerar é se tornar um padrão ou, como denomino, uma “paralisia de paradigma”. Isso ocorre quando se é levado a concluir que sempre a explicação mais simples é a correta.
O importante para qualquer pesquisador, cientista ou pessoa é saber que para se conhecer a verdade é necessário ter em mente três regras: o que sabemos, o que achamos que sabemos e o que queremos provar! Afinal, desde quando o universo se comporta estritamente sob padrões lógicos e simples? A teoria quântica e a relatividade geral travam uma guerra fria há mais de 50 anos, tentando encontrar uma fórmula mágica que permita as duas existirem em conjunto. O telescópio es-pacial Hubble, ainda míope em 1994, já colocava por terra toda as estruturas de pensamento e simulação logicamente arquitetadas. Cada foto mostrava a realidade que, ora confirmava antigas teorias, ora atirava outras no lixo. Vivemos em um momento ímpar, em que a quantidade de informações científicas que surgem a cada segundo é inversamente proporcional à nossa limitada capacidade de lê-las, interpretá-las e – muito menos – compreendê-las. Aliás, como dizia Albert Einstein: “A coisa mais difícil de compreender é por que conseguimos compreender alguma coisa”.
Conhecendo-se estes fatos, onde está a lógica em classificar algo no universo como definitivo? A história nos lembra que já foi lógico admitir a Terra como plana e depois, aceitá-la como o centro do Sistema Solar, com o Sol orbitando ao seu redor. No entanto, os fatos mostraram que, por enquanto, é lógico assumir que a Terra não passa d
e um pedaço de rocha alocada na periferia de um braço de uma galáxia que julgamos importante e hoje sabemos que é a Via Láctea. Onde estamos ancorados, por enquanto, é apenas mais uma entre as mais de 400 bilhões de ilhas perdidas num oceano de caos e do ilusório nada. Durante muito tempo, a antiga idéia do éter foi combatida e, a palavra, tirada de todos os livros científicos. No entanto, o éter retornou à física – e está bem ativo. A história tem nos mostrado que conceitos rígidos e estáticos existiram até Isaac Newton. Depois de Einstein, Bohr, Heisenberg, Kaku, Hawking e tantos outros, o conceito do que era lógico mudou e muito.
Universo Quântico — O universo quântico nos mostra a cada dia como temos de ser flexíveis, humildes e ter uma base comum frente ao que ele nos apresenta. E, definitivamente, parece não existir lógica na Ufologia – porém, existem fatos! O problema é que os céticos e detratores do tema ainda não conseguiram discernir entre as teorias existentes sobre os UFOs e o fenômeno propriamente dito. Assim, a confusão é imensa e causada, principalmente, pela troca da interpretação dada a um fenômeno em particular pelo fenômeno em si, ou seja, que os UFOs representam homenzinhos verdes que viajam pelo espaço. O objetivo da Ufologia é estudar o fenômeno dos UFOs e não eles propriamente ditos.
Hoje, o estudo está muito mais maduro e está claro que não se pode mais abraçar por inteiro as teorias de Erich von Däniken, autor do clássico Eram os Deuses Astronautas?, que via nas visitas extraterrestres as respostas para tudo. Däniken cometeu, talvez, os mesmos erros que seus críticos, ao partir de uma teoria e cegar-se às evidências de outras possibilidades. Um outro exemplo clássico disso é sobre a postura do físico britânico William Kelvin, que não aceitava os fatos e evidências simplesmente porque ainda eram desconhecidos. Certa vez, um geólogo entregou a Kelvin alguns fósseis, dizendo que teriam cerca de 300 milhões de anos e isso provaria que o Sol já brilhava naquele tempo, o que ainda não era plenamente aceito (de outra forma, os fósseis não existiriam). Kelvin refutou energicamente a hipótese, insistindo que o astro não teria toda aquela idade. Ele não sabia que o Sol é uma imensa usina termonuclear, pois o núcleo do átomo somente foi descoberto em 1910 e o conceito era totalmente desconhecido em sua época. Como cientista, ele deveria ter pensado melhor e dito simplesmente que estava defronte a algo que desconhecia. A pergunta adequada ao momento seria: quem sabe se estes fósseis não estão nos dizendo algo que desconhecemos? Não se podem descartar fatos somente porque não se enquadram no conhecimento vigente. Assim também deve ser com a Ufologia, que ainda não possui meios de resolver todos os enigmas do complexo Fenômeno UFO – mas deve continuar a estudar suas nuances, pois somente assim fará progressos.
Ashtar Sheran, no idioma sânscrito, significa “o sol que mais brilha”. Acreditava-se que a primeira menção a ele teria sido feita em 1958 pelo médium alemão Herbert Victor Speer, líder de um movimento em Berlim conhecido por Movimento dos Irmãos Espaciais. Speer o teria feito através da obra psicografada A Grande Missão Celeste de Ashtar Sheran, onde consta que ele seria comandante-em-chefe ou comandante-chefe da Frota Extraplanetária da Confederação Intergaláctica da Grande Fraternidade Branca Universal. Mas uma pesquisa mais atenta mostra que menções a Ashtar foram feitas alguns anos antes pelo suposto contatado norte-americano George van Tassel, que era piloto de testes da empresa Howard Hughes Aircraft e inspetor de aeronaves da Lockheed Martin, uma das maiores do mundo no ramo da tecnologia aeroespacial.
Contato Psíquico — Tassel morava no sul da Califórnia e, já aposentado, começou a fazer canalizações e a difundir o chamado contato psíquico com supostas entidades de origem alienígena. A canalização é um fenômeno estudado pela parapsicologia e está enquadrado na categoria dos fenômenos theta ou, mais tecnicamente, psi-theta. Ocorreria quando alguma forma de manifestação externa ou entidades espirituais utilizam um médium como veículo de comunicação com o mundo material. O sensitivo ocuparia o papel de intermediário numa conexão entre duas realidades, podendo ocorrer de forma consciente e voluntária, como inconsciente e involuntária.
Em 1952, Tassel publicou seu primeiro livro I Rode a Flying Saucer [Viajei num Disco Voador]. Baseado praticamente em suas comunicações psíquicas, Tassel escreveu que o comandante Ashtar anunciava sua presença e chegada oficial à Terra em 18 de julho de 1952. Segundo as descrições do contatado, Ashtar seria um extraterrestre de nível etéreo, ou seja, de consistência em forma de energia, devido à sua escala vibratória superior. Também é descrito que teria aspecto andrógeno, com estatura entre 1,90 e 2,20 m, cabelos longos e loiro claro ou branco azulado. Sua roupa seria formada por uma espécie de macacão com botas de aspecto dourado. No peito, ostentaria um símbolo formado por sete estrelas e, na cintura, uma espécie de cinto com uma pedra ou objeto em alto-relevo à mostra. Na verdade, as descrições atribuídas a ele são várias, já que sua forma, aparentemente física, variaria de acordo com a galáxia ou planeta em que estivesse atuando. Apresenta-se dizendo estar a serviço de Sanada, que seria o Jesus Cristo dos cristãos, já que para os judeus não existe um Cristo – somente uma pessoa conhecida por Ieshu ou Jesus. O termo Cristo é criação do polêmico apóstolo Paulo ou Saulo de Tarso.
Síndrome do Contatado — Ashtar Sheran seria repres
entante de civilizações extraplanetárias, supostamente formadas por inúmeras formas de vida de diferentes culturas e com as mais variadas aparências. Fontes garantem que ele decidiu atuar na Terra a partir do momento em que seus habitantes começaram a fazer testes com artefatos atômicos e termonucleares. Ashtar enviaria mensagens aos terráqueos para que tomassem consciência de suas ações e, também, orientaria e ajudaria durante os períodos de transição da Terra para uma dimensão superior. Em sua missão, Ashtar resgataria os seres humanos que estivessem preparados ou em perigo, para serem novamente recolocados no planeta após um inevitável cataclismo que estaria se aproximando.
Tassel acreditava que ele procedia de Vênus, embora em algumas passagens e comunicações existe a menção de que Ashtar viria mesmo de um planeta de nome Metharia, que orbitaria o sistema trinário de Alfa do Centauro, onde, esotericamente, existiria um tipo de forma de vida de natureza dimensional e distinta da humana. Em 1954, sob orientação das entidades que o contatavam, Tassel promoveu um evento no Deserto de Mojave, Califórnia, num local denominado Giant Rock. Ali, reuniu milhares de simpatizantes, místicos, curiosos, contatados, agentes do FBI e fanáticos pelo tema. Em 1956, chegou a publicar outro livro, Into this World and Out Again [Dentro Deste Mundo e Fora Dele Novamente], onde forneceu mais informações canalizadas sobre vários aspectos filosóficos do mundo. Como a maioria das pessoas que alegam ter contatos constantes com ETs, Tassel parecia ter sofrido da chamada síndrome do contatado. Este é um distúrbio psicossocial evidenciado pela abrupta mudança do modo de vida de alguns contatados e abduzidos que, eventualmente, se transformam em celebridades.
Tassel passou a se dedicar à criação de movimentos cósmicos e ao desenvolvimento de aparelhos e instrumentos que teriam a finalidade de ampliar as capacidades mentais e adormecidas dos seres humanos. Infelizmente, esta invenção jamais chegou a ser finalizada e Tassel faleceu em 09 de fevereiro de 1978. Mas as investidas de Ashtar Sheran não terminaram por aí. Existe muita similaridade entre os contatos dele e os de George Adamski, polonês que foi para os Estados Unidos em 1893 e dizia ter encontros com seres de Vênus, Marte e Saturno. Algumas descrições de Ashtar ditas por Tassel assemelham-se aos seres delineados por Adamski, que curiosamente também morava na Califórnia e teria tido algumas experiências em 1946. Após seu famoso contato de 1953, em Monte Palomar, Adamski passou a divulgar uma filosofia messiânica e cósmica, baseada no que os seres teriam lhe transmitido. Fundou uma organização denominada Programa de Familiarização Internacional (IGAP) e um outro culto denominado Ordem Real do Tibete. Adamski escreveu três livros sobre suas aventuras: Flying Saucers Have Landed [Os Discos Voadores Aterrissaram, de 1953], Inside the Space Ships [Dentro das Naves Espaciais, de 1955] e Flying Saucers Farewell [A Despedida dos Discos Voadores, de 1961]. Ele faleceu em 26 de fevereiro de 1965.
Falo em nome de todos que estão comprometidos nesta missão de dar assistência aos habitantes do planeta Shan. Seria um alívio se pudéssemos aterrissar simultaneamente em todas as partes do globo terrestre, pondo fim às suas discórdias e aos ódios irreconciliáveis. Mas nossas instruções e princípios nos impedem de agir assim
Em 1955, George King, outro contatado norte-americano, fundou a Sociedade Aetherius, também baseada em informações transmitidas por supostos alienígenas – entre eles, Ashtar Sheran. King faleceu em 1997. Vale observar que, coincidência ou não, foi logo após a produção do clássico filme O Dia em que a Terra Parou, em 1951, que a chamada “era do contatismo” iniciou-se de forma pública e evidente. Ela preconizava que seres de aspecto humanóide e com mensagens de alerta para a humanidade estariam se aproximando de nosso planeta para ajudar seus habitantes. Antes disso, um filme francês produzido em 1902 por George Mélies, chamado Voyage Dans la Lune [A Viagem à Lua] deve ter sido o primeiro a falar de encontros entre seres humanos e extraterrestres.
Arcanjo Miguel — Outra contatada a receber autorização de Ashtar Sheran para ser sua biógrafa oficial foi Thelma Terrel, falecida em 1993. Conhecida nos meios esotéricos e místicos como Tuella, Thelma dizia ter pertencido à frota de espaçonaves do comandante numa existência passada. Como muitos outros, alegava ter origem extraterrestre, acreditando ser uma entrante ou walkin [Veja matéria nesta edição]. Um de seus livros, Ashtar, Brotherhood of Light [Ashtar, Irmandade de Luz], totalmente canalizado, descreve o ser como comandante de uma colossal astronave que está próxima à atmosfera da Terra. Tuella alega que, na história do planeta, Ashtar seria conhecido como Arcanjo Michael ou Miguel, citado na Bíblia e a serviço do “governo do grande sol central” desta galáxia. É importante destacar que toda comunicação mental está sujeita a inúmeras interferências advindas de paradigmas, formação moral e cultural da pessoa que diz receber a mensagem. Sendo assim, é possível que os nomes dos supostos extraterrestres possam estar sendo interpretados de forma errada e, contato após contato, a confusão se perpetua.
Segundo alguns seguidores, o melhor canal de Ashtar Sheran seria o alemão Hermann Ilg Reutlingen, que faleceu em 1999, aos 80 anos. Ele acreditava estar em contato com os santinians, seres que viviam num mundo de onde Ashtar seria originário, que teriam lhe dito que habitavam o terceiro mundo em órbita de Alfa Centauro A, o planeta Metharia. De acordo com o próprio Ashtar, na visão de Reutlingen, seu planeta teria um clima equilibrado, além da fauna e flora mais diversificada que da Terra. Os habitantes de Metharia passariam a maior parte de suas vidas no espaço, como pesquisadores. Sua função seria buscar, reconhecer e estudar outras formas de vida. Teriam o desejo de ajudar a civilização terrestre, respeitando o livre arbítrio – ao contrário, segundo eles, do que fazem as entidades de Órion, conhecidos na Terra como grays [Cinzas]. Ashtar também teria contatado o alemão Ethel P. Hill e o suíço Karl Schönenberger.
Neste ponto é bom observar que grande parte dos personagens citados e seus seguidores sempre deixaram claro que nada tinham a ver com uma organização conhecida por Comando Ashtar, ou com a personificação que se faz dele. Tal comando teria sido iniciado por Robert Short, também conhecido por Bill Rose, editor de uma revista dos anos 50 ch
amada Interplanetary News. Short era amigo de George van Tassel e insistia a este que as comunicações de Ashtar deveriam tornar-se populares e comerciais, para que ficassem famosos e não para trazer alguma verdade ao público. Como Tassel parecia não concordar com estes termos, criou “seu próprio” Ashtar Sheran, através dessa organização. Segundo pessoas incumbidas de preservar seu trabalho, gerou-se uma aura de misticismo e fanatismo em torno da figura de uma entidade clonada de Ashtar, transformando-o num filósofo metafísico. Poucos escolhidos da Terra fariam parte de uma elite espiritual, e mais uma vez a vaidade humana entra em cena.
Nós somos 10 bilhões de homens do espaço fortemente equipados com poder de natureza etérea, a fim de se oporem às intenções de suas forças destrutivas, tornando inofensivo seus meios. Sabemos quais regiões da Terra estão fadadas à destruição e, logo que aparecer um perigo, enviaremos a estes lugares milhares de discos voadores
No Brasil, existem várias entidades e pessoas que dizem manter contato com Ashtar e serem orientadas a seguir seus ensinamentos. O mais conhecido e talvez mais antigo seria o Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), localizado em Salvador e com filiais em Brasília, São Paulo, Curitiba e Natal [Veja box]. Foi fundado em 1973 por Paulo Fernandes, que teria mantido contatos físicos e telepáticos com Ashtar Sheran desde 1969 e recebido dele a instrução para que criasse uma entidade com o objetivo de estudar e divulgar a presença de extraterrestres e suas supostas mensagens.
Hoje, o grupo é coordenado pela pedagoga Ana Santos e por Marco Vinicius Almeida. Segundo este, não se trata de nenhuma forma de seita ou religião. O CEEAS também não gosta de ser vinculado à Ufologia Mística, que cultua Ashtar como um novo messias, mas acredita que Jesus Cristo seria membro da equipe do comandante extraterrestre.
Comando Ashtar — Nestes termos, Jesus ou Sananda seria o representante da Terra na confederação intergaláctica.Outro brasileiro que garante manter contato com Ashtar é o professor Lúcio Valério Barbosa, que reside em Mato Grosso do Sul, onde realiza trabalhos na Colônia Boa Sorte. Lúcio diz que ele se apresenta como comandante de uma frota de naves estelares em missão na Terra. A história é a mesma: poderes paranormais, ajuda humanitária etc. Como curiosidade, no Chile vive um suposto contatado chamado Aaron Sheran, que diz ser filho de Ashtar Sheran.
Mas a verdade é que as referências ao nome Ashtar podem estar relacionadas às descrições feitas pelo autoproclamado médium John Ballou Newbrough, um norte-americano que teria psicografado ou canalizado o livro Oahspe, no ano de 1882. Nesta obra, Newbrough, que alegava que as sagradas escrituras foram reveladas a ele por entidades angelicais, faz referência a seres espirituais que viajariam em naves etéreas e que teriam a missão de proteger mundos menos desenvolvidos. O nome destes seres seria ashar, cujo plural seria ashars. As descrições os mostram de morfologia humanóide, altos e atléticos. Teriam aparência nórdica, cabelos loiros ou alvos, olhos azuis e um olhar penetrante e desafiador. Estariam interessados em pesquisar e compreender as formas de vida existentes no universo e, assim, compreender sua própria existência. Existem referências nesta obra a um místico local chamado de Shan, que é muito coincidente com o nome que Ashtar designa para a Terra, planeta Shan.
Nossos meios de comunicação telepática estão ainda além da compreensão atual em vosso mundo. E a materialização de nossas naves depende de instruções que receberemos de bases que estão muito acima da estratosfera de vocês. Estas instruções são determinadas pelos acontecimentos e pelas reações humanas
Seitas e Cultos — Anos mais tarde, Newbrough fundou uma religião própria, o Faitismo, que ainda possui um pequeno número de seguidores. O Faitismo e Oahspe não são conhecidos do público em geral, pois não são feitas propagandas em torno do assunto, permanecendo mais numa condição sectária. Oahspe é uma obra volumosa, com mais de 900 páginas, centenas de ilustrações e de difícil compreensão. Outras referências interessantes sobre Ashtar Sheran estão nos trabalhos do doutor Victor Yañez Aguirre, médico e parapsicólogo do Hospital da Polícia do Peru, ex-presidente da Associação Peruana de Parapsicologia e presidente da Sociedade Teosófica. Uma de suas pesquisas é relativa à experiência vivida pelo contatado Eugênio Siragusa, mestre do famoso estigmatizado italiano Giorgio Bongiovanni. Os encontros de Siragusa com várias entidades extraterrestres – entre elas, Ashtar – ocorreram a partir de 30 de abril de 1962, nos arredores do vulcão Etna, na Sicília. Mais adiante, Siragusa viria a contatar de forma casual um ser chamado Adoniesis, que também se comunicava de forma telepática e, de acordo com os relatos, não pertencia a nossa dimensão.
A descrição que Siragusa faz de Ashtar Sheran é de um ser de porte atlético perfeito, vestindo uma espécie de macacão de cor cinza prateado, com braceletes luminosos nos pulsos e tornozelos. Estaria sempre acompanhado de seu primeiro-tenente Ithacar, que teria dito que era o comandante dos povos confederados em missão sobre a Terra. Ithacar teria uma importante mensagem para os cientistas e chefes de estados. Eles deveriam cessar todos os experimentos nucleares na atmosfera e no subsolo.
Relações Interplanetárias — Uma pesquisa digna de conhecimento, que acompanhei por quase 15 anos, gira em torno dos irmãos peruanos Sixto, Carlos Roberto e Rose Marie Paz Wells, filhos de José Carlos Paz Garcia Corrochano, fundador do Instituto Peruano de Relações Interplanetárias (IPRI), criado em 31 de janeiro de 1955 e ainda em atividade em Lima. Em 1974, um objeto de formato lenticular teria pousado na praia de Chilca, no Peru, quando um humanóide teria surgido e se identificado como comandante da frota de espaçonaves destacadas para trabalhar no Sistema Solar.
Seu nome seria Antar Sherart – muito parecido com Ashtar Sheran – e se identificava como comandante da frota de espaçonaves de Ganímedes, satélite natural de Júpiter. Segundo informações fornecidas pela entidade, as sílabas sh e er do sobrenome significam comando e dignidade, respectivamente, e a sílaba sher faria parte da composição de ambos os nomes como indicativo da função desempenhada por estas entidades. Sílabasfinais como art e an determinariam a jurisdição, alçada e competência de seu co
mando. Estes dois nomes, em particular, têm provocado bastante confusão, pelo fato de serem parecidos.
Erroneamente, a figura de Ashtar ganhou maior abrangência através do espanhol Juan José Benítez, que antes de ser um escritor famoso era repórter desconhecido do jornal Gaceta del Norte, de Bilbao. Quando as notícias sobre Ashtar e UFOs chegaram à Espanha, vindas da América do Sul, através das experiências dos irmãos Wells, Benítez foi enviado ao Peru para levantar mais informações. Isto ocorreu porque a Espanha havia sido bombardeada de rumores sobre cultos em torno de entidades supostamente extraterrestres chamadas de ummitas ou umnitas, e o assunto estava ainda em evidência. O repórter acompanhou várias experiências de grupos de contatados ocorridos em seu país, no Peru, Venezuela e Colômbia. Devido a isto, escreveu seus dois primeiros livros contando estas aventuras. O primeiro, UFOs, S.O.S. a La Humanidad [UFOs, S.O.S. à Humanidade], contava as experiências dos irmãos Wells, que haviam fundado uma organização chamada Missão Rama e, mais tarde, o Projeto Amar. Outro livro, 100.000 Km Tras los UFOs [100.000 Km Atrás de UFOs], narra situações de grupos de contato que ele mesmo teria investigado. Nestas duas obras, Benítez misturou muitas informações e inventou outras tantas, que deram a Ashtar Sheran uma fama que não existia.
Um dado interessante é que, nos anos 70, foi lançado o livro Yo Visité Ganimede [Eu Visitei Ganímedes], de Yosip Ibrahim, pseudônimo do contatado peruano José Roscielos. A obra narra suas experiências de supostos contatos com extraterrestres – inclusive o Ashtar Sheran – vindos de Ganímedes. Ibrahim diz que viajou até o satélite numa nave destes seres, onde lhe foi informado que a presença extraterrestre na Terra se dava desde a antiguidade, através de sumérios e egípcios. Ele também se referiu ao resgate de pessoas que teriam sido eleitas para serem salvas, fez algumas previsões de fim de mundo (que ocorreria em 2001) e outras alegações fantásticas. O fato é que a obra de Ibrahim teria influenciado quase todo o país e boa parte da América do Sul, mas curiosamente não chegou no Brasil. Sendo assim, com tantas fontes de informação, é difícil averiguar o que ocorreu naqueles anos. Coincidentemente, a Missão Rama surgiu em 1974, e contando uma história parecida…
Nenhum esforço deve ser feito para vocês se comunicarem conosco, salvo depois de um pedido nosso. Nós escolheremos a ocasião, o lugar e a pessoa com a qual desejaremos manter contato. Cultuem sentimentos amistosos, de confiança e pensamentos de boas vindas. Nossas forças precisam deles para um bom trabalho
Cultos Messiânicos — É importante ressaltar que muitas pessoas públicas e famosas, inclusive brasileiras, estão envolvidas em cultos a UFOs e noutros movimentos de estilo messiânico e escapista. Existem basicamente duas vertentes de informações sobre a situação do planeta, do ser humano e do provável futuro que nos aguarda – e ambas são atribuídas a Ashtar. Mas essas informações são tão antagônicas e contraditórias que é difícil acreditar que venham da mesma fonte. Uma delas mostra Ashtar Sheran como comandante de uma frota de milhares de naves e distribui promessas de evacuação e resgate de pessoas aqui da Terra, quando a mesma estiver na eminência de uma destruição total. Uma das entidades criadas por fanáticos desta versão seria o chamado Projeto Evacuação Mundial, do qual muitos artistas famosos – como Nina Hagen, por exemplo – fizeram parte. O projeto retiraria alguns poucos escolhidos para que escapassem da destruição e voltassem quando a situação estivesse normalizada no planeta. Foram divulgados vários “mandamentos” de Ashtar Sheran por diversas comunidades e agrupamentos esotéricos, e foram realizadas inúmeras “previsões” por pessoas que se intitulam seus porta-vozes, mas que nunca ocorreram.
Talvez, uma contribuição negativa que agravou ainda mais o problema tenha vindo da boa intenção de um brasileiro, o falecido radialista e repórter da Rede Bandeirantes, de São Paulo, Alexandre Kadunc. Sempre interessado por assuntos metafísicos e pelo Fenômeno UFO, e ainda preocupado com a situação ecológica do planeta, Kadunc utilizou a imagem de Ashtar Sheran como uma espécie de protetor da Terra, que já era conhecida, e nos anos 80 começou a divulgar uma mensagem que seria de sua autoria [Leia trechos nas páginas da matéria]. Fez isso como forma de chamar a atenção das pessoas para os problemas sociais e políticos do mundo. Foi assim que muita gente passou a captar e a gravar a tal mensagem em seus aparelhos caseiros, geralmente em fitas de áudio. Com o tempo, a situação começou a ficar conhecida e cada vez mais gente aparecia com mensagens gravadas, obtidas nas mais diversas situações. Algumas afirmavam estar copiando uma música de um disco e a mensagem aparecia quando se ouvia o resultado. Outras diziam que a mensagem aparecia gravada em suas fitas mesmo com o aparelho desligado da tomada. Algumas, ainda, garantiam ter recebido instruções do próprio Ashtar para fazer a gravação.
A maioria simplesmente dizia que um amigo de um amigo de outro amigo tinha feito uma cópia de algo. Analisei várias destas gravações e constatei a quantidade de versões, acréscimos e cortes, em comparação com a mensagem original, é gritante. Muitas versões mostravam até os nomes das pessoas que haviam feito a gravação como as representantes oficiais de Ashtar Sheran. Outras ainda colocavam atributos de super-herói na suposta entidade, e havia aqueles que gravavam que a salvação estava em ouvir suas idéias pessoais. Ocorre também que muitas pessoas munidas de estações de radioamador (rádios piratas, faixa do cidadão etc), conseguiam gerar interferências e ter potência suficiente para sobrepujar o sinal de rádios convencionais e, assim, transmitiram várias versões da tal mensagem.
Quanto mais perto se estivesse destas estações irregulares, mais nítido e forte era o sinal captado, que ia para fitas de áudio de centenas de pessoas… Foi um longo período em que mensagens com teor apocalíptico alternavam-se com outras messiânicas, estimulando gradualmente e de maneira perigosa a fantasia e o ego de cada pessoa. A situação do mundo estava fragil
izada politicamente pela Guerra Fria. Não faltavam pessoas que se considerassem diferentes ou escolhidas por Ashtar Sheran, sentindo-se seres especiais numa missão mais especial ainda – o que hoje sabemos tratar-se de um fenômeno conhecido por dissonância cognitiva. Essa condição foi estudada e o termo criado pela equipe do sociólogo Leon Festinger, ao pesquisar seitas e movimentos ligados ao Fenômeno UFO, especificamente ao estudar uma comunidade da Califórnia dirigida pela senhorita Keech. A equipe de Festinger conseguiu infiltrar-se no local e documentou Keech psicografando informações de que uma grande catástrofe sísmica atingiria seu país e que os escolhidos seriam retirados por discos voadores. Considero importante ter em mente que todo este período de contatismo poderia ter sido propositalmente elaborado e utilizado por organismos terrestres – ou mesmo, quem sabe, por inteligências extraterrestres – para nos testar, procurando medir ou conhecer nossas fraquezas. Isto se enquadra num método de combate conhecido pelo uso de técnicas de guerra psicológica.
Nos próximos anos haverá milagres que levarão vocês a uma revisão das suas concepções sobre a natureza e sua metamorfose. É inevitável que haja uma era de purificação antes que se possa instaurar um sistema mais perfeito. Há meios para tornar menos dolorosa tal purificação e a indignação desses resíduos inquietantes
Manipulação da Realidade — De qualquer forma, as extensões e desdobramentos de alguns grupos que se dizem ligados a Ashtar Sheran e outras entidades, são realmente preocupantes. Estas manifestações servem para corroborar uma hipótese conhecida desde os anos 70 por quem estuda a Ufologia pelo ponto de vista psicossocial. Segundo ela, no caso dos contatados – isto é, de pessoas que não só alegam avistamentos de UFOs e seus tripulantes, mas que afirmam manter encontros posteriores com os mesmos –, existe a possibilidade de que tais seres estivessem manipulando seus contatos com humanos com o objetivo de manter o assunto desacreditado pela sociedade. Isso favoreceria o modus operandi dos extraterrestres entre nós, para quem atuar em clandestinidade parece ser a única forma de fazê-lo e de mantê-lo.
Em virtude destas incoerências da racionalidade, o enorme e crescente público, cada vez mais leigo de conhecimento, passa a duvidar da ciência e da Ufologia, aderindo assim à pseudociência. Dessa forma é que vemos o nascimento de seitas, cultos etc, que passam a interpretar o Fenômeno UFO como bem entendem, gerando caos e uma distância cada vez maior de um entendimento real do assunto. O resultado a que se chega é o desejado por aqueles que estão no comando da humanidade e querem ver a questão ufológica desacreditada. Hoje temos inequívocas provas de como a CIA e outras agências se aproveitaram (e ainda se aproveitam) da fenomenologia ufológica para testar suas técnicas de guerra psicológica e controle de massa. Seria como alguém habilmente conduzindo uma divisão para vencer. Se criaria um chamariz aterrorizante – as abduções – enquanto uma legião de colaboradores – contatados – é sutilmente estimulada a implantar as idéias absurdas que vemos por aí. E note o leitor que estas pessoas muitas vezes perdem seu poder de questionamento e passam até a não se sentir mais terrestres, encarando cada um de seus semelhantes como um inimigo em potencial dos irmãos cósmicos. Claro que existem exceções. Um contato inteligente e consciente entre diferentes civilizações não somente é possível como, também, pode estar ocorrendo há tempos.
Continua na próxima edição.
Em busca de respostas para um grande enigma
por Rogério Chola
Meu interesse particular pelos UFOs vem desde a infância, quando vivi alguns estranhos fenômenos, que hoje procuro relembrar e analisar com imparcialidade e mais propriedade. Devido a estas experiências e à minha facilidade autodidata, passei a estudar, pesquisar e criar métodos próprios de pesquisa, que renderam algumas situações fascinantes e ímpares. Uma delas foi estar frente a frente com um objeto esférico vermelho que surgiu de repente no meio da mata. Por cerca de 10 segundos o UFO fez evoluções “erraticamente inteligentes”, voltou para dentro da mata e retornou fazendo mais manobras, alterando, então, sua cor para laranja-amarelo. Em seguida, desapareceu, emitindo um flash potente como o de uma máquina fotográfica. Não estava sozinho nem tampouco sob efeito de alguma droga ou processo alucinatório. O objeto que observei era uma nave que conseguiu excitar o magnetômetro que eu carregava, deixar a bússola desorientada e ainda queimar a lâmpada de minha lanterna.
O fenômeno foi idêntico a um que há no filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau, uma pequena bola vermelha fazendo evoluções e acompanhando as naves maiores. Em Ufologia, acredita-se que estas esferas sejam algum tipo de sonda utilizada para fazer uma varredura espectral no ambiente em foco. Tenho minha própria hipótese do que sejam estes objetos. Minhas experiências e pesquisas me levaram a compreender uma face pouco explorada do Fenômeno UFO, aquela mais complexa e centralizada no choque de civilizações e relações interculturais, através de um estudo transdisciplinar. Devido a isso e às circunstâncias em que acabei envolvido, passei a estudar os contatados, um termo que não considero correto para descrever o que pretende. Os contatados são pessoas interessantes, que não somente alegam ter tido avistamentos de UFOs, mas também mantido contatos próximos com seus tripulantes. Eles afirmam ter se tornado quase amigos de ETs. Um dos supostos extraterrestres que ficou famoso no cenário ufológico é Ashtar Sheran, assunto deste trabalho. A princípio, pode parecer que esse é um tema de malucos e que esta entidade não passa de uma fantasia. Mas, como veremos, existem evidências que confirmam que algo de muito estranho, complexo e por vezes perigoso está acontecendo.
Doutrina Espírita — As inúmeras narrativas de alguns contatados demonstram que estes acreditam ouvir e perceber imagens, vozes e sons dentro de suas mentes, como se estivessem submetidos a uma fonte externa que parece dominar o conhecimento parapsicológico e manipular a pessoa através de uma espécie de telepatia. Para o leigo pode parecer que estes contatos se enquadram na doutrina espírita, em que médiuns dizem receber espíritos de pessoas mortas e, ocasionalmente, até de entidades que se dizem extraterrestres. Mas como foi demonstrado através de várias pesquisas e trabalhos, principalmente os conduzidos pela pesquisadora brasileira Gilda Moura, os contatados apresentam diferenças marcantes na maneira como recebem as informações – o que os distanciam de qualquer associação com as práticas espíritas. Como a q
uestão dos UFOs e seus tripulantes parece esbarrar em conceitos que a revolução quântica trabalha e descobre a cada dia, não posso deixar de citar diversas outras hipóteses que devem ser seriamente levadas em consideração. Inclusive a possibilidade de formas de vida anômalas habitarem outros “planos de ocorrência” ou dimensões e, por acidente ou vontade própria, se passarem ou serem confundidos com santos, aparições, anjos, duendes, gnomos, extraterrestres etc.
Não se pretende com essa abordagem sobre Ashtar Sheran, no entanto, dar uma palavra final sobre o tema. Mas, sim, munir o leitor com informações suficientes para que possa discernir pelo assunto, iniciar uma pesquisa própria e, quem sabe, chegar a conclusões interessantes – como eu cheguei. Por isso, enveredei em assuntos paralelos ao tema, que, a princípio, podem parecer sem relação com o mesmo. Mas uma leitura e reflexão sobre eles poderiam gerar subsídios que, se compreendidos, já teriam nos tirado do marasmo dos mais de 50 anos em que a Ufologia se encontra. É fácil compreender porque uma civilização mais adiantada em relação a nós, que regularmente faz incursões por aqui, ainda não manteve um contato oficial. Se não existe diálogo nem entre os seres humanos que habitam o mesmo planeta, imagine com entidades anos-luz da compreensão humana. Quando nós nos encontrarmos – e com certeza os encontraremos – também. Como disse o ex-governador do Distrito Federal Cristóvam Buarque, em seu livro Na Fronteira do Futuro, “o medo e os riscos do ridículo são inerentes aos grandes saltos”.
Há diversas categorias de civilizações no universo
O astrônomo e cientista soviético Nikolai Kardashev e o físico norte-americano Freeman Dyson, usando a lei da termodinâmica, criaram um sistema para classificar possíveis civilizações extraterrestres baseados na maneira como produziriam, consumiriam e reciclariam a energia necessária para sua sobrevivência. Eles chegaram à conclusão de que deve haver pelo menos cinco tipos básicos de culturas extraterrestres, apresentadas a seguir. Nosso planeta, a Terra, por exemplo, pertence ao Tipo 0, mas está em vias de se tornar Tipo I. Isto é, se sobrevivermos a nós mesmos!Civilização Tipo 0 — Utilizaria primitivos métodos de produção de energia, baseados em queima de combustíveis fósseis, nucleares e alternativos. Ainda mantêm estruturas segmentadas de cultura, religião e política, e não conseguiu se livrar de conflitos raciais, preconceitos e guerras. Este tipo de civilização ainda estaria na eminência de se autodestruir antes de atingir a condição Tipo 1.
Civilização Tipo 0 — Utilizaria primitivos métodos de produção de energia, baseados em queima de combustíveis fósseis, nucleares e alternativos. Ainda mantêm estruturas segmentadas de cultura, religião e política, e não conseguiu se livrar de conflitos raciais, preconceitos e guerras. Este tipo de civilização ainda estaria na eminência de se autodestruir antes de atingir a condição Tipo 1.
Civilização Tipo 1 — Neste estágio, já teria dominado todas as formas de energia de seu planeta natal. Entre seus feitos, teria modificaria o clima, mineraria os oceanos ou extrairia energia diretamente do núcleo de seu planeta. Suas necessidades de energia seriam tão grandes que usariam todos os recursos energéticos planetários. Mas a utilização e gerenciamento de recursos nesta escala é tamanha que requer um sofisticado grau de cooperação e comunicação entre seus habitantes. Para este tipo de civilização, grande parte de lutas de idéias, conflitos religiosos, preconceitos e egos, estariam eliminados.
Civilização Tipo 2 — Esta já teria esgotado os recursos energéticos de seu planeta, devido à grande necessidade e demanda, e passado a dominar e utilizar a energia de sua estrela principal. Dyson especula que, construindo uma gigantesca esfera em torno de seu sol, a este tipo de civilização seria possível utilizar a produção total de energia da estrela. Este povo iniciaria, também, a exploração e colonização de sistemas estelares próximos.
Civilização Tipo 3 — Esta categoria de civilização, além de ter esgotado a produção de energia de uma única estrela, precisaria chegar a sistemas e aglomerados estelares próximos e, assim, acabar entrando na classificação de cultura galáctica. Ela possuiria tecnologia para explorar e obter energia de conjuntos de sistemas estelares por toda sua galáxia. Civilização Tipo 4 — A última escala, este tipo de civilização poderia manipular inimagináveis quantidades de energia, muitas vezes diretamente de núcleos de galáxias, quasares e buracos-negros, sempre para obter energia, além do quarto pilar da ciência: o contínuo espaço-tempo. Este tipo de povo também poderia alargar, controlar e dominar os microscópicos “buracos de minhoca” do cosmos [Wormholes], que conectam constantemente os múltiplos universos e dimensões e, assim, abrir passagem entre eles.
Civilização Tipo 4 — A última escala, este tipo de civilização poderia manipular inimagináveis quantidades de energia, muitas vezes diretamente de núcleos de galáxias, quasares e buracos-negros, sempre para obter energia, além do quarto pilar da ciência: o contínuo espaço-tempo. Este tipo de povo também poderia alargar, controlar e dominar os microscópicos “buracos de minhoca” do cosmos [Wormholes], que conectam constantemente os múltiplos universos e dimensões e, assim, abrir passagem entre eles.