Um rápido olhar no início do desenvolvimento do universo revelou algo surpreendente: galáxias maduras, completamente formadas, onde os cientistas esperavam descobrir pouco mais que ?infantes?. “Até agora, assumimos que galáxias começaram a se formar entre 8 e 11 bilhões de anos atrás, mas o que achamos sugere que não é o caso”, disse Karl Glazebrook, professor associado de física e astronomia da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e co-autor de um estudo publicado em 8 de julho na revista Nature. “Parece que, inesperadamente, uma grande fração de estrelas em vastas galáxias já existiam no local desde o início da formação do universo, e isso desafia o que acreditamos. Pensávamos que as galáxias volumosas vieram muito posteriormente.” Usando o Telescópio Gemini do Havaí, Glazebrook e uma equipe internacional de pesquisadores chamada Gemini Deep Deep Survey (GDDS) empregou uma técnica especial chamada “Nod and Shufffle? para investigar o que tinha sido tradicionalmente uma mancha cosmológica encoberta. “Nós esperávamos achar, basicamente, zero galáxias volumosas além de cerca de 9 bilhões anos atrás, porque modelos teóricos predizem que galáxias volumosas se formaram depois. Ao invés, achamos galáxias altamente desenvolvidas que não deveriam estar lá, mas estão.” Estes resultados desafiam a teoria dominante da evolução galáctica.