Ao completar 10 anos, volta à tona a polêmica sobre o fantástico avistamento em massa de luzes não identificadas sobre a cidade de Phoenix, no estado norte-americano do Arizona, naquele país e em todo o mundo. O caso, ainda polêmico e não explicado por qualquer especialista ou organização, representou um dos principais momentos da história da Ufologia ao ser testemunhado por milhares de pessoas. Em todo o globo, pouquíssimas ocorrências tiveram tantas testemunhas simultâneas como o episódio registrado sobre Campo Grande (MS), às 20h30 de 06 de março de 1982, quando mais de 23 mil pessoas reunidas numa partida de futebol, que ocorria no Estádio Morenão, viram um UFO cilíndrico do tamanho de um Boeing 727. No Caso Luzes de Phoenix, de 13 de março de 1997, estima-se em mais de 100 mil o número de testemunhas, o que o transforma num recordista.
O fenômeno observado no Arizona foi estudado por ufólogos de todo o mundo, que se dividem quanto à sua natureza. Uns crêem que se tratava de uma esquadrilha de UFOs em formação, enquanto outros acreditam que as luzes não identificadas estavam todas distribuídas ao longo de um único corpo, um veículo de origem não terrestre. Muitos profissionais de outras áreas, até então alheios à Ufologia, se interessaram e passaram a investigar o caso. Um deles é a doutora Lynne D. Kitei, médica e educadora internacionalmente reconhecida na área de saúde, que mesmo sem qualquer interesse por Ufologia na época, foi a autora das melhores imagens em fotos e vídeos do fenômeno. Em entrevista exclusiva concedida ao consultor da Revista UFO Pedro Cunha, a doutora Lynne fala sobre sua investigação do caso e a atenção que passou a dar ao Fenômeno UFO, depois de ocorrido o fato.
Meu objetivo é educar as pessoas quanto aos UFOs, incitar o surgimento de uma consciência sobre o assunto e fornecer informações de credibilidade de que não estamos sós no universo
A doutora Lynne é certamente a estudiosa que melhor analisou o Caso Luzes de Phoenix, tendo escrito um livro e produzido um documentário em DVD sobre o assunto. O livro, The Phoenix Lights [As Luzes de Phoenix, Hampton Roads Publishing, 2004], entrou na pauta de publicação da coleção Biblioteca UFO e deverá ser lançado em 2008 no Brasil. Já o DVD, homônimo, é um documentário de extraordinária qualidade, que entrevista testemunhas e pesquisadores do Caso Luzes de Phoenix e faz uma análise detalhada de todo o acontecimento, desvendando um dos mais dramáticos episódios da Ufologia Mundial. As Luzes de Phoenix: Nós Não Estamos Sozinhos, com 80 minutos de duração, recebeu uma versão em português e estará à disposição dos leitores a partir de 01 de agosto, sob o código DVD-025 da coleção Videoteca UFO.
“O Caso Luzes de Phoenix exigiu um esforço monumental para ser examinado, devido ao elevadíssimo número de testemunhas”, declarou a doutora Lynne. Sua atuação profissional em saúde pública a levou a ser uma referência mundial na área. A médica se formou na Universidade de Temple e é doutora pela Escola de Medicina da mesma instituição. Seus estudos de pós-graduação foram concluídos na Faculdade de Medicina da Pensilvânia. Foi ainda clínica chefe do Centro de Imagem, Prevenção e Bem-Estar do Instituto do Coração do Arizona, em Phoenix, até retirar-se para se dedicar em tempo integral ao Projeto Luzes de Phoenix, em março de 2004.
Há anos realizando pesquisas sobre o assunto e tendo contínuos avistamentos pessoais de fenômenos anômalos, a doutora Lynne sente que é imperativo compartilhar os dados que compilou em seu livro e no DVD. O documentário recebeu prêmios em festivais de filmes de vários países, incluindo o de Melhor Diretor no Festival Internacional de Filmes Independentes de Nova York e o de Melhor Documentário no Festival Internacional de Filmes Sci-Fi, ambos em 2005. Em 2006, As Luzes de Phoenix: Nós Não Estamos Sozinhos ganhou indicações para Melhor Documentário no Festival Internacional de Filmes de Nova Jersey e teve clipes apresentados nas principais redes de TV norte-americanas, entre as quais a ABC, CBS, NBC, National Geographic e o Travel Channel, durante entrevistas da médica e ufóloga.
Diante da magnitude do Caso Luzes de Phoenix, Lynne colocou sua carreira médica de lado para palestrar intensivamente por todos os Estados Unidos e no exterior sobre seu projeto de investigação. E mostrou não temer debater o tema UFO com céticos e detratores do assunto, saindo-se muito bem. Lynne não se intimida com a reação desdenhosa da mídia e do governo norte-americanos quanto a esse extraordinário e histórico evento. Acredita que existe uma lacuna de informação sobre o Fenômeno UFO que precisa ser preenchida, e diz que está disposta a ajudar a fazê-lo. Depois de décadas disseminando informações valiosas relacionadas à saúde, sua especialidade, ela se sente obrigada a fazer o mesmo pela Ufologia. “É hora de revelar tudo o que sabemos sobre a realidade do fenômeno ufológico de uma maneira franca e clara, porém com credibilidade, para que possamos discutir a manifestação de outras civilizações em nosso meio. E é bom fazer isso antes que seja tarde demais”.
Para começar nossa conversa, a senhora poderia nos falar mais sobre sua vida, suas experiências e profissão? Sou uma médica que se dedicou à educação e à saúde por mais de 30 anos. Além de práticas particulares, em meados dos anos 70 fui consultora de saúde para a rede NBC, na Filadélfia e Pensilvânia, e depois em Phoenix, no Arizona, no início dos anos 80. Também fui especialista médica residente do canal USA Cable, além de pesquisadora, escritora e produtora da série 120 Dicas de um Minuto, publicadas internacionalmente. Em 1985, senti necessidade de levar a educação da saúde para as salas de aula e fundei a empresa Health Education Learning Programs [Programas para Aprendizado da Educação da Saúde], para produzir a série You Make It! [Você faz isso] para escolas e faculdades, incluindo vídeos e livros de exercícios sobre prevenção e educação da AIDS, gravidez na adolescência e abuso de substâncias químicas. Alguns de meus estudos relacionados à saúde estão sendo distribuídos atualmente pela Discovery Education. Por causa do meu trabalho no campo da educação, quando ocorreu o avistamento em massa das luzes de Phoenix, em março de 1997, apesar de sete anos trabalhando no assunto anonimamente, em 2004 eu me senti obrigada a compartilhar este caso com a população. É o que venho fazendo até hoje.
Sabemos que a senhora testemunhou o avistamento das luzes sobre Phoenix, na noite de 13 de março de 1997. Mas e antes daquele fato, já havia visto algo similar que pudesse fazê-la crer que se tratava de um fenômeno de origem desconhecida? Na verdade, eu não tinha qualquer interesse ou conhecimento sobre esse assunto até que testemunhei e fotografei fenômenos inexplicáveis em fevereiro de 1995, junto de meu marido. Moramos nas montanhas vizinhas a Phoenix, em Paradise Valley, e temos uma vista panorâmica do horizonte da cidade. Conhecemos bem as formas dos aviões e helicópteros que cruzam a área, para distingui-las dos fenômenos que registramos. De todos os casos que testemunhei, o do dia 06 daquele mês foi o mais extraordinário e memorável. Eram três objetos circulares de cor âmbar e em formato triangular, um mais acima e os outros dois alinhados logo abaixo, flutuando a aproximadamente 20 m de uma residência e a uns 90 m de nossa casa. Foi incrível e misterioso. Cada objeto tinha entre um e 1,5 m de tamanho e formato de um ovo de lado. Estranhamente, as luzes não se estendiam para fora da borda. Eu sabia que se não tirasse uma foto daquilo, ninguém iria acreditar. Então corri para pegar minha câmera de 35 mm de dentro do armário, quando meu marido me chamou de volta e vimos as luzes do objeto acima desaparecerem vagarosamente, sem se desunirem. Foi uma visão incrível! E mesmo depois que desapareceram, parecia que ainda estavam lá. Fui até a varanda e fiz uma fotografia dos dois objetos inferiores, quando notei um silêncio estranho, como se o tempo tivesse parado. Além disso, senti como se houvesse algo inteligente me olhando de volta. Em seguida, o objeto do canto inferior esquerdo começou a sair de vista e eu rapidamente tirei outra foto daquilo, a única que saiu boa na época. Foi um tremendo impacto para mim confirmar que observei algum tipo de tecnologia extraterrestre avançada, bem do lado de fora da janela de meu quarto. Por dois anos fiquei imaginando se algum dia eu descobriria o que era aquilo.
E depois desse dia a senhora teve outros avistamentos inusitados? Sim, em 22 de janeiro de 1997 e em noites seguidas, menos de dois meses antes do avistamento em massa que ocorreu por todo o Arizona. Mas desta vez os UFOs estavam longe. Depois, foram numerosos e impressionantes avistamentos de 13 de março, que compõe o Caso Luzes de Phoenix. Na primeira noite daqueles acontecimentos havia três objetos circulares mantendo distâncias iguais entre si, em uma formação retilínea bem longe de onde eu estava. Na segunda noite eles apareceram em frente à South Mountain, próximo do Aeroporto Internacional Sky Harbor, de Phoenix. Naquele mesmo local, meia hora depois e em questão de segundos, uma grande fileira de seis objetos surgiu sobre uma árvore. A formação era eqüidistante e estava espalhada por quase um quilômetro de extensão. Comecei a disparar a câmera e obtive cinco seqüências de fotos da frente do fenômeno, que em seguida mudou a formação para a forma de V [Veja fotos neste artigo e no site da entrevistada, www.thephoenixlights.net]. A experiência foi tão impressionante para mim que na manhã seguinte comecei a fazer ligações para descobrir o que era aquilo, procurando por uma explicação lógica. Falei então com controladores de tráfego aéreo do aeroporto, que viram a mesma coisa e nas mesmas horas que eu. Mas eles informaram que as luzes não apareceram nos radares, embora estivessem em espaço aéreo proibido. Um deles disse que pegou binóculos para observar melhor e descreveu o fato como sendo seis pontos de luz totalmente eqüidistantes uns dos outros, flutuando em formação. “As luzes pareciam estar presas a algo, mas não conseguimos ver o que era, pois o objeto se moveu lentamente para trás de South Mountain”, disse-me um deles. Quando eu perguntei o que seria aquilo, não me responderam. Mas excluíram categoricamente a possibilidade de serem luzes sinalizadoras ou qualquer tipo de aeronave convencional.
Foi um tremendo impacto para mim confirmar que observei algum tipo de tecnologia extraterrestre avançada, bem do lado de fora da janela de meu quarto. Por dois anos fiquei imaginando se algum dia eu descobriria o que era aquilo. Mas fiz minhas pesquisas, falei com especialistas e tornei público o que achei
Qual foi a posição dos militares diante do Caso Luzes de Phoenix? De acordo com inúmeras evidências fotográficas obtidas por outras pessoas, o mesmo fenômeno também foi registrado em várias localidades do Arizona, configurando uma onda ufológica sem igual. E eu não apenas capturei aqueles objetos anômalos em filme de 35 mm, mas também pude fazer uma observação detalhada do fenômeno. Muitas outras pessoas também fizeram e todos juntamos nossos dados para avaliar a extensão do fato. As evidências fotográficas provam que, o que quer que tenha sido aquele acontecimento, uma quantidade imensa de pessoas o testemunhou – achamos que eram umas 10 mil no início, mas estimativas apontam que foram pelo menos 100 mil. Isso fez com que os militares passassem a impor uma estratégia de acobertamento dos fatos. Mesmo depois de muito questionados pela população e pela imprensa nacional e internacional, todas as explicações que apresentaram não convenceram. E após cinco meses negando o ocorrido de forma veemente, de repente os militares apareceram com uma justificativa nova, de que a Guarda Aérea Nacional estivera realizando testes com luzes sinalizadoras sobre a Zona de Artilharia de Barry Goldwater, ao sul de Phoenix. Como das vezes anteriores, também esta explicação não funcionou e apenas serviu para confirmar as manobras de acobertamento do caso que estavam em curso. Alguns repórteres pediram então aos militares que repetissem os alegados testes com as luzes de sinalização, o que eles só aceitaram fazer três anos depois. E quando o fizeram, foi um fracasso total. Não chegaram nem perto de repetir o fenômeno visto em todo o Arizona, em 13 de março de 1997. Até hoje, a aparição daquela formação de luzes em forma de V, como se fosse um bumerangue, nunca foi explicada.
Muitas pessoas acabam transformadas após avistamentos como esse. O que as luzes de Phoenix provocaram em sua vida? Quando você passa por uma experiência que está além de seu controle, como essa, o fato definitivamente o afetará para sempre. Ver aquelas luzes mudou minha vida de muitas maneiras. Após o avistamento em massa eu percebi algo que não sabia: que milhares de pessoas em todo o estado tinham visto o que eu já vinha documentando há dois anos. E uma semana depois que as luzes surgiram no céu de Phoenix, descobri que o fenômeno estava acontecendo no mundo todo, em pelo menos 20 países. O que é ainda mais interessante é que outras nações e culturas estavam muito mais abertas a aceitar uma origem sobrenatural para aquele fenômeno. Eu não fazia idéia disso. Isso me colocou numa jornada de sete anos para informar-me dos fatos. Na verdade, deixei minha bem-sucedida carreira médica de lado por quatro anos para buscar uma explicação lógica para o que eu tinha testemunhado e fotografado – e ainda estou procurando uma. Minha busca meticulosa abriu um mundo totalmente novo para mim, e como educadora por mais de 30 anos percebi que essa informação era importante demais para não ser compartilhada com outros.
Quais foram as primeiras providências que a senhora tomou quanto ao assunto? Após eu voltar a trabalhar como clínica chefe no Centro de Imagem, Prevenção e Bem-Estar do Instituto do Coração do Arizona, comecei a editar as melhores informações sobre as luzes de Phoenix que havia registrado no meu diário de 750 páginas, reduzindo o conteúdo para 220 páginas e lançando meu livro As Luzes de Phoenix. A reação à obra foi tão positiva que parti para a produção do documentário Luzes de Phoenix: Nós Não Estamos Sozinhos [Código DVD-025 da coleção Videoteca UFO. Disponível a partir 01 de agosto], que recebeu muitas premiações. Atualmente, tenho feito palestras em todo o mundo sobre o caso e outros fenômenos conexos. Posso dizer que minha vida tomou uma direção nova e maravilhosa, e vai ser interessante ver para aonde ela vai me levar.
Quanto ao Caso Luzes de Phoenix, considerado um dos mais importantes do mundo, descreva o tamanho, formato, cores, sons e manobras que os objetos realizaram? Durante o avistamento em massa, na noite de 13 de março de 1997, milhares de pessoas em todo o Arizona olhavam o céu para ver o cometa Hale-Bopp, que estava visível naquele período. Por isso, creio, é que temos um número tão grande de testemunhas. Muita gente viu as luzes como se estivessem presas a um objeto em forma de triângulo, bumerangue ou ponta de lança. Alguns relataram que o fenômeno tinha até 3 km de extensão, enquanto outros disseram que eram luzes presas a algo, e que estavam planando a aproximadamente 40 km/h. Recolhi relatos de pessoas que afirmaram ter visto artefatos luminosos decolarem a uma velocidade tremenda e outros totalmente silenciosos. Com certeza, seja o que for, aquilo tinha uma tecnologia incrível. Um dos aspectos mais interessantes do caso, no entanto, é que ninguém ficou assustado. Se muito, as testemunhas ficaram admiradas, nervosas ou “agradecidas” por terem visto aquela incrível demonstração. Também é evidente que, quem quer que esteja por traz das luzes de Phoenix, queria ser visto. Para mim, foi apenas mais uma filmagem de pontos luminosos, pois eu já tinha obtido registro semelhante e no mesmo local cerca de dois meses antes. Era uma formação de luzes que pareciam estar presas a algo, e era o mesmo tipo de objeto. Entre os testemunhos mais qualificados que registrei está o de um piloto comercial cuja aeronave já estava próxima do Aeroporto Sky Harbor. Ele não quer ser identificado e nem deu muitos detalhes, mas se comunicou com a torre para perguntar o que eram aquelas luzes, que aparentemente estavam sobre seu avião.
Há possibilidade das luzes de Phoenix terem sido apenas ilusão de ótica ou aeronaves de qualquer tipo? Com certeza, não. As milhares de pessoas que testemunharam o avistamento sabem em seus corações e mentes que aquele fenômeno não era de nosso mundo. De motoristas de caminhão a crianças, de militares a cientistas, de donas de casa a controladores de vôo, todos os moradores do Arizona que viram aquilo sabem que não se tratava de nada terrestre. Até mesmo o ex-governador Fife Symington, que 10 anos atrás zombou do fenômeno, quando ainda estava no cargo, recentemente revelou que também viu o evento e que não se tratava de nada convencional ou facilmente explicável. Symington surpreendeu a Comunidade Ufológica Mundial, em março passado, ao declarar que iria propor ao governo federal a abertura dos arquivos sobre o Caso Luzes de Phoenix, mantido em segredo até hoje.
A senhora acreditava em UFOs antes disso? Eu não tinha qualquer conhecimento ou interesse em UFOs antes de 1995, quando vi um bem de perto. Eu até fugia do assunto por causa de todas as histórias de terror e da zombaria associadas a ele. Além disso, como a maioria das pessoas, estava muito ocupada com minha carreira, meu trabalho comunitário e minha família para pensar em UFOs. Foram necessários sete longos anos após o avistamento das luzes de Phoenix, em que desenvolvi em silêncio uma intensa pesquisa sobre o assunto, assim como tive experiências contínuas de avistamento, para aceitar que esses fenômenos são reais e partir para uma apresentação pública dos fatos que registrei.
O que a senhora acha da política de acobertamento ufológico mantida pelo governo dos EUA? Bem, o que sei é que, qualquer que seja a razão que leva o governo norte-americano a estar reprimindo sistematicamente a divulgação de fatos relacionados aos UFOs, uma coisa é certa: eles têm muito trabalho pela frente! E com a natureza precária do mundo, hoje em dia, eu nem me aventuro mais neste assunto. Meu objetivo é educar as pessoas quanto a isso, incitar o surgimento de uma consciência sobre o assunto e fornecer informações de credibilidade quanto ao fato de que não estamos sozinhos no universo. O público precisa acordar para o Fenômeno UFO, para que possamos seguir nossa evolução de maneira mais completa. Eu me sinto honrada por estar envolvida nessa “causa” e por ajudar muita gente a atingir esse objetivo. E com o aumento da incidência de UFOs em todo o mundo, além das novas tecnologias que estão surgindo para registrá-los, minha esperança é de que o governo venha, em breve, admitir o que está acontecendo. Outros países já o estão fazendo, como o Chile, a França e a Inglaterra. Uma hora chegará a vez dos EUA.
O que a senhora acha que são os UFOs? Eu não sei o que são. Só sei que existem e que está na hora das pessoas acordarem, discutindo-o e estudando-o amplamente. Precisamos aceitar a nova realidade imposta por esse fenômeno para que possamos partir para a fase dois, que será descobrir quem está por trás dele e por quê. Tendo testemunhado esses objetos a curta distância, eles me pareceram interdimensionais. Poderiam ser inteligências interdimensionais, viajantes do tempo, seres extraterrestres etc. Não posso dizer com certeza, e nem é esse o meu objetivo. Mas obviamente há “algo” nos visitando e parece que este “algo” está tentando nos acordar para sua presença, como também nos alertar para o que estamos fazendo com nosso planeta e com nós mesmos, antes que seja tarde demais.
O que quer que tenham sido as luzes de Phoenix, pelo menos mais de 100 mil pessoas as testemunharam, o que torna o caso um recordista. Isso fez com que os militares passassem a impor uma estratégia de acobertamento dos fatos. Mesmo depois de muito questionados, todas as explicações que apresentaram não convenceram
Quais evidências a senhora tem para sustentar que o fenômeno descomunal registrado sobre Phoenix seja algum tipo de dispositivo alienígena? Foi necessária muita pesquisa para que eu concluísse isso. Os dados falam por si, analise-os. Eu percorri grandes distâncias para buscar uma explicação para o que fotografei, indo aos Departamentos de Ótica e de Percepção da Universidade do Arizona, aos Departamentos de Antropologia, Geologia e Matemática da Universidade Estadual do Arizona, e também ao Instituto Brooks de Fotografia. Todos os especialistas que consultei ficaram perplexos com as imagens. O Caso Luzes de Phoenix acabou tornando-se algo muito grande, que ainda merece mais atenção e estudos. As evidências de que se tratou de algo não terrestre, no entanto, não podem ser contestadas ou explicadas. Os professores e cientistas a quem apresentei os fatos, e que investigaram o fenômeno detidamente, ficaram fascinados e afirmaram que ninguém obteve fotos e vídeos como os que eu fiz, mesmo se considerarmos que foram milhares as testemunhas e centenas as fotos feitas. Foi isso, em boa parte, o que fez com que eu me sentisse obrigada a vir a público. Em sã consciência, não poderia simplesmente guardar em uma gaveta o que eu tinha. Todas as fotos e vídeos estão em meu documentário em DVD As Luzes de Phoenix: Nós Não Estamos Sozinhos.
A senhora já teve algum contato com alienígenas? Durante uma experiência de quase-morte em minha infância, me deparei com três seres gigantes vestindo mantos brancos brilhantes, mas não consegui ver seus rostos. Até hoje eu me sinto guiada por aquelas estranhas entidades, embora não faça idéia de quem sejam. Não sei se são ETs ou qualquer outra coisa. O curioso foi que, quando estava entrevistando testemunhas das luzes de Phoenix, algumas me disseram também terem tido experiências de quase-morte, e sentiram que elas haviam sido reavivadas pelo avistamento. Isso me levou a um novo caminho em minha pesquisa, quando constatei uma conexão entre os fenômenos ufológicos e outros, algo que já vinha sendo estudado em nível universitário há décadas. O Projeto Ômega, do doutor Kenneth Ring, por exemplo, ilustra claramente essa ligação. Não apenas as experiências de quase-morte, as viagens extracorpóreas e os fenômenos aéreos inexplicáveis associados a luzes não identificadas têm conexão entre si, como os efeitos resultantes dela são muito positivos em todos os níveis para o ser humano. Uma iluminação interior, o despertar para algo místico, a conexão com universo ou com a própria Terra etc, são partes do processo. Há tempos eu chamo todos os fenômenos inexplicáveis de ups, como em up in the sky [Lá em cima no céu].
O que a senhora acha que os ETs querem aqui? Em minha pesquisa eu entendi que existem seres inteligentes de outras civilizações nos observando. Talvez tenham sempre estado por aqui, talvez sua presença seja para nos ajudar – se nós pedirmos. Mas pode ser que a raça humana não passe de um experimento para eles. De alguma forma, quando voltei da minha experiência de quase-morte, soube de imediato que não estamos sozinhos, que todos foram escolhidos para viver uma vida na Terra e o que nós fazemos com ela é uma escolha individual. Temos livre-arbítrio e um tremendo potencial positivo para fazer o bem, fazer deste mundo um lugar melhor. Creio que há muitas outras inteligências visitando nosso planeta, cada uma com seu próprio estilo de vida e uma razão específica para estar aqui.
E que impacto esses fatos poderão ter sobre a raça humana no futuro? Acredito que essas visitas estão acordando pessoas em todo o mundo para a realidade de que não estamos sozinhos no universo, que existem muitas outras civilizações lá fora. Esta percepção é um grande passo à frente para a humanidade, semelhante a quando nós percebemos que o mundo não era plano ou que a Terra não era o centro do universo. Veja, por exemplo, que nos últimos 10 anos o telescópio espacial Hubble mudou radicalmente a forma como víamos o tempo, o espaço e a gravidade. Ele nos mostrou que nossa galáxia, a Via Láctea – e quem sabe quantos trilhões de outras galáxias pode haver – tem de 10 a 14 bilhões de anos. O Sistema Solar é muito jovem, tendo apenas de 4 a 6 bilhões de anos. Os cientistas já pressupõem que pode haver em outros planetas seres inteligentes milhares de anos à nossa frente. E se essas espécies cósmicas já existem há milênios, faz sentido que tenham progredido além desse estágio adolescente e destrutivo pelo qual estamos passando agora, e que possam querer nos ajudar a também passar por ele. Analisando os milhares de relatos de testemunhas já documentados pela Ufologia, constatamos com facilidade que os fenômenos inexplicáveis parecem estar nos despertando para o que nós realmente somos, seres espirituais, e nos alertando para a forma como conduzimos nosso mundo. Agora que nossa civilização está começando a aceitar a possibilidade de outras dimensões e, conseqüentemente, a existência de outras inteligências, sinto que a raça humana está à beira de uma mudança de paradigma, um maciço despertar de consciência.
Seu livro e o documentário The Phoenix Lights têm sido muito elogiados por levantarem questões importantes referentes ao Fenômeno UFO. Foi muito difícil para uma pessoa com sua formação acadêmica e profissional escrever a obra e produzir o DVD? Deixe-me dizer que minha intenção, mesmo após tudo o que descobri sobre o Caso Luzes de Phoenix, era permanecer anônima. Mas eu sabia que se não viesse a público como eu mesma, assinando o livro como meu e colocando meu nome também no DVD, eles provavelmente estariam mofando em alguma prateleira e não atingiriam seu objetivo. Convenci-me de que o episódio é importante demais para que eu pensasse em proteger minha carreira de uma eventual exposição pública. Assim, mesmo sabendo que seria um grande risco para minha vida profissional e pessoal, me rendi à idéia de compartilhar minhas descobertas e descrever como uma “cética saudável” se transformou numa convicta no Fenômeno UFO. As luzes de Phoenix me atraíram para esse assunto, mas tanto o livro quanto o documentário são sobre algo muito maior do que aquele avistamento. Eles tratam de minhas próprias experiências com fenômenos anômalos antes, durante e depois daquele 13 de março de 1997. No livro, por exemplo, eu me aprofundei nas implicações dessas misteriosas visitas e na fascinante conexão que existe entre todos os fenômenos inexplicáveis já descritos. Mais objetivamente, voltando-me agora para os ufólogos mais ortodoxos, o livro apresenta informações pungentes sobre o Fenômeno UFO, entre as quais minha singular coleção fotográfica das luzes de Phoenix. E o documentário contém, além dela, uma quantidade significativa de filmes feitos por mim e outras testemunhas, mostrados de maneira bastante impactante.
A senhora acha que nossa tecnologia já é avançada o suficiente para esclarecermos o mistério das luzes de Phoenix? Podemos ainda não ter tecnologia para definir com precisão o que era aquele fenômeno, mas certamente estamos diante de fatos que fogem ao ambiente terreno. As luzes não têm nenhuma explicação, convencional ou avançada, e mesmo os cientistas e militares envolvidos em mais de 10 anos de pesquisa do episódio são unânimes em afirmar que o que visitou o estado do Arizona, naquela noite, não tem origem em nosso mundo. Ainda assim, muitas pessoas ficam apreensivas em falar sobre seus avistamentos e compartilhar suas experiências e evidências fotográficas, pois temem a ameaça de serem ridicularizadas. No entanto, há aquelas que colaboraram com a pesquisa de maneira ampla e franca, revelando seu avistamento e os efeitos que ele as causou. O que se vê é que as luzes de Phoenix realmente impressionaram muita gente. Muita gente mesmo. Há quem imaginasse que a Terra estivesse sendo invadida por outra civilização, pacificamente, ou mesmo que estivéssemos recebendo uma visita maciça de nossos vizinhos cósmicos. E parece que foi exatamente isso o que ocorreu.
Como a senhora sabe, os norte-americanos são fascinados por teorias conspiracionistas envolvendo UFOs e extraterrestres. As luzes de Phoenix já foram explicadas de várias maneiras, inclusive que poderiam ser uma criação coletiva do inconsciente coletivo. O que a senhora acha disso? Acho que o assunto se tornou bastante popular por ter ocorrido durante a explosão que a internet teve na segunda metade da década de 90. O caso foi imediatamente espalhado pelo mundo todo em sites, fóruns, listas e salas de bate-papo. De lá para cá, quando se registra algo similar na China, Índia, México ou até mesmo no Brasil, o fato pode ser comparado às luzes de Phoenix ou a outros avistamentos similares. Estabeleceu-se um padrão no Arizona. Mas, é claro, parece mesmo haver um segmento da Ufologia que prefere mergulhar nas teorias da conspiração, ora para alegar que as luzes eram um experimento secreto dos militares norte-americanos para enganar ou testar a população, ora para elocubrar que se tratavam de uma nave alienígena com tecnologia para limpar nosso meio ambiente. Todas as teorias já foram apresentadas, mas nenhuma comprovada. O certo, mesmo, é que instituições científicas e militares, algumas até ligadas ao governo, ainda buscam explicação para o caso. E se esses cientistas e oficiais não sabem do que se trata…
A senhora acredita que as luzes de Phoenix sejam, então, muito mais do que um acontecimento físico, mas sim um elemento social modificador de consciência? Sejam as luzes de Phoenix originárias do espaço, entidades interdimensionais ou parte de nosso mundo espiritual, elas despertaram muita gente adormecida para uma realidade muito maior do que o nosso cotidiano. E isso foi feito de uma forma suave, não ameaçadora. “Eles” não estão apenas nos alertando para sua presença, coisa que já vêm fazendo há séculos, mas também nos sacudindo para vermos o que estamos praticando com nosso planeta e uns aos outros. Estou entre aquelas pessoas que acreditam que nos aproximamos de uma revelação global e de uma comunicação em massa com seres inteligentes provenientes de outras civilizações. Creio que em breve chegará o dia em que finalmente poderemos avançar em nossa própria evolução e nos tornarmos partes de uma espécie de “família universal”, de seres conscientes que valorizam a paz. Enquanto isso, espero que meu esforço em revelar os fatos ocorridos naquela noite de 13 de março de 1997 seja útil a quem procura respostas para as tantas perguntas que ainda se encontram em aberto.
Revista UFO lançará no Brasil DVD sobre as luzes de Phoenix
Equipe UFO
A partir de 01 de agosto estará disponível para os leitores da Revista UFO a versão brasileira do documentário The Phoenix Lights: We Are Not Alone, da doutora Lynne Kitei. O lançamento nacional recebeu o nome de As Luzes de Phoenix e terá o código DVD-025 da coleção Videoteca UFO. O DVD, com 80 minutos de duração, será inteiramente legendado em português. A versão nacional da obra também contará com vários segmentos extras, tratando de diversos aspectos da presença alienígena na Terra. A decisão de lançar As Luzes de Phoenix no país é decorrente do posicionamento da publicação, de manter seus leitores e toda a Comunidade Ufológica Brasileira atualizada sobre os principais acontecimentos do exterior.
Premiação — O documentário é um dos mais elogiados de toda a história da Ufologia Mundial, tendo recebido excelentes citações da crítica especializada de vários países. Mostrando uma miríade e entrevistas com testemunhas e pesquisadores do Caso Luzes de Phoenix, o DVD ganhou o prêmio de Melhor Diretor no Festival Internacional de Filmes Independentes de Nova York e o de Melhor Documentário no Festival Internacional de Filmes Sci-Fi, ambos em 2005. Em 2006, recebeu indicações para Melhor Documentário no Festival Internacional de Filmes de Nova Jersey. “O Caso Luzes de Phoenix exigiu um esforço monumental para ser examinado, devido ao elevadíssimo número de testemunhas”, declarou Lynne Kitei, que produziu pessoalmente o DVD, junto do festejado diretor Steve Lantz.
O caso é um dos principais incidentes da Ufologia Mundial, e certamente um dos mais investigados. Ocorreu em 13 de março de 1997 sobre Phoenix, no estado norte-americano do Arizona, sul do país. Estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham testemunhado a manifestação de uma formação que variava de 3 a 13 luzes no céu, estática por vários minutos. Cientistas, militares, pilotos e controladores de vôo dão depoimentos no DVD e analisam as filmagens feitas pela doutora Lynne e outras testemunhas. Até mesmo o ex-governador do Arizona, Fife Symington, hoje faz pressão para que o governo libere informações sobre o caso.
As Luzes de Phoenix será oferecido aos interessados na seção Shopping UFO da próxima edição e através do Portal UFO [ufo.com.br], em agosto.