Em 1988, um cidadão chamado Milton William Cooper, que alegava ter operado na Marinha norte-americana, agitou o mundo com revelações no mínimo bombásticas. Ele foi uma das primeiras pessoas a afirmar publicamente que o Governo dos Estados Unidos tinha acordos secretos com seres extraterrestres, que mantinha alguns deles cativos e que usava sua tecnologia para desenvolver armas de guerra. Ainda que não tivesse provado absolutamente nenhuma de suas alegações nos inúmeros relatórios que produziu, alguns dos quais longuíssimos e detalhados [Veja edição UFO 010, agora disponível na íntegra em ufo.com.br], o assunto virou polêmica em instantes. Cooper foi imediatamente aclamado como herói pela Comunidade Ufológica Mundial, mas até falecer, poucos anos atrás, viveu no ocaso.
Atualmente, sabe-se que as afirmações de Cooper eram na maioria incorretas ou falsas. O ex-mariner de fato sabia muito sobre o que publicou, mas tinha dados inexatos e incompletos, que agrupou em um único pacote de informações para que tivessem mais impacto. Somou nesse bolo um pouco do que sabia com um tanto do que imaginava saber e mais uma outra porção daquilo que supunha que fosse real. O resultado, como se soube, foi uma mistura em que se viu verdades gravíssimas apresentadas de forma pouco responsável e suposições descabidas expostas como realidade. Mas Cooper teve um importante papel na Ufologia — por ser o primeiro, abriu o caminho para que outros ex-agentes do Governo norte-americano fizessem o mesmo. Assim, aos poucos, pessoas de credibilidade cada vez maior foram surgindo e corroborando tais acusações.
O piloto de provas John Lear, filho do fundador da Learjet Corporation — a maior fábrica de jatos executivos do mundo —, foi um deles. Lear foi amplamente respaldado por uma brilhante e condecorada carreira de piloto de caças, tendo atuado em vários conflitos com reconhecida capacidade. Ele alega ter feito voos de teste com UFOs que eram mantidos pelo Governo na Área 51, que fica a 170 km ao norte de Las Vegas, onde reside. Tais naves haviam sido recuperadas em vários lugares do mundo, após quedas, e foram reconstruídas pelos militares. Foi dentro da tal base secreta que Lear conheceu o físico Robert Lazar, que se tornou seu amigo e lhe revelou que trabalhara com as naves acidentadas. Lazar é um indivíduo polêmico, mas goza de certa reputação no meio ufológico mundial.
Hoje, graças à bravura destes indivíduos, e muitos outros, sabemos que de fato os principais governos do mundo, em especial o dos Estados Unidos, jamais se descuidaram da questão ufológica. Temos conhecimento de que, enquanto gastavam milhões de dólares em campanhas de descrédito e acobertamento do Fenômeno UFO, militares e cientistas norte-americanos empregavam outros milhões, bem mais numerosos, na pesquisa intensa do problema. Há quem afirme que as autoridades de Washington sabem absolutamente tudo sobre nossos visitantes. E, é claro, sabemos também que, pelo menos durante uma época da história, elas já operavam em conjunto com eles. Há, inclusive, uma farta documentação, obtida por vias ilegais, que comprova que já se realizavam encontros oficiais entre militares e ETs em bases aéreas espalhadas pela América do Norte, em plenos anos 50.
Nos anos 90, um novo personagem aderiu ao já expressivo grupo de ex-funcionários do Governo que querem ver a verdade sobre os UFOs e ETs ser amplamente exposta. Assim como os demais, também causou polêmica e atraiu descrédito para si, mas suas afirmações não somente corroboraram as obtidas anteriormente como acrescentaram certos detalhes que são, no mínimo, chocantes. Ufólogos mais ortodoxos, como o físico nuclear Stanton Friedman, por exemplo, garantem que este novo personagem é falso. Mas boa maioria da Comunidade Ufológica Mundial o aceita com um mínimo de restrições. De qualquer forma, ele ainda está tendo seu passado checado para que se saiba ao certo se ele é de fato quem afirma que é e se realmente teria condições, ocupando os cargos que alega ter exercido, de saber os fatos que afirma. Seu nome é Michael Wolf, um cientista que trabalhou em projetos secretos, hoje falecido de câncer no fígado.
Sequestradores do céu
Sua história é uma das melhores que já se ouviu principalmente porque foi, segundo ele afirmava, designado por seus próprios superiores para ser o elemento que iria gerar um fluxo de vazamento controlado de informações de caráter ufológico, de natureza ultraconfidencial, que setores do Governo norte-americano querem ver revelados — o que os militares em geral não permitem. Para tanto, ele teve durante certo tempo de sua carreira acesso a níveis elevados de dados mantidos pelo Governo. Entre tais informações estariam fatos sobre a origem, natureza e mecânica dos UFOs, além de detalhes sobre contatos que seus tripulantes estariam fazendo com os humanos, inclusive com envolvimento governamental. No entanto, para desempenhar seu papel, teria que manter certos segredos, os mais estarrecedores, ainda ocultos. E esse foi seu dilema: revelar tudo o que sabia ou apenas o que lhe mandaram?
Por manifestar tal inconformidade, agravada ainda por uma doença que lhe retirou a mobilidade e o condenou a uma cadeira de rodas para o resto de sua vida, foi aos poucos sendo desligado dos projetos de que participava. Nos seus últimos anos o cientista era um homem isolado, sobre cuja identidade o Governo apagou quase todos os registros — por mais que se pesquisasse sobre seu passado, não surgem evidências dos cursos que fez em várias universidades, assim como especializações e pós-graduações. Também o registro de sua carreira em diversos postos governamentais foi deletado. Ele alegava ter trabalhado como fornecedor independente para a Agência Central de Inteligência (CIA), a Agência Nacional de Segurança (NSA) e o Conselho de Segurança Nacional (NSC). Mas não podia provar. Segundo Wolf dizia, “apagar o passado de alguém é comum para proteger e isolar indivíduos que tenham trabalhado em programas especiais ou confidenciais”.
A história de Michael Wolf é uma das melhores que já se ouviu principalmente porque foi, segundo afirmava, designado por seus próprios superiores para ser o elemento a gerar um fluxo de vazamento controlado de informações de caráter ufológico
Além disso, há sempre o risco de um funcionário desses programas decidir por conta própria falar mais do que deve, e por isso, como forma de desacreditá-lo, o Governo apaga os registros de suas atividades, fazendo-o parecer um joão ningu&eacu
te;m. Wolf, ao vir a público, ainda que por meio de um seleto grupo de ufólogos dos Estados Unidos, garantiu que teve que assinar um juramento de segurança através do qual se comprometia a não publicar trabalhos em revistas científicas sobre suas descobertas, enquanto trabalhara para os militares. O resultado disso é que o doutor Wolf sequer podia provar que existia como pessoa física.
O doutor Wolf decidiu contar ao mundo o que sabe sobre as civilizações extraterrestres com quem estamos em contato porque, como disse, “isso é algo que temos direito de saber”. Ele também foi motivado pela necessidade de sentir que está contribuindo com a humanidade e admite que essa percepção tardia o fez reavaliar a importância de manter em segredo todas as coisas nas quais tinha trabalhado. Seus esforços para persuadir seus chefes a deixarem-no publicar e falar tudo o que sabia — e não apenas o que lhe autorizaram — tiveram algum sucesso. Ainda nos anos 90 lançou seu livro The Catchers of Heaven [Sequestradores do Céu, Dorrance, 1996], com uma miríade interminável de fatos absolutamente surpreendentes sobre a atuação do Governo dos Estados Unidos na questão ufológica. No entanto, evidentemente, sofreu restrições — a obra só foi aprovada para publicação com a condição de que fosse apresentada como ficção científica. “Ainda assim, o livro só contém revelações reais sobre a presença extraterrestre”, garantia.
Wolf trabalhou na sequência de sua obra, escrevendo Bright White Light Quartet [Quarteto de Luz Branca e Brilhante, Dorrance, 1998], no qual deu mais informações sobre sua experiência pessoal com extraterrestres, sua comunicação com civilizações alienígenas e missões que desempenhou. Desde que lançou The Catchers, no entanto, com a polêmica causada no meio ufológico, o doutor Wolf resolveu tornar públicos fatos que teve conhecimento recentemente ou que, por algum motivo, omitiu naquela obra — e estes, se reais, são igualmente assustadores. Com um ritmo frenético, comum aos gênios, o autor era uma usina de informações, ainda que não forneça detalhes vitais sobre muitas delas. De qualquer forma, em volume e profundidade sem precedentes, os segredos que estavam emergindo sobre os programas de acobertamento do Governo dos Estados Unidos são no mínimo o que pode ser considerado a revelação máxima.
Wolf que, ainda quando criança, já estava familiarizado com fatos secretos e encontros com extraterrestres, pois acompanhava seu pai à Base Aérea de Andrews, na Califórnia, onde trabalhava. Em uma ocasião, seu pai se encontrou com o chefe do Conselho de Desenvolvimento de Pesquisa Aérea em sua presença, quando foram tratados assuntos relativos a alienígenas. Wolf prestou muita atenção e descobriu, mais tarde, que ter contatos com ETs era possível. Ele chamava a um deles, particularmente, de “pequeno navegador cinza”. Seu pai também um dia admitiu ter sido visitado por ETs cinzentos e contou a ele várias vezes sobre esses raptos e raptores, de onde extraiu inspiração para o título de seu livro. O filho de Wolf, Daniel, mantendo a tradição da família, também teve experiências com seres extraterrestres. Quando tinha apenas 12 anos, Wolf fundou uma associação estudantil de pesquisa de discos voadores e, à noite, ele tentava se comunicar com extraterrestres usando sinais de luz.
Mentira revelada
Em 24 de dezembro de 1954, tal esforço foi observado por George Williamson, então funcionário da CIA. Williamson, em Road in the Sky [Estrada no Céu, Black Books, 1999], escreveu que o jovem Wolf estava transmitindo mensagens a inteligências espaciais usando raios de luz modulados. A brincadeira tornou-se séria — o então jovem pedira telepaticamente para que os ETs confirmassem o recebimento de suas mensagens, voando sobre sua casa. Wolf garantia que, cinco minutos depois de tal pedido, dois discos voadores voaram sobre sua residência em direção ao norte, como havia solicitado. Imaginação fértil de um gênio precoce? Não se sabe e nunca vai se saber, mas o livro de Williamson realmente existe e nele há tal citação.
Não eram os seres extraterrestres que estavam rompendo os tratados com o Governo dos Estados Unidos, mas este que decidia não levá-los adiante em muitos casos. Especialmente quando a política vigente mudava e se atirava em naves extraterrestres
Wolf afirmava que, ao crescer, intensificou suas atividades de pesquisa de UFOs. Por causa disso, certas agências de inteligência começaram a manter vigilância sobre sua casa. Ao verem que seu trabalho era muito sério, uma dessas agências o recrutou quando era adolescente. Wolf contava ainda que o governo de seu estado pagou a cara educação que teve, inclusive faculdade, porque viu que tinha de fato relação com os ETs e por ter sido o estudante mais brilhante que já se tinha visto. Mas seus estudos sofreram uma paralisação quando serviu na Guerra do Vietnã, atingindo, anos mais tarde, o posto de coronel da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Foi também piloto e cirurgião e atuou como oficial da inteligência para as citadas CIA e NSA. Segundo ainda afirmava — e não provava —, Wolf recebeu os títulos de doutor em medicina (especialista em neurologia), Ph.D. em física e ainda doutor em ciências da computação. Budista, também seguia o Judaísmo e tinha afinidade com a espiritualidade dos nativos norte-americanos.
Encontros com extraterrestres
De 1972 a 1977, o doutor Wolf esteve engajado em pesquisas governamentais secretas sobre tecnologia extraterrestre. Ele garantia — e igualmente não podia provar — que se encontrava com extraterrestres quase todos os dias durante seu trabalho. Dizia que chegava a dividir seu alojamento com alguns deles enquanto fazia pesquisas em um laboratório governamental. “Haviam seres que eu chamava de ‘zetas’, que trabalhavam em instalações subterrâneas, requisitados pelo Governo. Alguns eram mantidos em uma espécie de cativeiro”, afirmava. Segundo estimava, o governo instalou vários programas de cooperação conjunta entre militares e seres extraterrestres, de várias civilizações. Não sabia quantos, mas dizia que muitos desses programas foram desativados logo no início. “Não eram os ETs que estavam rompendo os tratados com o Governo, mas este que decidia não levá-los adiante em muitos casos. Especialmente quando a política vigente mudava e se atirava em naves extraterrestres”.
Quando perguntado como os ETs mantidos em cativeiro não se libertavam ou eram libertados por seus pares, já que têm tamanha tecnologia, Wolf dizia que os cientistas do Governo dos Estados Unidos haviam descoberto que os seres não conseguiam se desmaterializar ou escapar se houvesse um campo eletromagnético extremamente forte ao seu redor. “Eu não cheguei a ver, mas ouvi de outro funcionário do Governo a descrição de paredes com um metro de espessura, com muitas bobinas em seu interior, localizadas no laboratório da Força Aérea de Haystack”. O cientista disse, no entanto, que tomou conhecimento de iniciativas governamentais para manter relações diplomáticas melhores com os alienígenas, mas tais esforços eram muitas vezes frustrados pelos militares, que os tratavam de forma hostil. “Eles queriam é atirar nas naves”. Isso é irônico, pois o próprio doutor Wolf havia anteriormente afirmado que a tecnologia para o desenvolvimento do programa Guerra nas Estrelas havia sido passada aos Estados Unidos pelos seres extraterrestres, como uma forma de impedir eventuais ataques de civilizações “não alinhadas”.
Entre os laboratórios onde ele trabalhou está o secretíssimo S-4, que fica a nordeste da área de teste de armamentos no Nevada, próximo à Área 51. Ele também afirmou ter morado por um tempo nesta área e ter trabalhado no laboratório da Divisão de Tecnologia Estrangeira, na Base Aérea de Wright-Patterson, em Ohio, e na base secreta subterrânea de Dulce, perto da fronteira do Novo México com o Colorado. Wolf garantiu ainda que havia muita atividade envolvendo ETs no laboratório da Base Aérea de Edwards. Mas há coisas que ele não revelava — quando instado sobre o que se desenvolvia em tais bases, veio à tona uma pergunta a respeito do complexo existente na Base Aérea Auxiliar de Indian Springs, próxima à região de testes em Nevada, e sobre isso ele foi taxativo: “Não posso dizer nada sobre esse assunto”. Por que, se já havia feito tantas e tão arrepiantes revelações? Este é um mistério que teremos que aguardar algum tempo para ver resolvido…
A partir de 1979 o doutor Wolf passou a atuar como cientista consultor para assuntos extraterrestres de vários presidentes e do Conselho de Segurança Nacional. Ele também alega ter sido membro de um desconhecido grupo de cientistas do subcomitê de gerenciamento de informações sobre UFOs, ligado ao Majestic-12 ou MJ-12. “Os nomes em código que eu usava lá eram ‘Griffin’ e ‘Nu Kappa Eta’, e logo fui promovido a chefe do Alphacom, meu primeiro grupo de estudos sobre assuntos extraterrestres, que também incluía um almirante da Inteligência naval”. Wolf relatou que os generais com os quais trabalhou sentiam-se impotentes face à desafiadora superioridade da tecnologia extraterrestre e suas habilidades mentais. Foi por causa desse sentimento de inferioridade, um anátema para os militares, que se autorizou uma intensa e extensiva campanha de desinformação para desencorajar qualquer tentativa dos civis em conseguirem o mínimo entendimento sobre os extraterrestres. “Os generais jogavam para ganhar”.
Mas uma revelação ainda mais perturbadora feita pelo doutor Wolf diz respeito à existência de um grupo de militares rebeldes dentro das agências de Inteligência envolvidas no acobertamento ufológico. Tal grupo conspirador não concordava apenas com a manutenção sistemática de uma política de sigilo aos UFOs — ele queria que as naves e seus tripulantes fossem tratados com a maior hostilidade possível, inclusive com armamentos sofisticados. Formado por oficiais extremistas, fundamentalistas, xenófobos, racistas e paranoicos, que odiavam os extraterrestres, tal grupo foi denominado informalmente de “A Trama”. Sem nenhuma autorização presidencial, A Trama comandava o armamento do programa Guerra nas Estrelas, modulando-o para derrubar naves extraterrestres. Foram os integrantes de tal grupo que mantinham ETs prisioneiros, usando métodos extremos para extrair informações à força. “Um militar de alta patente, considerado amigo pela A Trama, mas que secretamente a odeia, é um de meus melhores informantes”, garantiu o doutor Wolf em certa ocasião.
Roubar informações secretas
Boa parte das revelações mais bombásticas do cientista tem relação com A Trama. Segundo afirmava, ela controlaria ainda alguns ufólogos bem conhecidos em todo o mundo. Wolf dizia que o diretor de uma grande organização ufológica norte-americana, sem mencionar qual, estava profundamente envolvido com ela. Dizia ainda que outro ufólogo do país era pago pela A Trama para roubar informações de seus colegas. “Muita gente na Comunidade Ufológica Mundial é paga por oficiais ligados àquele grupo. E muitos outros são alimentados com informações secretas que se consideram publicáveis”. Será? Muita gente acredita nisso mesmo sem Wolf ter feito a revelação.
Como consultor presidencial, o cientista teria visitado o presidente Bill Clinton nas salas privadas da Casa Branca e ouviu dele algumas revelações. Mas falava que Clinton não sabia nem de 10% da verdade sobre os UFOs. “Gostaria imensamente de poder contar tudo ao presidente, mas não posso. Meus chefes não iriam deixar”, desabafou. Possuindo uma das mais altas autorizações de segurança, Wolf esteve em posição extremamente qualificada para saber o que o Governo detém sobre a presença extraterrestre — fatos que estão acima do executivo da nação. “Clinton não sabe quase nada sobre a Área 51 ou do S-4, pois tem autorizações restritas a certos níveis de informação”. Tais autorizações seriam apenas Above Top Secret [Acima de confidencial] e Need to Know [Demanda de conhecimento]. Clinton, ainda segundo Wolf, não possuiria a autorização Ultra Top Secret [Bem acima de confidencial] para ter acesso aos segredos de nível mais elevados mantidos pelo Majestic-12 — entre eles os documentos Keystone sobre pesquisa extraterrestre. Sobre o MJ-12, aliás, o cientista discorria longamente, alegando ter grande familiaridade com suas atividades.
Também interessante foi a revelação de que Albert Einstein tinha contatos com extraterrestres. Segundo Wolf, teria sido a partir destes encontros que Einstein criou suas teses mais revolucionárias, como técnicas de obtenção de energia a custo zero
Wolf dizia que, assim como muitas agências fed
erais dos Estados Unidos, também o MJ-12 triplicou de tamanho nos anos 80. Nessa ocasião, o organismo ultrassecreto teria passado a contar com 36 membros, incluindo o ex-secretário de Estado Henry Kissinger e o pai da bomba de hidrogênio, Edward Teller. “O MJ-12 se reunia em vários locais confidenciais, inclusive no Instituto Memorial Battelle, em Columbus, Ohio”, garante. Como adendo, o cientista confirmava que foi o próprio Teller quem recomendou o físico Robert Lazar para a posição que ocupou na Área 51 e em S-4, onde ajudou a desenvolver projetos de estudos de engenharia reversa nos sistemas de propulsão de naves extraterrestres.
Mas quando inquirido sobre quem seria o chefe do MJ-12, Wolf se recusou terminantemente a responder. “Este organismo é autônomo e não responde a ninguém, nem mesmo ao presidente”. Quando um ufólogo norte-americano levantou a suspeita de que ele mesmo fosse também um membro do MJ-12, ele apressou-se em afirmar que não poderia comentar tal coisa. Mas falou da atuação de renomados cientistas trabalhando em áreas científicas de ponta — um deles seria o doutor Hall Puthoff, cuja pesquisa inclui a energia a custo zero, que pode substituir o petróleo e fornecer uma fonte de eletricidade limpa para o mundo. Wolf trabalhou também com cientistas que desenvolveram uma técnica de visão remota para o Governo norte-americano, ao mesmo tempo em que Puthoff fazia estudos neste sentido no Instituto de Pesquisa de Stanford. Ele dizia que o astrofísico teórico Stephen Hawking também se dedica a estudos que envolvem ETs, o que seria, se verdadeira, uma informação absolutamente inédita.
Outro personagem importante, mas desconhecido, da Ufologia com quem Wolf teve relacionamento, é o almirante Bobby Ray Inman, ex-chefe do Agência Nacional de Segurança (NSA) e depois presidente da Corporação Internacional para Aplicação da Ciência (SAIC). Esta foi a entidade identificada pelo coronel da Força Aérea Norte-Americana (USAF) Steve Wilson, pioneiro da Ufologia Norte-Americana, como sendo a companhia que produzia motores antigravitacionais para UFOs fabricados nos Estados Unidos. Quando perguntado sobre isso, o doutor Wolf confirmou que Wilson tinha identificado Inman também no comando da empresa Decisão para Aplicações da Ciência (DSAI), ainda mais engajada com a presença extraterrestre. E ainda disse que “Inman não sabe tanto quanto a comunidade ufológica acha que ele sabe. Inman sequer sabe de tudo o que a DSAI é capaz”. O DSAI é formado pelos líderes de várias corporações industriais envolvidas no desenvolvimento de armas militares secretas baseadas em tecnologia absorvida de extraterrestres.
Tecnologia alienígena
Entre os fatos mais interessantes das revelações do doutor estavam detalhes das operações de resgate e recuperação de UFOs acidentados nos Estados Unidos, depois estendido a outras partes do mundo. O projeto encarregado dessa tarefa levava o nome de Pounce e era altamente confidencial. Segundo o cientista e autor do The Catchers, o primeiro objeto voador não identificado que teria sido resgatado pelos norte-americanos caiu em 1941, no Oceano Pacífico, a oeste de San Diego, na Califórnia. Sua recuperação foi feita pela Marinha, que desde então tem tido posição de liderança em assuntos ufológicos no país. “No entanto, como se sabe, a queda mais famosa e ruidosa deu-se em 1947, a nordeste de Roswell, no Novo México. Neste caso, foram as unidades aéreas que recuperaram os destroços, como foi relatado pelo coronel Philip Corso em seu livro Dossiê Roswell [Educare Brasil, 2004]”.
Sobre as muitas declarações de Corso, aliás, Wolf confirmou como verdadeiras as revelações de que os LEDs [Diodos emissores de luz] e a supercondutividade estão entre as tecnologias extraídas dos escombros resgatados em Roswell — e mais tecnologia alienígena teria sido conseguida pelos Estados Unidos em sucessivas quedas, analisando-se os destroços de outras naves. “No início, elas foram um bom material de pesquisa e sobre elas utilizou-se o que passou a ser chamado de engenharia reversa, que consistia em desmontar peças de UFOs e tentar remontá-las, para ver como funcionavam. Era uma espécie de ‘desinvenção’ de artefatos”, dizia o cientista. Em uma queda ocorrida um ano após Roswell, em 1948, foi resgatado um alienígena ainda vivo, cinzento e baixinho, apelidado imediatamente de entidade biológica extraterrestre, ou EBE. Ele ficou cativo desde sua captura até sua morte, em 1953. Wolf garantia que os cientistas do Governo se comunicaram com EBE pela primeira vez usando ideogramas.
Logo após a queda de Roswell também houve uma grande mudança nas Forças Armadas norte-americanas. O Departamento da Força Aérea, até então, não era um organismo isolado, mas um segmento do Exército, chamado de Força Aérea do Exército. Foi apenas com a mudança que passou a ser uma arma independente. A partir de então se viu o surgimento de um complexo cada vez maior e mais intricado de operações destinadas ao tratamento da questão ufológica. Em seguida, por meio de uma lei de segurança nacional, a CIA foi criada e passou imediatamente e envolver-se nas operações — que eram consistidas, principalmente, da pesquisa camuflada de ocorrências ufológicas, do acobertamento dos fatos perante à imprensa e da aplicação de descrédito a ufólogos e testemunhas. “As raízes da política de sigilo aos UFOs que vemos hoje está nas operações iniciadas em 1947”, garantia Wolf, no que concorda quase unanimidade da Comunidade Ufológica Internacional.
Ligação sutil
Quanto à informação sobre sua participação em trabalhos envolvendo engenharia genética, o cientista revelou que o genoma humano completo já foi mapeado secretamente pelos cientistas do Governo dos Estados Unidos, o que, lamentavelmente, contradiz as atuais informações de que os dados só estarão completos no atual século. Ele dizia também que os cientistas chegaram a trabalhar com genética extraterrestre — para Wolf existiam humanos com genes híbridos terrestres e extraterrestres, e essas pessoas ele chamava de “divididos”. “Divididos são humanos com genes híbridos, causados devido à intervenção dos ETs em nosso passado, juntando material de sua origem com a da nossa”.
Mais uma vez, o cientista fazia uma alegação extraordinária. Sobre isso ele ia ainda além, garantindo que existiam projetos governamentais de pesquisa em que cientistas criaram híbridos de humanos e extraterrestres resgatados em quedas, tentando replicar a engenharia genética destes últimos. Wolf explicava que a coleta de tecidos e órgãos de animais em mutilações verificadas em todo o mundo — especialmente de gado —, causadas por nossos visitantes, era feita para preparar novos órgãos que possam se adaptar ao corpo humano. &
ldquo;Estas operações são altamente complexas e servirão para se desenvolver mecanismos para filtrar partículas que estão nos matando quando poluímos o planeta. Os ‘Divididos’ nos ajudam a coletar tais materiais”.
Mas, sempre segundo o que cientista afirmava, os seres extraterrestres também têm outras preocupações. Eles estariam, assim como nós, buscando respostas para os mesmos enigmas que nos inquietam, como por exemplo Deus e morte. Wolf teve acesso a informações que teriam sido passadas por ETs aos militares norte-americanos, entre elas a de que os mundos da galáxia estariam conectados de forma muito sutil. Em função disso, nossas experiências atômicas poderiam afetar inúmeras civilizações em regiões do universo próximas a nós. “Os humanos estão começando a mudar e estão procurando suas raízes espirituais”, dizia o autor, que advertia quanto às experiências com genética humana.
Ele mencionava brevemente, alegando não poder revelar tudo o que sabe, um projeto ultrassecreto do Departamento de Defesa dos Estados Unidos ligado à clonagem de seres humanos de forma a criar uma criatura perfeita — que poderia ser, por exemplo, um soldado altamente eficiente que obedeceria ordens sem questionar. Experiências dessa envergadura têm sido tentadas secretamente em inúmeros laboratórios. Sua lógica é a mesma que leva instituições de genética molecular dos Estados Unidos a desenvolver armas biológicas. A AIDS seria uma dessas armas, construída a partir da manipulação de genes de microrganismos diferentes. Como não poderia deixar de ser, Wolf também discorria sobre o assassinato do presidente J. F. Kennedy, que, segundo ele, teria envolvido múltiplos grupos e interesses.
Militares linha-dura
Os cubanos exilados nos Estados Unidos o odiavam pela falha na invasão da Baía dos Porcos. A máfia perseguia Kennedy por causa dos implacáveis processos que moveu contra mafiosos do mais alto nível, especialmente aqueles coordenados por seu irmão, o procurador-geral Robert Kennedy, mais tarde também assassinado. Executivos e militares linha-dura na CIA odiavam Kennedy porque queria tirar o país da Guerra do Vietnã. E por aí vão os inúmeros motivos que levaram ao assassinato do democrata. “Mas, entre os mais graves, está o fato de que Kennedy pretendia tornar públicas as descobertas da CIA sobre os UFOs, e isso era inadmissível para os militares. Por isso ele foi silenciado”. Neste ponto, as alegações de Wolf são as mesmas das de Cooper, que também não as provara.
Também bastante interessante foi a revelação que o cientista faz de que Albert Einstein tinha contatos com inteligências extraterrestres. Segundo ele, teria sido a partir destes encontros que Einstein criou suas teses mais revolucionárias, resultando, tempos depois, no desenvolvimento de técnicas de obtenção de energia a custo zero e em uma maior compreensão da teoria dos buracos negros. “Todas estas formas de tecnologia de ponta permitem ao Governo a pesquisa de protótipos de aeronaves surpreendentes, semelhantes aos discos voadores e operando com antigravidade. “Se os extraterrestres atravessam galáxias manipulando o tempo e o espaço para chegar ao seu destino, um dia haveremos de fazer o mesmo, caso utilizemos a energia apropriada”. Ele também dizia que os militares estavam treinando pilotos para usar suas mentes para guiar protótipos avançados. “Cientistas descobriram que alguns UFOs são operados por comandos mentais”, afirmava.
Com todo seu vasto currículo, mesmo que ainda que sem confirmação, e após tantos cargos importantes que ocupou, o doutor Michael Wolf era um homem modesto. Morava sozinho em um apartamento simples e ainda lamentava a trágica morte de sua esposa e do filho Daniel, anos atrás. Enfrentando duas doenças terminais de degeneração da espinha e uma doença debilitante que o condenou à cadeira de rodas, ele passou a se dedicar a escrever suas memórias e a narrar para a humanidade tudo o que alega ter presenciado. Wolf tinha a esperança de ver o dia em que o segredo sobre a presença extraterrestre na Terra seria exposto de uma vez por todas, sem que fosse mais necessário que pessoas como ele, ex-funcionários do Governo, tenham que vir a público arriscar suas vidas para fazê-lo. Suas histórias são sem dúvida estarrecedoras e, se reais, dão uma ideia do que há por trás do Fenômeno UFO e de sua manipulação por nossas autoridades.