Há dois fenômenos ocorrendo na natureza em relativa abundância, mas eles só são conhecidos por poucas pessoas. Tratam-se dos orbs e rods, estruturas que parecem pertencer a um mundo invisível, mas mesmo assim alcançáveis pelo ser humano. Sua constatação parte do próprio avanço tecnológico das pesquisas científicas atuais. Estas estranhas estruturas encontradas, em nosso meio ambiente fogem, ao padrão até mesmo da própria Ufologia. Neste texto, vamos analisar a questão com a devida profundidade.
Em 1994 começaram a circular na internet imagens de estranhas estruturas captadas quando se utiliza uma câmera de vídeo em determinadas condições. Elas foram rapidamente batizadas de rods por seu descobridor, o mexicano naturalizado norte-americano José Escamilla, o primeiro a registrá-las e disponibilizá-las na rede mundial de computadores. Os rods são captados quando se filma, por exemplo, o clarão do Sol, quando o mesmo está oculto por um muro ou algum obstáculo sólido. Uma tradução para o termo rods, empregado por Escamilla para explicar o fenômeno, seria bastonete, forma que normalmente se apresenta nas imagens. Mas o que seriam? Comecei a ter idéia somente em 2000, quando assisti em vídeo alguns registros dessas estruturas, feitos aqui no Brasil pelo pesquisador e consultor de UFO Roberto Affonso Beck. Utilizando uma filmadora comum e um método próprio de filmagem, Beck obteve diversos minutos de gravação que, quando analisados em câmera lenta ou quadro a quadro, revelaram dezenas de rods com uma nitidez impressionante.
O que chama a atenção de imediato é sua velocidade. Para se conseguir visualizá-los é necessário passar a fita quadro a quadro, pois cruzam a tela muito rapidamente. Podem ser vistos em um ou dois quadros no máximo, devido ao seu rápido movimento. São constituídos por diversos segmentos interligados, como se fossem vagões de um trem. Cada um tem uma região central na forma de um bastonete, rodeado por algo que se assemelha a aletas ou pequenas asas. A posição relativa dessas aletas varia de um quadro para outro, sugerindo que estão ligadas ao seu movimento. Outra característica intrigante dos rodos é que, aparentemente, não conseguimos ver seu fim. Ao invés de demonstrarem uma extremidade bem definida, apresentam um corte abrupto que ocorre antes mesmo do término de um segmento. Quando se passa de um quadro para o seguinte, a posição do corte se altera em ambas as extremidades. Parecem estar constantemente saindo de uma fenda no céu, como se esse fosse um mar no qual eles mergulham ou passam através.
Os rods surgem a diferentes distâncias da câmera. Alguns aparecem tão longe que ficam pequenos e mal podemos visualizar suas características. No entanto, num dos casos, um deles estava tão próximo que apareceu desfocado. Isso nos deixa com uma dúvida intrigante: será que podemos nos chocar com algum deles a qualquer hora? Existem muitos questionamentos quando o assunto é a natureza dos rods, principalmente porque ainda são pouco conhecidos do público que se interessa por Ufologia e temas similares. Em uma enquete realizada no site da Revista UFO, cerca de 43,9% dos internautas nunca ouviram falar deles. Do restante, metade acredita se tratar de um fenômeno ótico, sendo que 5,3% acreditam que os mesmos sejam insetos e 4,9% opinaram que são algum tipo de sonda. No entanto, aproximadamente 39% dos consultados acham que os rods representam uma nova forma de vida.
Um estranho fenômeno ocorreu indicando possíveis rods quando o famoso médium Francisco Cândido Xavier – o Chico Xavier –, falecido em 2002, estava internado em estado grave com pneumonia no Hospital Doutor Hélio Angotti, em Uberaba (MG). No quinto dia de internação, um cinegrafista da Rede Globo, ao fazer uma tomada da fachada do hospital para uma reportagem, captou uma estranha luz que se movia do alto do prédio e chegou a desaparecer nas proximidades da janela do quarto do médium. Analisando-se a filmagem quadro a quadro, nota-se que a luz surgiu do nada, aumentando de intensidade gradativamente. No meio do percurso parece dividir-se em duas, para posteriormente mesclar-se numa luz só, antes de seu desaparecimento. Curiosamente, nesse dia o médium apresentou uma surpreendente melhora em seu estado de saúde, fato esse confirmado por seu médico, Eurípedes Tahan Vieira. Ele declarou que “foi daquele momento em diante que ele passou a melhorar. A febre desapareceu, sua respiração melhorou e ele ficou mais alerta”. Chico Xavier contou, posteriormente, que recebera uma visita em forma de um raio de luz e explicou: “Era minha mãe”. Veio a falecer exatamente um ano depois do ocorrido, quando o Brasil comemorava o pentacampeonato da Seleção Brasileira de Futebol.
Exames positivos — A análise cuidadosa do vídeo e das circunstâncias em que a imagem foi realizada eliminou diversas possibilidades, tal como mau funcionamento da câmera, fenômeno atmosférico ou reflexo. Teria sido um rod o fenômeno registrado pelo cinegrafista? É interessante ressaltar que um padrão que tem se alterado ao longo dos anos é o tipo de local onde os rods são encontrados. Inicialmente, quando registrados por Escamilla, eram filmados sempre sob o clarão do Sol. Beck também utilizou essa técnica e verificou diversos deles em sua antiga residência, em Brasília (DF).
No entanto, a estrutura filmada no hospital onde se encontrava o médium Chico Xavier foi registrada em condições diferentes: na ocasião, filmava-se o prédio do hospital, sem que houvesse o clarão do Sol nas proximidades. Além disso, rods foram verificados em um recente vídeo produzido por Escamilla, contendo imagens feitas no interior da Caverna dos Swallows, no México, quando registrava esportistas que praticavam salto de base jump. A caverna é tão profunda quanto a altura do Empire Center Building, em Nova York, e por esse motivo procurada constantemente por base jumpers. Tais imagens, obtidas em condições tão adversas, nos deixam uma dúvida: serão tipos diferentes de rods que estariam sendo captados ou são nossos meios e recursos de filmagem que estão melhorando e os detectando em diferentes condições não verificadas anteriormente? Segundo Escamilla, os tipos filmados “são os ‘centopéia’, que têm apêndices em volta do torso, bem como os rods brancos, que não têm apêndices e se parecem com uma fita ou faixa, além dos ‘arpões’, que são super finos e muito rápidos, sem apêndice algum”. Além disso, eles apresentam uma variedade de cores: amarelo, branco, marrom escuro ou avermelhado. No Brasil, os rods filmados pelo consultor de UFO são esbranquiçados e com apêndices em torno do eixo central.
;logo Roberto Affonso Beck, consultor de UFO
Filmando rods — A tarefa de filmar rods não é fácil e requer alguns cuidados para que não ocorram danos à sua visão ou ao equipamento. Não espere resultados imediatos. Trabalhe com muita paciência e perseverança. Deve-se utilizar uma filmadora comum. Se estiver disponível uma câmera que tenha recurso de filmar com velocidades de 1/1.000 ou 1/2.000 – tipicamente usada para registrar movimentos rápidos, como em atividades esportivas – melhor, pois esse recurso auxiliará em algumas experiências. Tome o cuidado de não olhar diretamente para o Sol, bem como apontar a câmera de vídeo, pois além de causar danos à sua visão, poderá danificar o sensor de luz ou visor do equipamento. Deixe o astro se ocultar por detrás de algum obstáculo natural – uma casa ou muro – e aponte a filmadora para o clarão que o circunda. Faça vídeos por cerca de 30 minutos, inicialmente em modo de gravação normal e sem zoom. Posteriormente, podem ser realizadas experiências usando o recurso de alta velocidade do obturador e com alguma aproximação, sem exageros.
A busca por rods na imagem deve ser realizada primeiramente com o vídeo em velocidade normal e, depois, em câmera lenta. Nos pontos da gravação onde se suspeita estar registrado algum fenômeno, a observação do filme precisa ser feita quadro a quadro. É necessário anotar cada instante de tempo em que aparece algo suspeito, sendo que esses trechos da filmagem devem ser exaustivamente examinados com os recursos de câmera lenta e pausa, para se identificar um possível rod. Teorias das mais absurdas têm surgido para explicá-los como algo conhecido. Muitos imaginam que sejam insetos capturados pela câmera. Todavia, uma análise mais detalhada mostra que são coisas totalmente diferentes. Pude acompanhar a análise dos vídeos do pesquisador Roberto Beck, realizada em uma produtora de São Paulo. Utilizou-se para isso um equipamento profissional de filmagem, com poderosos recursos de câmera lenta, avanço quadro a quadro e digitalização das imagens.
O que foi observado são estruturas semitransparentes que cruzam o campo da filmadora em alta velocidade. Embora suas extremidades apareçam indefinidas, o que ainda se constitui um mistério, sua região central é vista com perfeição e em nada se parece com um inseto. Basta examinar um flare [Reflexo que aparece quando se aponta a câmera para o Sol], para se perceber que não existe nada em comum com a estrutura dos rods, que têm forma de bastonete e aletas bem visíveis e cruzam o campo em alta velocidade. O primeiro fica estático no campo da câmera, uma vez que ela não está se movimentando em relação ao astro. A suposição de que seja um inseto pode ser facilmente descartada se comparamos as imagens de ambos na filmagem. Enquanto esses aparecem pontuais e tem movimento errático, os rods têm o aspecto semitransparente e seu movimento é linear ou ligeiramente parabólico.
Rods em outras dimensões — Os insetos apresentam vôo irregular, sem uma direção preferencial e a maioria é bastante lenta. No vídeo eles têm aparência pontual. Os rods, ao contrário, são esbranquiçados e seu eixo central é transparente, sendo possível ver o céu através deles. Convido o leitor a examinar as fotos publicadas neste artigo e tirar suas próprias conclusões. José Escamilla, em seu site [www.roswellrods.com], apresenta uma teoria para os rods. Ele defende que tal fenômeno seja uma nova forma de vida e recentemente publicou um modelo computadorizado que explicaria seu movimento. Analisando o modelo, não conseguimos entender o motivo pelo qual os rods se apresentam em determinadas situações como se estivessem incompletos, dando a impressão de que entram ou saem do céu, como se fosse um oceano. Talvez essas intrigantes estruturas saiam e voltem constantemente e, por essa razão, com freqüência aparecem com as bordas indefinidas. É possível que sejam elementos de uma dimensão próxima e talvez seu movimento fique alternando com a nossa, quem sabe com uma freqüência mais alta, razão pela qual são difíceis de serem visualizados a olho nu.
O universo é abundante em vida e já sabemos disso. Embora não se tenha comprovado oficialmente a existência de formas de vida extraterrestre, basta olhar para nosso próprio planeta para percebermos a variedade de vida existente nele. Será possível que somos a exceção e não a regra? Durante a escalada do conhecimento humano, nossa espécie foi perdendo gradativamente posições de privilégio. Os primeiros modelos astronômicos colocavam a Terra no centro do universo. Além disso, havia uma esfera de estrelas que giravam em torno da mesma, assim como o Sol, os planetas e seus satélites. Porém, o astrônomo Nicolau Copérnico apresentou o novo modelo, o heliocêntrico, no qual o astro está no centro de nosso sistema e todos os planetas e satélites giram em torno dele [Apesar desse sistema ter sido ignorado e rejeitado até o início do século XVII é aceito até hoje]. Hoje sabemos que as estrelas estão a distâncias muito grandes e não crivadas em uma esfera, como se pensava anteriormente.
Débil ponto de luz — Sabemos também que o Sol é uma estrela anã de quinta grandeza, situada na periferia da Via Láctea, quase na ponta de um de seus braços espirais. Ele é tão pequeno e fraco em brilho, que seria visto como um débil ponto de luz se observado a partir da estrela mais próxima de nós, Alpha Centauri. E é orbitando em torno do Sol que está um planeta chamado Terra, tão repleto de formas de vida. Como pensar que esse seja o único nesse universo imenso? Teorias físicas recentes têm mudado muito a forma de enxergar o universo. Uma delas é a Teoria das Cordas, que trata da estrutura espaço-temporal do universo e sugere que ele tenha pelo menos 10 dimensões [21 segundo certos autores]. A dimensão física onde vivemos é apenas uma delas. Então, por que não poderiam existir formas de vida em outras? Por que elas não poderiam interagir com a nossa ou até mesmo serem visualizadas em determinadas situações? Enfim, não podemos descartar a possibilidade de que os rods sejam seres de algum tipo vindos de uma dimensão próxima. Isso explicaria a dificuldade de vê-los a olho nu e esclareceria a estranha aparência que apresenta
m no vídeo, além do motivo de serem detectados com facilidade em filmadoras.
Hoje em dia é bastante comum o uso de câmeras digitais. A resolução desses equipamentos está aumentando velozmente e seu preço caindo vertiginosamente. As digitais substituíram as convencionais pela facilidade de se obter fotografias, visualizá-las na mesma hora e simplesmente apagá-las quando não ficam boas. Mas as diferenças não param por aí. Quem conhece equipamentos fotográficos sabe que existem filmes com diversas sensibilidades, apropriados para cada situação. Na câmera digital o “filme” é um circuito eletrônico complexo, mas com muito mais sensibilidade que os filmes convencionais, a ponto de detectar coisas que não conseguimos ver a olho nu.
Isso mesmo: a câmara digital não capta somente a luz visível, mas se estende um pouco no campo eletromagnético, registrando inclusive o infravermelho. Faça um teste. Acione um controle remoto – de sua televisão, aparelho som ou outro equipamento – e tente ver alguma luz saindo dele. Não vai conseguir enxergar nada, porque os controles remotos operam usando o infravermelho. Agora, pegue sua câmera digital ou mesmo a filmadora, aperte qualquer botão no controle remoto e olhe através do visor do equipamento. Você verá uma luz saindo dele, porque nossas câmeras são sensíveis ao infravermelho e conseguem registrar coisas que nossos olhos não vêem. Não podemos limitar nosso universo unicamente ao que os olhos registram. Existem muitas coisas mais que não estão ao alcance de nossa visão.
Bolhas misteriosas — No México, recentemente, uma interessante experiência foi feita por Pedro Ávila e apresentada recentemente no International UFO Congress, de Laughlin, Nevada, pelo jornalista Jaime Maussán [Veja UFO 109 e 112]. Ávila filmou o céu simultaneamente com uma câmera normal e outra com recursos que possibilitam captar emissões em infravermelho, ambas montadas no mesmo tripé. Enquanto a filmadora convencional nada registrava, a segunda mostrava um forte ponto de luz no céu. Isso demonstra que existe muita coisa invisível aos nossos olhos, mas não aos equipamentos adequados. Por esse motivo, devemos em nosso estudo ampliar a capacidade de visão para outras regiões do espectro eletromagnético. Com toda certeza, existem UFOs e estruturas que não estão sendo vistas nem registradas, simplesmente porque podem ser detectadas somente através do infravermelho. Com freqüência nos deparamos com imagens que denomino de “fotos anômalas”, pois registram coisas que não foram vistas ou que não deveriam estar ali naquele momento.
Sabemos que a câmera capta objetos e luzes que nossos olhos não enxergam. Em um material enviado por um leitor de UFO, obtido em frente a um museu, aparece em uma das janelas o rosto de um menino. Em outro caso muito similar, uma pessoa que já tinha falecido surge numa fotografia de casamento, num local onde não havia ninguém com sua aparência. Existem centenas de acontecimentos como esses, cujas imagens podem ser analisadas com o objetivo de se afastar a possibilidade de fraude. Muito comuns também são as fotos em que aparecem estruturas arredondadas, parecidas com bolhas, chamadas de orbs. Embora à primeira vista pareçam reflexos, uma análise mais detalhada mostra que não se trata de luz refletida por partículas ou gotículas d’água em suspensão, como já foi sugerido. É muito fácil realizar esse experimento, que já foi inclusive mostrado no programa Verdade ou Mito?, do canal National Geographic. No teste, um tapete empoeirado é balançado enquanto uma câmera obtém várias fotografias. Nas imagens aparecem dezenas de luzes muito parecidas com orbs. No entanto, numa pesquisa minuciosa, percebe-se que todas são absolutamente esféricas.
Os orbs autênticos são registrados com freqüência como se estivessem ligeiramente de perfil ou de lado, apresentando uma forma meio ovalada. Em registros com câmeras com recursos de infravermelho, os mesmos são captados em movimento, inclusive fazendo curvas. Ora, seriam então partículas de poeira “teleguiadas”? Os orbs registrados pelas câmeras fotográficas muitas vezes aparentam um ligeiro deslocamento, como algo em velocidade registrado pela máquina. Por que isso não ocorre com as fotos do experimento com poeira, já que as partículas também estão se deslocando e caindo em direção ao solo? No documentário também foi mostrado um vídeo de um orb em movimento, coisa que obviamente não pode ser explicada pela teoria da poeira. No entanto, ninguém aborda esse assunto. Esse problema ocorre com freqüência nas pesquisas. Denomino-o de “visão seletiva”, em que o pesquisador enxerga somente o que lhe interessa. Não vê o que vai de encontro à sua teoria.
No programa Aparições na Geórgia, exibido pelo Discovery Channel, foi apresentado o caso de uma garotinha que via um homem de idade em sua casa, com quem fez inclusive amizade. Seus familiares nunca viram nada e pensaram se tratar de um amigo imaginário. No entanto, as visões foram se intensificando e ela passou a ver “pessoas” diferentes, que mais tarde foram identificadas pela menina, em fotografias, como sendo falecidos. Outros fenômenos começaram a ocorrer, quando o pai da criança notou machucados em seu próprio corpo, que apareceram misteriosamente durante a noite.
Fenômenos estranhos — Em outra ocasião, uma cadeira se movimentou sozinha na frente de olhares atônitos dos familiares. Um parapsicólogo foi chamado para investigar o caso, fez diversas medições na residência e constatou que o campo eletromagnético da casa sofria flutuações devido a um terremoto que havia ocorrido naquela área. Emitiu seu parecer, no qual explicava que as aparições eram na verdade alucinações causadas pelo alto eletromagnetismo e suas variações. Isso, porém, não explica as escoriações surgidas no pai da menina e também a cadeira que se movimentou sozinha.
Essas situações foram simplesmente ignoradas na investigaçã
;o do tal parapsicólogo, coisa que um pesquisador sério jamais deve fazer. O leitor pode questionar a respeito da origem do programa, da ocorrência da cadeira que se moveu e as escoriações no homem. Minha experiência na área ufológica, paranormal e espiritual me habilitam a dizer que esses fenômenos são reais e ocorrem de fato. Uma hipótese, para ser realmente boa a aceitável, deve explicar tudo que é observado em um determinado acontecimento. Se uma teoria não explica a totalidade dos fenômenos de um fato específico – orbs em movimento, aparentemente de lado etc –, então não serve como referência. De forma nenhuma uma hipótese pode ir de encontro a um fato observado. Outro cuidado que um pesquisador deve ter é não acreditar em tudo que vê, mas medir cientificamente tudo que se vê e até o que não se vê.
Experiência com orbs — Em um recente fato ufológico, o Caso Campeche, ocorrido no México em março de 2004, a câmera Flir instala num avião Merlin C26-A registrou objetos se deslocando de maneira uniforme em um céu com nuvens. Esse caso é bem conhecido da comunidade ufológica e mundial [Veja UFO 108 e 110]. Para explicar o que foi registrado pela câmera Flir – um equipamento usado nos aviões militares daquele país para tentar barrar o contrabando entre México e Estados Unidos e o tráfego internacional de drogas feitos por outras aeronaves –, surgiram imediatamente diversas teorias. Uma delas defende que a mesma estava desregulada e fotografou o solo, e muitos ufólogos endossaram essa afirmação!
Durante quase dois anos os orbs foram estudados e sua existência foi discutida em fóruns especializados em Ufologia na internet. Mais recentemente, os estudos passaram a contar com câmeras digitais como a VeoCapture, de 2.1 megapixels, e a Sony P41, de 4.1 megapixels. Elas têm características particulares que ajudam no registro do fenômeno. O primeiro passo, dos diversos experimentos que foram realizados com tais aparelhos, foi verificar a tão difundida teoria de que os orbs poderiam ser reflexos de gotículas de água em suspensão na atmosfera. Para testar tal possibilidade, solicitou-se a um auxiliar que mantivesse um fluxo de água de uma mangueira de jardim direcionado contra o Sol, enquanto eram feitas dezenas de fotos. Ao longo do experimento o fluxo constante foi mantido, para garantir a abundância de água no ar e a presença de micro-gotículas. Foram registradas inúmeras imagens também através de outros ângulos, para evitar que as fotografias fossem feitas sob uma única condição. Em nenhum dos casos foi sequer registrado um orb ou qualquer estrutura semelhante a ele.
Outro estudo intensivo foi realizado com uma câmera Sony P41, equipamento que possui uma ótima sensibilidade para o registro de estruturas não visíveis a olho nu. Nesse experimento, totalmente supervisionado por mim, alguns locais de uma residência foram indicados por pessoas consideradas sensitivas. Eu mesmo fiz as fotografias e as descarreguei no computador para análise. Dos sete lugares indicados, cinco resultaram em orbs registrados nas fotografias. Eles eram de formas e tamanhos diferentes, alguns vistos ligeiramente de lado ou aparentando leve deslocamento. Estas são imagens bem diferentes das esferas chapadas ou planas que se obtêm ao fotografar poeira ou gotículas. Outro item curioso é que, no local onde disseram existir uma energia mais forte, foi registrado o mais belo e intenso orb da experiência. Na foto, obtida no jardim da residência, nota-se à direita do orb, no tronco de uma árvore, um brilho de tamanho pequeno e formato irregular. Pela análise detalhada da imagem no computador, pôde-se concluir que a luz do flash foi refletida em algo que estava no tronco. Basta comparar as duas imagens para ver como são completamente diferentes.
No dia seguinte, com luz solar, examinei o lugar onde a fotografia foi obtida e pude constatar que o reflexo foi causado por uma fita metálica que prendia uma planta na árvore. No local onde o orb foi registrado nada foi encontrado que pudesse explicar sua aparição na foto, como sendo causada por algo físico. Em uma segunda série de experiências, decidimos realizar fotografias em seqüência na região, sem que o campo captado pelo equipamento fosse alterado.
Resultado curiosos — Ou seja, o objetivo era evitar eventuais posições diferentes do foco da câmera para que se obtivesse em todas as fotos a mesma condição de registro. O resultado foi curiosíssimo: em duas imagens consecutivas, tiradas com 13 segundos de diferença, obtém-se um mesmo orb em posições completamente diversas, dando a perfeita noção de movimento. Estimando sua posição quando foi obtida cada uma das fotografias e o intervalo de tempo entre elas, pôde-se calcular que sua velocidade de deslocamento foi de aproximadamente 9,2 cm/s, um resultado interessante para algo que muitos ainda suspeitam ser reflexo da luz em poeira ou gotícula de água. Numa terceira experiência, utilizei um filtro infravermelho do tipo IR-CUT fabricado pela empresa chinesa Rocoes Electrooptics, que bloqueia totalmente a radiação de comprimento de onda maior que 620 nm [Nanômetro, equivalente a 0,000000001 metro]. Nesse experimento, o recurso de infravermelho foi colocado na frente da câmera com o objetivo de determinar se o mesmo impediria o registro dos orbs.
Sensibilidade ao infravermelho — Numa seqüência de fotos obtidas com o filtro obteve-se o registro de orbs em algumas, indicando que o IR-CUT não os bloqueou. Ou seja, embora invisíveis aos nossos olhos, os orbs estão numa região diferente do espectro infravermelho ou talvez até mesmo em outra região do espectro eletromagnético. Para se determinar com precisão essa freqüência, novos experimentos com outros filtros ou dispositivos devem ser realizados.
Em uma nova seqüência de análises que executei, foram obtidas fotografias do ambiente ao ar livre sob chuva e alta umidade. O último fim de semana de outubro de 2005 foi marcado por muitas tempestades e inundações em São Paulo. Essa seria uma condição ideal para verificar a teoria do reflexo da luz em gotas de água, já que caía em abundância do céu e eu tinha a possibilidade de obter imagens a partir de uma janela privilegiada. Fiz dezenas de fotos sob tais condições, nas quais foram observados reflexos em alguns pingos, mas que apresentam um padrão completamente diferente dos orbs. Surgiram também orbs isolados, apesar da imensa quantidade de água na forma de gotas e gotículas presentes na atmosfera. Podemos descartar também a hipótese de que os orbs registrados nessa
s condições sejam causados por poeira, pois nenhuma partícula de pó permaneceria em suspensão sob chuva intensa. Outra condição que está sendo testada é o registro de orbs sem a utilização de flash. Normalmente, nas câmeras digitais, as imagens são feitas em modo automático e, por essa razão, a maioria delas é obtida com o recurso acionado.
Pouco antes da finalização deste artigo, recebi uma foto obtida pelo colega Márcio Mendes, na qual é registrado um orb sem o disparo do flash da máquina. Porém, novos estudos ainda serão realizados. Planeja-se também a continuidade dessa pesquisa com uma filmadora com sensibilidade ao infravermelho, para se obter registros em vídeo do movimento dos orbs. Imagens desse tipo foram apresentadas em recentes documentários. As experiências que tenho realizado, embora não possam ser tomadas como conclusivas, mostram que tais fenômenos são estruturas que não pertencem ao nosso plano físico. São seres ou entidades de uma dimensão próxima à nossa, invisíveis aos nossos olhos, mas que o olhar eletrônico das câmeras consegue registrar. Minhas análises permitem concluir que rod não é inseto e orb não é reflexo.
Nosso universo pode ser formado por diferentes dimensões próximas entre si, que podem estar simplesmente coincidindo com a nossa e serem vistas sob determinadas condições. Eventualmente, podem surgir interações entre elas, fazendo com que vislumbres de outro plano sejam captados por nós ou registrados por nossos instrumentos. O ponto de contato entre essas dimensões pode ser o que se conhece com o nome de portal, uma passagem ou ligação entre mundos diferentes. Talvez, seres que habitem essas dimensões possam vir ao nosso plano com a mesma facilidade com que subimos os degraus de uma escada e mudamos de andar. Esses fenômenos nos mostram que estamos diante de algo totalmente novo e precisamos expandir nossa consciência para aceitar novas realidades.
Se um homem do século XIX ouvisse algo sobre uma máquina que viajaria do nosso planeta a Marte, por exemplo, acharia o maior dos absurdos. Nos dias de hoje, não nos surpreenderia a notícia de uma viagem tripulada ao Planeta Vermelho. Nossos conhecimentos mudam com o tempo e a nossa capacidade de entender o universo também. Assim, como é extremamente radical e preconceituoso considerar que somente a Terra tenha vida nesse imenso universo, é uma limitação extrema imaginar que o plano físico é a única dimensão habitada. A própria física nos apresenta um universo com dezenas de dimensões. Além disso, os orbs, rods e os UFOs filmados em infravermelho nos mostram que existe um mundo invisível, com o qual não estamos habituados a lidar. Não devemos nem podemos deixar o preconceito ser maior que a razão.
Rods: um mistério que atravessa os anos e continua inexplicado
Em março de 1996, após ler a respeito das experiências do mexicano José Escamilla, com relação ao que ficou conhecido como rods [Veja UFO 110], iniciei de forma rudimentar algumas filmagens com minha velha Panasonic PV420 AFX-8, tentando registrar o fenômeno. Qual não foi minha surpresa ao notar que havia conseguido algo de positivo nas mesmas. Em meu livro Ufologia à Luz dos Fatos, que será publicado em breve pela Biblioteca UFO, apresento uma receita simples de como realizar uma boa pesquisa sobre o tema. Escamilla descobriu os rods através de uma filmagem realizada em 19 de março de 1994, aproximadamente 14 dias após filmar durante 16 minutos um UFO que se deslocava 15 km ao sul da cidade de Roswell, no Novo México. Em 23 de dezembro daquele ano, após várias gravações subseqüentes, ele anunciou sua descoberta em um canal de televisão nos Estados Unidos.
Tal fenômeno aparecia, inicialmente, como manchas escuras alongadas que se deslocavam na atmosfera em alta velocidade. Foi então que surgiu o nome rods, que em inglês significa bastonetes ou bastões. Após tal revelação, juntaram-se a ele inúmeros profissionais, como James Peters, Jeff Ferris, Kenneth Swartz, Dave Blackburn e outros especialistas em filmagens e fotografias. Após análises criteriosas de diversas tomadas dos filmes, em que foram gradativamente sendo eliminadas as hipóteses de ocorrências naturais – tais como insetos, aves, fenômenos atmosféricos etc –, os pesquisadores chegaram à conclusão que estavam diante de algo completamente desconhecido e, por enquanto, inexplicável. Os trabalhos continuam até os dias atuais, indicando, entre outras causas, uma possível explicação extraterrestre ou uma nova forma de vida ainda não conhecida oficialmente.
Quanto às minhas filmagens, delas resultaram três fitas em VHS com cerca de 120 manifestações “rodsianas”. Não se assemelham a insetos, pássaros ou qualquer fenômeno atmosférico – mesmo porque esses não poderiam acontecer, uma vez que as filmagens foram realizadas sempre em dias ensolarados, com céu limpo e poucas nuvens. O máximo que se vê são flares [Reflexos solares] bem distintos. Quanto a pássaros e insetos, é possível notar a clara diferença entre eles e o objeto de nossos estudos, já que os primeiros apresentam seu formato já tradicional, algo parecido com “vagões com aletas e com um eixo central”, como explica o físico Cláudio Brasil, que apresenta grande bagagem científica para poder opinar a respeito. A nós, pesquisadores de campo, compete passar?nosso acervo conseguido em horas, dias, meses e anos a fio de trabalho extenuante e persistente, a pessoas de competência. Uma pesquisa bem feita e documentada só deve parar em mãos adequadas, por isso tive o maior prazer em passar meu humilde trabalho para Brasil.
Mesmo assim, vamos continuar buscando novas informações sobre o assunto, agora?com equipamentos mais modernos e, quem sabe, não venhamos a descobrir, por exemplo, que tais manifestações não sejam provenientes de uma mesma origem? Comparando os?rods e orbs com os discos voadores – pois muitos não são vistos a olho nu –, resta uma dúvida: que relação poderia existir entre eles? Muitas perguntas ainda têm que ser respondidas, de tal forma que se possa abrir um leque para essas e outras possibilidades. “Deus é sutil, mas não?é maldoso”, como já dizia o físico alemão Albert Einstein, talvez querendo nos alertar que precisamos entender que não estamos sós nesse universo “tridimensionado”, mas que, em outras tantas dimensões, certamente,?palpita vida inteligente. Isso é mais do que a nossa vã e pseudo sabedoria pode imaginar!