Em 20 de janeiro de 1997, no instituto Ubirajara Rodrigues, em Varginha, comemorando o primeiro aniversário do Caso Varginha, reuniu-se a Imprensa e os ufólogos para uma coletiva onde foram divulgadas as últimas notícias sobre as capturas das estranhas criaturas. Nesta reunião inédita para a Ufologia Brasileira, foram apresentadas pelos ufólogos as mais recentes descobertas da captura de ETs, assim como alguns documentos oficiais que nos permitem comprovar a séria atuação das Forças Armadas brasileiras, principalmente a Aeronáutica, em se tratando de avistamentos ou até de contatos ufológicos.
O início da reunião foi marcado com a leitura do documento confidencial do Ministério da Aeronáutica, efetivado em 09 de setembro de 1990: o NPA-09-C, que contém “os procedimentos a serem adotados pelos órgãos ATS/ATC em caso de avistamento de objeto não identificado”. Além desse, o RMA 205-1, contendo o regulamento para salvaguarda de assuntos sigilosos, onde diz que as descobertas e experiências científicas de valor excepcional são classificadas como ultra-secretas. E não restam dúvidas de que os destroços recuperados da nave espacial e as capturas das estranhas criaturas em Varginha assim foram determinados.
Na mesma ocasião, mencionamos diversos outros documentos oficiais, dentre eles o acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, assinado em 01 de março de 1996 — quando o administrador da NASA Daniel Goldin e o secretário de Estado Warren Christopher estiveram no Brasil —, que trata da cooperação no uso pacífico do espaço exterior. Apresentamos também uma carta emitida peio Cindacta II, situado em Curitiba, que afirma que todos os estudos de objetos aéreos não identificados estão centralizados no Comando de Defesa Aérea Brasileira (Comdabra), em Brasília; além de um vídeo da NASA, filmado a bordo de um ônibus espacial, onde podemos observar nitidamente o disparo de um míssil contra um UFO. Confirmamos, ainda, a existência de quatro laboratórios subterrâneos de uso militar e acesso restrito. É notório ressaltar que um dos laboratórios está localizado no Instituto de Biologia e o outro no Hospital das Clínicas, ambos na Unicamp.
Temos informações de que essas instalações receberam os corpos das estranhas criaturas capturadas em Varginha. As outras duas unidades integram o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), situado à Rodovia dos Tamoios, em São José dos Campos (SP). Supõe-se que um desses laboratórios tenha recebido os fragmentos de metal resgatados na queda da nave espacial. Por se tratarem de locais de pesquisa secreta, suas entradas são proibidas a civis — a não ser aqueles que gozam da total confiança dos militares, ou que trabalham para eles. Assim rege o regulamento. Contudo, há informações de que uma pessoa teria conseguido livre acesso ao laboratório do Instituto de Biologia por intermédio de um dos membros da equipe de legistas. Essa testemunha, posteriormente, declarou que esta unidade tem o formato hexagonal e paredes metálicas.
SIGILO SOBRE O CASO VARGINHA: BADAN PALHARES NEGA AS AUTÓPSIAS — Uma funcionária subordinada ao médico Fortunato Badan Palhares confirmou a entrada de um dos corpos ao Hospital das Clínicas. Ela contou-nos que o ser chegou numa caixa metálica contendo alguns furos e foi transportada por dois militares até uma sala especial onde ninguém podia entrar. Sabemos ainda que esta caixa foi levada ao subsolo. Outro informante, também infiltrado nas instalações da Unicamp, repetiu textualmente as palavras que Badan teria dito naquela ocasião: “Na hora em que os militares abrirem as portas, eu duvido que consigam ficar um minuto sequer frente a frente com essa criatura”, provavelmente referindo-se ao aspecto horroroso e ao forte cheiro de amoníaco que a mesma exalava.
E assim, de informante a informante, vão se somando os evidentes fatores que quase concluem o jogo. No segundo semestre de 1996, o doutor Badan, após ministrar uma palestra em uma faculdade de Direito de Campinas, foi interpelado por um aluno com a pergunta: “E verdade que o senhor autopsiou as criaturas capturadas em Varginha?”. Ao que o médico respondeu: “Se essa indagação fosse feita daqui alguns anos, talvez eu pudesse respondê-la com maior liberdade e exatidão”. O que ele quis dizer com isso?! Dando sua contribuição, um funcionário do Cemitério dos Amarais, em Campinas, informou-nos que um dos corpos das estranhas criaturas ficou guardado — e fortemente, vigiado — por militares em uma das geladeiras do IML anexo ao cemitério, durante cerca de dois meses. Curiosamente, depois que passamos a divulgar a existência do laboratório subterrâneo no Hospital das Clínicas, recolheram-se todas as cópias heliográficas da planta desse hospital. Este é mais um dos inúmeros mistérios que cercam o Caso Varginha.
Ainda sobre a reunião de 20 de janeiro passado, divulgamos um vídeo contendo o depoimento de Carlos de Sousa — o civil que testemunhou a queda de uma nave na Fazenda Maiolini, em Três Corações, no dia 12 de janeiro de 1996. Um oficial de Porto Alegre (RS) nos informou que, durante todo o mês de janeiro de 1996, os radares detectaram mais de 40 objetos não identificados sobrevoando o sul de Minas Gerais. Como se não bastasse, dois militares confidenciaram que viram os caminhões do Exército chegarem à ESA transportando “estruturas de metais leves e estranhas”. Eduardo Bertoloto Praxedes, vigia da empresa de laticínios Parmalat, situada à rodovia que liga Varginha a Três Corações, quando deu seu depoimento, enfatizou que o movimento de veículos militares naquela estrada não se deu apenas nos dias 20, 21 e 22 de janeiro, mas durante a semana inteira que antecedeu às capturas.
Muitas outras evidências foram esclarecidas e apresentadas ao público através da coletiva com a Imprensa. Outro exemplo é a misteriosa morte do policial militar Marco Eli Chereze, que participou da operação da segunda captura (à noite), coordenada, ao que tudo indica, pelo capitão Siqueira. A irmã da vítima, Marta Antônia Tavares, explicou aos presentes todos os detalhes do ocorrido. Foram citados, inclusive, os nomes dos bombeiros que capturaram a criatura no período matutino: sargento PaIhares, cabo Rubens, soldado Santos e soldado Nivaldo —, todos coordenados pelo major Maciel.
Outros pontos que, talvez acrescentados ou relacionados aos demais, comprovam a veracidade dos acontecimentos diz respeito a um avião Búfalo com um sofisticado radar portátil que, naquele 20 de janeiro, teria partido de Canoas (RS) com destino ao sul de Minas Gerais para rastrear o céu da região. O forte esquema de segurança montado na entrada do Hospital das Clínicas de Campinas para impedir o acesso de pessoas estranhas
também levantou várias suspeitas que nos fizeram relacionar a instituição ao Caso Varginha. Uma das pessoas impedidas de entrar no hospital foi a esposa do então prefeito da cidade, Adalberto Magalhães Teixeira, hoje falecido. No dia 28 de fevereiro de 1996, ao tentar visitar o marido internado, a senhora Thereza Christina Strarace Tavares de Magalhães foi barrada logo na entrada do referido recinto. Há indícios de que, provavelmente, tenha sido neste mesmo dia o translado do corpo de uma das criaturas até à sala onde seria submetido a exames, justificando, portanto, o acesso restrito ao local.
INQUIETAÇÃO NA CÚPULA MILITAR: GENERAIS SE REÚNEM EM CAMPINAS — Tudo isso, sem falar no evento que representou um marco histórico para o Brasil: a primeira vez que se tem notícia de uma reunião de generais desse porte realizada fora de Brasília. Tal acontecimento se deu no dia 29 de maio de 1996, quando o ministro do Exército Zenildo Zoroastro de Lucena reuniu em Campinas, em quase que total sigilo, o Alto Comando do Exército. Entre os convocados, estavam 24 generais, incluindo o chefe do Estado Maior, general Délio de Assis Monteiro; o comandante militar do Sudoeste, general Paulo Neves de Aquino; os chefes de diretoria e departamentos e oito comandantes militares de área, para conjeturar a respeito de um assunto muito importante que até agora não foi totalmente esclarecido. O que sabemos é que os militares visitaram a escola Preparatória de Cadetes do Exército para avaliar o projeto EsPCEx 2000, que visa à informatização da educação e à criação de um ambiente de ensino moderno para os cadetes, bem como a implantação do sistema de monitoramento por satélite. Depois, os oficiais foram ao 28º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) para avaliar os 16 computadores que auxiliarão nos procedimentos administrativos e preparo de soldados.
De lá, seguiram para a Embrapa com objetivo de conhecer o sistema de informação geográfica da instituição. No dia seguinte, os generais foram à cidade de Pirassununga (SP), visitaram o 2º Regimento de Carros de Combate — uma unidade da 11ª Brigada de Infantaria Blindada — e acompanharam as obras que estão sendo realizadas na unidade com o objetivo de comportar 40 carros de combate Leopardo, de fabricação alemã, adquiridos recentemente. Ou seja: militares de tão alto escalão cumpriram pautas que poderiam muito bem ser feitas por outros oficiais menos importantes. O que parece lógico e que todos eles queriam ver pessoalmente as tais criaturas capturadas em Varginha.
Ao término da exposição dos dados levantados no ano passado referentes ao Caso Varginha, os ufólogos presentes ficaram à disposição da Imprensa e do publico em geral para responder às perguntas e prestar eventuais esclarecimentos sobre as evidências da visita extraterrestre a Varginha em janeiro de 1996 e meses seguintes. Ainda há muito a ser descoberto. Muitas testemunhas ainda não se pronunciaram, outras não querem ver seus nomes envolvidos.
Oferta quase irrecusável
Quatro meses depois da história sobre o avistamento dos ETs em Varginha ser veiculada por toda a mídia nacional e internacional, dona Luísa Helena da Silva, mãe de Liliane e Valquíria, recebeu de quatro homens misteriosos uma proposta milionária para que suas filhas desmentissem o ocorrido para o público. A visita deles à casa das meninas se deu por volta das 22h00 de 29 de abril. Eram todos desconhecidos, usavam ternos e calçados pretos. Dois deles aparentavam ter 40 anos de idade, enquanto que os outros pareciam mais novos. Chegaram invadindo a residência e alegando que queriam ter uma conversa particular, sem interrupções, com Valquíria, Liliane e a mãe.
Eles prometeram realizar todos os sonhos que porventura as meninas tivessem. E, conforme a resposta de Luísa, sua vida e a de suas filhas iria melhorar de forma tal que não precisaria mais trabalhar de doméstica para garantir o sustento. A oferta era tentadora… Indecisa, a mãe disse a eles que precisava pensar até o dia seguinte — a senhora teve receio de dizer naquele momento que não iria aceitar. Os quatro homens saíram um pouco contrariados e disseram que voltariam a procurá-las. Com medo do que poderia acontecer à sua família, Luísa revelou a tentativa de suborno na presença de diversos repórteres durante a coletiva à Imprensa, realizada no dia 04 de maio de 1996. A verdade não poderia ficar omitida da população, mesmo que isso lhe trouxesse conseqüências inesperadas. A dignidade e o sentido de justiça prevaleceram. Como era de se imaginar, de fato. sua vida virou um inferno: “Meu marido ficou doente e eu perdi o emprego por causa dos incessantes e incansáveis telefonemas que recebi durante um longo período de tempo”, desabafou Luísa.
Em entrevista recente à Equipe UFO Especial, realizada no dia 29 de janeiro de 1997, Liliane reportou também em nome das outras duas testemunhas que após o incidente o curso de suas vidas mudou, e muito. O fato é que em Varginha, uma típica cidadezinha do interior, onde quase todos os moradores se conhecem, torna-se difícil para as três meninas saírem às ruas sem serem abordadas por algum curioso, seja criança ou adulto. “Eu queria ser reconhecida nas ruas, sim, mas como uma estrela famosa de televisão, e não como a menina que viu ETs”, confidenciou Liliane. Conforme a jovem, mesmo nos dias atuais as crianças continuam a fazer piadinhas — destas, perfeitamente compreensíveis, levando-se em consideração suas poucas idades. Assim como há também aquelas que, por acreditarem piamente no que as meninas contam, procuram-nas para obter maiores esclarecimentos. “Não posso mais sequer ir até à padaria da esquina a pé que muita gente pára para me especular. Se fosse dar trela a lodos, perderia horas e horas, e não daria conta de cumprir com minhas obrigações diárias”, confessou, complementando ainda que já está cansada de falar sempre a mesma coisa aos vizinhos, amigos, parentes, repórteres, enfim…
Para Liliane, o assunto já se esgotou. A jovem acredita que, no que depender delas, não há mais nada a ser revelado. “Tudo o que sabemos já foi mais do que exposto, argumentado, replicado e propagado. Basta com esse assunto! Devem existir outras testemunhas, das muitas indiciadas para prestar depoimentos, que podem vir a público confirmar a verdade que defendemos”, declarou. As adolescentes desejam voltar à paz e acordar o mais depressa possível deste pesadelo, motivadas pela ilusória esperança de que com o decorrer do tempo a população venha a esquecer definitivamente o caso. Mas, como sempre acontece, um episódio amplamente difundido como esse é sempre lembrado à medida que novos dados são acrescidos às informações preexistentes. Daí as atenções se voltam novamente para as causas primeiras, o que para a Ufologia é imprescindível e necessário. Uma coisa, porém, é certa: todos podem, com o passar dos anos, até esquec
er a imagem das estranhas criaturas de Varginha, menos o trio de testemunhas diretas e oculares — estas, sim, jamais se esquecerão da criatura de tez marrom e olhos vermelhos.
Equipe UFO Especial