Este autor ficou sabendo da existência deste arquivo no dia 23 de janeiro, através de texto assinado por Paulo Poian [Consultor da Revista UFO] intitulado insurance.aes256: O arquivo do \’apocalipse virtual\’ foi detectado?, que havia descoberto um artigo que citava o referido insurance.aes256 [Insurance significa seguro em inglês], como possivelmente sendo um dos conteúdos sigilosos do site de vazamentos WikiLeaks.
Acessei o site e verifiquei a fonte, depois o endereço ao qual estava armazenado [The Pirate Bay]. No primeiro clique, nada, apresentava falha de conexão. Tentei mais algumas vezes e surgiu a idéia. Fazer o cadastro no site para baixar o arquivo, quem sabe assim funcionaria. Consegui algum progresso, mas o conteúdo, que era o principal objetivo, continuava distante.
Depois de alguma pesquisa na Internet, descobri que este estava disponível para download desde o mês de dezembro e notei uma troca frenética de mensagens em fóruns internacionais de discussão, tentando saber quem conseguiu quebrar a senha. Nesses debates, apareceu a dúvida sobre se o mesmo foi realmente criptografado com o programa propagandeado.
Para se ter uma idéia da força da criptografia deste arquivo, programa semelhante foi utilizado pelo banqueiro Daniel Dantas, do banco Opportunity, para proteger os dados de suas operações e, até hoje, não há notícia de que conseguiram abrir tais documentos – nem o Federal Bureau of Investigation (FBI) conseguiu ter acesso a eles, mesmo com os recursos disponíveis para este órgão.
É exatamente o mesmo sistema utilizado por Julian Assange para proteger os dados do WikiLeaks e, atualmente, o submundo dos hackers está tentando abrir o insurance para saber os seus segredos. Consegui baixá-lo e ao programa, mas como o restante do planeta, estive “pensando” qual seria a senha de acesso. Como já tinha lido histórias de fracasso em quebrar o sistema de segurança, pensei comigo mesmo. Por que tentar, se muitos já fracassaram?
Mesmo porque o sistema de criptografia utilizado é o mais avançado disponível no mercado e com a informação anterior do fracasso do FBI em acessar os arquivos de Dantas com sistema de proteção semelhante, definitivamente um balde de água fria estava jogado por cima do assunto. No dia 30 de janeiro, um semana após baixar o arquivo, resolvi fazer algumas tentativas, somente para saber como o programa se comportava e notei algo estranho: depois que digitava a suposta senha, aparecia um arquivo com a extensão .ae e depois desaparecia. Fui perguntar ao “oráculo” Google e, como sempre, ele respondeu.
Se trata de um arquivo gerado por um programa de edição de texto, utilizado por órgãos de imprensa para a criação de artigos e revisão de textos, antes de serem publicados. O princípio de funcionamento é parecido com o Outlook ou outro programa de leitura e edição de e-mails, mas com uma diferença. Permite a revisão e alteração de texto, caso necessário. A amostra segue em dois formatos – PDF e texto -, que possibilita sua revisão.
Com isso, já temos a primeira possível explicação. O porquê somente grandes empresas de mídia e parceiras de Assange tiveram acesso ao material. Simplesmente pelo fato delas possuirem a ferramenta adequada para adentrá-lo. Até o momento, não há notícia de programa semelhante que seja gratuito, disponível para ser utilizado em larga escala.
Descobrindo isso, desisti de vez de fazer qualquer outra tentativa de abertura. Primeiro, pelo próprio sistema de criptografia utilizada e, finalmente, por não possuir o correto para acessar os dados e extrair algo de útil para a Ufologia (se houver algum). Descobriremos isso depois que o insurance.aes256 for aberto, se é que isso ocorrerá um dia e soubermos a verdade sobre o assunto.