O lançador de satélites europeu Arianespace quer se destacar em 2007 como líder mundial de lançamentos espaciais, em cooperação com os parceiros russos fabricantes do Soyuz, e em 2008 planeja transformar o centro espacial da Guiana francesa na “base de lançamentos” preferida do planeta, destacou nesta segunda-feira seu diretor, Jean-Yves Le Gall.
Segundo este funcionário, a Arianespace, “primeira empresa mundial de serviços e soluções para lançamentos” obteve em 2006 um volume de negócios de 985 milhões de euros (US$ 1,28 bilhão), ao lançar com sucesso cinco Ariane 5 ECA (versão pesada do lançador fabricado pela EADS Astrium), carregando 11 satélites.
A Arianespace registrou novamente “contas equilibradas”, como ocorre desde 2003, embora os resultados definitivos sejam comunicados em março. Em 2005, seus lucros líquidos alcançaram 6,3 milhões de euros (8,2 milhões de dólares).
Dois lançamentos feitos pelo Soyuz (satélites Metop-A e Corot) partiram do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, por meio da sociedade comum euro-russa, Starsem, que obteve um volume de negócios de 70 milhões de euros (US$ 91,11 milhões) e contas equilibradas, segundo Le Gall.
Em 2007, o número de lançamentos previstos é de 6 Ariane com 10 satélites e uma primeira missão do abastecedor automático europeu para a Estação Espacial Internacional (ISS, segundo a sigla em inglês), aos quais se somarão três lançamentos de Soyuz, com origem cazaque.
A Arianespace, que no ano passado conseguiu 12 contratos para lançamentos, deseja continuar neste ritmo em 2007. O ano começou bem com o contrato para lançar em 2008 o satélite americano Protostar 1 (grupo Loral), destinado a cobrir o sudeste asiático em televisão e internet em 2008.
Ao mesmo tempo, 2008 será também o ano em que decolarão de Kourou, na Guiana francesa, os três pilares do sistema Arianespace, o foguete Ariane, o foguete Soyuz e pela primeira vez, o lançador leve europeu Vega, informou Le Gall.
O aumento dos contratos e a capacidade de lançar “de forma segura e no horário previsto”, trarão a possibilidade de fazer 10 lançamentos desde Kourou em 2010, segundo o responsável. “O centro espacial da Guiana, porto especial da Europa, serão então o preferido do mundo inteiro”, garantiu.