O telescópio espacial Kepler da NASA revolucionou nosso conhecimento sobre exoplanetas. A missão de 600 milhões de dólares teve início em 2009 com o objetivo de verificar quão comuns são planetas semelhantes à Terra em nossa galáxia, a Via Láctea. Utilizando o método do trânsito, observando a minúscula diminuição de brilho em uma estrela quando um planeta passa diante dela, o telescópio descobriu nada menos de 70 por cento de todos os 3.801 mundos alienígenas conhecidos até o momento, conforme a Enciclopédia dos Planetas Extrassolares (confira nos links abaixo). Até 2013 o Kepler observou simultaneamente 150.000 estrelas de um pequeno setor da galáxia, entre as constelações de Cygnus, Lyra e Draco.
Porém, em maio desse ano o telescópio teve um problema em um de seus giroscópios, sendo que um já estava inoperante. O Kepler possui quatro instrumentos desses, que o estabilizavam para suas observações, e necessitava de três funcionando. Assim sua missão primária foi encerrada, mas em 2014 missão estendida, conhecida como K2, teve início, mantendo o telescópio estabilizado pela pressão da radiação solar. Cada campanha de observação da nossa missão durou 80 dias, e 18 foram realizadas até o momento. Infelizmente, em março último, a NASA divulgou que o telescópio espacial estava ficando com pouco combustível, e no último dia 6, diante do nível muito baixo, a agência espacial anunciou que o Kepler foi colocado em hibernação.
Os dados da última campanha de observação ainda não foram enviados para a Terra, o que deve ser feito no início de agosto. Para isso já está reservado tempo para o telescópio na Deep Space Network, a rede de antenas da NASA espalhada pelo mundo que faz a comunicação com suas naves espalhadas pelo Sistema Solar. Com esse procedimento, a agência assegura que o combustível necessário para posicionar o telescópio para se comunicar com a Terra está garantido. Caso reste combustível depois desse processo, que deve durar de 2 a 6 de agosto, a intenção é que o Kepler inicie sua 19º campanha de observação. O instrumento orbita o Sol uma vez a cada 372,5 dias, e em 1 de maio último estava a 137 milhões de km da Terra, impossibilitando que com a tecnologia atual seja reabastecido. Os números da missão são impressionantes, tendo o Kepler descoberto mais de 2.300 exoplanetas até o momento. Os pesquisadores ainda estão analisando os dados obtidos na décima campanha de observação K2, significando que ainda restam anos de análise sobre os dados obtidos pelo telescópio, em uma das mais importantes missões espaciais de todos os tempos.
Enciclopédia dos Planetas Extrassolares
Telescópio Kepler descobre mais 95 mundos alienígenas
Lançado com sucesso novo telescópio espacial que irá buscar planetas habitáveis
Satélites artificiais alienígenas poderão em breve ser observados orbitando exoplanetas
Descoberto outro sistema solar com oito planetas
SETI procura ideias para buscar formas de vida alienígenas diversas
Livro: Guia da Tipologia Extraterrestre
DVD: Planetas Alienígenas
Há apenas alguns anos a ciência somente suspeitava, mas não tinha nenhuma confirmação, da existência de planetas além dos dez conhecidos no Sistema Solar. Não ter informação sobre outros mundos em um universo tremendamente grande era um incômodo científico e também um desafio para astrônomos e astrofísicos. Isso até que modernas técnicas aliadas a poderosos telescópios espaciais passassem a detectar a existência destes corpos orbitando outras estrelas, chamados exoplanetas. De lá para cá, já temos perto de 10.000 mundos confirmados, dos quais muitos podem ser Planetas Alienígenas, como mostra este documentário.