A cidade de Itaúna, situada a 80 km da capital Belo Horizonte, em Minas Gerais, viveu a partir de 27 de julho de 1955 fatos semelhantes aos ocorridos em Lourdes, na França, quando da manifestação de uma entidade mariana em 1937. No local da aparição de Itaúna – em torno de um monte de cupim onde, segundo as testemunhas, surgiu uma misteriosa senhora – foi erguida uma gruta artificial juncada com pedras in natura de minério de ferro, mineral abundante na região. A caverna possui um sistema artificial que faz circular um filete d’água por sobre as pedras que lacram o local exato da aparição, visando preservá-lo. Tida como benta, os poderes curativos dessa água já foram reportados por diversas pessoas. Entre graças alcançadas em nome da santa figuram realizações de pedidos milagrosos que teriam sido atendidos pela santa, que passou a ser chamada a partir do seu avistamento de Senhora de Lourdes. No local, alguns dos fiéis expressam seus agradecimentos, depositando por entre as fendas das paredes de pedras de minério objetos diversos, como bilhetes, cartazes, flores, velas e fotografias em louvor às graças alcançadas.
No altar, sobre a mina benta, exatamente em cima de onde estaria o monte de cupim que hospedou a aparição, foi posta uma imagem sagrada, recentemente renomeada pela igreja como Nossa Senhora de Itaúna. Logo atrás dela, presa no alto da parede de fundo, encontra-se a palavra fé, em letras garrafais e iluminadas. Segundo a versão da Igreja Católica, essa manifestação teria se dado de forma semelhante aos outros fenômenos marianos ocorridos em distintos locais do mundo, mormente na mesma linha do caso precursor dessa natureza, ocorrido na França. Contudo, apesar das acentuadas características inerentes aos tradicionais casos de aparições marianas que foram registrados por todo o planeta, esse de Itaúna demonstra algumas particularidades. Conta-se que na noite anterior ao primeiro avistamento – protagonizado por duas crianças – diversas pessoas nos arredores do local da aparição ouviram um forte estrondo. Por se tratar de um local ermo àquela época, os populares ficaram impossibilitados de saírem de suas casas para verificar se havia precipitado alguma aeronave ou ocorrido algum outro tipo de acidente.
Uma estranha criatura — É notório e pouco explorado que precedendo a visita da dita senhora, testemunhada inicialmente por dois meninos, teria sido avistado por eles uma criatura que descreveram como sendo um “macaco mal-encarado”, atemorizando-os a ponto de se colocarem em desabalada carreira daquele local. Temendo que o esquisito animal lhes fizessem algum mal, os jovens foram até a casa de um deles e pegaram uma imagem de São Jerônimo e outra de Nossa Senhora Aparecida. Ao voltarem ao local onde tinham visto a estranha criatura, não mais a encontraram. Desafiando o ser ausente, teriam dito “…vamos ver se você pode mais do que esta?”, referindo-se à imagem da Senhora Aparecida. Dando seqüência à história, a escritora itaunense Iracema Fernandes de Souza, que acompanhou o acontecimento na época, inclusive visitando aquele local por diversas vezes em busca de um avistamento que nunca teve, nos narra em seu precioso livro Itaúna Através dos Tempos [Independente, 1981], em capítulo dedicado à Gruta de Lourdes:
“O bicho desapareceu, surgindo em seguida uma santa, mais ou menos como Senhora Aparecida. Estava em cima de um cupim, entre duas árvores de grossura mediana. Mata espessa, vale úmido e lamacento no meio. Os meninos deram o alarme, começando logo a chegar os curiosos, amassando os arbustos, destruindo galhos, rezando e pedindo a Deus para que vissem a entidade, até ali, somente avistada pelos garotos. Em meio àquela multidão, mista de fiéis e curiosos, eu também estava. Segundo a testemunha, seu marido e sua sogra foram junto com ela até o local por dez dias seguidos, mas nada foi visto. “Minha cunhada Conceição era uma mulher normal e muito séria, me dizia ter visto a santa e mostrava: ‘olha, ela está com um menino nos braços, sempre se afastando um pouco e tornando a se aproximar. Ela apresentava-se com um vestido lilás da mesma cor da roupa do filho’”.
Conceição abanava uma rosa para ela e em delírio gritava: “‘Olha, você não está vendo’? Eu dizia a ela: ‘não estou vendo nada além dos matos’. Meu marido e eu não fomos mais à gruta naqueles dias, porque nossa casa era bem distante e nós nada vimos lá que nos pudesse atrair a voltar”. Segundo ela, o povo continuou a freqüentar o local sempre rezando, na esperança de ver a santa. Desbastou-se aquele abismo central respeitando-se o local da aparição. Passados quatro meses, já em novembro, o senhor Ovídio Alves de Souza, farmacêutico tradicional, movido por uma força estranha, afirmou ter visto a Senhora. “Ela estava com um triângulo na mão e lhe entregou a seguinte mensagem: ‘Jesus Cristo, eterno Deus! O paganismo ameaça o mundo. Erguei um altar, orai com fé e vereis o milagre da conversão’. Souza é homem sério e hoje é até ministro da eucaristia na Igreja Matriz da cidade. Ele afirma que a santa ainda teria emitido outra mensagem muito particular, não podendo ter sido revelada. Dessa data em diante foi erguido o altar, fazendo-se dali um lugar de orações, missas e catecismo. O local é muito bem cuidado sob orientação de Souza. A gruta com uma imagem de Nossa Senhora se tornou uma capela ao ar livre.
Pode-se dizer que a narrativa da escritora torna-se – longe de ela própria pensar nisso – um claro registro da presença alienígena em Itaúna, pelo menos de um notável acontecimento paranormal ou, na pior das hipóteses, um delírio coletivo, já que foi presenciado por mais de uma testemunha. O acontecimento viria a ganhar mais créditos dada à idoneidade notória do posterior envolvimento do farmacêutico que, por sua vez, após seu primeiro contato com a entidade desconhecida, passou a freqüentar o local de forma diária e ininterrupta, durante décadas e literalmente por todos os dias de sua vida, até vir a falecer em 2002.
Caverna artificial — Souza sacramentou o local da aparição e passou a cuidar dele, com apoio da igreja local. Cercado por barrancos e mata nativa por quase todos os lados, o centro daquele local foi ornamentado com jardins, preservando-se a mata natural ao redor. Diversos melhoramentos foram criados e coordenados por ele, desde a cria&cc
edil;ão de uma caverna artificial, passando pelos bancos de cimento da capela a céu aberto, a colocação da imagem da santa e pavimentação das vias de acesso. Nas matas da Gruta de Itaúna há árvores que choram, bandos de micos, pássaros de variadas espécies, encontrando-se preservada grande parte de uma típica capoeira do cerrado mineiro. O local é tido por vários religiosos, místicos e sensitivos como um lugar de paz e meditação, sendo designado por alguns como o principal “ponto energético” da cidade.
A causa da Senhora de Itaúna foi logo abraçada pelo clero local, sob os incentivos da Diocese de Divinópolis e patrocínio da Paróquia de Sant’Ana, pois que entendiam a aparição como sendo uma manifestação de Maria, mãe de Jesus. A igreja incorporou o terreno da aparição ao seu patrimônio físico e, posteriormente, este veio a sofrer consideráveis degradações causadas por loteamentos criados ao seu redor, contando atualmente com uma área em torno de 2.000 m². O local, mesmo tendo em anexo uma capela administrada pela Igreja Católica, é visitado também por pessoas de credos distintos se tornando um ponto ecumênico na localidade. Os meninos que testemunharam o fato – que hoje contam com mais de 60 anos de idade – e o farmacêutico Ovídio Alves de Souza sempre se negaram terminantemente a prestar quaisquer declarações que acrescentassem novas luzes às experiências vividas, naquele distante ano de 1955. Pouco antes do falecimento de Souza estivemos pessoalmente com ele – já bastante idoso, mas totalmente lúcido – que nos recebeu gentilmente e com muita atenção em seu estabelecimento comercial.
A versão da igreja — No entanto, nenhuma novidade pôde nos acrescentar acerca de seu avistamento, além do recado que reproduzimos anteriormente. Repetiu-me a mensagem transmitida pela Senhora e disse que o conteúdo de outra lhe fora passado, mas deveria permanecer oculto, ainda. Segundo nos relatou, a instituição religiosa o proibiu de prestar quaisquer depoimentos sobre o fato, pois, como disse, “a Igreja Católica está pesquisando ainda sobre essa aparição”. Da mesma forma, os jovens foram impedidos de prestarem declarações sobre o ocorrido. O ex-pároco de Sant’Ana, em Itaúna, padre Amarildo José de Melo, após estudar o caso, fez as seguintes considerações sobre o mesmo e o farmacêutico Souza no portal Aparições [www.yan.com.br/aparicoes], alusivo à Nossa Senhora de Itaúna:
“O senhor Ovídio Alves de Souza sempre foi um homem bem quisto em nossa cidade. Farmacêutico diplomado, trabalhador, cumpridor de seus deveres sociais e católicos, considerado por todos como dotado de grande senso de honestidade e equilíbrio. No seu diário, datado de 1956, revela-nos que não foi dos primeiros a deixar-se envolver pelo fenômeno. Foi até o local das ‘aparições’ depois de alguns dias, fascinado mais pelo movimento popular que se criou, do que pelo próprio fenômeno. Sua motivação primeira não foi religiosa, mas fascínio diante do fato extraordinário que constituía o movimento de pessoas que estavam sendo envolvidas. O jornal Tribuna de Minas, editado em Belo Horizonte, no dia 20 de agosto de 1955, afirma ‘que mais de mil moradores acorriam ao local a cada dia’. Como pessoas conhecidas, consideradas sensatas estavam ‘vendo a santa’, começou a acreditar e a buscar também ter a visão. No diário fala de oposições sofridas, críticas, incompreensão do dono do terreno, incredulidades etc. Apesar disso, não foi uma caminhada tumultuada. Pelo o que sei e li, interiormente rezava: ‘Ó Virgem Maria Santíssima, em honra e glória do Divino Espírito Santo, concedei-me uma graça. Fazei que eu note a vossa presença, não só para aumentar a minha fé, mas também para conversão dos que não crêem’ [Ovídio, Diário das Aparições]”.
O vidente documentava suas experiências, registrando-as entre o período de 02 de agosto de 1955 até 15 de agosto de 1965, em um livro que denominou Diário das Aparições. Seguem trechos extraídos da obra, conforme narra e comenta em síntese o padre: “No dia 27 de julho de 1955 teve sua primeira ‘visão’. Assim ele a descreve: Tinha a estatura normal, uma capa azul clara partindo do rumo da cabeça, cobria todo o corpo. Mãos postas, dedos compridos e claros, uma fita prateada por cima da capa parecia contornar a cabeça, estava de perfil, não consegui ver sua feição devido o rosto estar completamente escuro. Não vi os seus pés”. Confessou que, depois dessa primeira aparição e de outra, quando observou um homem vestido como apóstolo e uma criança pequena, perturbou-se e sentiu medo. Não conseguindo fugir à vontade de vê-la novamente, depois de alguns dias voltou a freqüentar o local e a viu, inclusive em visão compartilhada por testemunhas. “Assim descreve a aparição com a participação de seu pai: ‘estava com um manto azul, rosto moreno claro, cabelos jogados pelos ombros, com as mãos cruzadas ao peito. Tinha a cabeça um pouco inclinada para o lado ‘esquerdo’”.
Milagre da conversão — De acordo com o sacerdote, após esta e outras manifestações, compartilhadas por populares, “pediu ao padre Ferreira Neto que celebrasse duas missas para as almas do Purgatório, temendo ser aparições de almas. Depois, apresentou-lhe ajoelhada em oração. No dia 24 de outubro do mesmo ano apareceu-lhe com um rosário em sua mão esquerda”. Depois a viu em companhia de um santo semelhante a Jesus Cristo. No dia 21 de novembro surgiu novamente, desta vez com um rolo de papel nas mãos. Falou sobre um sinal de sua presença, um forte relâmpago em dia de Sol. Mostrou-lhe igualmente com um objeto triangular em mãos e com uma estrela sob os pés. Em outra aparição, percebeu neste objeto várias letras escritas em maiúsculo. “Por fim, no dia 28 de novembro, conseguiu decifrar claramente o escrito: ‘Jesus Cristo eterno Deus. O paganismo ameaça o mundo. Erguei o altar, orai com fé e vereis o milagre da conversão’”. Outros elementos importantes das mensagens também
são apresentados. “Ela apresentou-se ao vidente com a inscrição ‘Maria Virgem Imaculada’. Além de fé pedia, piedade, penitência e paciência”.
Em outra manifestação aparecia a inscrição: “Aliança com Deus… E propagai a fé” . Para o padre, existem vários elementos comuns a outras manifestações aqui presentes, como a insistência na oração, o título de Imaculada, o rosário, a mensagem de conversão e o milagre. O novo aqui representa, sobretudo, o caráter otimista que permeia todo o fenômeno, na figura eclesiástica e sóbria do vidente, o fato de existir outros do sexo masculino, a relativização do grupo e das mensagens de cunho apocalíptico. Profundamente atual é a referência ao processo de paganização do mundo, o que pode ser visto muito claramente na economia mundial – desumana e excludente –, na política, nos costumes atuais etc. Souza narra ainda várias outras visões, todas com muitos detalhes, como lugares, datas e horários, pessoas, ornamentos, testemunhas etc.
Os dados precisamente registrados no Diário das Aparições dão mostra da interatividade da testemunha com a entidade contatada. Diversos detalhes são mostrados e lembremos, sob autorização da igreja, tornados públicos. Uma vasta correlação quanto a particularidades de outros casos semelhantes pode ser percebida claramente, sobretudo naquele ocorrido em Piedade das Gerais [Veja matéria nesta edição]. Os pedidos de oração, o aumento da fé e a luta contra o paganismo no mundo são pontos relevantes. A mostra de objetos desconhecidos e, sobretudo, da “estrela” que estaria aos pés da santa, insinuam o acesso a tecnologias incompreensíveis humanamente, traduzidas pelo vidente de acordo com sua capacidade de constatação e seu discernimento visual.
Ao avistar outras figuras além da Virgem em algumas das aparições, Souza deixa patente o temor de se tratarem de almas desencarnadas e pede que se rezem missas a elas. A incerteza e a incompreensão da natureza real das manifestações parece vir atordoar quem vivencia e justamente por isso a testemunha luta, buscando a seu favor todos os recursos e meios disponíveis que possa lhe trazer uma tranqüila digestão para uma vivência extranatural – tal fato pode até mesmo alterar a sanidade mental de uma pessoa que não souber se relacionar com ele. O choque com outras realidades não convencionais – ou dimensões paralelas – já levou diversos indivíduos aos manicômios em praticamente todas as metrópoles e aldeias do mundo. Por isso, como elemento apoiador do ser humano em momentos de tormento e dúvida, a igreja justifica que veio cumprir seu papel de escorar psicologicamente tais testemunhas, buscando dar-lhes apoio moral, exaltando o lado positivo desses raros fenômenos.
Uma nova versão — A associação à imagem materna, à ternura e o sentimentalismo transpirado pela santa marcam os casos como sendo uma manifestação de amor. Segundo narrativas dessa natureza, feitas por Souza, segue o comentário do ex-pároco sobre o avistamento de uma criança no colo da santa: “Uma mensagem de cunho social muito significativa é narrada: Nossa Senhora apareceu como se estivesse com a criança maltrapilha e aspecto faminto, vista anteriormente, assentada em seu colo com a cabeça encostada em seu peito, virada para frente. A Virgem tinha as duas mãos em cima da barriga da criança. Estava com o rosto virado para o lado esquerdo, então lhe fiz a seguinte pergunta: ‘O que vós desejais?’ Ela virou o rosto para frente num movimento muito lento e abaixou a cabeça, como se estivesse olhando para a criança que estava em seu colo [Diário das Aparições]”.
Entrementes, comentários vindos de outras fontes de pesquisa desse caso que pedem omissão de citação, por questões religiosas, dão conta de que o ser inicialmente avistado pelos meninos não tinha de fato nada a ver com a imagem de uma santa ou senhora. A criatura seria de baixa estatura, cor acinzentada, corpo frágil e possivelmente do sexo masculino. A partir desse biotipo descrito certamente teria surgido aí associação a um macaco, feita pelos garotos testemunhas da primeira observação. Devemos considerar que o substantivo empregado para descrever o animal seria a denominação mais lógica que poderiam designar aquelas crianças de tenra idade ao se buscar traduzir tão esquisito avistamento. Segundo essa hipótese, o evento da aparição de uma santa naquele local poderia ter sido criado logo posteriormente ao primeiro avistamento, com o propósito de que ali não fosse visto como um lugar de mau agouro ou assombrado, associado às más causas, como o diabo, por exemplo, pelo simples fato de a criatura avistada portar estranhas feições, conforme a descrição, geralmente associadas aos séquitos do mal.
Desta forma, quando os meninos deram o alarme na vizinhança, avisando que tinham avistado um “bicho esquisito”, os populares recorreram logo à religiosidade, levando imagens sacras e pedindo bênção àquela localidade. O povo, que aos poucos se tornava ciente de que “algo de outro mundo” se passara por ali, necessitava agora crer que teria aparecido uma criatura distintamente elevada, ao exemplo de uma figura santa. Tal fato teria sido logo alimentado às custas do clamor religioso popular, nutrido pelo irrestrito apoio diocesano àquele incidente, encaixando-o no devido clichê das inúmeras aparições marianas que já ocorreram no mundo até aquele ano de 1955. O fato foi que a Diocese de Divinópolis (MG) e a Paróquia de Sant’Ana de Itaúna tomaram frente aos acontecimentos e trataram de canalizá-lo para os campos da religiosidade eclesiástica. O primeiro passo foi clamar silêncio às testemunhas, as impedindo de prestarem quaisquer esclarecimentos acerca do ocorrido – que não fossem aqueles já divulgados e cabíveis dentro da realidade católica –, sob o pretexto de que a igreja estaria pesquisando o caso.
Nunca se tornou público qualquer resultado de tais avaliações, desde que se deram os acontecimentos até agora, passados 50 anos e nem mesmo houve uma informação oficial por parte do clero a respeito do andamento ou resultado da pesquisa. Revestido de alto teor religioso e ajustado às diretrizes do catolicismo, o Caso de Itaúna veio realçar o papel do clero local como elemento controlador da população, como o foi sabidamente em meados do século XX, por diversas partes do mundo. Passados 50 anos – completos em 27 de julho de 2005 – o local da aparição continua sendo freqüentado por centenas de pessoas diariamente, em grupos ou a sós. Ali são acesas velas, feitas orações, agradecimentos e pedidos de graças por pessoas de distintos credos, sendo a maioria católica.
Há que se destacar um dos principais diferenciais da manifestação itaunense em relação às demais, que foi justamente o fato de que as te
stemunhas eram todas do sexo masculino. Na maioria das ocorrências marianas por todo o globo os avistamentos foram geralmente testemunhados por crianças do sexo feminino ou por mulheres. Cidade de tradicional religiosidade católica, Itaúna tem como padroeira, desde os tempos em que ainda era o poeirento arraial de Sant’Ana de São João Acima, a avó de Jesus, mãe de Maria: Ana, a Sant’Ana. Segundo informações da igreja local, figuraram como os videntes da Nossa Senhora de Itaúna: Ovídio Alves de Souza, Otaviano Gentil de Castro, José Rita, Antonio Nunes de Oliveira, João Queiróz e Eduardo Vasconcelos de Morais.