Por milênios a verdadeira história da nossa origem esteve oculta e sufocada por toneladas de entulhos de pedras, lama endurecida e poeira. Estivemos vagando sobre a Terra de olhos vendados pelo esquecimento do passado e conformados com livros didáticos de história pelos quais ficamos sabendo muito pouco sobre o que realmente aconteceu no passado remoto deste planeta, que guarda muitos e antiquíssimos segredos. E isso continuaria assim se homens como Erich von Däniken e Zecharia Sitchin não tivessem tido a coragem de expor questionamentos importantes que tiraram muitos da zona confortável da ignorância. Mas tudo começou bem antes.
Por volta de 1840, arqueólogos ingleses e franceses fizeram descobertas incríveis. No meio de escavações, encontraram palácios, templos, joias, estátuas, a biblioteca real de Assurbanipal II e, dentro dela, mais de 25.000 tabuletas de argila, todas com escritos cuneiformes. Essas tabuletas relatavam de tudo: textos históricos, poesias, registros astronômicos, fórmulas matemáticas, contratos comerciais, partituras musicais etc. Os tradutores dos textos também descobriram histórias de homens e de deuses, que classificaram como “mitologia”, de tão surreais que lhes pareceram. No entanto, algo intrigava enormemente os antigos estudiosos e descobridores das tabuletas de argila — muitos relatos nelas descritos eram anteriores ao Gênesis bíblico e pareciam ser a origem dos textos sagrados.
Muitos de nós crescemos doutrinados por alguma das religiões abraâmicas, que se distinguem em três vertentes: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Todas são monoteístas e concebem o Deus dos textos sagrados como sendo o Deus universal e o criador de todas as coisas — e todas explicam a origem do homem a partir de um molde de barro feito pelas mãos do próprio Deus. O conto bíblico continua dizendo que, após sua criação, o homem foi posto no Jardim caçando, nadando, dormindo, comendo e engordando. Lá no Edin, as crianças eram chamadas pelos nomes que receberam de seus pais de proveta: o menino foi chamado de Adamu, ou “vermelho como a argila da terra”, e a menina de Ti-Amat, “a mãe da vida”. Eles formam o primeiro casal Adão e Eva, relatado no Gênesis bíblico, e é aquele que foi expulso do Paraíso por ter provado do Fruto do Conhecimento, fruto esse que nada mais era do que uma intervenção genética que possibilitou ao casal se reproduzir e, assim, se multiplicar por conta própria, sem a necessidade da clonagem.
Adamu e Ti-Amat, assim como seus clones, eram estéreis de nascimento, por serem híbridos. A astuta serpente que deu o tal fruto para Eva foi o brilhante cientista que conduziu toda a experiência desde o início: Enki, o deus sumério do conhecimento. Quem expulsou o casal do Jardim do Éden foi Enlil, chamado “O Senhor do Comando”, líder da Missão Terra, e que fez isso desgostoso do rumo que a experiência genética estava tomando — o que era para ser descartável, agora tinha o poder de se multiplicar. Seu medo era que também tivessem dado à criatura a vida longa dos deuses. Isso, em longo prazo, representaria perigo em potencial para os Elohim que se encontravam em número menor na Terra.
Mas agora era tarde. A realidade estava ali para todos verem, apreciarem e usufruírem. Restava apenas seguir em frente com os planos de mineração do ouro, para fazer valer todo esforço e todo sacrifício de talvez jamais poder voltar para casa. Enlil, com sua mente estratégica típica de militares, buscaria um jeito de tentar eliminar a nova espécie em uma ocasião oportuna e limpar a Terra do mal feito. Naquele momento, resolvera aceitar o que o destino impôs, mas não queria ver na sua frente o bizarro casal terrestre. Disse a Enki: “Leve-os daqui sua serpente traiçoeira!” Ou algo assim…
Relações consanguíneas
Centenas de anos depois surgiu o outro casal Adão e Eva, esses sim os pais de Caim e Abel no livro do Gênesis. O homem de Cro-Magnon, ou Homo sapiens arcaico, surgiu do cruzamento entre o Anunnaki e o descendente do espécime criado em laboratório. Mais uma vez teremos a interferência da serpente do Éden. Enki percebeu que, com o tempo e as constantes relações consanguíneas, o seu precioso experimento estava de alguma forma regredindo ao estágio primitivo, e então começou a buscar uma solução para o caso — o recurso foi ele mesmo se relacionar sexualmente com duas fêmeas descendentes de Adamu e Ti-Amat.
O experimento, conduzido em meio à vegetação e à sombra de uma árvore, logo deu resultado. Das fêmeas nasceram filhos, um menino e uma menina, ambos híbridos aperfeiçoados a um grau mais elevado — eram criaturas mais graciosas, inteligentes e, embora ainda algo rústicas, um passo antes de se tornarem o que somos hoje. Enki guardou segredo dessa experiência pelo tempo que pôde. Dizia a todos que a nova espécie de terrestres havia surgido naturalmente no deserto. Ao menino, deu-lhe o nome de Adapa, e à menina, Titi. Foram criados por ele mesmo e sua esposa, e foram amados como filhos por ela. A eles tudo foi ensinado e eles tudo aprenderam. De fato, foi a partir de Adapa, o escriba, que se começou a registrar a genealogia dos terrestres: O Livro das Gerações de Adão.
Nesse ponto, devo fazer uma observação de cunho científico. Estudos genéticos que fizeram análises do DNA fóssil de mulheres neandertais e do DNA mitocondrial — que é passado exclusivamente da mãe para filhos de ambos os sexos — concluíram que compartilhamos de 2,5% a 4,0% do DNA com os neandertais. Agora, fazendo a análise a partir do cromossomo Y, os pesquisadores observaram que aparentemente o DNA deles não foi passado para os humanos modernos. O que faz sentido, pois aqui venho propondo que o dono do cromossomo Y é um Anunnaki.
As tabuletas contêm textos históricos, poesias, registros astronômicos, fórmulas matemáticas, contratos comerciais, partituras etc. Os tradutores dos textos também descobriram histórias de homens e de deuses, que classificaram como mitologia
Mais para a frente foi com as descendentes de Adapa que se relacionaram e tiveram filhos os Nefilim, os famosos “anjos caídos”, que de caídos não tinham nada, pois eles não caíram, mas aterrissavam. Após o Dilúvio, uma catástrofe natural e não um castigo de Deus, mas que Enlil soube aproveitar para tentar, sem sucesso, exterminar a aberração gerada do pecado original — que, aliás, nada mais é do que a experiência genética ocorrida no passado —, houve uma mudança no padrão comportamental social entre os Anunnaki e os terrestres. O homem já não era mais escravo, mas, a partir de então, coadjuvante na construção da história do mundo. Surgiu a Suméria, o Egito, a Índia e a China. Impérios ergueram-se e caíram, e aqui estamos.
Atualmente, em plena era da informação e da tecnologia, podemos compreender melhor o que os antigos textos diziam em linguagem alegórica. Atualmente, sem o fanatismo religioso que perseguia quem ousava pensar, podemos entender que a Bíblia não fala do Deus criador de tudo, que permanece inescrutável à mente humana, mas de extraterrestres que, se aventurando pelo espaço, encontraram e colonizaram a Terra e criaram o Homo sapiens.
Hoje, que já não precisamos mais nos provar seres racionais e lúcidos, podemos admitir que o elo que falta na Teoria da Evolução pode ser facilmente explicado por uma teoria alternativa, mas não menos racional e lógica — a tese de Darwin faz todo sentido, mas só até certo ponto. E a Bíblia não está, afinal, nos contando histórias da carochinha. O Gênesis bíblico é apenas um resumo de textos mesopotâmicos muito mais antigos. Mas, colocando um pouco de lado o texto hebraico, temos vários outros textos ditos “sagrados” espalhados pelos quatro cantos do mundo, cada qual de uma mitologia diferente, contando exatamente a mesma história.
Trocam-se os nomes dos personagens, mudam-se alguns detalhes, mas o miolo
da narrativa é sempre o mesmo — em algum momento no passado da Terra, deuses desceram do céu e criaram o homem. Será realmente apenas mitologia? E o que é uma narrativa mitológica senão a tentativa de ser didático, explicando coisas complexas por meios comparativos, em uma linguagem que possa ser compreendida por quem ainda não está pronto para entender tecnologia avançada, ou procedimentos médico-biológicos sofisticados?
Quando Sir Henry Layard encontrou Nínive embaixo de escombros e aquelas tabuletas de argila dentro das ruínas da biblioteca de Assurbanipal II, e quando George Smith, em 1876, reuniu suas várias descobertas em um pequeno livro que intitulou The Chaldean Account of Genesis [O Gênesis Caldeu. Reedição de E-Artnow, 2019], e que foi o primeiro livro a comparar os textos antigos descobertos na Mesopotâmia com os contos da Criação e do Dilúvio da Bíblia, ninguém tinha conhecimento ou sequer achava possíveis as viagens espaciais. Zecharia Sitchin pôde perspicazmente ver nos intrincados textos alegóricos que estava ali algo esperando inquieta e silenciosamente o tempo de ser compreendido à luz da Era Espacial.
Escravo da sua arrogância
Hoje em dia, só não vê quem não quer. O homem moderno continua sendo escravo, mas somente da sua própria arrogância, que o impede de enxergar, ou aceitar o óbvio. A mitologia suméria — em forma de músicas, poemas e às vezes relatos que beiram a autobiografias, se não o forem de fato — fala da vida cotidiana desses seres, de seus trabalhos, lazeres, guerras, amores, sexo, filhos, pais, avós, em uma intrincada genealogia e uma estrutura social tipicamente patriarcal, porém revelando mulheres fortes que, sempre muito respeitadas, interferem ou decidem uma grande parte quando necessário ou quando lhes interessa. Quanto aos homens, são eles que lideram e ocupam as principais posições.
No céu, quem manda é Anu, o pai dos deuses. De personalidade forte, se impôs como o soberano de Agade, a capital do reino celestial. Seus filhos mais proeminentes são seu herdeiro legal Enlil, o primogênito Enki e a sábia Ninmah. Esses três filhos são os líderes da chamada Missão Terra e formam um triângulo que revela uma mentalidade social bastante arrojada sobre relacionamentos amorosos, mas hoje em dia obsoleta e incompreensível para os nossos padrões morais, embora no passado da Terra fosse considerado tudo absolutamente normal.
Algumas das milhares de tabuletas sumérias com escritas cuneiformes escavadas em sítios arqueológicos. Elas recontam nossa trajetória como espécie
FONTE: BRITISH MUSEUM
Enlil, cujo epíteto é “O Senhor do Comando”, era o líder mais importante na Terra. Ele falava e os outros obedeciam. Ponto final. Extremamente severo, acumula funções administrativas e militares, e era aquele que põe ordem na casa. Já Enki, cujo epíteto é “O Senhor da Terra”, é o cientista líder da experiência genética que gerou o trabalhador primitivo. Totalmente o avesso de Enlil, não se ocupa do cotidiano, mas do extraordinário. Para ele, decifrar o mistério da vida é mais importante do que respeitar a ética, e volta e meia o veremos quebrando as regras. Além disso, era um mulherengo incorrigível.
Ninmah, cujo epíteto é “Dama Elevada”, era o amor disputado pelos irmãos e a coluna sólida onde se apoiam tanto Enlil quanto Enki quando as coisas se tornam difíceis. Ela era a sabedoria feminina posta sempre à prova, o ventre que trazia ao mundo deuses e homens. É a Grande Mãe. De fato, de Ninmah veio o diminutivo mammu, que deu origem à palavra mamãe.
Seres humanos como nós
Os três lideravam e, sempre juntos, apesar das diferenças, enfrentavam todos os problemas que, diga-se de passagem, foram muitos e geralmente causados por seus filhos e netos em disputas relacionadas ao trono de Nibiru ou ao domínio da Terra. Entre os filhos e netos que mais se destacaram nessa incrível saga mitológica estão Ninurta, Marduk e Inanna. Todos os outros são coadjuvantes, porém não menos importantes. Em todos os aspectos, eram seres humanos como nós, nem bons nem maus, mas com todos os direitos a erros e acertos. E eles erraram bastante. Mas seus acertos também foram muitos.
Para os nossos padrões atuais, os Anunnaki são considerados como seres perversos e imorais por causa de seus relacionamentos incestuosos entre irmãos e entre pais e filhos, ou avós e netos, sendo isso motivo de escândalo ou profunda catarse para muitos que estudam o tema, embora isso sempre estivesse presente nas histórias relatadas na Bíblia e aceitas quase sem questionamentos, bastando para isso uma explicação até pouco convincente para tal comportamento, como no caso das filhas de Lot, que, acreditando-se as últimas pessoas na Terra, embebedaram com vinho e seduziram o próprio pai para gerar descendência.
Na verdade, os Anunnaki são por natureza amorais. Mas para eles a relação incestuosa era normal desde seu planeta de origem. O sexo era bastante incentivado, vivido, usufruído e valorizado, e não sobrecarregava os ombros nem a mente de ninguém com sentimento de culpa ou ideias de pecado ou de algo sujo e indecente. Definitivamente, os Anunnaki não precisavam de terapeuta sexual. Nesse aspecto, eram livres, leves e soltos, como todos nós deveríamos ser. Na sociedade suméria, os direitos e deveres eram iguais para todos, homens e mulheres. E os sumérios tinham uma vida sexual bastante intensa e exageradamente explícita. A abundância de poemas eróticos encontrados na biblioteca de Assurbanipal II revela uma sociedade bastante liberal e bem resolvida nessa questão. Reflexo da vida social e sexual dos deuses.
Muito frios
Ao mesmo tempo em que os percebemos tão bélicos, e assustadoramente frios, esses “deuses” são espiritualizados, embora a forma como veem e tratam a espiritualidade seja muito diferente da nossa maneira de ver e reagir a essa realidade mais sutil, com a qual ainda não sabemos lidar direito, pois fomos doutrinados durante milênios dentro de uma matrix chamada religião.
Os Anunnaki dão importância a sonhos, visões e presságios, e sempre se questionam sobre o destino e a sorte, sendo que o destino é imutável e, a sorte, nós mesmos a fazemos. E sim, os Anunnaki acreditam em Deus. Eles o chamam de O Criador de Tudo, mas não fica muito claro se percebem Deus como uma entidade ou como uma força criadora do universo, havendo momentos em que parecem mesclar os conceitos. Se eles têm uma religião, podemos chamá-la de religião cósmica e tem muito mais a ver com astronomia do que com o modelo subserviente a que fomos submetidos através da fé cega a dogmas criados sob medida para fazer de nós ovelhas do sistema.
Como aconteceu um salto tão grande para os neandertais, que surgiram relativamente há tão pouco tempo? Temos seres mais próximos a ele, com poucas diferenças, como o Homo Heidelbergensis, que surgiu há 600, 700 mil anos na África
Apesar de os Anunnaki mostrarem respeito com uma suposta hierarquia universal, não parecem se submeter a qualquer dogma religioso e nem a sentimento de culpa e pecado. São extremamente racionais! Cada um deles tem conhecimento em várias áreas. Não são como nós, que temos tão pouco tempo de vida e precisamos escolher rápida e assertivamente o caminho que vamos trilhar, a faculdade que iremos fazer, a área em que vamos nos especializar, a profissão que vamos exercer. A vida para nós é um sopro. Já eles têm todo o tempo do mundo, sabem tudo, conhecem tudo. Mas se especializam naquilo que mais gostam de fazer. Enlil é engenheiro militar, Enki é geneticista e ama astronomia.
Os Anunnaki são reptilianos?
Essa é a dúvida mais frequente que tenho encontrado nas pessoas que se interessam pelo assunto. Infelizmente, a intern
et está cheia dos profissionais da desinformação. Milhares de blogs divulgam essa ideia completamente errônea. Existem também os estudiosos do assunto que levantam a hipótese de que Zecharia Sitchin teria acobertado a verdadeira natureza dos Anunnaki, porém inúmeros estudos sérios de simbologia podem explicar esse enorme equívoco ao interpretar os textos, pictogramas e imagens mesopotâmicas.
Na mitologia suméria existiam dois clãs distintos de deuses: o de Enlil e de Enki. Assim como o clã de Enlil geralmente era representado pelo símbolo do animal touro, o de Enki era representado pelo símbolo do animal serpente. Vemos a serpente, ou o dragão, em muitas esculturas e ilustrações do mundo antigo, porém também vemos, na mesma proporção, muitas ilustrações, relevos e esculturas trazendo um touro como destaque. Mas nunca vi nenhum estudioso levantando a hipótese de que os Anunnaki eram bovídeos.
Mas não tínhamos somente o touro e a serpente representando os diversos deuses: tínhamos também o falcão, o carneiro e o leão. Em diversas culturas vemos esses astronautas sendo representados com faces de animais, geralmente parecendo não fazer parte realmente do rosto do deus, mas algo acoplado a ele. Como diz o Gênesis bíblico: “Eles nos fizeram à sua imagem e semelhança”. Agora é parar para pensar: se fomos feitos à sua imagem e semelhança, e nada de répteis temos, obviamente os Anunnaki não são os tais reptilianos das teorias conspiratórias. Ah, mas e o cérebro reptiliano? Ora, é apenas o nome infeliz que um cientista deu para a parte mais primitiva do nosso cérebro, responsável pelas nossas reações de ataque e defesa, nossa capacidade e instinto de sobrevivência. Nada demais! Mas a teoria do cérebro trino, formulada por Paul MacLean, é usada sem moderação para vender a ideia tosca da conspiração reptiliana.
Caminhar sobre a Terra
O cérebro reptiliano, cérebro basal ou ainda complexo R é formado apenas pela medula espinhal e pelas porções basais do prosencéfalo. Esse primeiro nível de organização cerebral é a parte do cérebro a ser formada primeiro no feto e é capaz apenas de promover reflexos simples, o que ocorre em répteis, por isso o nome. Foi apenas uma maneira de comparar.
O ser humano é muito complexo, pois possui todos os níveis de evolução que mamíferos simples não possuem. E com isso não estou querendo dizer, em nenhum momento, que no passado remoto já fomos répteis — nem mesmo no início da formação da vida neste planeta, quando formas primitivas saíram da água para caminhar sobre a Terra. Estou dizendo que somos organismos extremamente avançados, que vão muito além dos sistemas simples encontrados nos animais menos complexos, evoluídos aqui na Terra.
Estátua do Anunnaki Gilgamesh, até hoje conservada no Museu Britânico de História, em Londres
FONTE: BRITISH MUSEUM
É compreensível que dragões e serpentes sempre despertaram maior interesse nas pessoas do que bois. Então, pegar uma figura que causa temor nas pessoas para transformá-la em uma teoria conspiratória que gere curiosidade e medo é muito mais lucrativo do que contar a história como ela é. E olha que a história dos Anunnaki não precisa de nada além dela mesma para ser fantástica. A curiosidade sobre a verdadeira aparência dos Anunnaki cresce cada vez mais. Mas, na verdade, descobertas arqueológicas desde há muito tempo estão trazendo à tona muitos esqueletos que, apesar da semelhança, verdadeiramente não se comparam aos dos humanos da Terra. Essas descobertas foram ocultadas ao olhar público desde 1950 e somente agora estão voltando a aparecer.
A referência mais conceitual que temos sobre a aparência desses extraterrestres que colonizaram a Terra vem dos relevos e estátuas mesopotâmicos. Acontece que essas imagens não são os Anunnaki — são representações artísticas deles, conforme a imagem e semelhança do povo árabe, armênio e semita. E, aliás, a maior parte desses relevos está representando humanos terrestres, reis e soldados. E também as estátuas gregas que simulam os deuses não correspondem às suas verdadeiras aparências, mas a dos povos que habitavam as ilhas mediterrâneas. Isso se pode dizer das representações dos deuses em todas as outras mitologias mundiais. Devemos tentar imaginar os Anunnaki como seres de um planeta hiper gelado, levando em conta a suposta enorme distância do Sol. Portanto, sem melanina e com olhos extremamente claros, não necessariamente azuis. A verdade é que não sabemos como eles são. Tudo o que temos são pistas, como aquela que descreve Quetzalcoatl na cultura mesoamericana como um homem branco, de barba branca e olhos claros.
Nossa origem na Terra
A teoria sobre os Anunnaki é maravilhosa e incrivelmente coerente. Mas se quisermos eliminar o fator extraterrestre como explicação para a nossa origem na Terra, teremos que aceitar outra teoria muito interessante e bastante provável, de que estamos sempre passando por ciclos de extinção e voltando a estágios primitivos, tendo que percorrer milênios até conquistar novamente a mesma tecnologia que um dia tivemos no passado. O ponto é que, mesmo com o conhecimento que temos hoje, deve ser constrangedor para os nossos mais inteligentes engenheiros e arquitetos olhar para as antigas construções megalíticas com blocos de pedra pesando impressionantes e impossíveis toneladas para as nossas máquinas contemporâneas, e cujo propósito e função são verdadeiros enigmas ainda não decifrados, sem falar de cidades inteiras escavadas direto na rocha, como se tivessem usado uma impressora 3D em tamanho gigantesco.
Estamos pretendendo viajar para outros planetas, mas mal conhecemos o fundo do mar. Com toda a nossa tecnologia espacial, nosso conhecimento ainda não compreende nem abarca todos os mistérios do nosso mundo. De fato, talvez seja mais interessante aceitar a interferência extraterrestre do que rejeitá-la, o que implicaria em ter que buscar respostas coerentes para mais uma tonelada de questões sobre o passado da Terra e da humanidade, e que são respondidas facilmente quando consideramos o fator Anunnaki.
Após o Dilúvio, os Anunnaki refletiram sobre sua missão neste planeta, a princípio em busca do ouro para salvar a atmosfera do planeta de origem deles, Nibiru. E também refletiram sobre o propósito da criação do homem. A partir daí, começariam a preparar os terrestres para herdar a Terra. Dividiram as terras por regiões habitáveis, construíram cidades para eles, ungiram reis para representar o povo perante os Anunnaki, deram leis cívicas e morais que, mais tarde, foram interpretadas como sendo religiosas.
A ciência ainda não tem todas as respostas. Descobre-se, aqui e ali, uma nova ossada de algum ancestral do homem moderno em algum local que foge do senso comum acadêmico, mais e mais questões são levantadas, novas possibilidades são exploradas
Ensinaram tudo que o homem precisava para seguir em frente: matemática, geometria, medicina, música, esportes, literatura, direito, artes etc. Deram noções profundas de higiene pessoal e saneamento básico para as cidades, lições de comércio, trocas e vendas, leis de casamento e de divórcio, leis de amparo ao órfão etc. O homem moderno já não era mais um Lulu — era coadjuvante em todos os acontecimentos no planeta Terra. Era rei, sacerdote, professor, pai de família, soldado, general. Lutava ao lado dos Anunnaki nas guerras provocadas ora pelos deuses, ora pelos homens.
Alguns homens achavam que não precisavam mais dos deuses e resolveram enfrentá-los, invadindo os territórios sagrados — sagrados porque eram domínio apenas dos Anunnaki, como por exemplo o espaçoporto no Monte Sinai. Os deuses tentaram parar a insurgência com métodos bastante violentos, lançando as chamadas Armas de Terror, t
alvez bombas nucleares, sobre as ditas “cidades pecadoras”. Vemos, como exemplo, as cidades de Sodoma e Gomorra, citadas na Bíblia, e Mohenjo-Daro nas lendas hindus.
Muitos partiram da Terra
Esse episódio de revolta e castigo pôs fim na civilização suméria e também na vontade dos deuses de continuarem ao nosso lado. Muitos partiram, indo embora da Terra. Alguns ficaram e continuaram, como Marduk, que tinha laços estreitos com a humanidade terrestre, chegando mesmo a se casar com uma mulher da Terra, uma Cro-Magnon. Ela era Sarpanit, a filha de Enkime, o Enoque bíblico. Mas outros também se casaram com mulheres da Terra e já não se pode mais dizer que as gerações advindas desses relacionamentos são as mesmas de trabalhadores primitivos, os primordiais lulus.
Então, quando vejo em muitos blogs, livros e grupos de estudo sobre os Anunnaki comentários como “somos gado”, “somos lulus”, “fomos criados para a escravidão”, “somos manipulados por seres perversos e cruéis” e por aí vai, percebo que houve uma falha de entendimento dos textos antigos trazidos à tona através dos estudos de Zecharia Sitchin, ou mesmo uma tendência à vitimização, muito comum hoje em dia. O que tenho a dizer é apenas: liberte-se do passado. Perdoe. Erga a cabeça e siga em frente. Você não é mais um lulu. Você e eu não somos aquele primeiro trabalhador primitivo.
Escultura em rocha na localidade de Hattusa mostrando 12 deuses Anunnaki, assim representados pelos hititas
FONTE: WIKIPEDIA
Somos seres abençoados que, surgindo de modo torto, nos tornamos seres avançados, espiritualizados, inteligentes e capazes de conquistar mundos, assim como nossos criadores fizeram no passado, colonizando o nosso planeta. Nós conquistamos nosso lugar no universo, mas falta aprender como lidar com isso. Os Anunnaki nos fizeram às suas imagens e semelhanças, e geralmente resumimos essa frase ao aspecto físico. Entendemos que fomos criados em uma imagem parecida àquela dos Anunnaki e pronto. Porém, o significado é mais amplo.
Na experiência que trouxe o Homo sapiens ao mundo, Enki, Ninhursag e Ningishzidda, alguns dos líderes mais importantes presentes na Missão Terra, fizeram combinações esplêndidas em nosso DNA. Há uma passagem nos textos das tabuletas de argila, referentes à criação de Adamu, onde Ninhursag, um pouco bêbada e alegre, filosofa: “Quão bom e quão mal posso tornar o homem?” Enfim, os Anunnaki nos fizeram iguais a eles em todos os aspectos, menos um, a longevidade. Não comemos da Árvore da Vida, portanto, a vida eterna dos deuses não nos foi dada. Isso é uma coisa que teremos que conquistar. E não estamos muito longe disso. Nossa tecnologia e medicina avançam a passos largos.
Errando e acertando
E, assim como os Anunnaki, o homem vai revelando o mesmo jeito de pensar, sentir e agir. Tal como os Anunnaki, nós amamos, odiamos, rimos e choramos, sentimos dor física e angústia mental, sentimos desejo sexual, paixão, sofremos por amor e nos alegramos com o sorriso de uma criança. Assim como nossos criadores, sentimos medo, coragem, ambição, ternura, planejamos e executamos um projeto. Enfim, escolhemos o que nos parece ser o melhor caminho, tomamos decisões errando e acertando. Nós construímos e destruímos, somos engenhosos!
E também assim como eles, promovemos a guerra e a paz. Em tudo, somos às suas imagens e semelhanças. Que o homem lembre que também é Deus. Ou, se ainda não é, tornar-se-á um. Para o bem e para o mal, cumpriremos o nosso papel cósmico. Estamos começando uma aventura pelo espaço e com o tempo conquistaremos mundos. Com o tempo criaremos outros seres às nossas imagens e semelhanças. E, sim, nossos motivos serão tão egoístas como foram os dos Anunnaki.
Afinal, “Deus escreve certo por linhas tortas”, diz o ditado popular. Crescer dói. E o futuro repetirá o passado. É o processo evolutivo de esfera em esfera. A escada para o céu. Parece estranha a ideia de sermos descendentes de alienígenas tão diferentes do que somos, e de como nos entendemos como civilização, com padrões comportamentais que divergem conforme a geografia muda e que nunca paramos para pensar a razão. O que para o Ocidente é um escândalo, para o Oriente é normal. Só precisamos entender que, mesmo agora, somos o resultado de uma sociedade que já funcionou de forma diferente, regida por regras de outro mundo, um mundo distante daqui.
Livre arbítrio
As coisas ainda estão em plena mudança, e por isso estamos vivendo uma era de tantos conflitos sobre tudo isso. Mas aos poucos estamos criando nosso próprio mundo, ao nosso jeito de ver a coisas e lidar com elas. Fomos feitos à imagem e semelhança dos Anunnaki, mas não precisamos necessariamente seguir os mesmos passos. É para isso que serve o livre arbítrio.
De qualquer forma, estamos em um ponto de evolução planetária no qual definir como será nossa sociedade no futuro faz parte da nossa responsabilidade como raça humana. Chegará o momento em que teremos que definir o que é certo e o que é errado para nós, de forma coletiva, assumindo-nos como uma única raça planetária. E isso nada tem a ver com Nova Ordem Mundial, Illuminati, Bilderberg, Bohemian Club, Governo Oculto e outras várias instituições citadas nas teorias conspiratórias, mas com uma necessidade real de se definir e se apresentar como uma nação cósmica, perante outros povos interplanetários. Isso é inevitável.