O meio ufológico brasileiro e mundial está repleto de casos de humanos que são contatados e às vezes manipulados por seres extraterrestres. Um dos casos mais impressionantes de raptos por tais entidades no Brasil é, sem dúvidas, o ocorrido com a senhora Emília Schneider [Nome fictício]. O mais interessante é que se suspeita que devam aflorar ainda muitas outras recordações na mente dessa mulher, apesar da vida atribulada que ela e seu esposo têm, especialmente em momentos de crise econômica mais séria. No caso do casal em questão, ambos estavam desempregados na época dos fatos e, além disso, tiveram que se mudar da cidade onde moravam para outra mais distante. Mesmo assim, a experiência pela qual a senhora Emília passou traz grandes revelações.
A senhora escreveu uma carta a esse autor dizendo que estava preocupada com as coisas que haviam lhe ocorrido em 1994, quando viu algumas luzes estranhas em seu quarto. Ela conta que, na hora de dormir, teve a impressão que mal acabara de se deitar e o dia já estava amanhecendo, sentindo ainda como se alguém apertasse seu braço. Ao abrir os olhos — já bem acordada —, percebeu que nem havia desligado o rádio antes de ir para a cama e sentia muita angústia e desconforto. Narrou como tinha visto as luzes em companhia de uma amiga e sonhado várias vezes com alguém que nunca conseguia identificar, mas que lhe mostrava naves imensas passando pelo céu e outra pousada em um terreno abandonado. Posteriormente, ela expelira uma espécie de ovo, com aproximadamente 9 cm de comprimento por 4 cm de largura e com uma mancha escura no centro, da qual saíam alguns filamentos.
De acordo com Emília, que perdera bastante sangue durante a expulsão, o ovo era totalmente mole — ela havia ligado as trompas bem antes do seu novo relacionamento. Entre uma coisa e outra, a senhora comentou que tinha visto, em sonhos, um tipo estranho de aparelho de laboratório ou uma grande indústria moderna,na qual observara imagens coloridas em terceira dimensão do seu corpo e órgãos internos. Ao mesmo tempo, alguém lhe explicava que iria curá-la de um problema — chegou-se até a recomendar um tratamento, dando nome de um medicamento que ela teve algumas dificuldades em conseguir, embora seu esposo fosse representante de laboratório farmacêutico.
Regressão hipnótica
Deve-se ressaltar que, antes do que se presumem serem abortos, os seios de Emília tinham crescido significativamente e apresentavam uma grande quantidade de leite, que às vezes molhava a roupa. Chegou-se até a sugerir, pelas evidências e por ter feito laqueadura, que poderia ter acontecido uma gravidez psicológica. Seu ventre também começou a crescer substancialmente, cessando todos esses sintomas após a expulsão do ovo. Um psicoterapeuta se prontificou a auxiliar a pesquisa desse caso, tendo a primeira sessão ocorrido em 03 de julho de 1997, com uma regressão. Após atingir um estágio bastante aprofundado, a senhora foi convidada a retornar à data do fato que tanto a perturbara. Nessa ocasião, não como protagonista, mas como espectadora dos fatos e comodamente reclinada em uma poltrona, assistia a tudo que seria projetado na “tela do cinema”.
Emília Schneider mostrou-se um pouco insegura a princípio, principalmente porque duas pessoas amigas, que a mesma havia convidado para assistir a sessão, não puderam comparecer — na sala, apenas o médico, ela e esse autor foram autorizados a entrar. “Estou deitada, prestando atenção no rádio que está ligado, só vendo a luzinha vermelha do dial. Meus irmãos dormem. De repente, aparecem quatro indivíduos altos. Não sei como entraram, parece que usaram a porta ou passaram através dela. O quarto se ilumina com uma luz azulada que sai das suas roupas. Elas parecem não possuir costuras. É como se estivessem coladas ao corpo e são de cor azul, sem botões ou fechos. Todas iguais”. Os seres se aproximam dela em sua cama e começam a colocar instrumentos de aparência metálica, como alumínio, em seu corpo. “Um desses aparelhos está em cima da minha cabeça e em meus ouvidos. Parece choque elétrico, mas não dói. Examinam meus ouvidos”.
As regiões do ventre, tórax e braços do corpo de Emília, além de “tiques” no rosto, dão ideia de tremores. Talvez fosse o choque elétrico que ela descreveu durante o exame. “Eles não falam, parecem se entender apenas pelo olhar. Eu sinto que repetem para eu ficar calma”. Quando descreveu a fisionomia das criaturas, disse que “parece mentira, mas não consigo ver seus rostos. Eles me atraem com as vistas e não é possível ver direito o resto. Têm olhos puxados e grandes. O nariz eu não consigo enxergar. A boca parece fina e igualmente grande. E as mãos têm dedos deformados. Não consigo mais”. Ela descreveu os seres como tendo braços e corpos finos, muito compridos — a mulher estava coberta por uma espécie de lençol prateado e continuaram a analisá-la com esses aparelhos por cima do corpo.
Como um exame ginecológico
A atividade pareceu ser igual a um exame ginecológico. “Agora me colocam um desses aparelhos finos, prateados, com a ponta preta. Parece que essa ponta tem uma linha ou fio muito fino. Quando retiram o aparelho, o fio não está mais”. Perguntei se sentia alguma espécie de toque, mas seu corpo estava anestesiado. “Só vejo as figuras em volta de mim. Agora terminaram. Minhas pernas descem e eu saio da mesa. Levam-me por um corredor de luz vermelha. E lá estou na minha cama”. Quando ela atravessou o corredor, não deu para ver nada, a não ser a luz. Um deles a segura pelo braço. “Estamos descendo de uma grande nave em cima da casa. Não sei como descemos, mas parece que voamos. Agora estou dentro do meu quarto e na cama. Sinto-me toda gelada e já está clareando o dia”.
Muito assustada após a regressão, a jovem procurou esse autor na semana seguinte para contar que tinha se lembrado de outras coisas que agora tentava inutilmente esquecer, devido ao medo. A bordo da nave, também tinha visto sua mãe e irmãos, sendo que um deles contara depois que tivera um sonho com toda a família dentro de um UFO. Com respeito a essas observações, ela continuou a ver os UFOs tanto acordada como em sonhos. E a estranha pessoa que nunca conseguia determinar quem era lhe disse que as naves que via eram de uma frota que estava chegando para estabelecer uma base aqui na Terra — apenas algumas pessoas escolhidas podiam vê-los. Depois de quase um ano sem ter not&iac
ute;cias de Emília Schneider, ela tentou me contatar, mas acabamos não nos encontrando. Seu caso permanece entre os mais complexos da Ufologia Brasileira.
Outro episódio ufológico impactante, também ocorrido na Bahia, é o chamado Caso Taí e Prima, marido e esposa. Essas duas pessoas começaram a notar detalhes sutis que indicavam uma abdução, que estaria acontecendo desde a época em que ainda não se falava em sequestros por seres extraterrestres — um desses acontecimentos em que as vítimas são monitoradas desde a infância. O que vai se relatar a seguir vem surgindo em episódios lembrados espontaneamente ou através de sonhos, de cunho realista, que pressupõem outras coisas muito além de serem apenas sonhos. As lembranças que vão nascendo e de repente afloram na mente dos abduzidos — quando eles começam a recordar coisas que podem ser muito mais que sonhos. Elas começam com acontecimentos na vida do pai de Taí, na época da sua juventude e logo após o matrimônio, tais como lembranças de grandes olhos escuros lhe observando desde a porta da casa, globos luminosos que circulavam no quarto do casal antes do nascimento do primogênito, e ainda quando criança também vira dois grandes olhos escuros em um rosto iluminado que parecia flutuar dentro da humilde casa.
Passados alguns dias, quando dormia na casa da sua madrinha, Rosa teve outro sonho. Em casos ufológicos complexos, conta muito uma tentativa de interpretação dos sonhos das testemunhas
O jovem Taí e sua irmã Rosa se interessam por UFOs desde 1975 e passaram muito tempo conversando sobre o assunto. Uma noite Rosa sonhou que, assistindo TV, de repente a energia faltou e uma intensa luminosidade azul começou a entrar pela janela do último andar do prédio onde moravam — o que fez com que corresse até o lugar para saber do que se tratava. Lá fora, Rosa avistou vários UFOs pairando acima do condomínio e sentiu como se estivesse sendo sugada pela luz que eles emitiam. Foi quando Taí apareceu e a abraçou, impedindo que ela fosse puxada pelos objetos. No dia seguinte, a menina ficou acordada até mais tarde para assistir a um filme na televisão, quando, igual ao seu sonho, faltou energia, e ela viu um reflexo azulado invadir o ambiente onde estava. Absolutamente desesperada e com medo, correu para o quarto, e nesse momento a energia voltou.
O mistério era ainda maior
Passados alguns dias, dormindo na casa da sua madrinha, no mesmo prédio onde morava, Rosa teve outro sonho — dessa vez viu três pessoas se aproximando da cama. Quando gritou — ou pensava estar fazendo-o — o que parecia ser o chefe do grupo a repreendeu dizendo: “Por que você grita? Está sempre querendo nos ver e agora fica assim?” Parece que gritos incomodam ou afetam de alguma forma os alienígenas, já que em vários casos, como o de Antônio Vilas-Boas, Whitley Strieber, Rosa — a moça desse caso — e outros, os aliens reagem perguntando “Por que está gritando?” ou “O que podemos fazer para você parar de gritar?” O sonho de Rosa acontecia em sua casa e não na da madrinha, onde ela se encontrava passando a noite. Enquanto isso, os outros dois indivíduos encostavam na nuca dos seus pais e de seu irmão algo parecido com tubos de ensaio, que se enchiam de sangue. Os três eram magros, tinham aproximadamente 1,60 m, cabelo escuro puxado para trás. O chefe ostentava um bigodinho fino. Ao acordar na manhã seguinte, para seu espanto, Rosa estava toda suja de sangue já coagulado no cabelo, travesseiro, lençóis e dedo indicador.
O ufólogo Valmir de Souza, vizinho e amigo dessas pessoas desde a infância, foi o primeiro a ter acesso aos relatos. Juntos, levantamos diversas hipóteses a respeito do fato de Rosa ter acordado toda ensanguentada — sua madrinha confirmou que não havia possibilidade de menstruação, já que a jovem tinha um ciclo muito regular, e isso havia acontecido 12 dias depois da regra. Além do mais, sua roupa de baixo estava completamente limpa naquela noite, o que fazia o mistério ser maior. Em 1981, Prima, esposa de Taí, estava dormindo na casa dos seus pais, deitada de costas, quando acordou repentinamente com uma luz de cor azulada que penetrava pelo telhado — ela não conseguiu ver exatamente de onde a claridade emanava, notando apenas que incidia sobre o seu ventre durante alguns instantes. A misteriosa luz então se deslocou, subindo lentamente pelo seu abdome e estacionando entre os seus seios. De repente, Prima puxou o lençol, apavorada, cobrindo-se até a cabeça e virando de lado. Minutos depois, ao tomar coragem para observar o que estava acontecendo, a luz tinha desaparecido.
Em casos ufológicos complexos, como esses, contam muito uma tentativa de interpretação dos sonhos das testemunhas, como os do jovem Taí, sendo o primeiro ocorrido em 25 de agosto de 1991, um domingo de madrugada. “Sonhei que estava em Santo Antônio de Jesus caminhando pela rua principal e havia um cortejo parecido com uma procissão religiosa. Era noite e, mesmo com a fraca iluminação, dava para ver a rua onde morei, bastante enlameada. O detalhe era que eu não via os rostos das pessoas que seguiam o cortejo, rumo à igreja local”. Outro sonho ocorreu em 26 de agosto do mesmo ano, uma segunda-feira de madrugada. “Novamente eu estava na minha cidade e também era noite. De repente, pessoas de aproximadamente 1,50 m de altura, vestindo roupas colantes pretas, me seguraram e tentavam levar-me à força, pois estava reagindo violentamente à atitude de meus supostos captores, dos quais não via seus rostos, assim como os das pessoas do sonho anterior”.
Crescimento acelerado
O jovem Taí descreveu que estava em um carro parecido com um Opala preto, com sua esposa e mais três ou quatro mulheres que não conhecia, além do motorista. “Seguimos por uma avenida da cidade baixa, em Salvador, vindo não sei de onde. Em seguida, uma grande forma preta, que parecia de algo gigantesco, igual a uma garrafa ou jarra, com asas de morcego, vinha baixando sobre o carro, me assustando. Então gritei para o motorista: ‘pisa fundo que eles vão nos agarrar’, porém o carro parou e os mesmos indivíduos baixinhos foram surgindo em volta do mesmo”. Também apareceu para a testemunha uma mulher pequena e magra, de rosto comprido e nariz afiado, cabelos castanhos, longos e lisos, vestindo uma roupa colante de cor cinza escuro ou azul-marinho.
Aquela mulher o acalmava e dizia que não lhes fariam mal. “Ela me explicou que o objetivo daqueles seres naquele momento era nos descontaminar, principalmente as mulheres que estavam grávidas e cujos fetos eram de interesse para eles”. O abduzido acordou tonto e sem entender nada, sentindo suas lembra
nças se apagando rapidamente. Tomado de um repentino impulso, pulou da cama e foi até o pátio dos fundos, onde ouviu um barulho. Sua experiência com seres extraterrestres se ampliava gradativamente em complexidade. O rapaz descreveu que os recém-nascidos descritos pelas entidades seriam banhados em um líquido que aceleraria o seu metabolismo, fazendo com que se tornassem adultas em pouco tempo.
Foi também mostrada à Prima a sala de cirurgias onde as transformações aconteciam, além de um homem com genitais extraídos — um corte perfeito para a transformação do macho em fêmea, sendo que o órgão retirado serviria para alguma fêmea que fosse virar macho. “Os seres que dirigiam essas atividades tinham aparência humana, eram brancos e loiros, tendo alguns deles cabelos da cor castanha, compridos até os ombros, usavam roupas branco-acinzentadas e colantes. Minha esposa observou ainda que durante as cirurgias não havia sinal de aplicação de qualquer tipo de anestesia nas vítimas, pelo menos aparentemente”, disse o abduzido Taí.
Arremedo de corpo feminino
No ano de 1997, Prima teve outro sonho, afirmando que dessa vez estava sendo levada por um helicóptero junto a um grande número de pessoas. De repente, o mesmo mergulhava no mar, transformando-se em uma espécie de submarino. Ela estava em companhia de Taí e ambos teriam ficado extremamente assustados quando mergulharam no mar. Seus sonhos também não o deixavam em paz, como o que ocorreu em uma noite de fevereiro de 1998. “Eu estava em Santo Antônio, na casa dos meus sogros, e dormia no chão, pois Prima e nossos três filhos se apoderavam da única cama do quarto de hóspedes. Naquela noite, sonhei estar mantendo relações sexuais com uma mulher muito bonita. No auge do prazer, percebi que tinha alguma coisa sendo retirada de mim com um aparelho. Ao me virar, vi um tubo sendo puxado por uma mão comprida. Só enxergava a metade do braço para frente”.
O aparelho com que Taí sonhou que era objeto com aproximadamente 30 cm de comprimento e grossura de um dedo, começando mais fino na ponta e aumentando ligeiramente do lado oposto. Parecia uma espécie de vidro aluminizado, sendo sua estrutura ondulada ou com uma espécie de gomos. A ponta parecia oca e, na altura em que era segurado pela mão que o puxava, havia uma espécie de trava com a forma aproximada de duas calçadeiras de metal, com o mesmo tipo de curvamento, porém com dois buracos. Surpreso ao ver aquilo, Taí voltou seu olhar para a mulher com a qual teria copulado, tomando mais um choque — ela era um arremedo de corpo feminino dos quadris para cima, mas, para baixo, não passava de uma máquina.
Ao encerrar a relação e retirar seu membro, percebeu que tinha estado dentro de um tubo forrado, aparentemente com algo semelhante a uma borracha úmida e macia. Da parte inferior desse aparelho saíam vários tubos e mangueiras ligados a um receptáculo de cor branca. A partir desta data, um sentimento de ódio e revolta se apoderou de Taí. Ele se tornou uma pessoa agressiva com todos e por tudo, tendo longas noites de insônia, apatia sexual e perdendo até a vontade de viver. Algum tempo depois, após violenta crise de choro, ele conseguiu falar sobre o acontecido com sua esposa. Foi quando tomou outro choque, embora ela o escutasse e o confortasse com todo carinho. Prima lhe disse: “Não é uma surpresa para mim, já que sempre percebia ou sentia presenças estranhas no quarto”. O apoio dela foi fundamental para a recuperação do marido.
A experiência com extraterrestres se amplia gradativamente em complexidade. Recém-nascidos descritos pelos seres seriam banhados em um líquido que aceleraria seu metabolismo, para se tornarem adultos em pouco tempo
Recentemente surgiu um novo elemento nas investigações: Taí continua sendo abduzido com os mesmos propósitos de coleta seminal. Nada adiantou para ele se refugiar em uma fazenda no interior, pois, no final de 1998, foi novamente levado por tais seres — experiências que sempre se parecem metade reais, metade sonhos. Segundo seu relato desse novo fato, encontrou-se certa noite dentro de uma sala onde estranhamente também estavam seus pais e uma tia. Seus misteriosos e inconvenientes raptores — que nunca consegue ver — lhe ordenaram para que tirasse suas roupas e deitasse em uma cama junto com seus familiares.
Abdução com lapso de tempo
Taí reclamou daquela imposição, mas alguém lhe disse que tinha que fazer isso porque era assim que devia ser. Quando ele começou a ficar irritado, seu pai, deitado e coberto até o peito por um lençol, disse: “Eu sei exatamente o que você está pensando”, e calou-se. Por fim, se encontrou deitado, sem saber como, em situação igual aos outros. E, espantado, percebeu seu estado de excitação. A seguir, uma figura feminina bastante gorda se aproximou dele. Quando acordou no meio da noite, estressado e sentindo-se completamente exaurido, correu para o sanitário, confirmando o que tinha ocorrido. Chegou a comentar o fato com a esposa, e, ainda em choque, saiu para o quintal, olhou para o céu e ouviu uma voz ecoar na sua cabeça, dizendo claramente: “Há um chip inserido no seu cérebro que, quando ativado, fará com que você saia de seu corpo naturalmente e venha até nós, sem necessidade de que venhamos lhe buscar”. Lamentavelmente, ainda não foi possível confirmar a existência do implante no rapaz, mas seu caso permanece sendo estudado.
Outra ocorrência baiana que marca de forma profunda a presença alienígena na Terra é o chamado Caso Conceição do Almeida, em referência a uma cidade do interior da Bahia, a 161 km de Salvador. Lá, o médico Damião Domingues apresentou a esse autor um fazendeiro da região que tinha sido vítima de abdução, Manoel Nogueira [Nome fictício]. Nogueira, seu paciente, lhe confidenciou que estava preocupado por causa de um aparente lapso de tempo em sua memória, que aconteceu depois de ter sido seguido por uma estrela em certa noite na estrada — seu relato é impressionante. O fazendeiro e sua esposa foram seguidos ostensivamente por uma luz que o mesmo descreve como sendo a Estrela D’Alva [Vênus], quando regressavam para sua residência. A luminosidade os acompanhou por vários quilômetros e parava e se movia de acordo com o andar do carro. Nogueira ficou muito curioso com a inusitada companhia e decidiu estacionar para observar melhor a luz, que, naquele momento, parecia pairar a menos de 500 m de distância.
Como sua esposa se negou a ficar nesse local solit&aacut
e;rio, o homem a levou para casa, a menos de 1 km de distância, e voltou ao local do incidente na mesma hora. Quando chegou, percebeu que a “estrela” estava um pouco mais na frente e parecia pousada em um terreno. Nogueira então saltou do carro, sentindo um temor inexplicável, e resolveu retornar ao veículo imediatamente. Quando lhe perguntamos quanto tempo permaneceu fora de casa, ele respondeu que não mais que 10 minutos, porém acrescentou que sua mulher diz que foi mais de uma hora e meia. “Quando eu voltei, já fazia um bom tempo que ela estava dormindo”, relatou. A investigação desse caso seguiu uma rotina metodológica, e quando questionado se alguém em sua família já sofrera sangramento noturno no nariz ou se tinha apresentado uma marca recente em alguma parte do corpo, como de vacina, ele se exaltou. Como se sabe, esses são sintomas normais de abduções alienígenas.
Diálogo entre ETs e humanos
Manoel Nogueira ficou visivelmente nervoso e, após certificar-se de que não havia mais ninguém por perto, fechou com chave a porta do seu gabinete, desabotoou a camisa e mostrou uma marca estranha pouco acima do mamilo direito. Ao repuxar a pele próxima ao sinal, pudemos notar claramente um círculo de aproximadamente 2,5 cm de diâmetro, ostentando visíveis sinais semelhantes a picadas de agulha. Em cada picada havia uma saliência como se tivesse pequenos grãos de arroz sob a pele. Embora a especialidade do doutor Domingues não fosse a dermatologia, ele não teve explicação para o que seriam tais marcas. Dias depois, Nogueira teve um sonho que pode ter muito a ver com o caso de abdução. Nele o homem revia o acontecimento vivido, dessa vez descrevendo a estrela como sendo um objeto de formato cônico, muito brilhante. Disse que parecia uma espécie de “chapeuzinho de festas”. O artefato se movia lentamente flutuando à sua frente.
UFOs descritos como uma espécie de chapéu ou capacete estão presentes em outros casos de abdução ou encontros próximos. O acontecimento mais significativo talvez seja o de Bianca Oliveira, que teve um contato com um ser chamado Karran a bordo de uma nave — nesse caso, o capacete tinha a função de tradutor. O fato de existir uma correspondência entre diversos episódios com objetos afins, embora com ligeiras variações, pode demonstrar que os mesmos fazem parte de uma peça importante para o diálogo entre esses seres e nós. No caso de Manuel Nogueira, ele não pôde ver seres de qualquer espécie, apenas senti-los. “Alguém disse que eles estavam na minha imaginação”, disse a testemunha.
Em nível consciente ou inconsciente, ele não pode ver o que ou quem o levou por uma hora e meia, assim como em outros casos de abdução. Talvez tenha recebido uma ordem hipnótica para não se lembrar dos detalhes do que lhe acontecia. Quando perguntamos a Nogueira como era o dono da tal voz que ouvira durante sua observação, ele rapidamente tratou de mudar de assunto. Para o homem seria muito mais simples dizer que não os tinha visto ou que não sabia de onde vinha a tal voz. Talvez a explicação para tudo isso seja apenas telepatia ou nada além de um sonho — mas um sonho que deixa marcas físicas inexplicáveis.
Como ocorrem as abduções alienígenas
Por Alberto Romero
O processo de abdução ou sequestro de humanos por seres extraterrestres segue um roteiro já bem estudado e definido. Durante tais ocorrências, são retirados das vítimas, por diversos procedimentos, sangue, espermatozoides e oocistos [Óvulos das fêmeas]. Através de incontáveis depoimentos de abduzidos hoje sabemos que também são extraídas amostras de saliva, humor vítreo aquoso [Fluído dos olhos], fluído cérebroespinhal, urina, unhas e cabelos, o que nos parece uma preocupação com a coleta ou controle do DNA humano. A boca, orelhas, olhos e órgãos genitais são os locais que despertam maior interesse nos aliens, assim como o umbigo das fêmeas. Tais seres também costumam retirar pedaços de tecidos das orelhas, olhos, nariz, panturrilha, coxas e quadril. Por causa disso, muitas cicatrizes são descobertas sobre o osso da canela — segundo especialistas, seria o local de mais fácil acesso às amostras de tecido ósseo e também aspiração de medula.
Síndrome de pós-abdução
Entre os estudiosos desses casos está o médico ginecologista Richard Neal Júnior, membro da Mutual UFO Network (MUFON). Para ele, focalizando os procedimentos ginecológicos e reprodutivos que têm sido realizados nos abduzidos, conclui-se que há algum tipo de manipulação genética em andamento ocorrendo dentro de várias gerações de famílias. “A chave para a manipulação genética está nas moléculas de DNA das células dos seres humanos. Esses genes controlam a reprodução e as funções do dia a dia de todas as células. Padrões de mutação os permitiriam rearranjar os códigos genéticos no local certo, específico no cromossomo”, diz Neal Júnior. O médico ainda garante que mesmo nosso conhecimento primitivo da medicina permite ver que as operações realizadas nos sequestrados são cruéis, desnecessárias e ineficazes.
Outro grande pesquisador das abduções, o professor da Universidade de Temple David M. Jacobs, acha que os traumas decorrentes da abdução podem levar as pessoas a questionar a sua estabilidade mental por causa do que se convencionou chamar de “síndrome de pós-abdução”. A médica brasileira Gilda Moura, consultora da Revista UFO, diz algo muito apropriado em seu livro Transformadores de Consciência [Editora Conhecimento, 2009]: “Os abduzidos, mais que os contatados, possuem essa forte e evidente angústia e descrevem sintomas como pânico, pesadelos, confusão mental, descontrole emotivo, chegando à hipermotividade. Só que, na maioria das vezes em que são ouvidas, as pessoas só se interessam pela história do contato e por isso não sabem o que estão vivendo”. Para Gilda, as consequências de um trauma são reais, evidentes e agudas — e merecem cuidado especial.
Gilda Moura diz que muita gente acha agrad&aa
cute;vel e até emocionante ouvir a história de um contatado, mas que se deve cuidar dessa angústia tão forte e evidente na maioria dos casos. “Não creio que exista patologia, mas resultados de um trauma. De qualquer forma, não se deve confundir estes com as causas, e não se pode, portanto, encarar a pessoa que está vivenciando uma situação dessas como uma com problemas ou fora da realidade. Muitos estudos continuam nessa linha. Devemos ajudá-la, não só tratando as consequências, como preparando-a para o processo que está só começando”. Em poucas palavras, o que todos devemos levar em conta a respeito dos abduzidos e contatados é que eles merecem toda a atenção e respeito que possamos lhes proporcionar, além dos cuidados por parte de profissionais sérios e competentes, como a doutora Gilda.