Questões intrigantes, mas necessárias (Final)
Nos EUA, estimulavam-se todos os esforços científicos encaminhados a busca desses tipos de contatos radiofônicos com outros pontos do universo. Em 1960, Frank Drake interrogou o espaço, num projeto chamado OZMA, dirigindo suas emissões à estrela Tau Ceti, com o radiotelescópio de Green Bank. Recebeu sinais bastante interessantes e repetiu a mesma transmissão em 1964 com uma antena parabólica de 300 metros de diâmetro, localizada em Arecibo (Porto Rico) – início do Projeto SETI.
No entanto, seus dirigentes preferiram guardar o mais absoluto sigilo sobre os resultados obtidos pela experiência. Ainda no ano de 1964, a mesma zona cósmica apontou uma elevação sensível e inteiramente anormal de energia radiante, que tornou a se repetir cerca de 100 dias depois. Posteriormente, o mais famoso caso veio em 1977, com o sinal Wow!.
Citando alguns eventos, verificamos quantas dúvidas e incertezas nos cercam até hoje, também com a radioastronomia. Atualmente, explicam esses acontecimentos como sendo interferências e nada mais, descartando-se a possibilidade de uma reavaliação desses sinais – devem estar gravados e arquivados em algum lugar, assim como há pouco tempo descobriram um exoplaneta nos arquivos do telescópio Hubble. Poderia haver alguma mensagem inteligente entrelaçada, misturada à estas \”perturbações sonoras\”?
Distância e divulgação
Nunca recebemos neste campo, do SETI, um sinal ou resposta de inteligências comprovadamente extraterrestres ou, se ocorrera, nossa \’tecnologia de ponta\’ não conseguiu traduzir. Seria como um brasileiro conversando por telefone com um chinês. Quanto tempo seria necessário para conseguir um entendimento aceitável? Mesmo supondo que esses seres se parecessem conosco, já vimos em várias outras matérias que provavelmente os comportamentos seriam diferentes e, claro, os idiomas ou meios de comunicação também. Detectar uma mensagem alienígena é uma coisa, compreender e responder é outra.
Temos também o fator distância, onde, por exemplo, se recebêssemos uma mensagem oriunda de um planeta localizado a 70 anos-luz da Terra e respondêssemos rapidamente, demorariam outros 70 anos para aquela civilização receber nossa resposta, num total de aproximadamente 210 anos para completarmos apenas um ciclo de troca de \”alôs\”.
A primeira e única transmissão do SETI foi feita em 1974 [Mensagem de Arecibo], em direção ao aglomerado de Hércules (M13), a cerca de 26 mil anos-luz de distância e, segundo pesquisadores da Busca por Inteligência Extraterrestre, uma resposta não pode ser esperada num prazo inferior a 52 mil anos!
Depois disso, protocolos internacionais [Um deles acessível clicando aqui] proibiram qualquer tipo de transmissão visando comunicação com ETs, além de rigorosas normas que determinam como os pesquisadores devem agir no momento da captura de algum sinal suspeito, onde, depois de uma série de análises e procedimentos, a divulgação (ou não) ao mundo ficará sob o consenso de cientistas e governantes de todo o planeta.
Ou seja, a decisão final estará nas mãos daqueles mesmos cientistas que admitem sem o menor constrangimento a existência de vida fora da Terra, mas não aceitam em hipótese nenhuma que entidades extraterrestres já estejam por aqui interagindo com a história, fugindo de debates abertos sobre Ufologia. E, também, nas garras dos mesmos governantes que nos negam informações, mentem sem o menor sinal de pudor, enquanto aviões são perseguidos ou estão perseguindo UFOs, enquanto militares e civis estão sendo abduzidos, enquanto nos dizem que \”A verdade está lá fora\”. Estes tipos de pessoas seriam facilmente capazes de omitirem fatos comprometedores.
Conclusões pessoais
Sinceramente, não creio (tomara esteja equivocado) que nosso aguardado contato com vizinhos cósmicos aconteça através da radioastronomia. Parece que nossos primitivos antepassados se comunicavam de maneira bem mais simples, rápida e eficaz com os deuses, onde monólitos, cavernas, tendas ou estranhos artefatos serviam como transmissores e receptores de mensagens ou ordens diretas de seres superiores.
Além do mais, fica cada dia mais claro que \”a verdade está é aqui dentro\”, alojada aqui mesmo, em nosso planeta, por trás de cada negação e mentira, mas principalmente dentro de cada um de nós, pois somos frutos do universo e nossa essência contém as respostas. Precisamos experimentar uma Busca por Inteligências bem Terrestres, vamos nos concentrar no que acontece de extraterrestre na Terra, talvez esta seja a chave, porque \”eles\” (os ETs) parecem se interessar mais do que nós.
Nos últimos tempos, tivemos alguns sinais interessantes captados, aos quais algumas fontes especializadas de notícias levantaram possibiliddes reais de mensagem positiva de inteligências espaciais. Depois, silêncio total. Ok, devem estar analisando… A mais recente ocorreu no mês passado.
Respeitando todos os profissionais e voluntários envolvidos no programa, mas as decisões finais (contar ao mundo ou não) no caso de um sinal positivo e real ficará nas mãos de cientistas e militares que trabalham para governos (principal e obviamente os norte-americanos). Será que confessariam à população?
Enquanto isso, ninguém espera nada mesmo, pois eles afirmam que antes de 50.000 anos não se deve aguardar algo relevante. Me perdoem, mas isso é uma desculpa perfeita, eles têm 50 mil anos para não confirmarem absolutamente nada!
Revoluções à vista
Em todo caso, para não dizermos que não há solução, alguns integrantes estratégicos e conscientes da Academia Internacional de Astronáutica (IAA) e do SETI têm indicado e estudado outras técnicas, como a Messaging to Extraterrestrial Intelligence (METI) e novos protocolos, sugerido e defendido também por Alexander Zaitsev, astrônomo do Instituto de Rádio Engenharia e Eletrônica da Academia Russa de Ciências em Moscou, coordenador do SETI na Rússia e consultor da Revista UFO [Leia o artigo O Paradoxo de SETI].
Novas diretrizes para o contato nesse estilo foram positivamente expostas a partir de uma conferência da Royal Society na cidade de Praga (Rep. Tcheca) em 30 de setembro de 2010. Diversos acontecimentos a nível planetário igualmente têm acumulado certos êxitos na expectativa de que, finalmente, há muita gente disposta a assumir a realidade da presença alienígena na Terra.
As coisas estão se afunilando, só não vê quem não quer.