Astrônomos que observavam Júpiter tiveram uma surpresa na segunda-feira, 13 de setembro, quando um grande objeto desconhecido pareceu se chocar contra o gigante gasoso. Ainda não se sabe o que pode ter sido, mas a teoria mais provável é a de que foi um asteroide de imensas proporções.
No dia, muitos astrônomos amadores estavam observando um trânsito contínuo da sombra de Io, uma das luas de Júpiter, de acordo com SpaceWeather.com. Inicialmente avistado pelo brasileiro José Luís Pereira, logo outros astrônomos e astrofotógrafos começaram a confirmar o incidente. “De repente, um flash de luz brilhante apareceu”, disse o astrofotógrafo alemão Harald Paleske ao site. Ele disse: “Só poderia ser um impacto.” Outros astrônomos em todo o mundo testemunharam e capturaram imagens do evento também, o que foi corroborado por astrônomos profissionais.
Paleske disse ao SpaceWeather.com que a bola de fogo estava localizada a 106.9 graus de latitude e +3.8 graus de longitude. As imagens indicam que o flash ficou visível por cerca de dois segundos. A origem exata do clarão e a natureza do objeto que o causou ainda é um mistério. No entanto, pode-se presumir com segurança que a bola de fogo se originou de um asteroide.
A conta de operações da Agência Espacial Europeia (ESA) tuitou: “Luz em Júpiter! Alguém em casa? Esse brilhante flash de impacto foi registrado ontem no planeta gigante pelo astrônomo José Luís Pereira. Ainda não há muitas informações sobre o objeto que causou o impacto, mas provavelmente era muito grande e/ou rápido! Obrigado, Júpiter, por receber essa ‘porrada’!”
Assista acima a filmagem do momento do impacto no gigante gasoso.
Fonte: SLA astronomie54
Os astrônomos estão agora à procura de uma marca escura ou outros sinais de interrupção na superfície do gigante gasoso – sinais reveladores de que um asteroide de fato colidiu com Júpiter. Os astrônomos estão acostumados a testemunhar objetos colidindo com Júpiter em tempo real. Na verdade, os dados da NASA analisados em 2019 sugerem que no início da história do sistema solar, Júpiter pode ter absorvido um planeta inteiro.
Um exemplo notável ocorreu quando o cometa Shoemaker-Levy 9 colidiu com Júpiter em julho de 1994, de acordo com a NASA. Quando isso aconteceu, deixou um rastro enorme de detritos e marcas escuras – e reforçou a teoria de que a vida tem sido capaz de prosperar na Terra porque Júpiter suga muitos asteroides prejudiciais que, de outra forma, dizimariam sua superfície.