O fenômeno dos agroglifos é uma das facetas mais estranhas e misteriosas da Ufologia e se espalha por todo o mundo há 40 anos, intrigando os pesquisadores que se dedicam ao assunto. Embora muitos defendam que os desenhos nas plantações não estejam diretamente ligados aos UFOs, em muitos casos luzes não identificadas foram vistas sobre os campos logo antes das formações surgirem, o que acabou por colocar o assunto entre outros muitos estudados pela Ufologia.
No Brasil, o fenômeno vem se repetindo desde 2008, inicialmente nos estados de Santa Catarina e depois do Paraná, com formações que se tornam mais sofisticadas de ano para ano. Como já deve saber o leitor, entre a noite do dia 26 e a manhã do dia 27 de setembro de 2016 surgiu na cidade de Prudentópolis, na região central do Paraná, uma formação em um campo de trigo pertencente a Éder Rickli. As investigações efetuadas nesse agroglifo trouxeram resultados inéditos, demonstrando alterações no solo, mudanças orgânicas e microbiológicas no interior da formação, além de a existência de um campo eletromagnético anômalo na figura.
Em virtude de o campo eletromagnético ser uma força sutil, não tangível e invisível, os procedimentos para detectá-lo e aferi-lo, assim como o instrumental utilizado para isso, normalmente não são de conhecimento das pessoas. Além disso, a existência desse campo eletromagnético traz novos questionamentos e pode conter notáveis implicações. Sobre tudo isso iremos discorrer ao longo deste artigo. Vamos, então, começar explicando alguns detalhes de ordem técnica sem, no entanto, fazermos considerações muitos profundas para não onerar a leitura.
Primeiras medidas
Já se sabia que costumam ocorrer anomalias no campo magnético nos agroglifos. Alterações no comportamento de bússolas dentro das figuras são um dos indicativos dessa distorção magnética e o equipamento utilizado para medirmos esse campo é o magnetômetro. É importante esclarecer que este aparelho é utilizado para medir exclusivamente o campo magnético e não o eletromagnético, que se apresenta de forma distinta do primeiro. O campo magnético é gerado pelo alinhamento dos spins [Giros] eletrônicos dos átomos em materiais chamados magnéticos, ou então pode ser produzido também pela aceleração de cargas elétricas. Já o campo eletromagnético é composto por um componente elétrico e um componente magnético associados entre si, oscilando perpendicularmente um em relação ao outro, desacoplados da fonte que lhes deu origem, e se propagando pelo espaço à velocidade da luz, sob a forma de radiação.
Existem vários tipos de magnetômetros e há modelos extremamente caros e sofisticados como os utilizados, por exemplo, em levantamentos geofísicos. No entanto, com os avanços da microeletrônica e da tecnologia digital, até os modernos smartphones possuem em seu circuito um sensor de campo magnético que é capaz de fornecer uma boa indicação das intensidades desses campos — ele pode medir os componentes do campo magnético nos 3 eixos do espaço (X, Y e Z), até um valor máximo de cerca de 20 mil miliGauss em cada direção. Esta é a medida empregada nestes casos.
Sua sensibilidade permite medir campos com intensidade de 10 miliGauss ou menos, o que é, para se ter uma ideia, menor do que o valor do próprio campo magnético natural da Terra, que varia de 200 a 700 miliGauss — no Brasil ele varia de 230 a 280 miliGauss. Com um aplicativo adequado, o smartphone se converte, então, em um magnetômetro simples, mas bom e que serve para indicar, pelo menos em uma verificação preliminar, os valores do campo magnético em um dado lugar.
Ao chegar ao agroglifo para pesquisá-lo, em 01 de outubro, este autor — como parte da força-tarefa da Revista UFO para examinar a figura de Prudentópolis — começou fazendo uma rápida leitura do magnetismo local utilizando o magnetômetro do smartphone. Mediu-se alguns pontos e verificou-se a ausência de alterações anormais de campo magnético, o que é estranho, uma vez que em agroglifos, como os ingleses, em muitas ocasiões se constatou haver distorções magnéticas que se caracterizam por um aumento anormal no valor do campo dentro da formação, geralmente tornando-se mais intenso no centro das figuras.
Campo eletromagnético
Logo após constatar ausência de alteração no magnetismo local, passou-se a verificar, com outro equipamento, o campo eletromagnético, que era o principal objetivo deste autor. Para detectar e medir o campo eletromagnético foi utilizado um medidor de radiofrequência de uso pessoal, modelo Cornet ED85EX. A fim de que possam ser esclarecidas eventuais dúvidas quanto ao uso de um equipamento definido como medidor de radiofrequência para verificação de anomalia eletromagnética, é necessário tecer algumas considerações acerca do que se entende por radiofrequência, em seu amplo significado.
Sem entrar em conceitos elementares de física básica, como, por exemplo, comprimento de onda e frequência, basta dizer que, com exceção das frequências extremamente baixas produzidas, por exemplo, por linhas de alta tensão ou descargas elétricas atmosféricas, e abstraindo-se as radiações como a da luz visível, ultravioleta, infravermelha, raios X e raios gama, todo o restante do chamado espectro eletromagnético — que varia entre 100 kHz a 300 GHz — está ocupado por campos eletromagnéticos, dentro de uma faixa denominada de radiofrequência.
O fenômeno dos agroglifos é uma das facetas mais estranhas e misteriosas da Ufologia e se espalha por todo o mundo há 40 anos, intrigando os pesquisadores que se dedicam ao assunto. Tudo leva a crer que o fenômeno tenha ligação direta com os UFOs
Esse termo não significa que sejam frequências exclusivamente de rádio no sentido de tecnologia de comunicação humana, artificialmente geradas para este fim. Esses campos encontram-se no universo, produzidos por vários processos cósmicos naturais — fenômenos meteorológicos, o Sol, o planeta Júpiter, os pulsares e o hidrogênio neutro interestelar espalhado pela Via Láctea, são fontes emissoras de radiofrequência. Em outras palavras, o que se está tentando explicar é que, primeiramente, as radiofrequências são campos eletromagnéticos e não necessariamente produzidos pelo ser humano e, em segundo lugar, que todo medidor de radiofrequên
cia é, por conseguinte, um medidor de campo eletromagnético, podendo este aparelho ser aplicado tanto para fins técnicos profissionais na área de telecomunicação, quanto para investigar fenômenos e fontes de emissão eletromagnética naturais ou desconhecidas.
O fator limitante para qualquer medidor de campo eletromagnético é a faixa do espectro de frequências em que ele será capaz de atuar, além da sua sensibilidade. Se a faixa for muito estreita ou a sensibilidade não for grande, muito do que existe em um local poderá não ser detectado e aferido. Mas não é esse o caso do aparelho que foi utilizado, considerado um medidor de largo espectro que pode abranger uma faixa que vai de um Megahertz (MHz) até a altíssima frequência de oito Gigahertz (GHz), ou seja, mede a intensidade de ondas que oscilam desde um milhão de vezes por segundo até oito bilhões de vezes por segundo. Todavia, nas medições foi utilizada uma antena calibrada para a faixa de 700 MHz até 6 GHz, o que mesmo assim abrange uma larga faixa do espectro.
Componente elétrico e magnético
Quanto à sua sensibilidade, ela também é alta, alcançando menos 55 dBm (decibéis-miliwatts), o que corresponde a apenas 25 milivolts por metro, embora possa registrar sinais ainda mais fracos, chegando a menos 65 dBm. Ela permite, também, medir níveis de densidade de potência de 0,18 µW/m² (milionésimos de watt por m²) até 1000 mW/m² (1 watt por m²). Outra característica do aparelho é que ele possui aplicações funcionais que lhe permitem medir sinais diversos, como os de ondas AM, FM, GSM, TDMA etc. Aqui também é importante esclarecer que estas siglas dizem respeito apenas às formas de modulação, técnicas para inserir informação em um campo eletromagnético, que chamamos de portadora. As características imprimidas na onda portadora pelos diversos tipos de modulação alteram o seu padrão oscilatório em amplitude, frequência ou fase, mas a natureza física do seu campo eletromagnético permanece a mesma, ou seja, independentemente da forma de modulação — é sempre uma oscilação de energia com um componente elétrico e magnético, cujas relações e comportamento obedecem às clássicas equações de campo do físico e matemático escocês James Clerk Maxwell.
Portanto, o que o medidor faz é detectar a portadora, ou campo que transporta o sinal modulante, independentemente da forma como ela varia ou oscila em decorrência da modulação, e mede sua intensidade ou nível de energia. Isso equivale a dizer que o aparelho pode não apenas fazer a medição dos campos eletromagnéticos de ondas contínuas que oscilam normalmente, como também de campos modulados, cujo padrão oscilatório é constituído de ondas pulsadas de curtíssima duração e de comprimento muito pequeno, como nas micro-ondas usadas em telefonia celular, 3G, bluetooth e WiFi etc.
Em síntese, o que importa saber é que, independentemente de ser uma ferramenta que tem sua utilidade na área de telecomunicações, o aparelho tem boa sensibilidade, rápida capacidade de detecção e pode atuar em uma larga faixa de frequências, caraterísticas que o tornam adequado para examinar campos de natureza desconhecida, onde não temos ideia do que iremos encontrar.
Campo eletromagnético
Como sabem os leitores que acompanharam as matérias publicadas pela Revista UFO, e na mídia em geral, o agroglifo de Prudentópolis de 2016 apareceu em meio a um campo de trigo de uma área rural, a cerca de 7 km da cidade, ao contrário do primeiro naquela região, de 2015, que também surgiu em meio a uma lavoura de trigo, porém bem mais próxima àquela cidade. No local onde a segunda e bela figura se formou, por se tratar de um campo em uma área afastada, não existe em seu entorno absolutamente nenhuma fonte emissora de radiação eletromagnética.
Era esperado, portanto, que não houvesse nada de anormal nos níveis dos campos eletromagnéticos, que deveriam ser ausentes ou, quando muito, apresentar níveis muito baixos, pois hoje em dia, em função da crescente poluição eletromagnética, é difícil existir no planeta local totalmente isento desse tipo de radiação. Assim, poderia existir um “ruído” eletromagnético de fundo, algum sinal espúrio ou, até eventualmente, algum sinal débil de celular.
As antenas de telefonia celular mais próximas estão na cidade de Prudentópolis, a cerca de 6 km de distância em linha reta do local do agroglifo. O chamado Sistema Mosaico, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apresenta um mapa com a intensidade estimada de sinal de celulares em qualquer região que se queira consultar — e no local do agroglifo o sistema mostra que haveria algum sinal, porém com intensidade fraca. Mesmo assim, é importante considerar que os valores plotados neste mapa são teóricos. Nenhum profissional da referida agência reguladora foi até o local para aferir na prática a real intensidade do sinal. A própria Anatel faz questão de esclarecer, em sua página na internet, que essas indicações teoricamente estimadas não podem ser tomadas como dados certos para se avaliar se realmente há ali cobertura do sinal e sua qualidade, até porque isso pode ser influenciado por vários fatores.
Um destes fatores que influenciam a intensidade com que o sinal chega a um dado local está relacionado à diretividade da antena. As antenas usadas em telefonia celular são antenas do tipo painel setorial, que concentram o sinal em um ângulo de cerca de 90 graus. O lóbulo principal de radiação, e que contém a maior intensidade de sinal, se projeta a partir da frente da antena. Dessa forma, quanto à direção para onde ela apontar, a emissão será mais forte e chegará a uma distância maior. Regiões que não estão nessa direção tenderão a ser deficitárias, pois em seus lados e costas há emissões secundárias, porém de intensidade mais fraca.
Além disso, à medida que uma radiação eletromagnética se propaga no espaço, sua energia decresce obedecendo à conhecida lei do inverso do quadrado da distância, de forma que sofrerá considerável atenuação após percorrer alguns quilômetros. Por isso, em muitas áreas rurais nã
;o há sinal de celular ou ele chega muito débil, sendo necessário o uso de uma antena especial para recolher o sinal e possibilitar o uso de celular nesses locais.
Resultado surpreendente
Por tudo o que expusemos até aqui, esperávamos encontrar no local do agroglifo de Prudentópolis de 2016 níveis muito baixos de campos eletromagnéticos ou mesmo sua ausência completa. No entanto, ao ser ligado no interior da figura, surpreendentemente o equipamento passou a registrar uma forte atividade eletromagnética. Quando se mede a intensidade de campo de fontes emissoras de radiofrequência, como de equipamentos transmissores, é normal haver alguma oscilação de sinais. No entanto, a leitura no interior da formação era atípica, com velocidade de oscilações e a amplitude de variação de intensidade impressionantes — haviam rápidas flutuações de campo eletromagnético em um mesmo ponto, alternando entre valores altos e baixos de intensidade.
Na região central da figura, por exemplo, em dado instante, tinha-se um sinal com intensidade de —27,1 dBm, que imediatamente decrescia rapidamente para valores como –37,4 dBm, –38 dBm, –39 dBm, –46.3 dBm e –64dBm. Lembramos ao leitor que quanto maior for o valor negativo da referida unidade, menor será a intensidade de campo. Logo em seguida e com a mesma rapidez, o sinal voltava a aumentar para –45 dBm, –41 dBm, –38 dBm e novamente caía abruptamente para –63,6 dBm, apenas para imediatamente voltava a subir para –29,5 dBm. Apenas para que se possa ter uma ideia, essa última variação corresponde a uma mudança de intensidade de mais de 2.500 vezes. A rápida alternância nos valores e a observação do traçado das leituras no gráfico móvel do aparelho davam a impressão de que havia no local uma espécie “ebulição eletromagnética”.
Costumam ocorrer anomalias no campo magnético dos agroglifos. Alterações no comportamento de bússolas dentro das figuras são um dos indicativos dessa distorção e o equipamento utilizado para medirmos esse campo é o magnetômetro
Distanciando-se do centro da figura em direção à extremidade da pétala, as oscilações do campo continuavam. Porém, a partir da metade do percurso, o nível de energia eletromagnética começava a diminuir drasticamente, caindo já na ponta das “pétalas” da imagem para –61,6 dBm, quando já não restava quase nada da figura. Estas medidas foram repetidas e o resultado foi o mesmo, ou seja, a diminuição no nível de intensidade entre a região central e o extremo das pétalas — assim foram denominadas pela força-tarefa da Revista UFO as figuras elípticas centrais do agroglifo, em número de 6 e simetricamente dispostas.
No centro do agroglifo em questão e em suas imediações, a leitura da densidade de potência, que é o que nos dá uma ideia da quantidade de energia no espaço, por alguns breves instantes registrou um pico com um valor máximo de 141,8 mW/m², que é muito elevado. Esse fato curioso em conjunto, com o decréscimo de energia que observamos entre o centro da figura e a borda da pétala, surpreendentemente nos remete a um relato mencionado pela conhecida e respeitada pesquisadora inglesa Lucy Pringle. Conta ela em seu site [Endereço: www.lucypringle.co.uk] que, em certa ocasião, quando estava em um agroglifo na Inglaterra, o pesquisador Jim Lyons lhe relatou que havia um cone de energia a partir do ponto central da figura. Lyons disse que se sentiu muito bem no centro do agroglifo. Em suas palavras: “Eu poderia ter ficado lá o dia todo. Eu me senti bem e energizado, muito diferente de como me senti no resto da figura”.
Medidas comparativas
Afim de comparar os valores encontrados no agroglifo de Prudentópolis de 2016 com os valores de intensidade de campo que deveriam existir no meio urbano, foram feitas também medições utilizando o mesmo equipamento n centro da cidade, em um local muito próximo a uma torre de telefonia celular e, ao mesmo tempo, com potente sinal WiFi e com mesmo aparelho celular, cuja câmera havia registrado as imagens do mostrador do aparelho com as leituras no agroglifo.
As oscilações de sinal eram bem mais lentas e de menor amplitude, com uma alternância entre –37, –36 e –34 dBm, tendendo os valores a ficarem nessa faixa e, consequentemente, o histograma também apresentando uma leitura uniforme. Por um breve instante o sinal mais forte chegou a –29 dBm, mas na maior parte do tempo em que foi efetuada a medição manteve-se relativamente estável, oscilando com pequenas variações entre –32,3 a –33 dBm, eventualmente caindo a –34 dBm, mas permanecendo dentro dessa faixa de valores. Ou seja, o comportamento dos campos eletromagnéticos na proximidade de várias fontes emitindo ao mesmo tempo foi completamente diferente, com oscilações bem mais lentas e níveis de intensidade menores do que os registrados nas oscilações observadas no agroglifo, mesmo estando ele, como já foi dito, a cerca de 7 km de distância da torre de celular mais próxima ou de qualquer outra fonte de emissão eletromagnética.
A leitura do valor máximo de densidade de potência que o sinal atingiu na área urbana, em meio e bem próximo a várias fontes de emissão eletromagnética simultâneas, como aparelho de celular, transmissores WiFi e antenas de telefonia celular foi de 2,197 mW/m². Já no agroglifo, houve um momento que o sinal atingiu o valor de 141,8 mW por m², ou seja, 64 vezes mais forte.
Cabe aqui esclarecer um outro aspecto importante das medições. A observação de um fenômeno e sua interpretação muitas vezes dependem do referencial. No nosso caso, esse referencial é o instrumento de medição. O que um equipamento mostra pode não representar o total de radiação ou energia eletromagnética que existe em um determinado local. Isto porque o que ele detecta e mede é limitado, principalmente sua largura de banda de frequência. O aparelho usado, como já dito, é bom e de largo espectro, mas não consegue alcançar, por exemplo, a faixa de frequências que vai desde aquelas extremamente baixas (ELF), que começam em 3 Hz e se estendem até o limite das frequências baixas (LF), que é de 300 kHz. É uma brecha grande do espectro, em que o campo do agroglifo também poderia vibrar. Por isso existe a necessidade de se implementar a pesquisa dos próximos agroglifos com novos equipamentos.
O retorno e comprovação
Em 01 de novembro de 2016, exatamente um mês após as primeiras medições no agroglifo de Prudentópolis, retornamos ao local para efetuar novas medições — o trigo já havia sido colhido, restava apenas um campo desolado e figura não existia mais. Na ocasião foi utilizado o mesmo equipamento, com a mesma calibragem e todas as demais condições idênticas às das primeiras medições, para repetirmos a aferição.
O aparelho, então, foi ligado e surpreendentemente não registrou qualquer presença de campo eletromagnético. Apenas em dois breves momentos houve um sinal muito rápido, e de baixa intensidade, com características de sinal espúrio, o que é normal e pode ter diversas origens. Porém, não voltou a se repetir e não ocorreu nenhum outro registro de atividade eletromagnética. Durante quase uma hora de permanência no local e de medições ininterruptas, não houve qualquer indício de campo eletromagnético, o que também podia ser visto no histograma que exibe as leituras no mostrador do aparelho, e que permaneceu completamente vazio durante todo o período de medições.
Ou seja, as medições foram feitas com o mesmo equipamento e sistemática, o mostrador do equipamento foi fotografado com a câmera do mesmo celular que registrou em fotos as leituras do levantamento anterior, e até as condições climáticas eram semelhantes. A única variável do processo foi a existência do agroglifo, não presente na segunda medição. Os resultados encontrados comprovaram, portanto, que a fervilhante atividade eletromagnética registrada nas primeiras medições alguns dias após a formação da imagem estava, sem nenhuma dúvida, associada a ela.
Efeitos na saúde
É fato conhecido pelos pesquisadores da área que em figuras surgidas em vários locais do mundo, principalmente nos agroglifos da Inglaterra, muitas vezes são observadas interferências em alguns dispositivos, como celulares, GPS, relógios e bússolas. É claro que isso pode ser explicado se houver dentro do agroglifo fortes distorções magnéticas e eletromagnéticas, como de fato foi verificado.
Mas ocorre que também as pessoas algumas vezes relatam experimentar diversas sensações físicas e psíquicas quando estão no interior das formações, como arrepios, cansaço, euforia etc. A citada pesquisadora inglesa Lucy Pringle tem desenvolvido uma interessante investigação ao longo dos anos, na qual constatou a melhora temporária de pacientes acometidos pelo Mal de Parkinson quando no interior de agroglifos. O fato que a motivou a iniciar esse estudo ocorreu em 1997, quando uma portadora da doença com intensos tremores permaneceu por cerca de 20 minutos dentro de um agroglifo e, além de narrar ter experimentado uma grande sensação de bem-estar, também parou de tremer por 24 horas.
Lucy, em conjunto com uma equipe, tem monitorado as reações orgânicas das pessoas no interior dos círculos, em um trabalho de pesquisa sério e bem conduzido. De sua equipe faz parte o professor William Teller, da Universidade de Stanford, que usa um equipamento especial para avaliar o estado orgânico e energético das pessoas e fazer os diagnósticos. Entre as alterações físicas verificadas, a equipe constatou significativas mudanças no nível químico hormonal, a partir de efeitos produzidos em glândulas como o hipotálamo e o pâncreas.
À medida que uma radiação eletromagnética se propaga no espaço, sua energia decresce obedecendo à conhecida lei do inverso do quadrado da distância, de forma que sofrerá considerável atenuação após se percorrer alguns quilômetros
Em um dos indivíduos pesquisados, o nível do pâncreas caiu cerca de 40%, ao passo que houve um aumento de 50% nos níveis do hipotálamo depois de permanecer dentro de uma formação. A equipe de Lucy Pringle também constatou, em outros dois indivíduos, um grande aumento nos níveis de melatonina produzida pela glândula pineal — a melatonina tem um papel importante no controle de vários processos fisiológicos.
Contudo, resultados muito interessantes foram obtidos com uso de uma máquina de eletroencefalograma clínica (EEG) de 24 canais para monitorar a atividade cerebral das pessoas, especialmente aquelas portadoras do Mal de Parkinson. A equipe verificou que são produzidas alterações nos ritmos cerebrais, entre as quais um aumento do ritmo gama nas pessoas que entram em agroglifos. O interessante é que pesquisas médicas, sem qualquer relação com a pesquisa das formações, já haviam observado que, ao se elevar o nível de atividade cerebral para o nível gama, ocorria uma inibição dos tremores. Isso acontece porque, quando o cérebro funciona neste nível, ele produz dopamina naturalmente, que é uma substancia sintetizada em laboratórios e usada para tratamento de Parkinson. Lucy descobriu que uma paciente cujos tremores haviam cessado por um longo período havia tido um enorme aumento em seus ritmos gama quando permaneceu no interior de um determinado agroglifo.
Alterações orgânico-cerebrais
A partir daí a pergunta passar a ser o que poderia existir dentro dos círculos para induzir nas pessoas essas alterações orgânico-cerebrais e psíquicas. Temos, agora, razões para acreditar que todos esses efeitos sejam produzidos pela presença dos campos eletromagnéticos no interior dessas formações. A evidência para isso vem, inclusive, de outra área de pesquisa. Em diversos países há uma preocupação com o crescente aumento da chamada poluição eletromagnética advinda de várias fontes de emissão, com muitas pesquisas feitas sobre o impacto dessas emanações sobre a saúde humana. E os pesquisadores descobriram, por meio de experimentos realizados em vários laboratórios, que os campos eletromagnéticos, conforme suas frequências, produzem efeitos diversos no organismo.
Descobriram, por exemplo, que a secreção da melatonina pela glândula pineal é muito sensível a campos elétricos, magnéticos e à influência do campo eletromagnético. Outros estudos mostraram que campos eletromagnéticos afetam a produção de cortisol, substância que controla o apetite, o estresse, a resposta inflamatória, entre outras funções. Pesquisadores verificaram também, em estudos realizados nos últimos anos, que os campos eletromagnéticos influenciam a fisiologia do cérebro e do sono. Vários experimentos demonstraram, com base em registros eletroencefalográficos, que a potência das frequências alfa — de 8 a 12 Hz e de 12 a 14 Hz — é aumentada durante e após a exposição ao campo de radiofrequ
ência modulada por pulsos. Foi verificado também um aumento na potência delta, menor de 4,5 Hz.
Campo flutuante
Para completar, basta citarmos que surgiu uma nova forma de tratamento denominada neuromodulação, um procedimento que consiste em aplicar um campo eletromagnético pulsante para tratar de patologias do sistema nervoso central, entre as quais, o Mal de Parkinson. No Brasil já existem duas clínicas pioneiras no uso dessa nova tecnologia, uma no Rio de janeiro e outra em Londrina, no Paraná.
E o que foi descoberto no agroglifo de Prudentópolis? Exatamente um campo eletromagnético flutuante, com rápidas e intensas variações, ou seja, um campo com características pulsantes. Portanto, tudo leva a crer que os efeitos orgânicos, psíquico-cerebrais e sobre o Mal de Parkinson observados pelos pesquisadores da Inglaterra em pessoas que permaneciam no interior dos círculos se deve à existência de campos eletromagnéticos, semelhantes ao que agora foi detectado no interior do agroglifo de Prudentópolis, em 2016.
É claro que muita pesquisa ainda precisa ser feita para se determinar melhor as características desse campo. Novas medições e novos equipamentos serão necessários, como, por exemplo, um analisador de espectro que permita determinar os valores exatos das frequências e vários outros parâmetros, o que com um simples medidor de campo não é possível fazer. Quando um arqueólogo sabe onde fazer sua escavação, e tem as ferramentas adequadas para tal, espera-se que venham à luz do dia descobertas inusitadas. Agora que sabemos o que procurar nos agroglifos, e sabemos qual instrumental usar para isso, certamente descobertas extraordinárias poderão ser feitas.
Hipóteses arrojadas
Constatar a existência de um fenômeno é uma coisa, mas explicá-lo é outra história. O campo eletromagnético do agroglifo de Prudentópolis foi detectado e medido vários dias após a figura ter se formado. Mas qual foi a fonte que sustentou o campo e que o manteve ativo por todo esse tempo? O solo e as plantas não são emissores de radiofrequência. Uma radiação eletromagnética é gerada quando há uma oscilação de cargas elétricas. Mas para isso é preciso uma fonte ou gerador para acelerar os elétrons. Falando de forma bem clara, se existem frequências eletromagnéticas, deve existir um transmissor. Isso é ponto pacífico, mas onde estava ele?
É possível que realmente existam informações nas medidas e proporções das figuras, mensagens embutidas na geometria dos desenhos e codificadas matematicamente, ainda a serem decifradas. Mas é possível também que não seja só isso. Pode haver algo mais, mas que esteja em um nível que escapa à nossa percepção e que nem sequer imaginamos. Talvez invisível aos nossos olhos, é possível que haja algo ancorado no local, um artefato ou elemento transmissor vibrando em outro nível quântico de matéria-energia ou, para simplificar, em uma dimensão paralela adjacente a nossa, silenciosa e que fique ativo de maneira sutil por algum tempo, codificando e processando informação.
Que tipo de aparato poderia ser esse, que atuaria como fonte geratriz do campo eletromagnético, nós não sabemos — e tudo que nos resta é fomentar hipóteses, para não dizer adentrar o terreno das especulações. Mas, diante do desconhecido, podemos nos arriscar em algumas ideias e, talvez, uma pista possa ser fornecida a partir do trabalho do físico holandês Eltjo H. Hasselhoff.
Há uma alteração comumente observada nos vegetais que estão dentro dos agroglifos, que é a dilatação do comprimento dos nós do talo do trigo, que se acredita ser resultante de um efeito térmico produzido pela emissão de radiação eletromagnética na faixa de micro-ondas. E, como também já foi constatado, o aumento de comprimento dos nós é maior nas plantas que estão no centro das formações, como se elas fossem submetidas a uma intensidade maior de radiação, intensidade essa que vai diminuindo gradativamente em direção à borda das figuras. Analisando esse fenômeno, e aplicando alguns princípios de dispersão de radiação, Hasselhoff deduziu que a emissão da radiação eletromagnética partira de uma fonte esférica de energia, posicionada a alguns metros acima do solo. Seus cálculos demonstram que nessas circunstâncias a irradiação da energia é realmente mais intensa na região central, e vai ficando menor à medida em que se afasta dela, coincidindo, proporcionalmente e com exatidão, com as diferenças de alongamento dos nós.
A emissão da radiação eletromagnética teria ocorrido apenas no momento da formação das figuras, dissipando-se totalmente logo em seguida. Para que o campo de energia eletromagnética não se dispersasse, ou seja, para mantê-lo vivo, ele precisaria ser continuamente irradiado. Ocorre que, como demostrado no agroglifo de Prudentópolis, um campo eletromagnético permaneceu no local por vários dias após a figura ter se formado, o que requer a existência de uma fonte para produzi-lo e sustentá-lo. E, conforme também já explicamos, as medições revelaram que no centro da figura a energia era mais intensa, diminuído gradualmente em direção à extremidade da figura. Portanto, podemos arriscar uma ousada hipótese, aquela de que o suposto objeto ou artefato escondido em outro nível físico, gerando e mantendo o campo por vários dias, seja o próprio criador da figura e que tenha permanecido posicionado no local, a uma certa altura acima do solo.
Ficção científica?
Se o leitor acha o fato de não vermos — ou de não conseguirmos detectar diretamente — o artefato que gerou a figura e manteve o campo ativo uma ideia descabida e digna apenas de ficção científica, pode estar enganado. Como todos sabemos, nossa percepção sensorial está restrita a uma faixa muito diminuta do espectro eletromagnético, e nosso cérebro está limitado a perceber apenas as três dimensões espaciais da estrutura espaço-tempo na qual estamos inseridos e confinados.
Devemos lembrar também que um dos maiores mistérios das atuais cosmologia e astronomia é a existência, no universo, de uma forma de matéria de difícil detecção, totalmente invisível e que não emite luz e nenhum outro sinal, por isso mesmo chamada matéria escura. O único
indício de sua presença é, por estranho que pareça, seu peso, ou seja, a gravidade é sua única forma de interação com nosso universo. E o mais estarrecedor é que quase toda a matéria que compõe o universo é escura.
A matéria da qual somos feitos, com a qual interagimos e que compõe o nosso e outros incontáveis mundos, estrelas e galáxias avistadas pelos telescópios, constitui uma ínfima parcela da composição do cosmos. Os cálculos indicam que aproximadamente 95% do universo é composto de matéria escura. Isso sem falarmos na evanescente energia, também invisível e desconhecida, chamada por uns de quintessência e por outros de energia escura, exatamente porque também escapa totalmente à percepção. Essa energia escura que permeia todo o universo é justamente o que está acelerando a expansão do cosmos. Portanto, temos que ter a humildade de reconhecer que, no caso dos agroglifos, estamos diante de inteligências e de tecnologias cujas formas de operar estão muito além daquilo que conhecemos e podemos imaginar.
Estratégia de pesquisa
Parece lógico acreditar, e isso é bem possível, que a ocorrência desse extraordinário fenômeno e sua repetição ao longo dos anos tenha como objetivo principal “trabalhar” a consciência humana, despertando-a para a realidade da existência de seres e dimensões superiores e preparando-a para um encontro oficial em um futuro, talvez próximo, quem sabe.
Mas resguardando-nos o direito de aventar outras possibilidades que não necessariamente excluam a anterior, também podemos supor que os agroglifos brasileiros, e seus congêneres da Europa, sejam como antenas coletoras e retransmissoras de sinais. Inclusive, o fato já observado algumas vezes de que fora do perímetro de um agroglifo não há sinal de celular, e que em seu interior há um fortalecimento do sinal e torna-se possível fazer ligações com vários modelos de aparelhos e de várias operadoras, já é um indicativo de que a ideia da antena tenha algum fundamento.
A descoberta de uma fortíssima e inexplicável variação eletromagnética no agroglifo de Prudentópolis foi inesperada, mas acabou resultando em um dos principais achados sobre este fenômeno desde seu surgimento, há nada menos do que 40 anos
Essa linha de pensamento também dá margem a considerarmos a possibilidade de que a mensagem principal das formações não esteja codificada apenas em seu desenho ou geometria física — talvez sequer esteja na figura, mas no campo eletromagnético sobre ela, ou seja, o campo seria portador de informação, o que significa dizer que suas frequências estariam moduladas. Portanto, todas as frequências presentes no campo eletromagnético das figuras teriam de ser identificadas e ter suas configurações e parâmetros analisados para podermos saber se contêm sinais modulantes. A partir disso, então, se poderá “ler” os sinais e extrair deles as informações.
E aqui caberiam duas indagações, uma sobre o tipo de sinal e de informação que estariam sendo processados. A outra, ainda mais intrigante, é: se não for para transmitir ou recolher informações, qual é a função da existência e manutenção do campo eletromagnético por vários dias após a formação das figuras? Vamos um pouco além em nossas conjecturas, lembrando casos de abdução, quando material é coletado das pessoas levadas para o interior das naves com propósitos para nós desconhecidos. É um procedimento para coleta de informações, um tanto agressivo e às vezes traumático para os indivíduos que passam por ele.
Somos monitorados?
Vamos supor agora que haja raças ou inteligências que não querem nos prejudicar, mas que precisem por alguma razão nos monitorar, quem sabe para saber sobre nossas reações diante desse fenômeno inusitado. Para tanto, precisariam coletar informações a nosso respeito para seus bancos de dados e precisariam fazer isso com um número relativamente grande de pessoas, mas sem abduzi-las ou deixá-las perceber que serão examinadas. Os agroglifos poderiam ser, então, uma ótima estratégia para isso.
Conhecedores que são da psicologia humana, as formas geométricas, com sua beleza e exotismo, teriam como função básica servir de isca, atraindo nossa curiosidade e nos fazendo entrar na figura. A partir daí, enquanto observamos, examinamos e questionamos intrigados, estaríamos, sem perceber, imersos no campo eletromagnético, interagindo com ele e sendo de alguma forma, talvez por ressonância, escaneados.
Como sabemos, somos organismos elétricos e temos um envoltório bioenergético em torno de nossos corpos, nomeado há muito tempo por cientistas russos, como bioplasma. Esse bioplasma é um meio muito sutil, contém seu próprio campo magnético e é ionizado e carregado eletricamente, refletindo nosso estado orgânico e psíquico. Assim, nosso campo elétrico-biológico poderia interagir com o campo presente no agroglifo e, a partir dessa interação e por um processo que desconhecemos, estariam sendo coletadas, processadas e transmitidas informações sobre nós, sobre nosso estado orgânico, psíquico e, até quem sabe, sobre nosso nível de consciência.
Importância da pesquisa isenta
Só a pesquisa dirá o verdadeiro propósito da existência do campo de energia eletromagnética e, consequentemente, do próprio agroglifo. A metodologia científica deverá sempre nortear os procedimentos, em que pese lidarmos com fenômenos e hipóteses que parecem extrapolar os limites da ciência conhecida. Ainda assim, o enfoque científico deve ser sempre o ponto de partida e de chegada, mantendo-se a mente aberta para todas as possibilidades. É preciso coletar muito mais dados, realizar análises mais acuradas e completas, implementar a investigação com novos e melhores equipamentos e, ao final, aceitar o resultado de nossas pesquisas qualquer que seja ele, comprovando ou não nossas ideias, pois é esse o caminho do verdadeiro pesquisador.
É necessário cuidarmos para não cometermos o erro de Einstein, que acreditava e defendia a concepção de que o universo era estático, embora, ao desenvolver o arcabouço teórico de sua teoria cosmológica, seus próprios cálculos indicaram q
ue ele estava equivocado e que o universo tinha de ser dinâmico. O velho sábio não aceitou o resultado e criou um artifício matemático — a famosa constante cosmológica que, uma vez inserida nas equações, fazia com que o universo se acomodasse em um estado de equilíbrio eterno, sem contração ou expansão. Não demorou, porém, para que o grande astrônomo Edwin Hubble avistasse com seu telescópio galáxias distantes e medisse sua velocidade de afastamento — o chamado red shift — e descobrisse que todo o universo estava em franca expansão. Einstein voltou atrás e reconheceu seu erro. E essa deve ser a atitude de todo pesquisador sério e sincero em sua busca pelo entendimento dos grandes mistérios do cosmos.
Críticas e acaloradas discussões
Muitas vezes ao longo da história da ciência a interpretação e elaboração de hipóteses e teorias sobre fenômenos desconhecidos, ou não bem compreendidos pelo ser humano, foi motivo de críticas e acaloradas discussões. E isso é salutar, pois imprime avanço às pesquisas. E não deve ser diferente para o complexo e delicado campo da Ufologia, cuja temática, não raro, é polêmica por excelência, contendo implicações profundas que, por sua vez, desafiam os paradigmas e conceitos científicos estabelecidos.
As críticas a um trabalho técnico ou científico são bem-vindas quando seu objetivo é o de apontar falhas, com o intuito de corrigir ou refinar dados e metodologias, contribuindo para aprimorar as pesquisas e para que se chegue a conclusões mais acertadas. Por outro lado, quando as críticas são infundadas, equivocadas ou injustas, e deliberadamente colocam em dúvida a competência e o esforço de pesquisadores que primam pela honestidade e seriedade de seus trabalhos, não devemos dar importância a elas e é natural que surja certo sentimento de indignação por quem é injustamente criticado.
É necessário compreendermos que a reação de ambos os lados — tanto a atitude de quem denigre quanto a de quem se sente ofendido — faz parte de nossa natureza humana e de nosso atual estágio evolutivo. O que importa saber é que somos muitos pequenos diante do universo e de seus mistérios. No momento nos debruçamos diante de um deles, na forma de belas figuras traçadas em nossos campos de cultivo por inteligências que ninguém sabe há quanto nos espreitam. Inteligências muito mais avançadas e provavelmente possuidoras de um código de ética e de valores talvez mais elevados e verdadeiros do que os de nossa primitiva sociedade e que querem, insistentemente, nos dar um importante recado. Devemos, portanto, seguir em frente, indiferentes às críticas e descrenças, unindo esforços para decifrar suas mensagens cósmicas.