Os fenômenos foram observados da Terra pelo Sistema de Análise e Detecção de Impactos da Lua (MIDAS) nas noites de 17 de julho e 18 de julho. Os observatórios do MIDAS na Espanha escaneiam a superfície da Lua diariamente, em busca de impactos de asteroides e meteoros. Um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA) revelou que os flashes foram registrados com quase exatamente 24 horas de diferença, aparentemente em busca um do outro. Fotografias detalhadas da superfície irregular da Lua, capturadas por câmeras CCD de alta sensibilidade, mostram o momento exato do impacto. Mas será que esta filmagem seria a evidência que os caçadores de UFOs precisavam para finalmente resolver o debate sobre se os visitantes alienígenas da Terra existem ou não?
É extremamente improvável que as fotografias lunares tenham algo a ver com alienígenas, mas tanto o MIDAS como a ESA concordam que os flashes eram de origem extraterrestre. A ESA disse: “Em 17 de julho de 2018, um pedaço antigo do espaço foi lançado na Lua com energia suficiente para produzir um clarão de luz. E outra pedra, aparentemente em perseguição, causou um segundo flash que iluminou uma região diferente da Lua quase 24 horas depois.”
Apesar da força do impacto, as estimativas atuais sugerem que os impactores estrangeiros não eram maiores que uma noz. Rochas espaciais deste tamanho, apelidadas de meteoroides, são tipicamente remanescentes de asteroides e cometas maiores, vagando sem rumo pelo espaço. Estes, provavelmente, são originários da trilha de poeira do cometa deixada para trás na sequência da chuva de meteoros de Alfa Capricornídeos. A chuva geralmente começa em 15 de julho e continua até meados de agosto. A ESA lembrou ainda: “Por pelo menos mil anos, as pessoas afirmaram testemunhar fenômenos de curta duração na face da Lua. Esse flashes transitórios são difíceis de estudar e determinar sua causa. E continuam sendo um desafio.
Porém, três observatórios astronômicos na Espanha escaneiam a Lua para os flashes transitórios em nome do projeto MIDAS. Os observatórios usam poderosos telescópios e câmeras CCD para detectar e identificar os vários impactos que abalam a esfera incandescente. O especialista em espaço José Maria Madiedo, do MIDAS, disse que precisamos entender melhor esses impactos lunares pode ajudar a proteger melhor a Terra de perigos semelhantes. Completou o especialista: “Ao estudar meteoroides na Lua, podemos determinar quantas rochas a impactam e com que frequência e, a partir disso, podemos inferir as chances de impacto na Terra”.
Os flashes vistos pelos observatórios na Espanha
Veja o vídeo com a marcação dos flashes aqui:
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