Graças a um ufólogo que deseja permanecer anônimo – por enquanto – foram acessados 37 dos 38 DIRDs gerados durante o contrato que a empresa Bigelow Aerospace Advanced Space Studies (BAASS) assinou com a Agência de Inteligência de Defesa (DIA).
Os Documento de Referência de Inteligência de Defesa (DIRD) são relatórios técnicos que foram classificados pelo gerente de contrato da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) James T. Lacatski, vindo à tona graças a uma interpelação do senador John McCain em janeiro de 2018. Em resposta, a DIA forneceu alguns documentos comprovando que o projeto secreto do Pentágono para o estudo de fenômenos aéreos não identificados (UAPs) não apenas investigava a presença de UFOs em nossos céus, mas também que o Departamento de Defesa financiou a investigação de buracos de minhoca, dimensões alternativas e uma série de outros tópicos.
O doutor Hal Puthoff foi mais longe ao afirmar que um dos 38 relatórios – talvez o que não tenha sido desclassificado – era para os efeitos do contato ufológico em tecidos biológicos. A lista de 38 relatórios incluía referências a lasers, buracos de minhoca, outros universos e materiais exóticos. Ninguém teve acesso a essas patentes, que, estritamente falando, não eram do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) de Lue Elizondo, mas de seu ramo civil, chamado AAWSAP, sigla em inglês para Programa Avançado de Aplicações de Sistemas de Armas Aeroespaciais.
Os documentos vieram em resposta à solicitação da Lei de Liberdade de Informação (FOIA), datada de 13 de outubro de 2021, que foi enviado à DIA para obter informações sobre o AAWSAP. O resultado é fascinante porque a busca nos sistemas de registro da DIA rendeu 37 documentos, contendo 1.473 páginas. Haveria ainda um documento a mais que, após a revisão da FOIA, foi retido da divulgação por afetar a Segurança Nacional.
Para acessar os 37 documentos liberados através da FOIA, clique aqui.
Fonte: FOIA
Embora alguns dos relatos sejam antigos, outros referem-se aos famosos metamateriais que, como o astrofísico Eric W. Davis se referiu ao The New York Times, “(…) não poderiam ter sido feitos por humanos”, e que protagonizaram um contrato de US$750.000 com a Marinha norte-americana.
Como aconteceu com os relatórios desclassificados pela CIA há alguns anos, os PDFs entregues são imagens, o que não permite indexação, busca ou trabalho mecânico. É preciso ler uma a uma as quase 1.500 páginas. No entanto, os relatórios irão, sem dúvida, facilitar um exame de aspectos de fenômenos aéreos não identificados de uma perspectiva científica.