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Ademar, um dínamo produzindo conhecimento

Nelson Granado
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Ademar com 13 anos, por esforço próprio, começou a se interessar por astronáutica e não foram poucos os projetos de veículos espaciais e foguetes que desenvolveu em seu ?laboratório?, no fundo da garagem de sua casa
Créditos: ARQUIVO UFO

É sempre difícil aceitar a perda de um ente querido, de um amigo, de um companheiro de caminhada. Assim foi o sentimento que a Ufologia teve que absorver quando da viagem à pátria espiritual do nosso irmão Ademar Eugênio de Mello. Foram mais de 20 anos que passamos acompanhando suas palestras pelo Brasil afora, quando aquele verdadeiro mestre ensinava maravilhas de seus estudos e pesquisas no campo das ciências e da pesquisa do Fenômeno UFO. E tudo isso regado à simplicidade, bondade e humor sereno. Ademar não tinha os desvios de ego exacerbado que tanto distorce comportamentos. Era permanentemente suave até mesmo nas discussões dos temas mais apaixonantes. Todos o admiravam de modo integral, sem ressalvas. Mas, para os mais jovens, que não tiveram o privilégio de o conhecerem, abaixo espalhamos algumas poucas linhas sobre esse amigo que hoje está em outras paragens dimensionais.

Ademar nasceu em São Paulo, em 15 de fevereiro de 1947. Desde cedo, demonstrou sua precocidade com as disciplinas exatas como matemática e física. Com 13 anos, por esforço próprio, começou a se interessar por astronáutica e não foram poucos os projetos de veículos espaciais e foguetes que desenvolveu em seu “laboratório”, no fundo da garagem de sua casa. Antes dos 18 anos já se interessava por cálculo diferencial e integral e conhecia com desembaraço física nuclear, propulsão e astronomia. Graduou-se em matemática. Casou-se com Regina Estela em 08 de dezembro de 1971 e dessa comunhão nasceram três filhos: Elisabete, Emerson e Taís. Sua esposa, até o fim de sua vida, foi o grande sustentáculo que lhe deu condições para que pudesse exercer e cumprir sua missão. Ele trabalhou no departamento de engenharia de uma grande montadora automotiva.

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Sua vida transcorria de modo sereno, quando, em 1977, sentiu uma forte “fisgada” e percebeu que estava sendo chamado para assumir tarefas em outros campos dimensionais. Sentia naquela época a necessidade de passar ao público o resultado de suas conquistas intelectuais. Passou dois anos se preparando para cumprir a incumbência requerida por certas falanges espirituais e cósmicas, para somente a partir de 1980 iniciar sua missão através palestras e conferências. Recebeu mediunicamente a tarefa de propagar conhecimentos a respeito de Ufologia e do Calendário Maia que, de acordo com as mensagens que recebia, seria um sistema que guardava informações sobre o futuro planetário.

Astrologia e cabala — Enquanto viajava pelo Brasil divulgando suas descobertas, mais se aprofundava no estudo das culturas, tradições e conhecimentos de povos de todo o mundo: maias, incas, astecas, egípcios, sumérios, hebreus, hindus, chineses etc. Naquela época conheceu a astrologia, a cabala e passou a ser reconhecido nacionalmente como um dos mais conceituados estudiosos das paraciências. Como pesquisador esotérico, foi membro da Antiga e Mística Ordem Rosacruz (AMORC), diretor da Sociedade Uranthia do Brasil e um dos mais importantes pesquisadores brasileiros a desenvolver trabalhos de integração entre ciência e espiritualidade. Simultaneamente às palestras que proferia, várias linhas de raciocínio e de teorias ligadas à física moderna – relativista e quântica – afloravam em sua mente, em paralelo aos conhecimentos que lhe chegavam sobre UFOs e viagens espaciais. Realmente, houve um fervilhar de idéias, conceitos e teorias que lhe invadiam a alma, indicando o vislumbrar de um mundo melhor. E, pasmem, toda essa impressionante busca Ademar realizou com a convicção de um profundo idealista, tendo como objetivo o esclarecimento para a construção de um planeta mais fraterno, justo e digno. Ele estava trilhando essa senda juntamente com uma série de problemas físicos crescentes que abalavam sua saúde, cada vez mais precária.

Diabetes, descolamento e derrames na retina, perda da visão do olho esquerdo, diminuição de 75% da percepção visual direita, tumor maligno intestinal, neuropatia periférica, perda na sensibilidade dos membros inferiores, grande dificuldade para andar, alto índice de creatinina no sangue, perda da função renal e a necessidade de hemodiálise várias vezes por semana. Enfim, esse era quadro a que foi se acostumando e que se agravava a cada dia, na mesma proporção em que cresciam suas idéias e sua vontade de oferecê-las ao público, sempre numeroso em suas palestras. E o mestre Ademar Eugênio de Mello, continuamente solícito, sorridente e trabalhando, já quase não conseguia mais dar cinco passos sem precisar sentar-se. Ainda assim, convicto de estar combatendo o bom combate, continuava a ensinar, a indicar caminhos, a semear esclarecimentos e a divulgar a postura do espírito crítico e da reforma interior.

Espiritualidade Maior — Não apoiado em dogmas ou instituições distantes da realidade, mas em posturas íntimas conduzidas e vivenciadas nos seus estudos e na prática, esse homem ainda continuava tendo a disposição de trabalhar e ensinar nos auditórios e platéias espalhados por cidades brasileiras. Seu desempenho nessa caminhada era tão eficiente que, em 08 de maio de 2005, às 16h30, o professor Ademar Eugênio de Mello foi requisitado para continuar sua missão esclarecedora em outras esferas da existência. Amigos da Espiritualidade Maior o chamaram para continuar o seu trabalho na pátria espiritual. Quando lá chegarmos, certamente encontraremos vastíssimos campos floridos com as cores do saber, pois o professor Ademar foi antes de nós chamado para que essas outras realidades dimensionais fiquem mais bonitas, alegres e evoluídas.

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