Dos mais de três milhões de homens e mulheres que serviram na Guerra do Vietnã, estima-se que pelo menos 500 mil experimentaram algum tipo de Desordem de Estresse Pós-Traumático (DEPT), termo clínico para um ramo da síndrome de ansiedade pós-guerra. Individualmente, os efeitos da DEPT podem vir acompanhados de pesadelos vívidos, rancores profundos e tendências ao abuso de drogas e outras substâncias químicas, levando à completa dissociação da realidade.
Uma vítima clássica completa de DEPT é Clifford Stone, um pesquisador que dedicou muitos de seus anos do pós-guerra fazendo esforços combinados para desencavar registros governamentais sobre UFOs. Stone atravessou um período difícil tentando apagar as reminiscências sombrias e superar os traumas e privações típicas gerados por aquela guerra mal resolvida. Seu Vietnã, no entanto, não era como o Vietnã de seus compatriotas. Havia um elemento extra, conhecido por poucos: Stone diz ter sido incumbido pelo Exército a atuar em investigações de UFOs em meio àquele brutal conflito. Quatro dos seus 22 anos e meio como militar foram passados na República do Vietnã.
Em muitas ocasiões, durante seu serviço, foi chamado para ser o especialista “oficial não oficial” na área de UFOs. No Vietnã não foi diferente. Ele se envolveu em assuntos a respeito dos quais simplesmente não podia falar. Até agora. Compungido pelo sentimento de obrigação para com sua família e para com as pessoas que trilharam o mesmo caminho e vivenciaram o mesmo pesadelo, resolveu revelar todos os segredos oficiais que conhece acerca da presença de seres alienígenas. Além do que, sua intenção nunca foi a de levar essas verdades para o túmulo.
Antes de Stone partir para o Vietnã, o exército tinha de prepará-lo adequadamente para sua missão. Foi uma época passada em uma espécie de escola que os oficiais chamavam Orientação do Vietnã. Lá, ele e seus companheiros de tropa foram instilados a adotarem uma postura que conquistassem os corações e mentes do povo do Sudeste Asiático. Tais instruções não eram propriamente condizentes com os fatos reais da guerra e visavam mais criar um clima de motivação entre os soldados. Stone imbuía-se da certeza de que, apesar da inquietude e do horror, estava fazendo algo de bom pelo seu país. Seu serviço era bem visto, o primeiro comando logístico, que, a priori, o deixaria livre das bombas. Quando chegou lá, no entanto, em janeiro de 1970, descobriu que o inferno era bem pior do que esperava. Logo de cara notou que havia uma segregação entre eles e os vietnamitas. Qualquer um que tivesse ascendência oriental era considerado suspeito ou inimigo. Stone acabou se desentendendo com outro soldado, feriu-se e foi levado ao hospital. Lá, foi acordado por volta das 03h00 da manhã e mandado para um acampamento especial. Iria aprender a identificar o inimigo. Iria aprender a odiar os vietnamitas.
Assim que se apresentou, foi designado para a Companhia do Quartel-General do Batalhão 277 S&S. Ele nunca havia sido treinado para ser um datilógrafo, embora aquilo fosse sua especialidade ocupacional militar. A primeira coisa que fez foi anunciar ao primeiro sargento que era um exímio datilógrafo, requisitando imediatamente que fosse designado para uma unidade de combate. Seu pedido, porém, foi negado. Isso não o impediu de rastejar por várias vezes através do que chamavam de Zona de Matança, uma área de 300 m delimitada em frente ao perímetro por todo o caminho ao redor da base. Quando rastejava pela Zona de Matança à noite, corria o risco de cruzar com uma patrulha inimiga ou algo parecido. Seu turno ia das 08h00 às 16h00, o que deixava as noites livres para fazer o que bem quisesse.
Luzes estranhas — Em uma dessas noites, no final de março ou início de abril de 1970, cuidava do setor de comunicações do batalhão. No momento em que conversava com seu sargento, notou algumas luzes estranhas do lado de fora do perímetro, alcunhado de Plantação Michelin Rubber, já que de suas muitas seringueiras se recolhia a seiva bruta da borracha para a indústria de pneus Michelin. Conforme descreveu Stone, eram luzes bem estranhas. Vermelhas, verdes, azuis; tinham iluminação própria e não eram como um foguete de iluminação, que continuaria a iluminar a área embaixo dele. “Essas luzes não iluminavam nada, embora pudéssemos vê-las dançando em meio às árvores e subindo até o topo das mesmas. Elas piscavam de vez em quando, como quando você apaga a luz”, disse. Stone não fez nada a respeito naquela noite, mas, na noite seguinte, decidiu que iria segui-las e averiguar a origem delas. Portava sua M-16 e dois rolos de munição. Rastejou para uma área dentro do perímetro que o manteria em segurança sem ser atingido pelas suas próprias tropas, e prosseguiu até a área onde viu as luzes na noite anterior.
Complexo de túneis — Quando terminou de atravessar uma estrada que seguia paralela à Zona de Matança, escutou uma voz gritando: “Estás atrasado, o que estava te segurando?” Instintivamente, Stone mirou sua M-16 para o local de onde partia a voz, reconhecendo um senhor que estivera presente em várias outras situações nas quais também estivera envolvido. Sempre o chamara de ““coronel”” porque não conhecia sua patente nem sabia qual era sua filiação militar, se é que tinha alguma. Tudo que sabia era que havia participado junto com ele de alguns dos esforços conjuntos de recuperação ou investigação, e que esse homem era quem sempre estava no comando.
Era o “coronel” quem sempre tinha todas as respostas. Stone o informou, sem hesitar: “Tem sorte de não ter atirado em você”. Ele sorriu e disse: “Não acredito que esteja aqui para matar, acredito que você morreria por seu país e que morreria para proteger os outros. Mas desculpe, filho, não acredito que você mataria para proteger sua própria vida”. Ambos caminharam em direção a três helicópteros que pareciam Chinooks, o helicóptero de transporte com rotor duplo apelidado de Jolly Greens. Entretanto, essas aeronaves traziam equipamentos diferentes, não próprios para a guerra, e sim para a vigilância eletrônica. Quando embarcaram e os helicópteros começaram a subir, Stone perguntou ao “coronel”: “Para quê o senhor está aqui? E por que estou voando com o senhor?” Ele sorriu e lhe disse: “Temos uma situação aqui e achamos que você pode nos ajudar. Descobrimos um complexo de túneis
vietcongues a meio caminho das montanhas Black Virgin”.
Depois de algum tempo, os helicópteros encontraram uma área segura para aterrissar. Stone estava com muito medo e preocupado, pois pressentia um ataque maciço dos vietcongues. O “coronel”, então, tranqüilizou: “Não se preocupe, esta é uma zona morta”. A entrada desse suposto complexo subterrâneo comunista estava localizada a cerca de 150 m de onde pousaram. Outras tropas, tanto norte-americanas como vietnamitas, nas linhas amigas, podiam ser vistas nos arredores das montanhas. Disseram a Stone que elas estavam procedendo a uma varredura para encontrar vietcongues que tinham sido vistos na área.
Um complexo de túneis normalmente apresenta várias entradas, jamais haveria uma só. Daí um dos motivos de Stone ter ficado boquiaberto quando os arbustos foram removidos, revelando a entrada desse complexo. Ele era grande o bastante para permitir a passagem de um caminhão. Era o tipo de instalação que já deveria ter sido detectada há muito tempo, porque demandaria muito tempo e recursos para sua construção. O “coronel” informou a Stone de que aquele complexo havia sido descoberto há apenas dois ou 3 dias de sua chegada. Iluminando com as lanternas as paredes e o teto do túnel, pôde-se notar que a rocha não era lascada como quando se usa uma broca. Era toda lisa, brilhante e negra. O rádio, ainda a poucos metros da entrada, começou a falhar, obrigando-os a recorrer ao telefone de campo para que se mantivessem em contato com o pessoal de fora. A uns 100 m, as lanternas se apagaram e o telefone de campo também deixou de funcionar.
Procurando um local em que os equipamentos não sofressem interferências, constataram que apenas dentro de uma pequena área delimitada é que isso não acontecia. Três homens foram deixados nessa área para cuidar do telefone e garantir as comunicações. De qualquer forma, não precisavam de lanternas para enxergar lá dentro, embora fosse noite e já estivessem bem longe da entrada. Conforme caminhavam, ia ficando cada vez mais claro, o que não era nada normal. O maior temor era a de que a qualquer momento surgissem os vietcongues e os encurralassem lá dentro. A certa altura, viram uma grande abertura que dava para uma grande sala. Ao penetrarem nessa sala, Stone sentiu como se estivesse adentrado no bulbo de uma lâmpada. A claridade era tão intensa que não permitia que se visse nada, nem mesmo um dos 25 ou 30 soldados que os acompanhavam. Se um homem estivesse a três metros de distância, tudo o que se discerniria dele seria sua sombra.
Todos estavam ansiosos e começaram a se separar pela sala. Stone permaneceu perto do “coronel”, dizendo a ele que não achava boa idéia ficarem ali. Os pêlos de seus corpos estavam completamente eriçados. Era como se houvesse eletricidade estática no ar. Stone associou isso, inicialmente, ao medo que sentia. Se tivessem de atirar contra os inimigos naquela sala, como os distinguiriam dos companheiros? Ocorreu então a Stone e provavelmente aos demais, que os responsáveis por aquele túnel poderiam não ser os vietcongues, e sim seres não pertencentes a este mundo. Stone expressou seus sentimentos ao “coronel”, argumentando que a sabedoria da coragem reside na hora de saber bater em retirada. “Mande-a pelos ares se quiser, mas não deveríamos estar aqui”, protestou.
Laboratório de biologia — Finalmente viram um brilho verde vindo de uma área de aproximadamente 12 a 15 cm por um metro. Eles caminharam para lá, deparando-se com mostradores, indicadores e o que pareciam ser painéis de controle. Mas era apenas uma superfície plana, como se fosse uma imagem holográfica, e que estava ficando cada vez mais verde. O “coronel” sugeriu que Stone a tocasse, mas o medo falou mais alto e este se negou alegando o quão ridículo seria tocar naqueles botões. Não obstante, Stone procurou superar o medo e passou sua mão levemente sobre a área sem realmente tocar a superfície, apenas sustendo-a sobre o que pareciam ser, na falta de um termo melhor, botões. Assim que fez isso, as luzes na sala se intensificaram a tal ponto que já não se conseguia distinguir coisa alguma, a não ser que as luzes emanavam diretamente da parede. As paredes formavam um perfeito cubo. Em um dos lados, havia uma espécie de nave negra e brilhante em forma de charuto. Nenhuma das portas da nave estavam abertas, mas de suas janelas vinha uma “luz azul” muito bonita, parecida com as produzidas pelas máquinas de solda.
Essa não era, definitivamente, uma sala comum. Para Stone, era uma espécie de laboratório de biologia, uma vez que identificou órgãos humanos, corações, pulmões, fígados, esqueletos e também cadáveres do que presumiu serem de soldados norte-americanos, vietnamitas e até mesmo de seres não terrestres. Não os grays [Cinzas] típicos, embora alguns correspondessem àquela descrição, com cabeças grandes, corpos magros e braços finos. Tratavam-se de outras criaturas que não pôde catalogar. Depreendeu então que não eram deste mundo. Os soldados encontraram acessórios de vidro, parecidos com tubos de ensaio, e quando Stone derrubou um, ele não quebrou. O “coronel” lhe disse mais tarde que mesmo que tivessem atirado nos tubos, estes não quebrariam e seriam capazes de agüentar tanto impacto quanto uma chapa blindada de seis centímetros. Os estojos nos quais os órgãos estavam, eram feitos da mesma substância que os tubos de ensaio e os outros acessórios parecidos com vidro.
A parede onde a nave estava, havia se tornado transparente. Através dela se podia ver o céu noturno, as árvores, a vegetação, a terra e os soldados que estavam patrulhando. Estes, no entanto, não conseguiam ver dentro da caverna. Para se certificarem de que eram eles mesmos, mandaram um soldado ir lá fora verificar, e este confirmou que aquilo tudo era real. Chegaram a ponto de rir disso, mas eram risos nervosos, porque sabiam agora que estavam diante de algo que nada tinha a ver com os vietcongues.
Raios vermelhos — O “coronel” ordenou então que as tropas começassem a retirar tudo o que pudesse ser carregado. Os soldados fizeram várias viagens, enquanto os dois brincavam com o painel de controle tentando descobrir como desligá-lo. Stone decidiu erguê-lo e quando fez isso, um zumbido disparou e o lado da caverna que estava aberto se fechou. Imediatamente, alguns raios vermelhos bem finos, da espessura da grafite de um lápis número 2, começaram a brilhar e a disparar. Stone foi atingido no olho, sentindo uma dor lancinante, como se suas costas estivessem pegando fogo. Ao mesmo tempo em que gritava, ouvia outros gritos. Stone desmaiou e daí em diante não se recorda de mais nada do que aconteceu dentro da caverna.
Gafanhotos gigantes — Quando voltou a si, estava do lado de fora da entrada da caverna. Ainda sentia muitas dores e espasmos nas costas e nos braços. Os soldados o carregaram para o helicóptero, e pouco tempo depois estava no hospital, onde o médico examinou e enfaixou seu olho e disse para retornar no dia seguinte para mais exames. Na saída, o “coronel” brecou sua pas
sagem e ordenou que o seguisse. Levou-o a uma cabana Quonset, que ficava ao lado do hospital, e apresentou-o a outro médico. Enquanto estavam sentados, o “coronel” perguntou a Stone, relevando o quão importante era aquilo, se ele se lembrava de ter falado com alguém dentro da caverna. Stone confirmou que sim, que se lembrava de tudo o que haviam conversado. Sem mais delongas, o “coronel” foi direto à questão, perguntando-lhe rispidamente se havia pressentido a presença de algum alienígena ou travado contato com seres de outro mundo. Stone disse a ele que tudo que realmente podia se lembrar era de que quando o raio de luz vermelho atingiu seu olho, sentiu uma dor terrível, dor essa que ainda o incomodava, e que pensou que suas costas estivessem pegando fogo, como se tivesse sido atingido por napalm [Gasolina gelatinizada e espessada por sais, empregada em bombas incendiárias e lança-chamas].
Aparentando insatisfação com o teor das respostas, o “coronel” acenou com o expediente de o médico lhe aplicar uma injeção para ajudá-lo a se lembrar de tudo o que acontecera lá. Stone insistiu que aquilo era tudo quanto se recordava. O “coronel” olhou Stone de um jeito soturno e disse que ele na verdade não desmaiara, e que muitas outras coisas haviam sucedido nos 45 minutos seguintes em que todos estavam fora da caverna, enquanto ele permanecia na insólita sala. Abismado e indignado por ter sido feito de cobaia, Stone concordou que o médico lhe aplicasse a injeção para que sua memória fosse desbloqueada. O “coronel” anuiu, mas o proibiu terminantemente de contar qualquer coisa aos seus pais, ao seu melhor amigo ou até mesmo ao seu cachorro, sublinhando que, de qualquer forma, ele não poderia provar nada. Prometeu apenas que nada deixaria de ser segregado a ele, afinal de contas, provavelmente ainda iriam precisar de seus serviços.
Antes de receber a injeção, Stone perquiriu o “coronel” uma última vez: “O senhor poderia me dizer que diabos de serviço estou executando? Tudo que fiz foi estar lá com o senhor!” O “coronel” respondeu: “Não, você sabe mais sobre isso do que pode imaginar!” Até hoje Stone não entende o que o “coronel” quis dizer com essa asserção. Sob os efeitos da droga, Stone começou a se lembrar que logo depois de ter sido atingido no olho e de ter caído, na verdade não desmaiara. Sentia muita dor. Então um bando de criaturas semelhantes a “gafanhotos gigantes” surgiu à sua frente. Stone apanhou sua M-16 e já estava prestes a atirar quando um deles segurou a arma e o impediu.
Então, uma voz que Stone já tinha ouvido muitas vezes antes, durante várias fases de sua vida, até mesmo em sua infância, retornara naquele momento. Uma das entidades, que ele já conhecia, disse-lhe que ele tinha de cuidar urgentemente de seu olho, caso contrário iria perdê-lo. Disse também que ele iria ficar com um pouco de dor por alguns dias, mas que os próprios médicos terrestres poderiam tratá-lo com os medicamentos disponíveis. E mais uma vez eles lhe perguntaram, como já tinham feito muitas outras vezes: “O que você está fazendo aqui? Essa não é sua natureza, você não deveria estar envolvido nisso, no que eles chamam de guerra”.
Corpos humanos — Isso foi tudo o que Stone pôde se lembrar. Mesmo assim voltaria a ser interrogado, porque o “coronel” ainda queria saber mais. Instruindo-o para que dissesse que havia sido picado por um inseto, caso alguém lhe fizesse perguntas. Quanto à queimadura nas costas, deveria dizer que foi o Sol. Naquela época, um militar poderia pegar um Artigo 15 ou até mesmo ser levado à corte marcial por queimadura de Sol. Tudo o que eles tinham que fazer era provar que o sujeito não estava cumprindo com os deveres. Stone, entretanto, não era do tipo preguiçoso, tampouco evitava o serviço.
Seu capitão ordenou que ele fosse procurar um médico para tratar de seu olho, e ele novamente foi. Quando chegou lá, o médico colocou bandagens, o mesmo médico que o tratara anteriormente, e lhe disse que sabia que eles o iriam mandar de volta a ele. Stone saiu-se com a alegação de que um inseto picara seu olho e cortara a retina, e então foi enfaixado sem problemas. Alguns dias depois, Stone recebeu ordens para encontrar o “coronel” no Clube dos Oficiais, onde mais uma vez conversaram a respeito dos eventos daquela noite. Este último informou que havia outras tropas que não estavam diretamente envolvidas com esses assuntos extraterrestres como Stone e outros membros de seu grupo, mas que estavam cientes do estranho equipamento trazido. Não havia meios de acobertar as queimaduras em Stone ou o fato de que seus olhos tinham sido feridos por algo incomum dentro da caverna.
A história de fachada seria a de que eles tinham descoberto um túnel subterrâneo feito pelos membros da 88ª Divisão do Exército Norte-Vietnamita e da 347ª Brigada do Exército Norte-Vietnamita, onde estariam produzindo o bacilo da peste bubônica para introduzirem em bases específicas e infringirem baixas nas forças norte-americanas e sul-vietnamitas. O que mais afligia Stone eram os corpos que eles tinham visto lá dentro. O “coronel” sabia que isso o incomodava, tanto que, talvez por pena, antes de partir disse que alguns dos órgãos e corpos eram sintéticos. Stone objetou, concluindo que, pelas feridas de alguns dos corpos, eram de soldados vietnamitas e norte-americanos mortos em combate.
O “coronel” admitiu então que os corpos eram de seres humanos, mas que tinham sido retirados da caverna, devidamente identificados e enterrados. Ou seja, os ETs não os impediram de recuperar os corpos, os quais, segundo ele, tinham sido levados para algum lugar no Havaí, onde havia um serviço de registro e identificação, bem como outra unidade de medicina legal para determinar a causa mortis e assegurar que a mesma havia se devido a ferimentos de combate e não por algo feito por alienígenas. O “coronel” assegurou-lhe também que o que realmente tinha acontecido é que aquelas pessoas haviam sido vítimas não dos alienígenas, e sim dos horrores da guerra.
Atado a uma maca — Apascentado, Stone retornou aos seus deveres. Transferiram-no para o turno da meia-noite às 08h00 para evitar que fosse para a Zona de Matança novamente. Seu sargento pensou que na verdade ele ia visitar a mulher que mais tarde se tornaria sua esposa. Stone passou o resto do tempo na base. Uma semana depois sentiu uma dor terrível nas costas, sem saber explicar a causa, sendo obrigado, mais uma vez, a ver o médico, que o examinou e não conseguiu traçar um diagnóstico. Assim, foi informado de que seria mandado de volta aos Estados Unidos. Naquela épo
ca, Stone não queria que isso acontecesse, já que, se voltasse, teria de se casar, coisa que ele ainda não pretendia fazer, de modo que, teimosamente, continuou “resistindo” no Vietnã. O resultado disso é que ele foi atado a uma maca e levado por um helicóptero à 12ª Equipe de Evacuação. Novamente acompanhado do “coronel”, foi a um médico, um dos membros de sua equipe que já o tinha examinado. Outro médico redigiu um relatório dizendo que seu problema era de pedra nos rins. Enquanto eles cogitavam em enviá-lo para o Havaí para testes extras, Stone disse ao “coronel” que não estava pronto para partir ainda, e vendo que eles voltavam a tergiversar, simplesmente saiu, pegou uma carona e voltou para a base. O “coronel” o procurou alguns dias depois querendo saber por que ele havia saído de lá daquele jeito. Eis o relato do que aconteceu com Stone. Ele encoraja outros soldados que combateram naquela e em outras guerras, inclusive seus ex-companheiros, comandantes e comandados, a também contarem publicamente tudo o que vivenciaram e o que sabem. Suas palavras finais, a propósito, são bastante significativas: “Vivemos um pesadelo. Um pesadelo que nosso governo quer que levemos para o túmulo e nunca deixemos que nossos entes queridos saibam”.