A Ufologia esbarra numa questão crucial. Em se tratando de apoio terapêutico dado aos abduzidos, confrontamo-nos com um desafio: a justificável reprovação das testemunhas quanto a falta de um diagnóstico e tratamento para seu trauma, para que possam ficar livres de tais pesadelos, seja no campo material ou subjetivo1. A ciência simplesmente não leva em consideração os abduzidos e, conseqüentemente, não encara as possíveis soluções capazes de reconfortar seres humanos que têm sido aviltados, examinados, agredidos e até mesmo molestados sexualmente por seres de outros mundos. Como o ufólogo espanhol Javier Sierra admite em seu trabalho, Seres extraterrestres: deuses de uma nova religião, “as estatísticas realizadas em todo o mundo indicam que milhares de pessoas são contactadas por ETs de várias origens”. Mas presenciamos um fenômeno que revela o nosso próprio despreparo, desatenção e até segregação quando nos deparamos com pessoas que viveram anomalias des-consideradas pelo prisma didático convencional por não serem explicáveis e naturais.
As abducções são úteis como mecanismos estratégicos pelas autoridades, que as classificam como sobrenaturais e, cinicamente, as empregam como pá de cal na suposta proteção de nossos valores. Essa é uma realidade inegável, como confirmou a ufóloga carioca Gilda Moura. “Quem está em posição de ajudar os contactados – muitas vezes profissionais renomados na área de Psicologia ou Psiquiatria – se encontra tão despreparado quanto os abduzidos que vivem o drama”. Este é um fato confirmado também pelo Centro para Tratamento e Investigação de Traumas Vividos, o famoso TREAT norte-americano. Segundo profissionais dessa entidade, “ainda hoje mantém-se a convicção de que o fenômeno de abducção só será corretamente interpretado em meio ao conjunto de numerosos campos de estudo envolvidos, que vão desde o puramente físico ao ultrapsíquico, social ou antropológico”.
A carência para se decifrar o enigma das abducções não está apenas na falta de ihstrução, orientação ou até mesmo de um antídoto que neutralize a traumática experiência vivida pelos abduzidos. isso só ocorrerá quando fizermos um reflexão sobre 0 que vem ocorrendo desde o passado remoto
A carência para se decifrar o fantástico enigma das abducções não está apenas na falta de instrução, orientação ou até mesmo de um antídoto que neutralize a complexa e traumática experiência vivida pelos abduzidos. Isso só ocorrerá quando fizermos não apenas uma reflexão sobre o que ocorre agora, mas também sobre o que ocorreu no passado remoto. Necessitamos coragem para admitir uma série de fraquezas que são verdadeiros tendões-de-Aquiles de nossa sólida civilização. Embora a mente e a conduta humana sejam uma incógnita, é mais constrangedor à nossa civilização mexer com os dogmas religiosos, terríveis obstáculos com os quais a Ufologia se defronta. E é justamente esses dogmas que devemos começar a remover de nossas mentes. Mas, a partir do momento em que se encontra coragem, autocrítica e um provável porto seguro para os abduzidos, cria-se também o espaço necessário para abordar e analisar o que foi esquecido há muito tempo: o caminho histórico antropológico.
Atacar o problema – Quando Carl Gustav Jung, em seu histórico livro Discos voadores: um mito moderno de coisas vistas no céu, demonstrou preocupação com o despreparo do ser humano diante do desconhecido, não o analisava somente pelo prisma de uma antevisão do futuro, mas temia também pelo que ocorreu no passado, sem que ninguém com coragem atacasse o problema de frente. Qual é, afinal, a diferença entre o abduzido de ontem e o de hoje? Na realidade, muito pouca coisa mudou no modo com que ETs nos raptam nos últimos séculos! Podemos observar isso claramente tanto nas páginas bíblicas quanto no próprio Mahabarata, equivalente livro histórico hindu (assim como nos textos sagrados dos Vedas e as Epopéias da Índia). E isso se repete também no momento mais ou menos presente, desde a contemporaneidade de George Adamski, Eduard Meier e outros contactados de nosso tempo.
Em todos esses e muitos outros casos podemos observar que os UFOs e seus tripulantes existem desde que o mundo é mundo, e que o único fator que oscila nessa saga sem fim é o próprio homem, antropocêntrico, guerreiro e fechado em sua ignorância, parecendo não querer admitir e nem participar de uma maior amplitude cósmica. O homem está acomodado em sua posição de joguete entre uma sutil disputa de influências, na qual os ETs estão empenhados e o homem em posição secundária, por sua própria vontade. Essa é uma realidade dolorosa. Muito se postula sobre a finalidade dos ETs na Terra mas, se prestarmos atenção, notaremos que 50% da questão está respondida. Apesar da batidíssima teoria dos deuses astronautas – hipótese em que os ETs não apenas programaram, mas também interferiram na evolução dos seres vivos terrestres – ter balançado as estruturas científicas na década de 60, a política de acobertamento ufológico (cover-up) expandiu-se para todos os segmentos acadêmicos, além do próprio Fenômeno UFO.
Porém, Erich von Däniken perdeu a chance de cortar o tendão-de-Aquiles que ainda persistia em nosso comportamento quando passou a ser especulativo, admitindo que não era adepto de UFOs, mas defendia a hipótese da presença de ETs apenas e tão somente no passado terrestre. Essa chance, felizmente, caiu nas mãos de muitos outros pesquisadores, talentosos ufólogos de todo o mundo. Um deles, no Brasil, é o carioca Marco A. Petit que, baseado nos relatos de Adamski e outros, elaborou sua teoria intitulada Os discos voadores e a origem da Humanidade. Petit incinerou a especulação que ameaçava a Ufologia, trazendo para uma discussão séria evidências inapeláveis de que extraterrestres andaram por aqui enquanto ainda comíamos carne de caça crua e com as mãos! Outro brasileiro, Fernando Cleto N. Pereira, com sua obra A Bíblia e os discos voadores, também soprou poeira sobre batinas e ternos engomados do clero, demonstrando que os ETs orientaram os seres humanos em sua evolução histórica.
Após isso, no entanto, outra acomodação instalou-se na Ufologia, evitando ou temendo quem sabe um confronto com a religiosidade. Esta força, como sabemos, influi e manipula as mentes humanas, adiando o esclarecimento e a conscientização que deveriam estar inclusos nos programas elaborados pelas autoridades mundiais, algo sentido profundamente e já relatado pelos pesquisadores que se dedicam a aliviar o sofrimento dos abduzido. Trabalhos como os dos autores citados
revelam o seguinte fato: o homem, desde seus primórdios, não esteve diante de Deus, mas de seres também humanos que foram considerados como tal. Uma pesquisa popular sobre quem é Deus fornece respostas variadas, que vão desde a imagem de um espírito até e de um velhinho de barbas brancas sentado sobre as nuvens. Quanto mais ridículo, mais lógico perante nossa Torre de Babel, hodierna e oriunda de crenças multípedes.
Plantão religioso – Recebemos da força religiosa de plantão no mundo, hoje e sempre, a imposição de que, de algum lugar, Deus nos observa atenta e continuamente – para não dizer repressivamente. Tal dogma exige uma divindade espiritual. Assim, Ele sabe de tudo e estabeleceu padrões para nos avaliar. No entanto, em plenos relatos bíblicos existem contradições nítidas e inconfundíveis que desmentem a totalidade divina. O profeta Esdras revela essa falta de onisciência em Gênesis 1, 31: “…os signos pelos quais tu perguntas só posso contar-te parcialmente. A respeito de tua vida nada posso dizer, porque eu próprio não sei”. Desse pequeno tropeço divino deveríamos notar que nossos ancestrais, em estado de ignorância, não poderiam entender quem eram os ETs e o que realmente pretendiam. Porém, o que nos foi legado deveria ser tomado ao pé da letra, como eles próprios desejavam. O Fenômeno UFO pode trilhar uma marcha ascendente, desfazendo noções superadas ou incompletas e conduzindo-nos a níveis superiores de conhecimento, desde que reconheçamos que vestimos com um novo guarda-roupa as explicações míticas primitivas.
Meditemos sobre determinados tipos de contatos com ETs, criticados por transmitirem mensagens utópicas e fantásticas, se comparadas com o dia-a-dia da civilização terrestre. Nós as classificamos como novos mitos, desviando-nos da plenitude cósmica, como desejam os ETs. A Ufologia carece de maior espaço na sociedade terrestre. Há 47 anos falamos na TV, rádios e jornais que os UFOs existem, mas o espaço é curto para explicarmos o porquê de sua presença e os laços antropológicos que nos unem. É hora, então, de partimos para um novo estágio de compreensão e manuseio da informação ufológica.
Podemos sintetizar esse esquecimento do passado lembrando o que o ufólogo paulista Ari José M. Homem afirmou em sua narrativa a respeito do último Congresso Internacional de Ufologia de Las Vegas [Editor: veja UFO 27]. “Nem sempre ouvimos a história inteira ou, quando a ouvimos, ela nos é recebida truncada”. Esse obstáculo tem origem no passado: quando a Ufologia começa a revelar o elo comum entre o abduzido de ontem e o de hoje. Relatos de antigas escrituras sacados da Bíblia por apocrifia (especialmente os Apócrifos de Baruque) revelam fatos surpreendentes2, em que os abduzidos escolhidos de Deus eram designados para compilarem ensinamentos técnicos, científicos, de higiene, profilaxia, de socialização e, principalmente, de duras críticas à conduta humana, seus governantes e sacerdotes. As massas humanas somente as ouviam – como ocorre hoje – pois estavam alheias a tudo, sem provas materiais da existência de seu próprio Deus. Algumas dessas críticas até advertiam os homens sobre um possível fim do mundo pela conduta de gerações futuras – os tais filhos esclarecidos do século XX.
Outras dessas mensagem apócrifas (e algumas não apocrifadas pela Igreja) prometiam dias melhores, não se importando com a ansiedade de seus abduzidos de então, homens de pouquíssima instrução mas orientados para aceitarem tais mensagens. Os ETs, evidentemente, sempre souberam que o homem do século XX, apesar de seu avanço tecnológico, não seria diferente do homem tribal. E isso é claramente confirmado quando analisamos, por exemplo, o caso de Eduard Meier, o camponês suíço que contatou ETs que se identificaram como pleidianos, na década de 70. Meier conseguiu ampla documentação, fotos, filmes, amostras de liga metálica e até de radioatividade dos UFOs das Plêiades em suas terras. Algumas dessas provas foram analisadas pela NASA, IBM e Universidade do Arizona, como pode-se conhecer através de obras como Anos-Luz, de Gary Kinder (Editora Bestseller).
A deturpação ou o recebimento truncado de informações de origem alienígena, dadas por uma suposta tripulante feminina da nave extraterrestre, identificada como Semjase pelo próprio Meier, revela fatos curiosos. O contato dos pleidianos com um homem de pouca instrução resulta na recepção de mensagens semelhantes as que foram entregues aos nossos ancestrais. Não se analisa, aqui, as provas materiais do caso, mas o teor das mensagens encontradas nas laudas de Meier. O alerta de Semjase confirma nossas suspeitas: nossos antepassados estavam diante de ETs, e não de Deus, como tais fatos foram interpretados pelas autoridades religiosas de plantão. Semjase revela alguns fatos de nosso futuro breve.
Lições futurísticas – “As massas humanas simplesmente nos reverenciarão como deuses, o que já aconteceu no passado, ou então fugirão apavoradas”, disse a Meier. Notamos nessa colocação os dois extremos que ocorreriam, pois, tal como no passado, as massas humanas continuam alheias, incrédulas e desinformadas! Adiante, na suposta mensagem pleidiana, nota-se também o procedimento dos ETs ao escolherem uns poucos humanos sem instrução, como no passado, para receberem ensinamentos futurísticos. “É por isso que achamos prudente contatar pessoas isoladas, por enquanto, para disseminar por meio delas o conhecimento referente à nossa existência e nossa vinda a este planeta”, continua a tripulante da nave das Plêiades. As críticas aos governos, como no passado, atestam manobras ocultas e a não conscientização propositada da questão alienígena.
Isso quer dizer: atestam a posse dessa informação, dessa amplitude cósmica, por apenas e tão somente uns poucos privilegiados. Sobre isso Semjase não teve dó: “…todos os governos da Terra são constituídos por seres humanos cuja característica principal é a sede de lucros e de poder. Eles querem apenas, sob o manto da paz e amizade, ocupar nossas naves para exercer o domínio sobre o planeta. Mas não parariam ai; tentariam conquistar o cosmo também, porque não conhecem nenhum limite. Por outro lado, não são capazes de estabelecer a paz e a amizade entre as nações da Terra, e muito menos em seus próprios países”.
OS ETS sempre souberam que o homem do século XX, apesar de seu avanço tecnológico, não seria diferente do homem tribal. E isso é claramente confirmado quando analisamos o caso de Eduard Meier, o camponês suíço que contatou ETS que se identificaram como pleidianos, nos anos 70
Não se trata de utopia, mas da realidade que nos cerca desde os primórdios. O fator oscilante, como já dissemos, é apenas a forma da conduta human
a, pois nos é dada mais uma vez a oportunidade de escolhermos o rumo a ser tomado. Segundo alguns desses extraterrestres que assediam-nos com mensagens, eles não têm interesse em se mostrar ao público geral. Por hora, segundo eles, é interessante apenas manterem-se em contato com seres humanos isolados. Se analisarmos a questão das abducções ufológicas, veremos que isso é exatamente o que está acontecendo: é por meio de contatos isolados que, aos poucos, os ETs vão permitindo-nos atingir conhecimento de sua existência e missão. É como se os ETs de fato interagissem com a pesquisa que se faz deles. Dependendo de seus interesses, através de seus contactados na Terra, que são analisados pelos ufólogos, eles podem ou não deixar-se mostrar. Mas a escolha de rumo a seguir é nossa, se tivermos consciência das coisas.
Tal escolha é legado do passado, embora o homem pretenda optar pela rota mais dolorosas, como explica a própria Semjase. “Faz parte do plano de evolução que o homem da Terra se aperfeiçoe primeiro espiritualmente, antes de desvendar certos segredos científicos. Existe o perigo de o homem terreno, bárbaro, exercendo o seu conhecimento técnico, possa usá-lo com propósitos maléficos de conquistas. Os diferentes habitantes cósmicos não estão indefesos nem expostos ao ataque de uma outra raça”. Semjase diz ainda que os terráqueos, num caso de confronto, poderiam sofrer uma derrota moral da qual resultaria sua escravidão completa, o que seria o mesmo que recuar para os tempos primitivos. “Ao tentar levar sua avidez bárbara de poder ao cosmo, o homem da Terra corre o risco de sua completa destruição”, arremata em suas mensagens a Meier. Mas quem liga para tudo isso? Os trabalhos ufológicos envolvendo o passado já provaram que a raça humana teve altos e baixos (inclusive sua destruição), mesmo estando os ETs ligados diretamente a nós.
O que nos pretende alertar Semjase, então, quando cita uma escravidão completa e o recuo aos tempos primitivos? Nessa ambição de domínio cósmico não estaríamos nos aliando ao outro lado da moeda, só observado quando for tarde demais? Vimos a delicadeza que envolve a opção do homem em não permitir ser inserido no totalitarismo comprovado em antigas tradições.
Alerta estéril – Os ETs estiveram presentes, colaborando conosco a seu modo. Todavia, em momentos cruciais, influenciaram negativamente ou reagiram indiferentes ao sofrimento humano. Textos como o já citado Mahabarata revelam grupos de deuses que presenteavam as civilizações terrestres que fossem simpáticas a eles com armas potentes, sempre aconselhando-as a pensarem bem sobre seu uso. Após isso, retiravam-se em suas naves para longas ausências.
Segundo essa narrativa, a Índia se transformou em cinzas. O Mahabarata descreve uma terrível guerra entre duas dinastias, em que foram empregadas armas de grande poder que destruíram todo o país. Tal guerra resultou em 12 anos de seca, além de matar crianças no útero materno e as que nasciam. Cientistas russos, em escavações, encontraram um esqueleto humano de 4 mil anos portando nível radioativo 50 vezes maior do que o encontrado no meio ambiente. Ainda segundo o Mahabarata, o deus do fogo Arjuna presenteou os homens com essa arma… Em outros lugares do mundo, os relatos são semelhantes: ETs, influenciando nossos atos impensados. O que isso tem a ver com a situação de agora? No Congresso Internacional de Ufologia de Las Vegas foi revelado o caso de Leah Haley, autora do livro Lost was the key, que foi abduzida por ETs que atuavam integrados com seres humanos vestidos como militares norte-americanos. Como no passado, os ETs voltam a nos influenciar negativamente, e no auge de nossa civilização! Será essa a preocupação de Semjase? As laudas de Meier são realmente utópicas?
Como vemos, há vilões com altíssima capacidade destrutiva no ar e uma nova ameaça de destruição que nos ronda. O momento é crucial. Devemos compreender que os abduzidos de agora continuam sendo um joguete no sutil jogo de interesses em torno da questão. Aliás, existe um confronto milenar entre civilizações alienígenas no campo das sutilezas. Nossa conduta infantil classifica tal confronto como uma fábula em que heróis e vilões duelam entre si. Essa imaturidade, comparada à vivência dos ETs, é a porta aberta para que continuem sua pirataria sutil, raptando humanos ao seu bel prazer. Se os governos estão ligados aos ETs e estes são capazes até de mutilarem seres humanos, não haverá mundo melhor. A ganância, o poder e a ignorância espiritual do homem são de grande valia para este esquema. Estamos atônitos com o que ocorre. A escravidão de que fala Semjase já se verifica: é o nosso egoísmo, mesquinhez e desamor.
A manipulação religiosa implementada diariamente pelas mais diversas instituições e seitas nos impede de vermos a verdade claramente. Mais que isso, oblitera a compreensão até mesmo dos fatos mais óbvios da questão ufológica, aqueles com os quais nos deparamos a cada novo instante. Os pesquisadores desta nova e promissora disciplina, infelizmente, ainda estão presos a concepções de prisma religioso e preconceituoso, como admitiu Louise Zinsstag, pesquisadora do caso Meier. “Este homem (Meier) tem uma cultura é ainda menor que a de George Adamski, mas isso não tem importância. Ele é anti-religioso e defende até as feiticeiras, atacando a Igreja Católica por desprezá-las. Talvez ele também seja um feiticeiro”.
Este é o testemunho de quem conhece o camponês suíço muito bem. E Zinsstag vai mais longe: “…tenho evitado encontrá-lo porque não posso me livrar da idéia de que essa mulher, Semjase, não lhe faz bem. Tenho certeza de que, dentro de pouco tempo, ela irá arruiná-lo, pois ele não hesita em satisfazer-lhe todos os desejos. Falta-lhe cultura de verdade, embora tenha um razoável conhecimento técnico”, finaliza sua interpretação das experiências de Eduard Meier. Outros estudiosos do Caso Meier têm variadas concepções sobre os fatos alegados pelo camponês suíço. Estas opiniões vão desde a cega aceitação de suas experiências até o repúdio total da
s mesmas, movidos por preconceitos sociais e religiosos.
Obstáculos e dogmas – Coloca-se como obstáculo para a aceitação de Meier a falta de um título superior! O dogma é colocado acima do que foi provado. Isso é pesquisa? Se for, então por que homens como Elias, Ezequiel e outros com pouquíssima cultura foram admitidos pela pesquisa ufológica do passado e homens como Adamski e Meier não? Será que Meier e Adamski, para citar apenas dois casos, precisavam ter nascido há 3 mil anos para suas palavras terem eco? Será que só assim se aceitaria seus contatos com ETs? Por que Semjase faz mal a Meier e as aterradoras abducções dos alienígenas são colocadas como um fenômeno normal pela Ufologia, mediante a pluralidade cósmica existente? Segundo se sabe, os pleidianos não mutilam animais e pessoas e não se aliaram à forças ocultas de nosso mundo. Há pouco tempo atrás fez-se o seguinte alerta: como pesquisadores, nossa missão é estarmos acima de qualquer preconceito ou idéia pre-concebida, isentando-nos de dogmas e conceitos moribundos.
As declarações de Zinsstag são exemplo típico de todo esse transtorno por não conseguirmos livrar os abduzidos de seu drama. A tendência nata do homem pelo místico propicia a ação de seres sutis que nos mistificam desde o despertar da humanidade. O dogma religioso aderido ao preconceito produz espessa neblina que não se desfaz da mente humana. A ruína dos abduzidos, tanto em fase positiva quanto negativa, é a falta de preparo dos profissionais, como sinalizou Gilda Moura. Ainda resta muito o que fazer e compreender, e a conscientização talvez seja o caminho mais árduo e espinhoso.
NOTAS DO TEXTO
(1) Os danos causados aos abduzidos são classificados em: (a) temporais, quando sua natureza é momentânea (paralisia, vertigens, náuseas, vômitos, cefaléia, cegueira, odores e audição de sons de alta freqüência); (b) crônicos, geralmente duradouros ou permanentes (tais como lesões na pele, queimaduras por radiação e efeitos duradouros); e (c) parapsicológicos, com o desenvolvimento de faculdades de percepção extrasensorial (PES).
(2) Em alguns livros apócrifos da Bíblia, as tais “escrituras proibidas” pela Igreja Católica ao mundo, são encontradas orientações técnicas, científicas e o relato detalhado do cruzamento de ETs com humanos. São os chamados Apócrifos de Baruque.