Quando os primeiros casos de abdução passaram a ser conhecidos, iniciou-se a compreensão de que estávamos diante de um fenômeno de difícil resolução. A partir do caso Villas Boas, tínhamos pela frente uma casuística com reflexos ameaçadores, e não contatos com os salvadores da humanidade que escolhiam os terráqueos virtuosos e lhes enchiam de sabedoria para a redenção do nosso pequeno mundo. Quando retornamos no tempo e vemos as conseqüências do noticiado em 1957, em Roswell, temos a materialização do que se supõe há muito tempo: o controle ou o monitoramento parcial das atividades humanas, bem como a espionagem ou a submissão da nossa espécie às pesquisas protagonizadas por prováveis seres extraterrestres. Ao mergulharmos ainda mais no tempo, nos deparamos com numerosos casos relatados pelos traços da história: ? Os tempos bíblicos e os desdobramentos das estranhas relações entre os humanos da época e o Deus criacionista que, por inúmeras vezes, demonstrou uma alteração da personalidade (se é que seja possível a um deus ter personalidade), e reagiu das mais variadas maneiras com fatos coincidentes ou repetitivos. Inseriu nas suas reações doses de uma justiça desvalida e típica dos humanos rudimentares e, por vezes, empregou a violência no seu sentido mais sombrio para o cumprimento dos seus objetivos. Entre as metas perseguidas por este Deus, o que mais se estranha é a formação de uma casta que depois veio a se transformar em uma nação, e desta em um “povo escolhido”, traduzindo um ambiente sectário em uma região de múltiplas desordens políticas e religiosas. ? Os tempos da civilização egípcia e suas estranhas relações com as divindades politeístas, assim como os monumentos dignos das melhores precisões arquitetônicas ainda inexistentes em termos técnicos na atualidade. ? Os tempos cristãos e a própria figura mitológica de Cristo e seus discípulos, tendo ainda por serem apurados os sinais que eram desenvolvidos no sentido da cura e as demonstrações mágicas cuja única fonte noticiosa foi o próprio Novo Testamento. No campo das ciências é oportuna a fragmentação específica da paleontologia e da arqueologia, resultando na Ufopaleontologia e não Ufoarqueologia (cujas fundamentações não tardarão como campos especificamente paracientíficos ou didáticos). Há muito a ser encontrado nos estudos dos animais ou dos traços históricos levantadas por ambas as ciências. Com tal mister serão as novas formas de estudos dos fenômenos ufológicos, dignas de serem reconhecidas oficialmente. Nas formas mais modernas do conhecimento, a Ufologia já está entregue aos pesquisadores melhores dotados da instrumentação e dos recursos disponíveis para os resultados perseguidos, ainda que bastante rudimentar no que é tratável dos casos mais relevantes. Os UFOs estão sendo diretamente relacionados aos casos de abdução, com muita facilidade em um descuido flagrante aos meios de pesquisas idôneos para a obtenção das melhores hipóteses e destas para as conclusões mais elementares. Ressalvados todos os elementos acima descritos, temos que a perseguição fatal e única que é objetivada pelos diversos subcampos de todos os meios de estudo dos fenômenos intra e extra mundos é o encontro da vida extraplanetária, seja da forma como a conhecemos, seja da forma que a natureza a expresse em sua imaginação ilimitada. Quaisquer fatos que venham a ser desenhados em nosso destino, contínuo como a humanidade, irão no sentido de que a aparição é esperada. Esta aparição será admirada com o espírito sóbrio? Com o espírito assustado? Não importa a análise a ser estabelecida. O objeto do medo, embora seja assustador, é um elemento de desejo (os homens entram nos brinquedos de terror para sentir medo), e também é um elemento da curiosidade. A vazão final será uma nova estrutura que incidirá no que atualmente se encontra imprevisível. Que nossas intenções estejam à altura do que vier a ser a ética universal.