E a outra face do fenômeno Ashtar Sheran? Onde entra? Será que no caso da existência de alienígenas e da possibilidade de que já estejam de fato contatando alguns seres humanos, operariam dessa maneira? Sem respeito à vida humana? Será que a evolução de uma civilização galáctica dos tipos 2 e 3, e remotamente 4 e 5, seria ainda de disputas sociais, egos, competições e guerras, como a epopéia fictícia Guerra nas Estrelas? Se o futuro de civilizações hiper avançadas, com uma tecnologia inimaginável para nós, é dessa forma, então o que esperar de nós, simples seres humanos? Como seria o outro lado de Ashtar e do contato que investiguei? E quais as possibilidades da existência do mesmo? Isso tudo reside na real possibilidade de que algo verdadeiramente anormal e externo ao planeta Terra esteja mesmo ocorrendo. Aliás, hoje acredito até na possibilidade de uma realidade externa ao nosso universo ou ainda no que chamamos de “plano de ocorrência”.
Como uma das minhas especialidades é a física de partículas, estou sempre em contato com cientistas, pesquisadores e estudiosos do cada vez mais bizarro universo quântico. Além disso, estou a par das últimas descobertas nessa área, que dificilmente são compreendidas por quem estuda o tema – imagine então quem apenas gosta do assunto, ou ainda uma pessoa totalmente leiga? Como explicar que 90% do universo são formados por algo que tem massa e matéria, mas é invisível e ninguém tem a mínima idéia do que seja?
Efeitos físicos das naves alienígenas
Diante de todas essas pesquisas e informações, é totalmente cabível e prudente declarar que o Fenômeno UFO é real. Mas a chamada hipótese extraterrestre, como responsável pelo mesmo, não invalida as demais. Tão pouco explica todos os casos. Porém, além de ser a mais simples e aceitável, é a que tem recebido mais respaldo das evidências apresentadas. Reais são as aeroformas, os seres e os efeitos físicos advindos da interação de UFOs com seres humanos. Além dos registros em radar, filmes, fotos etc. As abduções e contatos também são uma realidade inegável. Se são um produto de somatizações, delírios mentais, estados alterados de consciência, ou ainda de extraterrestres verdadeiros e entidades de outras dimensões, não se sabe. O fato é que reais são as cicatrizes, os temores, as testemunhas independentes, as marcas etc.
A contaminação da informação na casuística ufológica – feita através de pessoas inescrupulosas, ignorantes ou mesmo mal informadas –, não justifica o ceticismo doentio que por vezes atinge a simples menção do tema. Igualmente condenável é o chamado comportamento ufolátrico, manifesto pelas mais diversas seitas que se formam em torno do tema. Sendo assim, o quarteto conhecimento, percepção, discernimento e paciência parece ser a chave que, algum dia, abrirá as portas que encerram os mistérios dessa autêntica caixa de Pandora, que hoje responde pela classificação de Fenômeno UFO.
Quando se estudam assuntos como o polêmico tema Ashtar Sheran e contatos com seres extraterrestres, é necessário entender que o importante não é não errar e sim cometer erros diferentes. É exatamente por isso que enveredei por assuntos paralelos ao tema, que a princípio podem parecer nada ter a ver. Uma atenta leitura e reflexão podem gerar subsídios que, se fossem realmente compreendidos por quem se atreve a estudar o fenômeno ufológico ou por pessoas que insistem em rebatê-lo – sentadas confortavelmente em suas cadeiras, atrás de um computador ligado à internet –, já teriam nos tirado do marasmo de mais de 50 anos em que a Ufologia se encontra. Quem sabe, já teriam gerado as condições necessárias para que um verdadeiro salto quântico ocorresse, criando dessa forma situações para que um contato inteligente aconteça entre a civilização terrestre e seres alienígenas que nos visitam.
Acredito ser mais fácil compreender o motivo pelo qual uma civilização mais adiantada em relação a nós, e que regularmente faz incursões por aqui, ainda não manteve um contato oficial, se levarmos em consideração que não existe nível sequer para um diálogo entre os próprios seres humanos que habitam o mesmo espaço de sobrevivência. Imagine agora um diálogo entre nós e entidades que estão anos-luz da compreensão humana? Quando encontrarmos a nós mesmos, com certeza os encontraremos também. Não se pode ter medo! Como disse o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque, em seu livro Na Fronteira do Futuro – O Projeto da Universidade de Brasília [Editora Universidade de Brasília, 1989], “o medo e os riscos do ridículo são inerentes aos grandes saltos”. O pouco que pude aprender nesses últimos anos me deixou ainda mais consciente de que representamos apenas uma ínfima parte de um todo que não pode ser conhecido numa única existência.
Porém, essa mesma diminuta parte, bem compreendida, não poderia ser a melhor conclusão obtida em uma existência. Depois que se aventura nesse fascinante terreno do Fenômeno UFO, que insistentemente tenta nos tirar da grande Matrix que a humanidade constrói em torno de si para justificar seus erros, vaidades e egoísmos, não há como voltar atrás e fingir que nada aconteceu. O universo dá ao ser humano o que ele encontra em seu coração, e assim, é como a famosa cena de Guerra nas Estrelas, na qual o jovem Luke Skywalker, sedento por conhecimento rápido, pergunta ao mestre Yoda: “O que existe dentro de uma caverna escura e sombria? Onde ele deveria entrar?” O mestre, com astúcia e perspicácia, responde: “Lá existe o que você levar consigo!”