
Atendendo a um convite do maior grupo ufológico europeu, a Yorkshire UFO Society (YUFOS), que edita a publicação internacional UFO Magazine, em 25 de fevereiro passado o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) realizou conferência em Birmingham, Inglaterra, cidade considerada um dos pólos mais avançados de pesquisa ufológica. A conferência foi proferida pelo editor de UFO, A. J. Gevaerd, a um público superior a 900 pessoas – lotação recorde em um evento do gênero.
A YUFOS é uma das entidades ufológicas mais ativas do mundo, tendo sido criada há várias décadas. Atualmente, com mais de 2 mil associados espalhados pela Grã-Bretanha e vários outros países, o grupo se dedica a realizar conferências nos principais centros populacionais da Inglaterra. Depois de Birmingham, as próximas cidades serão Cardiff, Londres e Leeds, onde também se prevê participação maciça do público. No evento de Birmingham, Gevaerd foi o único conferencista internacional presente, ao lado dos ingleses Tony Dodd e Graham W. Birdsall, veteranos renomados em toda a Europa.
Os próximos convidados estrangeiros a se apresentarem para os ingleses serão os norte-americanos Wendelle Stevens e Don Schimitt, autores de livros sobre o acidente de Roswell, e o alemão Michael Hesemann, produtor do vídeo Discos Voadores – Uma Presença Secreta da Terra, recém lançado pelo CBPDV. Por ser a primeira vez que um ufólogo brasileiro se apresenta na Inglaterra, Gevaerd fez conferência mostrando uma visão panorâmica do Fenômeno UFO em nosso país, ilustrando-o com mais de 100 slides, especialmente de fotos recentes de discos voadores em vários locais do Brasil. Como segunda parte de sua apresentação, mostrou 10 importantes casos de contatos e abduções pesquisados por ufólogos nacionais e deu detalhes do movimento brasileiro de pesquisa ufológica.
Entre os casos abordados em detalhe, durante a conferência que durou quase 3 horas, Gevaerd apresentou ocorrências recentes verificadas no Nordeste brasileiro, em especial as publicadas nas edições UFO 34 e UFO Especial 05. Como sempre faz quando participa de eventos nos EUA, o editor de UFO dirigiu-se à platéia agradecendo o convite e enfatizando que sua participação na conferência de Birmingham se dava em nome de toda a coletividade da Ufologia Brasileira e que, como seu “porta-voz informal”, apresentaria casos pesquisados pelos mais diversos ufólogos do país.
Em seguida, expôs detalhadamente o excepcional trabalho de levantamento casuístico do ufólogo cearense Reginaldo de Athayde, do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), sobre as aparições de UFOs em Baturité (CE) e região. Também foram apresentados os sensacionais casos da Chapada Diamantina, na Bahia, investigados por Alonso Valdi Régis, Emanuel Paranhos e Alberto Romero [Editor: estes casos foram mostrados no programa Fantástico, no fim de 1994].
Intensas Atividades – Mostrando fotos de UFOs obtidas em Baturité, Gevaerd descreveu a grave situação da onda que presentemente atinge a área, onde se confunde UFOs com Virgem Maria. O editor de UFO também descreveu as atividades de alguns dos melhores e mais ativos ufólogos e grupos de pesquisas brasileiros, entre eles Marco Antonio Petit, Daniel Rebisso Giese e outros. E concluiu sua apresentação mostrando que no Brasil a casuística ufológica é simplesmente fantástica e de grande riqueza. “Em poucos países do mundo”, disse Gevaerd, “se encontra tamanha profundidade e intimidade na maneira com que o Fenômeno UFO interage com a população. Dessa forma, no Brasil, os discos voadores são vistos pelas pessoas com total naturalidade e até a mais completa aceitação”.
Finalizando, citou o pioneiro ufólogo inglês Gordon Creighton, que há mais de 3 décadas se referiu ao Caso Antonio Villas-Boas, recém divulgado, como “the most amazing case of all”, frase célebre que aponta o caso como “o mais assombroso de todos os casos”. Na visão do editor de UFO, detalhadamente transferida para o público inglês, o Brasil é um celeiro de casos extraordinários, complexos e abundantes. “All of them much more amazing than the most amazing case of all”. Tradução: “todos eles muito mais assombrosos que o mais assombroso de todos os casos”. Depois de quase 3 horas de conferência, em que o público viu descritos inúmeros casos de abduções brasileiros, ninguém duvidou da afirmação…
Convites Internacionais – Depois de Birminghan, a Revista UFO ainda tem inúmeros convites para apresentar-se no exterior. Em junho, estará apresentando resumo da Ufologia Brasileira no Congresso lnteramericano de Ufologia, a ser realizado cm Toronto, Canadá. Em julho, irá ao Congresso Mexicano de Pesquisas de Discos Voadores, a ser promovido pela revista Reporte OVNI na Cidade do México. Alguns meses depois, em outubro, a UFO voltará à Europa, dessa vez para apresentar-se no Congresso Mundial de Ufologia de Düsseldorf, que está sendo organizado por Michael Hesemann, da revista Magazine 2000 [Editor; para esse evento será montada uma comitiva brasileira. Aguarde instruções na revista].
Finalmente, em novembro, UFO novamente irá ao Nevada para mais um evento da série de Congressos Internacionais de Ufologia de Las Vegas. Todos esses convites mostram o quanto a intensa e abundante casuística ufológica brasileira atrai e espanta ufólogos e ufófilos de outros países, acostumados com uma incidência ufológica pobre e monótona. Mas, ao mesmo tempo, também premia o esforçado trabalho que a Revista UFO vem desenvolvendo, reconhecido hoje não apenas domesticamente, no Brasil, mas em vários outros países. Em todos os lugares onde se apresenta, UFO recebe elegios por manter-se dentro de sua linha séria por tantos e tantos anos, em meio às não poucas dificuldades que todos sabem existir em nosso país. No final das contas, isso é o que importa.
UFO Visita Stonehenge
Durante sua permanência na Inglaterra, UFO aproveitou para conhecer de perto o local onde são encontrados os famosos círculos nas plantações aráveis, que não coincidentemente fica próximo à inusitada área de monumentos de pedra conhecidos como \’enterros\’: Avebury Henge e Stonehenge, no sudoeste do país. Avebury Henge é o maior círculo de pedras da Europa, provavelmente construído há mais de 5 mil anos por homens e mulheres que pretendiam fazer algum tipo de homenagem a alguém muito especial, pois as posições das pedras assim indicam.
Justamente ao lado de Avebury Henge, entre 9 e 10 de novembro do ano passado, um novíssimo e extraordinário círculo surgiu numa plantação de cânola a não mais de 200 m da área de recepção dos milhares de turistas que visitam o monumento diariamente. O círculo – na realidade uma figura geométrica complexa, como todas as demais que têm surgido de 10 anos para cá – recebeu o nome de teia de aranha, por r
azões óbvias [Editor: veja detalhes na matéria a seguir]. Já em Stonehenge, o fantástico monumento de pedras com também mais de 5 mil anos de idade, que fica a não mais que 50 km de Avebury Henge, UFO pôde observar detalhes de sua enigmática construção.
Stonehenge é um marco milenar para onde convergem milhares de adeptos de inúmeras correntes esotéricas, místicas e até ufológicas. Regularmente, ufólogos e ufófilos de toda a Europa e outras partes do mundo se encontram próximos ao fantástico monumento para realizarem vigílias e discussões diversas (não é possível caminhar entre as pedras). Lá já foram obtidas várias fotografias de UFOs em condições excepcionais, sendo a mais divulgada delas a de março de 1990, obtida por um estudante anônimo e publicada no pôster encartado em UFO 32. Brevemente, uma de nossas futuras edições abordará a questão detalhadamente.
Stonehenge e Avebury Henge, entre outros pontos de grande energia, estão localizados numa região que guarda inúmeros segredos – talvez alguns até ligados à problemática ufológica. Toda a área do sudoeste da Inglaterra, em especial Avebury, Sillbury Hill, Barbury Castie, Alton Barnes e Cheesefoot Head é permeada de monumentos de todos os tipos, principalmente de grandes rochas dispostas de maneira simétrica.