Sessenta e quatro anos após os discos voadores se tornarem um fenômeno mundial, finalmente uma posição formal sobre esse grande mistério foi emitida por um departamento do governo dos Estados Unidos — pela primeira vez na história. Sim, porque, apesar de tantos projetos iniciados e encerrados por diversas administrações que ocuparam a Casa Branca nas últimas décadas — como o Comitê Condon e o Projeto Livro Azul, por exemplo —, essa foi a primeira vez que uma entidade governamental se manifestou de maneira concreta sobre o tema. Mas o fez de maneira desastrosa.
Na sexta-feira, 04 de novembro, o Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia dos Estados Unidos [Office of Science and Technology Policy, OSTP] respondeu a dois abaixo-assinados submetidos ao site We the People [www.whitehouse.gov], um canal de comunicação que a Casa Branca mantém com a sociedade norte-americana e mundial, onde vários movimentos sociais se expressam de maneira semelhante, publicando abaixo-assinados. Um deles foi o submetido pelo Paradigma Research Group (PRG), entidade reconhecidamente à frente de campanhas que visam fazer o governo abrir seus arquivos secretos sobre a presença alienígena na Terra. O referido abaixo-assinado — chamado de petição no país — foi lançado em 20 de setembro passado e, em poucas semanas, atingiu mais de 12 mil assinaturas.
A desastrosa resposta dada a esse movimento do PRG e às mais de 12 mil pessoas que assinaram a petição, inclusive de outras partes do mundo, veio através de Phil Larson, um membro do OSTP e, portanto, funcionário da Casa Branca e falando oficialmente em seu nome. No site We the People, Larson escreveu, entre outras coisas, que “o governo norte-americano não tem qualquer evidência de que existam outras formas de vida fora de nosso planeta, ou que alguma presença alienígena tenha tentado estabelecer contato com a raça humana”.
Declaração embaraçosa
Tentando encerrar o assunto, Larson foi ainda mais longe e disse que “não existe qualquer informação confiável que sugira que qualquer evidência nesse sentido esteja sendo ocultada da população” [Veja resposta completa nessas páginas]. Infelizmente, para o Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia e para a Administração Obama, a declaração de Phil Larson é completamente falsa.
Além do que, considerando-se que aproximadamente 50% da população dos Estados Unidos estão agora convencidos da presença extraterrestre, e que mais de 80% dela acreditam que o governo não está dizendo a verdade sobre esse fenômeno, a declaração de Larson é altamente embaraçosa para a Casa Branca. Não se sabe o que levou seu funcionário a emitir tal afirmação, na forma de uma resposta formal da Administração Obama quanto à questão, mas só há quatro possíveis explicações para ela.
A primeira é de que se trata de uma mentira política. Seja lá o que a equipe executiva da OSTP possa ter de evidências sobre a ação na Terra de outras espécies cósmicas, a Administração Obama, não podendo reconhecer que está ciente de tal realidade — a fim de se proteger contra represálias da imprensa que possam colocar em risco as pretensões do atual ocupante da Casa Branca nas próximas eleições —, simplesmente negou saber que estamos sendo visitados por outras formas de vida inteligente.
A segunda hipótese é de que se trate de uma mentira que vise proteger a segurança nacional dos Estados Unidos. Nesse caso, a Administração Obama não poderia reconhecer que está ciente de que estamos sendo visitados por seres extraterrestres e que tem evidências disso, pois colocaria em risco a segurança nacional do país. Ou seja, mostraria à população que a maior nação do mundo é vulnerável a veículos que entram e saem de nosso espaço aéreo, pousam em nossas terras e seus tripulantes abduzem cidadãos para fins desconhecidos. Essa hipótese implica em que a Casa Branca não considera que a sociedade tenha condições de enfrentar a verdade sobre a presença alienígena na Terra.
A terceira explicação para a desastrosa manifestação de Phil Larson, em nome do Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia da Administração Obama, é a que demonstra que a atual equipe executiva daquele órgão do governo dos Estados Unidos — que tem imensas responsabilidades e também é composto de militares e conselheiros científicos e da comunidade de inteligência —, desconhece o grande volume de evidências que indicam, sem sombra de dúvidas, uma presença alienígena na Terra há décadas e até séculos. Evidências que têm se acumulado enormemente nos últimos 60 anos, como resultado do extraordinário trabalho de pessoas e organizações dedicadas a trazer à tona a verdade sobre o Fenômeno UFO.
Essa explicação é extremamente danosa à Casa Branca, porque sugere que ela é tão ignorante sobre esse tema quanto incompetente para lidar com ele. Por fim, a última hipótese a ser considerada a partir da declaração de Larson é a de que ela está correta e que tudo o que se apurou até agora sobre a presença alienígena na Terra, tanto por civis quanto por militares, em seis décadas de trabalho em todo o mundo, é apenas um grande mal entendido.
Discos voadores, um mito?
Ou seja, nada de anormal de fato estaria ocorrendo em nossos céus e discos voadores são um mito. E ponto-final. Simplesmente, não há outras possíveis explicações para o que o funcionário da Casa Branca, membro de um importante órgão da Administração Obama, afirmou no site oficial We the People. E seja qual for a certa, no devido tempo as autoridades administrativas dos Estados Unidos terão que defender tal declaração, pois será duramente cobrada pela opinião pública. Nesse sentido, o Paradigm Research Group, que lançou a petição no site, convida a imprensa política do país e do mundo a refletir sobre essa que pode ser a mais importante manifestação sobre o Fenômeno UFO já dada por um governo. E o faz convocando jornalistas e formadores de opinião a examinarem o extenso volume de evidências que os ufólogos têm da realidade extraterrestre, considerando a possibilidade de
lançar um desafio à posição da Administração Obama.
Tais ações poderão incluir, por exemplo, um exame de tudo o que já foi dito sobre discos voadores por funcionários de alto escalão do governo e pessoas em altas posições da sociedade, durante muitas décadas. Elas são tantas que encheriam muitas páginas dessa publicação, mas escolhemos pelo menos algumas para ilustrar o que se pretende. Uma delas é a do astronauta Eugene Cernan, comandante da missão Apollo: “Tendo sido questionado publicamente sobre os UFOs, afirmo que eles existem e provêm de fora da Terra, pertencem a outras civilizações”. Ou do comandante da Força Aérea Real Britânica (RAF), marechal Lord Dowding: “Mais de 10 mil observações de UFOs já foram relatadas, a maioria das quais não pode ser explicada cientificamente. Estou convencido de que tais objetos não são construídos na Terra e acredito que tenham origem extraterrestre”. Ou então do operador da transição entre os governos Clinton e Obama, John Podesta: “É hora de o governo liberar arquivos secretos, que já têm mais de 25 anos de idade, e dar aos cientistas dados que possam ajudá-lo a determinar a natureza extraterrestre do Fenômeno UFO”.
Enorme banco de dados
Esses são apenas uns poucos exemplos, pois há milhares de cientistas, políticos, governantes, militares, religiosos e celebridades que já se expressaram publicamente quando à existência dos discos voadores e sua procedência extraterrestre. Mas há ainda outros meios que a imprensa mundial pode consultar para forçar a Casa Branca a rever sua posição, entre os quais um enorme banco de dados de milhares de avistamentos de UFOs testemunhados e relatados por pilotos militares, civis e comerciais em pleno voo e em todo o mundo, um arquivo que hoje está centralizado na National Aviation Reporting Center on Anomalous Phenomena [Centro Aeronáutico Nacional de Registros de Fenômenos Anômalos, Narcap], que pode ser acessado através do endereço www.narcap.org.
Em sua busca por dados concretos sobre a ação na Terra de outras espécies cósmicas, a imprensa também pode consultar algumas obras de grosso calibre recém-lançadas e que escancaram a realidade extraterrestre além de qualquer chance de dúvidas. Entre as quais se destacam os volumes 1 e 2 de UFOs and the National Security State [UFOs e o Estado de Segurança Nacional, Keyhole Press, 2009 e 2010], do ufólogo e historiador Richard Dolan, e UFOs and Nukes [UFOs e Mísseis Nucleares, Author House, 2008, prestes a ser publicado no Brasil pela coleção Biblioteca UFO com o título Terra Vigiada], de Robert Hastings. Substanciais também são as obras Witness to Roswell [Testemunhas do Caso Roswell, New Page Books, 2007], de Thomas J. Carey e Donald Schmitt, Above Top Secret [Acima de Ultrassecreto, Quill Editors, 1989], de Timothy Good, Abduction: Human Encounters with Aliens [Abduções: Encontros de Humanos com Aliens, Scribner, 2007], de John Mack, e Operation Majestic-12 and the United States Government’s UFO Cover-up [Operação MJ-12 e o Acobertamento Ufológico do Governo dos Estados Unidos, Capo Press, 2005], de Stanton Friedman [Hastings, Good e Friedman são consultores da Revista UFO].
Além desses, o mais contundente de todos os livros que trata da realidade ufológica — mostrando, inclusive, como militares e autoridades de vários países lidam com a questão —, é o recém-lançado no Brasil OVNIs: Militares, Pilotos e o Governo Abrem o Jogo [Idea Editora], da jornalista norte-americana Leslie Kean [Entrevistada da edição UFO 180]. Sua versão norte-americana conta na capa com palavras de apoio de ninguém menos do que o cientista Michio Kaku, físico teórico e professor da Universidade de Nova York: “Enfim, um livro sério e pensativo sobre esse controverso assunto. Céticos e crentes encontrarão nele um tesouro com informações criteriosas e abrirão os olhos. O livro é destinado a constituir um padrão de alto nível para a investigação dos UFOs” [Nota do editor: A obra de Leslie contém um capítulo inteiro escrito pelo brigadeiro brasileiro José Carlos Pereira, ex-comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), em que faz fortes revelações sobre UFOs no Brasil].
Contrariando ordens da NASA
Em sua tentativa de sensibilizar — ou de pressionar — a Casa Branca a assumir uma posição mais coerente com a seriedade da fenomenologia ufológica, a imprensa política mundial pode também recorrer a documentários de grande valor informativo, tais como Destino Terra 1 e 2 [Out of the Blue 1 e 2], produzido pelo cineasta James Fox, e A Um Passo da Revelação Final [The Day Before Disclosure], do diretor norueguês Terje Toftenes [Ambos disponíveis na coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. Pode também examinar as incontáveis declarações públicas de dois heróis norte-americanos, os astronautas Gordon Cooper, das missões espaciais Mercury e Gemini, e Edgar Mitchell, o sexto homem a pisar na Lua, com a missão Apollo 14. Ambos, contrariando determinações da NASA, falam abertamente da existência e procedência extraterrestre de discos voadores.
O que foi mencionado acima representa somente uma pequena fração do gigantesco volume de dados sobre a presença alienígena na Terra que a Casa Branca agora formalmente alega que “não é informação confiável”, em sua tentativa de afirmar que “o governo norte-americano não tem qualquer evidência de que existam outras formas de vida fora de nosso planeta” — enfim, que discos voadores não existem e seres extraterrestres são ficção. Essas são declarações insustentáveis, como se pode ver. Mas há mais um valioso conjunto de dados de
que a imprensa política pode tomar conhecimento em sua eventual tentativa de demover a Casa Branca de sua desastrosa posição de negação do óbvio. Estamos falando da chamada Iniciativa Rockfeller.
Desde o início de 1993 até o final de 1996, o bilionário Laurance Rockefeller pressionou a Administração Clinton — por intermédio do mesmo Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia (OSTP) — para tentar convencer o então presidente a liberar os arquivos governamentais relacionados a discos voadores e ETs em solo norte-americano, e, assim, encerrar a nefasta política de acobertamento ufológico, finalizando o embargo à verdade. Mas por que esse fato é relevante à administração atual? Porque o grupo de pessoas que, na época, esteve diretamente envolvido na Iniciativa Rockfeller são alguns dos mais visíveis membros do governo Obama, como a secretária de Estado Hillary Clinton, o operador da transição entre os governos Clinton e Obama John Podesta — com cargo importante neste último —, o influente membro do Departamento de Justiça Webster Hubbell, e o atual secretário da Defesa norte-americano Leon Panetta, que já foi diretor da CIA.
Fim do embargo à verdade
Além deles, também estavam a par da Iniciativa Rockfeller John Gibbons, Al Gore, Bill Richardson e outros figurões da política dos Estados Unidos — além, é claro, de todo o staff do presidente Bill Clinton. Como pode a Casa Branca, hoje sob a Administração Obama, desconsiderar todas as discussões que esse grupo teve com o ex-presidente, coordenadas por um dos mais influentes homens do país, Laurance Rockefeller? Simplesmente, nenhuma dessas autoridades de alto nível jamais foi pressionada pela opinião pública ou pela imprensa política para que se manifestasse — o que, se tivesse ocorrido, certamente faria com que certos funcionários da Casa Branca fossem mais cautelosos ao emitir declarações. Seja como for, essa foi a oportunidade que esperavam os ufólogos dos Estados Unidos para fazerem seus movimentos de abertura assumir uma nova postura — e talvez esteja para chegar a hora de uma verdadeira mudança na história.
“Estamos procurando por ETs, mas ainda não temos evidência deles”
Por Phil Larsen
Resposta oficial da Casa Branca ao pedido de reconhecimento da presença extraterrestre no planeta
Agradecemos a todos por assinarem o abaixo-assinado do Paradigm Research Group (PRG) pedindo que a Administração Obama reconheça uma presença extraterrestre aqui na Terra. Mas o governo dos Estados Unidos não tem evidência alguma de que exista fora de nosso planeta qualquer forma de vida, ou que qualquer presença extraterrestre tenha contatado ou esteja tentando contatar algum membro da raça humana. Além disso, não há informação confiável que sugira que qualquer evidência nesse sentido esteja sendo escondida dos olhos do público pelo governo.
No entanto, isso não significa que o assunto relativo à vida fora de nosso planeta não esteja sendo discutido ou explorado [Pela Administração Obama]. Na verdade, há vários projetos operando no sentido de entender se alguma outra forma de vida pode ou não existir fora da Terra. Aqui estão alguns exemplos:
SETI, o programa de busca por vida extraterrestre inteligente. O projeto foi iniciado pela NASA, mas desde então está nas mãos de outras fontes e operando com fundos particulares. O propósito principal do SETI é atuar como um ouvido gigante de toda a raça humana, apontando uma coleção de radiotelescópios ao espaço para tentar escutar sinais que possam vir de outros mundos.
Kepler, uma sonda da NASA presentemente em órbita da Terra, cuja principal meta é a procura de planetas semelhantes ao nosso. Tais planetas seriam localizados nas chamadas zonas “goldilocks” [Habitáveis] de algum sistema estelar distante — nem tão quente e nem tão frio —, que possam ser potencialmente ocupados por alguma forma vida como a conhecemos. A missão Kepler foi projetada especificamente para pesquisar nossa região da Via Láctea e descobrir planetas do tamanho da Terra, mundos rochosos nas zonas habitáveis das estrelas que orbitam ou próximas delas.
Curiosity, o laboratório de ciência marciana, um veículo do tamanho de um carro que a NASA lançará em breve [A Marte]. O laboratório dentro do veículo irá estudar rochas, solo e outros aspectos geológicos do planeta em um esforço para detectar blocos de criação de vida em Marte — ou seja, formas de carbono. O Curiosity também irá determinar como foi o ambiente marciano no passado, para ver se pode ter hospedado vida.
Como último ponto, note-se que muitos cientistas e matemáticos dedicam-se com mentalidade estatística à possibilidade de haver vida além da Terra, e chegaram à conclusão de que as chances são bem altas de que em algum lugar, dentre os trilhões de estrelas no universo, haja um planeta além do nosso onde a vida exista.
Muitos [Cientistas e matemáticos] também notaram, no entanto, que as chances de fazermos contato com qualquer uma dessas formas de vida — especialmente aquelas inteligentes — são extremamente baixas, dadas as distâncias interestelares envolvidas. Mas tudo são estatísticas e especulação. O fato é que não há evidência confiável alguma de qualquer presença extraterrestre aqui na Terra.
Petição emitida pelo Paradigm Research Group (PRG), publicada no site da Casa Branca
Requerimento à Administração Obama para que reconheça formalmente uma presença extraterrestre aproximando-se da raça humana
Termos: Os indivíduos abaixo-assinados requerem que o presidente dos Estados Unidos reconheça formalmente a existência de uma presença extraterrestre engajando a raça humana, e libere imediatamente para o domínio público todos os arquivos de todas as agências e serviços militares do país que contenham informações relevantes sobre o Fenômeno UFO.
Base: Centenas de testemunhas militares e governamentais têm vindo a público para confirmar essa presença extraterrestre. Pesquisas de opinião pública hoje indicam que mais de 50% da população americana acreditam existir tal presença e mais de 80% acreditam que o governo não está revelando o que sabe sobre esse fenômeno. O povo tem o direto de saber a verdade e tem condições de lidar com ela.