No dia 05 de outubro de 1982, o doutor Brian T. Clifford, do Pentágono, anunciou em coletiva para a Imprensa que o contato entre cidadãos dos EUA e extraterrestres ou seus veículos é estritamente ilegal. De acordo com a lei explícita no Código de Regulamentos Federal, adotado em 16 de julho de 1969, antes do vôo da Apollo, qualquer pessoa culpada de tal contato automaticamente se tornaria um criminoso procurado pela polícia, com uma pena de um ano de prisão e multa no valor de 5.000 Dólares. Nestes casos, o administrador da NASA tem o poder de determinar com ou sem audiência se a pessoa ou objeto foi “exposto a algo extraterrestre” e impor uma quarentena indeterminada sob guarda armada, sem interrupção mesmo por ordem da corte judicial.
De acordo com Clifford, diante da lei, os oficiais comandantes têm assegurado ao povo que os UFOs não são nada mais do que embustes e ilusões. Sabe-se, no entanto, que não há limites no número de indivíduos que se encaixam perfeitamente dentro deste quadro e que poderiam ser postos em quarentena.
Essa norma, contida na subseção 1211 da seção 14 de regulamentações, que poucos membros do governo têm a preocupação de ler na íntegra, a proverbial “agulha no palheiro”, foi incluída nos livros sem debate público. Assim, de um dia para o outro, sem ter informado à população, em sua infinita sabedoria, o governo dos Estados Unidos criou uma nova e completa classe de criminosos: os contatados de UFOs. A desculpa esfarrapada oferecida pela NASA é que os extraterrestres podem ter um vírus que pode varrer a raça humana. Isso certamente é uma das muitas possibilidades inerentes em tal contato, mas não a única.
Portanto, não há razão válida para fazer o contato ilegal, nem para declarar os contatados criminosos ao ponto de serem encarcerados e multados imediatamente. Parece que o efeito primário de tal lei não é o de prevenir o contato, e sim o de silenciar a testemunha. E se colocada em vigor, iria prevenir a publicação de relatórios de contatados exceto os acobertados pela anonímia e liberar uma inquisição moderna na “Terra dos Livres” – EUA. Embora seja uma lei obviamente absurda e injusta, os cidadãos norte-americanos a cumprem ressalvando que ela deveria ser apresentada de maneira clara, bem interpretada, humanamente relevante à contingência do contato extraterrestre.
Deveria também ser debatida e repassada ao Congresso abertamente, ao invés de se pôr debaixo da mesa, sem divulgação pública. De acordo com o porta-voz da NASA, Fletcher Reel, lei como esta não é imediatamente aplicável, mas em caso de necessidade poderia sê-lo feito imediatamente. O que isso significa é que está redigida ambiguamente, de maneira que pode ser entendida como o governo desejar. Não é com certeza uma coincidência que Clifford tenha dado esta conferência para a Imprensa durante o período da popularidade do filme E.T., de Steven Spielberg, em que um extraterrestre aparecia benevolente e louvável?
A intenção era de desencorajar a comunicação ou o relacionamento fraternal com ocupantes de UFOs. Contudo, em vez de ter esse efeito, o tiro saiu pela culatra, causando furor público e a controvérsia apresentada numa outra tentativa semi-oficial de debater o assunto sobre extraterrestres, no seriado de televisão V, apresentado com repetidas performances e publicidade máxima pelas maiores redes mundiais. Os alienígenas retratados no seriado eram os mais horríveis e repulsivos pesadelos imagináveis. Foram derrotados por um agente da CIA, especializado em operações de acobertamento – um homem durão com o coração de ouro que, com a ajuda de uma bonita heroína, salva a raça humana.
Isso é obviamente uma propaganda produzida para cumprir o que a conferência de Clifford não conseguiu: suprimir a comunicação com UFOs, missão um tanto inviável uma vez que temos a certeza de que os contatos alienígenas são reais e ininterruptos, e a única maneira de se evitar o pânico no anúncio da notícia de que estamos sobre a observação de seres de inteligência não humana, com tecnologia mais sofisticada do que a nossa, está em apontar que essa situação não é recente, mas tem, literalmente, estado em andamento por milênios. Se os “dragões voadores” mencionados no I Ching tinham a intenção de atacar e nos destruir, eles poderiam facilmente ter chegado ao seu objetivo muito tempo
atrás.