Após um ano do aparecimento do primeiro agroglífo brasileiro, ocorrido em Ipuaçu, Santa Catarina, o fenômeno voltou a se manifestar na mesma cidade e praticamente na mesma data. A diferença agora está no formato. O que antes era um círculo perfeito, agora parece uma flecha e com dimensões exatas. Para investigar o caso a fundo o editor da Revista UFO A. J. Gevaerd foi até Ipuaçu onde, na ocasião, proferiu palestras e esclareceu à comunidade curiosidade sobre este fenômeno muito comum em plantações de trigo e cevada na Inglaterra. O ufólogo concedeu entrevista exclusiva a Romeu Scirea Filho, que foi publicada no jornal Gazeta Regional, de Xanxerê, em 13 de novembro. Confira alguns detalhes da entrevista:
Sinal foi uma coisa proposital. O que eles querem nos dizer com isso?
O ufólogo A. J. Gevaerd, editor da Revista UFOs e membro da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), veio novamente ao oeste catarinense para observar, pelo segundo ano consecutivo e praticamente na mesma época, o surgimento de mais um agroglífos. Em novembro de 2008, após analisar dois círculos que surgiram em lavouras do município vizinho a Xanxerê, Gevaerd alertou a reportagem do Gazeta Regional que, muito provavelmente, os sinais voltariam a aparecer, na mesma região e na mesma época. Confirmada sua previsão – um novo sinal, agora em forma de flecha, foi encontrado. Ele aborda, nesta entrevista exclusiva, os muitos mistérios que cercam os UFOs, segredos guardados pelo Governo durante anos, fraudes e outros aspectos relacionados ao fenômeno. E, sem qualquer interesse de convencer ninguém de nada, comenta especificamente o caso de Ipuaçu. Sem, é claro, ter a resposta que ele mesmo pesquisa e tenta descobrir praticamente em tempo integral: O que eles querem nos dizer com isso? Por que aconteceu em Ipuaçu novamente? Ele conta também que o Governo Brasileiro está liberando documentos mantidos em sigilo durante anos, que relatam, entre outras coisas, parte do que já era conhecido como Noite Oficial dos UFOs no Brasil.
Qual a leitura que se pode fazer do aparecimento desse novo Agroglífo, agora em forma de flecha? O fenômeno retornou para o mesmo local e para a mesma cidade, como falei no ano passado: ‘Vão acontecer outros\’. Ele voltou agora com um formato bem mais complexo. O grau de complexidade em 2008 foi entre dois e três numa escala de zero a 10. Este agora foi de cinco a sete. Retornou mais intricado e para a mesma região. Esse Agroglífo de agora poderia ter acontecido em Passo Fundo, Sorocaba ou Maringá. Até em Tangará da Serra e no Mato Grosso, regiões que nessa época estão com culturas agrícolas e clima um tanto semelhantes aos daqui. Por que aconteceu em Ipuaçu novamente? Tem alguma coisa a ver com Ipuaçu, tem alguma coisa a ver com aquela região. E a complexidade desse Agroglífo de agora é bem maior.
Os seus estudos em locais em que apareceram os agroglífos, você conseguiu fazer alguma associação entre o desenho, a região ou a época de seu aparecimento? Existem estudos que indiquem algo nesse sentido? Há tentativas. Mas como o fenômeno não se repete da mesma forma, pois é possível que o próximo sinal que apareça ali não seja nada parecido com o primeiro nem com esse de agora. Se você começa estabelecer algum tipo de pesquisa para mostrar o que pode haver ali “por que uma ponta de flecha aparece naquela região? Apontando para o sul? De repente, semana que vem aparece um quadrado que não tem nada a ver. É indecifrável, nós não sabemos qual a intenção por trás desses fenômenos!
Como existe gente pensando em disco voador, também tem quem pense na possibilidade de que seja uma forma de energia que faça esses sinais, não é? Quando a gente se refere a discos voadores não quer dizer que uma nave desça ali e que de dentro dela saia um raio que desenhe aquilo. Não é isso. O fenômeno está ligado a inteligências extraterrestres, disso não resta dúvida. São inteligências que não pertencem a esse mundo, ao universo conhecido. Agora, por quê? Seja de onde for, seja uma inteligência extra dimensional, extraterrestre ou espiritual, seja o que for, é óbvio que aquele sinal foi uma coisa proposital. Não foi uma coisa acidental, ninguém foi ali para fazer uma gracinha, nem as inteligências superiores iriam lá fazer gracinha com um desenho. Aquilo tem que ter uma razão. E por que esses desenhos específicos? O que eles querem nos dizer com isso?.
Uma pergunta bem comum: Por que só em lavouras de trigo? Só pode ser em lavoura de trigo porque essa época é de plantação. Agora, isso já aconteceu em cana-de-açúcar, em milho, em arroz…
Existe alguma estatística ‘em tal época não aparece\’? Ou \’em época de chuvas não aparece\’? Sim. No Brasil ainda não temos porque está começando. Estamos tendo a oportunidade de começar do zero a investigar isso. Na Inglaterra isso acontece sempre nos meses do verão de lá, do final de maio ao final de agosto, mais ou menos. Tempo seco, quente, Sol e quando as plantas estão perto da colheita são características básicas. Se elas estiverem muito pequenas um desenho desses não aparece. E quem quer que desenhe isso quer que apareça. Aqui, na lavoura do Inésio Trentin, o círculo apareceu bem próximo da divisa com a propriedade seguinte, uns dois metros. É impressionante um detalhe: A lavoura do vizinho já tinha sido colhida. Se os caras tivessem feito o desenho cinco metros para lá, ele apareceria um pouco para dentro da outra lavoura. Quem fez, fez onde isso pudesse ser visto, onde tinha trigo maduro.
Existe um vídeo na internet mostrando dois senhores ingleses que se autodenominam inventores dos círculos. Mas o resultado final do trabalho não se parece em nada com o que se viu em Ipuaçu, pelo menos. A tese desses senhores é aceita? Não. Eles foram desmascarados ainda naquela época. Os nomes deles eram Doug e Dave. O que eles fizeram foram círculos toscos, mixurucas, comparados aos círculos normais. É a mesma coisa que você pegar uma Brasília e colocar ao lado de uma BMW, não tem cabimento.
Que recomendação você daria a um produtor que encontrasse um sinal desses em sua lavoura?
Você tem que ficar atento, porque isso pode acontecer em qualquer plantação, de qualquer pessoa, próximo ou não de Ipuaçu, mas certamente em Ipuaçu, que é onde o fenômeno teve origem. E é absolutamente importante que os proprietários dessas terras as isolem, para impedir a presença de pessoas. Eles próprios não devem pisar, seus funcionários também não, jamais entrar com máquinas e isolar a área. Quando isso for feito, eu sugiro que eles liguem avisando que isso está acontecendo. Pode ser para a polícia e pede uma equipe de perícia. Isso é trabalho da polícia. Se um lad
rão entra em um prédio e abre uma janela com uma chave de fenda, a polícia descobre. Um detalhe que eu não entendo: Com tantas cooperativas e tantos agrônomos, não é possível que não tenha um agrônomo interessado em ver isso.
Quanto a documentos oficiais, informações do Governo sobre o surgimento de objetos não reconhecidos, houve alguma modificação de um ano para cá nas políticas de Governo quanto à sua divulgação? De maneira geral sobre Ufologia o Governo Brasileiro tem atendido a quase todas as nossas solicitações e revelado importantes documentos de décadas passadas sobre esse assunto. Já tínhamos falado aqui que iniciamos uma campanha para pedir ao Governo que abrisse seus arquivos. A campanha começou, tivemos um momento de receptividade do Governo, depois nada mais. Voltamos a insistir e do ano passado para cá já tivemos quase quatro mil páginas de documentos da Força Aérea Brasileira abertas. O próprio SNI abriu 300 páginas. A solicitação foi encaminhada pela Comissão Brasileira de Ufólogos através da Revista UFO.
Essas informações liberadas confirmam alguma coisa do que vocês suspeitavam? Sim. Tem um documento que é um relatório preparado pelo comandante da Defesa Aérea Brasileira para o ministro da Aeronáutica – o brigadeiro Otávio Moreira Lima dando conta de ocorrência que se deu na noite de 19 para 20 de maio de 1986 – que a gente chama de Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Já desde aquela época nós sabíamos dos detalhes do que aconteceu: 21 esferas voadoras, enormes, entupiram radares da região sudeste. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília. O sistema de defesa aérea brasileira foi acionado e sete caças a jato da Força Aérea Brasileira – Mirages e F-5E –, foram acionados. Houve uma perseguição que durou horas sobre Rio e São Paulo. A coisa foi tão séria que o ministro no dia seguinte, em 20 de maio, foi à TV e declarou: ‘Realmente, tivemos algo extraordinário ontem, cuja origem estamos pesquisando e em 30 dias vamos ter um relatório para apresentar à Nação\’. Só que esse relatório nunca apareceu. O relatório foi feito no dia dois de junho, bem antes dos 30 dias, mas permaneceu em segredo esse tempo inteiro.
Mas foi liberado agora? Foi. E dá conta de que os objetos viajavam em velocidades desde sub-sônica até 4.500 quilômetros por hora. Foram detectados tanto pelos radares das aeronaves como pelos radares de terra. Eles foram observados visualmente, desenvolviam manobras além da capacidade do ser humano, curvas em ângulos retos, aceleração e desaceleração, e apareciam e desapareciam da mesma forma. Nas considerações finais do relatório, o item número três diz que os objetos eram materiais e atendiam a comandos inteligentes. Isso está dito por documento da Força Aérea. Se aproximavam e faziam manobras de aproximação dos aviões. Quando os aviões se voltavam contra eles, os mesmo desapareciam. Existem imagens disso, só que nós não temos.
O que mais se soube por esses documentos? Tivemos confirmações de casos envolvendo a Marinha Brasileira, como o caso dos UFOs perto da Barreira do Inferno, no nordeste. Tivemos um caso de um objeto em Morrinhos, no Paraná e caso de queda em navegantes, em Santa Catarina. O Governo liberou documentos do anos 50, depois dos anos 60, 70 e, agora no final de setembro, liberou dos anos 80.
Vocês têm motivos para acreditar que essa liberação de documentos é total ou parcial? Ela é completamente parcial. Nós temos motivos para acreditar. Esconderam tudo e estão apresentando para a gente apenas a ponta do iceberg, aquilo que mais ou menos já sabemos. O grosso mesmo está debaixo da linha d\’água.