O recente Fórum Econômico Mundial, ocorrido no final de janeiro na cidade suíça de Davos, causou grande polêmica em toda a imprensa e inspirou a realização deste trabalho. A polêmica se deu mesmo alguns dias antes, quando se anunciou que entre seus temas neste ano estaria a possibilidade de encontrarmos vida extraterrestre — na visão de alguns membros do Fórum, isso resultaria em mudanças significativas para o futuro da Terra. “Considerado o ritmo da exploração espacial, seria ‘plenamente concebível’ a descoberta de vida alienígena ou outros planetas que permitam a vida humana”, disse o editor-chefe da revista científica Nature, Tim Appenzeller, colaborador do evento. A declaração, em muitas diferentes versões, soou como um alarme para a Comunidade Ufológica Mundial, que passou a aguardar bombásticas revelações vindas da Suíça.
Nada de mais explosivo do que isso resultou do importante encontro, que também tratou das supercapacidades humanas e da imortalidade, temas bem incomuns ao roteiro conhecido do tradicional evento. Mas a declaração de Appenzeller levou a muitas reflexões que merecem ser discutidas, e este é o objetivo do presente artigo, que buscará analisar o que aconteceu em Davos e aprofundar a discussão sobre a descoberta de vida extraterrestre proposta pelo editor da Nature, ainda que o tenha feito de forma superficial. É importante, também, discutir em linhas gerais a intrincada teia que envolve este complexo assunto, lançando luz sobre um aspecto pouco explorado pela Ufologia — as consequências financeiras e econômicas geradas pela rápida evolução das descobertas cosmológicas. E como, a partir delas, o mundo se transforma e a disciplina ganha novos dados para confirmar ou refazer as hipóteses que levanta em relação ao Fenômeno UFO.
Propriedade exclusiva da Terra
Normalmente, quando nós, humanos, falamos sobre o cosmos, não fazemos isso nos incluindo na grande malha de estrelas e planetas que nos circunda, mas o fazemos como se estivéssemos apartados de tudo isso, olhando de fora. A visão de uma teia que conecta tudo a tudo não é algo costumeiro em nossa cultura ocidental. E não há nada de errado em não alcançarmos esta visão, uma vez que somos condicionados desde o berço a ver a natureza e o cosmos como coisas que se passam “lá fora” — para a maioria de nós, a vida é algum tipo de milagre cuja propriedade é exclusiva da Terra. Gostamos de nos ver como a consciência do universo, o sal da Terra, os observadores do todo, aqueles a quem cabe a árdua tarefa de desvendar os mistérios do espaço.
Pretensão, dirão alguns. Porém, da forma como está organizada nossa sociedade, e por aquilo que é incutido em nossas cabeças, tanto pela ciência quanto pela maioria das religiões, somos levados a pensar desta forma. Não somos educados — ou catequisados — para compreender a imensidão que nos cerca. Ao contrário, temos extrema dificuldade de visualizar a Terra imersa em uma rede muito maior de estrelas e planetas. As fotos tiradas pelos astronautas mostrando o planeta a partir da Lua não foram suficientes para alargar nossa visão ou mudar a perspectiva de nosso olhar e ainda achamos que nossa ótica é a certa e única possível. Estamos aqui, o céu está lá em cima e ponto final. É como se a Terra não fosse apenas um planeta entre bilhões voando pelo espaço sem fim.
Essa maneira de ver as coisas, embora possa parecer inofensiva, é um dos fatores que nos leva a abominar diferenças, a reagir com fúria porque outros pensam e agem de forma diversa da nossa, a criar divisões geográficas antinaturais, a sempre separar e nunca unir. Não somos o povo de um planeta, somos o povo de um país, porque está incutida em nós a ideia de que não somos cosmos, somos da Terra, um planeta que não está no céu. Durante os séculos, graças ao esforço de homens corajosos — muitos dos quais perderam a liberdade e a vida defendendo suas descobertas —, passamos a nos dar conta de que o universo não existe para nos encantar, que o Sol não gira a nossa volta e de que ocupamos apenas um ponto diminuto na periferia de uma galáxia, entre bilhões de outras. O último bastião que ainda nos mantém em alguma posição de destaque é o fato de sermos o único planeta que possui vida até hoje conhecido. E como veremos, isso também está prestes a ruir.
Extraterrestres na televisão
Imagine o leitor que amanhã, ao ligar a TV no noticiário, nos deparemos com manchetes e comentários alardeando de maneira inquestionável a descoberta de “assinatura de vida” em outro planeta, certificada pela NASA e outros institutos de pesquisa espacial. Como isso se refletiria em nosso modo de vida? Que impacto teria sobre nosso inconsciente, sobre nossas crenças, nossa maneira de ver as coisas? Seríamos levados a pensar melhor sobre nossa visão do cosmos comentada no começo desta matéria e a ponderar nosso entendimento de que a vida não é, afinal, nenhum privilégio terrestre? Outras perguntas também caberiam aqui.
O simples fato de se anunciar que nossos instrumentos de varredura do cosmos descobriram assinatura de vida — geralmente uma mistura de água, dióxido de carbono e moléculas de oxigênio — na atmosfera de algum planeta, abriria outros questionamentos, mesmo que as notícias dessem conta apenas de “traços de vida”, ou seja, simples registros químicos e nada mais. E sem querer, aqui, dar um passo gigantesco entre a descoberta de traços de vida em algum lugar e a presença de alienígenas na Terra, não há como negar que em pouco tempo as pessoas começariam a fazer esta associação. Até porque o conceito já está infundido no inconsciente coletivo de todos nós, graças à Hollywood.
As ponderações aqui propostas, embora pareçam um exercício filosófico e imaginário, não o são — elas são as mesmas feitas por um estudo especial encomendado pelo Fórum Econômico Mundial de Davos para serem tratadas, dentre outros assuntos igualmente importantes, pela elite financeira do mundo. Governos, economistas e corporações começam a olhar — e a pensar — estratégias para lidar não com o impacto, mas com o desdobramento que a notícia da descoberta de vida extraterrestre traria para o atual arranjo social do mundo. Sim, o Fórum teve interesse por tais temas.
Grandes desafios e dificul
dades
Fundado em 1971 pelo economista alemão Klaus M. Schab, o Fórum Econômico Mundial é uma organização sem fins lucrativos, baseada em Genebra e mais conhecida por suas reuniões anuais — a de 2013 ocorreu entre 24 e 28 de janeiro — que acontecem em Davos, uma pacata estação de esqui dos Alpes, palco do famoso romance de Thomas Mann, A Montanha Mágica [Nova Fronteira, 2006]. O evento reúne os principais líderes políticos, corporativos e financeiros do planeta, assim como intelectuais e jornalistas convidados, e se propõe a discutir e buscar soluções viáveis para os grandes desafios e dificuldades encontradas nos campos econômicos e corporativos. O Fórum também discute questões ligadas ao meio-ambiente, saúde, tecnologia, educação e geopolítica e seus impactos atuais e futuros.
O Fórum não é uma reunião de pouca importância ou uma oportunidade para bilionários se divertirem enquanto apreciam as belezas de Davos — ele é um encontro sério e decisões fundamentais a respeito sobre estratégias de planejamento econômico são alinhavadas e muitas vezes assumidas durante sua duração. Portanto, tratar em Davos da possibilidade de descoberta de vida extraterrestre é algo absolutamente significativo. A sugestão para isso se originou de um estudo feito em parceria com a citada Nature, conhecida pela veiculação de artigos e estudos científicos, e outros também encomendados pelo Fórum, que receberam o curioso nome de X-Factors.
No relatório assinado por Tim Appenzeller, da Nature, o jornalista destaca que é “plenamente concebível”, em razão da velocidade com que novos planetas vêm sendo descobertos, que em até 10 anos tenhamos encontrado assinatura de vida na atmosfera de algum outro mundo. A partir disso, Appenzeller levanta pontos que acredita serem importantes sobre a questão, incluindo aí a aplicação de recursos no desenvolvimento de novos e mais precisos telescópios e em tecnologias que ainda não sabemos quais são, mas das quais iremos precisar para avançar em pesquisas. Adiantando-se no tempo, o jornalista ainda sugeriu que haja disseminação da ideia da existência de vida extraterrestre por meio de programas de TV, documentários e material didático, como forma de preparar a humanidade para alguma futura descoberta de vida inteligente lá fora.
A economia e os extraterrestres
Mas, afinal, o que a economia do mundo tem a ver com vida extraterrestre? Para responder a esta pergunta, vale darmos uma olhada em como anda a organização econômica global nestas épocas em que a codependência econômica e produtiva das nações é regra geral, em menor ou maior grau. O mundo que conhecemos hoje não é, nem de longe, aquele em que viveram nossos avós e menos ainda aquele que conheceram nossos antepassados mais distantes — o planeta é o mesmo, mas o mundo mudou. Há 100 anos, mesmo com os grandes avanços da física teórica e as descobertas fundamentais que traçariam os caminhos que trilhamos hoje, seria impossível imaginar o desenvolvimento tecnológico, a velocidade de comunicação e a intrincada teia que conecta a saúde das nações. Ainda que não sejamos, hoje, uma humanidade unida e mesmo que não vivamos sob um mesmo compasso de ideias e desenvolvimento, algo fundamental nos conecta a todos — a economia.
Foi-se o tempo em que uma grande turbulência econômica em um país pouco ou nada afetava os vizinhos. Hoje, um país ou um grupo deles — como é o caso da União Europeia —, que atravesse dificuldades econômicas, afeta a vida e estabilidade de vários outros, mesmo indiretamente. Por mais que nossos ideais e culturas não sejam únicos, nossa economia, de forma geral é, gostemos ou não disso. Não são necessárias muitas explicações sobre este assunto, basta ver o que acontece com as cadeias produtivas e com as bolsas de valores quando uma nação passa por algum tipo de crise ou catástrofe — as ações balançam, o mercado se retrai, há demissões e a economia entra em recessão. A China está com problemas? Houve grande destruição em lavouras dos Estados Unidos devido a tornados ou enchentes? Imediatamente os governos de outros países começam a tomar medidas para minimizar os efeitos que certamente alcançarão os seus.
Novas e caras
Seguindo por esta linha de raciocínio, também se foi o tempo em que os fatores que diferenciavam uma economia forte de outra debilitada dependiam apenas da capacidade administrativa e da lisura de seus governantes e instituições financeiras. Esta multiplicação de fatores ou variáveis — para usar um pouco de “economiquês” — se deve não apenas às mudanças no ritmo do desenvolvimento econômico mundial, mas também à velocidade das comunicações, à mudança de posicionamento dos povos e, como temos experimentado nos últimos anos, à mudança climática.
E onde entram os extraterrestres neste cenário? Seguindo pelo raciocínio de Appenzeller, uma grande alocação de recursos seria necessária para que nos aprofundássemos em pesquisas e descobríssemos mais sobre a origem das assinaturas de vida encontradas na atmosfera de outros planetas. Fazendo uma projeção com base naquilo que conhecemos hoje em relação às pesquisas espaciais e à configuração política e econômica dos governos, podemos arriscar algumas divagações sobre de que forma tal notícia movimentará a economia.
Em um primeiro momento, após a confirmação dos dados, haverá a necessidade de novos, mais potentes e mais especializados telescópios e instrumentos similares. Talvez, nesta época, já tenhamos desenvolvido tecnologia suficiente para isso — mas, se não tivermos, iremos desenvolvê-la, assim como novos softwares e áreas de conhecimento que hoje ainda não possuímos. A partir dos dados que tais novos aparelhos captarem, certamente com maior riqueza de informações, uma segunda etapa começará a ser planejada e desenvolvida: o envio de uma sonda que possa nos f
ornecer mais informações sobre os novos planetas e o tipo de vida que abrigam. E tudo isso custa não apenas tempo, mas dinheiro, muito dinheiro.
Seriam necessários trilhões de dólares para que conseguíssemos sair do ponto em que estamos hoje até desenvolvermos uma maneira mais veloz de navegação espacial com equipamentos que resistam às duras condições do cosmos, para chegarmos aos mundos onde assinaturas de vida foram detectadas — isso sem falar no entrave que seria o envio e recebimento de informações das prováveis sondas lançadas em direção aos planetas escolhidos. Um dos caminhos mais curtos para vencermos estas limitações talvez seja por meio do chamado “entrelaçamento quântico”, mas aí também há necessidade de pesquisas mais aprofundadas, de novos laboratórios e quem sabe até de uma nova e específica especialização. Fazendo-se um cálculo básico, digamos que nossos hipotéticos planetas estejam distantes de nós algo como 10 anos-luz. São 100 trilhões de quilômetros, algo inconcebível para a tecnologia que temos hoje. E por mais estranho que possa parecer, será o fator econômico, e não o tecnológico, o maior entrave para a conquista do conhecimento da vida extraterrestre.
Equação difícil
Os números são astronômicos e nenhuma nação poderá custear sozinha um projeto desses. Consórcios serão feitos e parcerias serão montadas. Enfim, haverá um trabalho em equipe, o que também não é fácil, porque, embora os cientistas não se importem em compartilhar descobertas, desde que os créditos lhes sejam devidamente reconhecidos, seus governos com certeza se importarão. Vale lembrar que boa parte da tecnologia espacial é dirigida para uso bélico e, assim, a questão que fica no ar é saber qual nação permitirá que seu oponente possua os mesmos conhecimentos que ela? Indo além, se o consórcio for feito entre governos, qual deles terá mais acesso aos novos desenvolvimentos? Aquele que pagou mais? Mas dinheiro não é necessariamente sinônimo de mais descobertas, de melhores mentes — não se trata de uma equação fácil de ser resolvida.
Agora vamos acrescentar a este cenário a pressão interna da população dos países envolvidos no desenvolvimento de tal projeto de busca por assinaturas de vida extraterrestre. A maioria das pessoas não quer saber se há vida a ser descoberta no cosmos, mas quer que seu governo lhe dê melhores condições sociais, sistemas de saúde mais eficientes, mais empregos e melhores salários etc. Isso já acontece hoje, como vemos em notícias regulares sobre cortes orçamentários da NASA, do projeto SETI e de outros institutos, que estão sempre nos jornais. Simplesmente não há dinheiro para pesquisa porque há recessão, porque há guerras, porque há outros locais mais urgentes em que ele precisa ser aplicado e não há como, sob pena de se falir definitivamente um país, imprimir dinheiro de forma descontrolada.
Uma grande alocação de recursos seria necessária para que nos aprofundássemos em pesquisas e descobríssemos mais sobre a origem das assinaturas de vida encontradas na atmosfera de outros planetas. Isso demandaria enormes somas e afetaria a economia
Uma alternativa viável seria o engajamento de grandes corporações particulares, entidades que hoje já desenvolvem pesquisas que ultrapassam em qualidade e velocidade as dos grandes institutos mantidos com dinheiro público em várias áreas. Muitas vezes trabalhando em sociedade com universidades conceituadas, financiando projetos e estudos, estes gigantes corporativos são uma pedra no sapato de muitos governos poderosos. Por um lado garantem o desenvolvimento científico, cobrem as falhas deixadas pelos governos, fornecem equipamentos e armamentos de ponta, criam tecnologias capazes de garantir que menos pessoas morram em conflitos armados, mas, por outro, acabam por adquirir tal conhecimento e poder — que escapam das leis e das mãos fiscalizadoras dos estados.
Ampliando conceitos
Esta é a verdadeira razão porque o assunto foi incluído na pauta do Fórum Econômico Mundial deste ano em Davos. E se ele foi discutido lá, não de forma fortuita, mas por meio de um estudo encomendado, é porque as possibilidades de descoberta de vida extraterrestre são tremendamente reais e esperadas. Afinal, este é um assunto espinhoso, cercado de preconceitos e de piadas de mau gosto. Portanto, quando é inserido em um estudo deste calibre, sobrancelhas se erguem de maneira sintomática.
Olhando a questão por outro ângulo, hoje vemos astrônomos e cosmólogos falando abertamente sobre a possibilidade de descobrirmos vida extraterrestre. Coisa que há 10 anos era considerada tabu, agora está em entrevistas e documentários, tratada de forma natural como se sempre tivéssemos pensado assim. Claro que na maioria das vezes se fala em vida microbiana, não em formas de vida inteligente ou em civilizações desenvolvidas e bem estabelecidas — mas a ciência trabalha com fatos palpáveis e comprováveis, e nenhum cientista, mesmo que pense de forma diferente, quer dar um tiro no pé e encerrar sua carreira antes da hora. Ainda assim, há progressos notáveis no discurso científico. Caminhamos, talvez não tão velozmente como gostariam alguns, mas firmes na direção da descoberta de que nós, os terráqueos, não somos a única bolacha no pacote cósmico. Há várias outras por aí.
O novo detalhe, entretanto, é que a descoberta de vida fora da Terra não é em si mesma algo que vá afetar diretamente o nosso cotidiano a curto prazo — é como ela o afetará no longo prazo que importa. E este detalhe também foi bem observado no relatório da Nature, e não é sem motivos que este disfarçado alerta aparece de forma breve no documento de Appenzeller. Analisando a biografia grandes nomes da ciência que mudaram o mundo, como Sir Isaac Newton (que formulou a Lei da Gravitação Universal e as Leis de Newton), James Clerk Maxwell (que desenvolveu equações de eletromagnetismo), a dupla James Watson e Francis Crick (responsáveis pela descoberta do DNA), Albert Einstein (autor da Teoria da Relatividade Geral e Restrita), vemos que não foram as descobertas em si, mas as suas consequências ao longo dos anos que revolucionaram nosso modo de pensar.
Da mesma forma podemos entender a descoberta de vida extraterrestr
e como fator de transformação social, não em seu primeiro momento, mas em seus desdobramentos. A história mostra que a interiorização das grandes descobertas e a ampliação dos paradigmas vêm com o tempo, nas obras de arte e expressões poéticas, na música e literatura, nos debates e noticiários. Ela vai sendo entregue e exposta ao público de forma muitas vezes furtiva, até que em algum momento deixa de ser novidade e se transforma em um fato da vida.
Sobre este aspecto da discussão, o relatório de Tim Appenzeller sugere que uma preparação social seja construída através dos meios de comunicação e que o assunto seja apresentado, também, através de material didático escolar — algo que causaria muita confusão em um mundo que ainda discute criacionismo e evolução, onde religiões têm representação em altas esferas políticas e moldam, em muitos países, a compreensão de cidadania de suas populações. Ampliar um modo de pensar não é tarefa fácil, seja no nível individual ou no coletivo. E mesmo em um mundo cibernético de compartilhamento instantâneo, como o nosso, ninguém sabe como a descoberta de vida inteligente poderia repercutir no atual arranjo social.
Papel da Ufologia
Há poucos dias alguém disse que o fato de incluírem a descoberta de vida extraterrestre no Fórum Econômico Mundial seria um caso típico da história do gato que subiu no telhado — se agora estão falando em vida microbiana a ser descoberta em futuro próximo, isso significaria que sabem muito mais do que isso. É algo a se pensar, pois é pelas pequenas coisas que chegamos às grandes, preparando consciências passo a passo para uma transformação maior, para uma ampliação de visão e de paradigmas. Como diria Thomas Mann, o grande autor alemão citado anteriormente, “o tempo tudo clarifica e não há estado de espírito que se mantenha inalterado com o passar das horas”.
Por todo o histórico da Ufologia e conhecendo seus embates com esta ciência que se recusa a aceitar que os avistamentos e contatos sejam mais do que ficção, compreende-se que uma discussão séria sobre o assunto seja vista com um misto de alegria e decepção
Por todo o histórico da Ufologia e conhecendo seus longos embates com esta ciência que se recusa a aceitar que os avistamentos e contatos relatados ao redor do mundo sejam mais do que meras ficções, invencionices ou alucinações, compreende-se que uma discussão séria sobre o assunto seja vista com um misto de alegria e decepção — alegria porque o assunto é trazido à tona de forma séria e decepção por entendermos que a grande confirmação que esperamos sobre os UFOs parece longe de acontecer. Talvez, como dizem muitos, sejamos mesmo um povo que precisa tomar o remédio em doses homeopáticas para não morrer da cura — ou talvez seja de tempo o que a Ufologia precisa para se adaptar às novas exigências que estão a caminho.