Desde a década de 60, os Estados Unidos efetuam diversas missões espaciais destinadas à exploração de alguns planetas do Sistema Solar, em particular o quarto astro, Marte. Em 1972, a NASA iniciou, com a sonda Mariner 9, uma série de expedições sistemáticas em busca de informações e dados sobre o Planeta Vermelho. Entretanto, em tais viagens ocorriam vários incidentes, todos explicados pela agência com informações contraditórias. Uma das primeiras descobertas efetuadas pelo órgão, divulgada através de uma foto, foi a região marciana conhecida como Quadrângulo de Eliseu, onde predominavam dois pares de estruturas piramidais tetraédricas. Um era constituído de peças muito grandes, cujas dimensões superavam as da planície de Gizé, no Egito. O outro era formado por pirâmides menores, dispostas aparentemente de forma romboidal.
A ausência de posteriores imagens levou a NASA a desmentir tudo, sugerindo que se tratava de uma aberração ótica devido a fenômenos naturais. No entanto, tal comunicado foi rebatido por dois professores em estudo publicado numa revista científica norte-americana. Eles propuseram quatro teorias explicativas possíveis para as imagens, mas tais teses não convenceram os estudiosos da agência espacial. Nos anos seguintes, outros pesquisadores escreveram artigos contrapondo as explicações dos professores. Entre eles estavam os astrônomos Francis Graham e David Chandler que, baseando-se no fato das estruturas terem sido fotografadas com diferentes luminosidades e sob diversas angulações, e ainda assim apresentando sempre a mesma forma, sugeriram que as imagens representassem construções artificiais. Chandler chegou a afirmar que eram “construções de seres inteligentes no planeta Marte”.
O mistério das missões Viking
No Quadrângulo de Eliseu encontrou-se ainda uma insólita formação com raios que se estendem por uma espécie de abertura central causada, segundo a NASA, pela fusão e desabamento de incessantes camadas de gelo. Se o desenho da formação for observado de cabeça para baixo, evidencia as características de um moderno aeroporto com um centro circular e longas estruturas de acesso aos embarques. Mas como isso é possível no solo do Planeta Vermelho, que a própria NASA já constatou ser árido e desprovido de vida?
Em 1976, as sondas norte-americanas denominadas Viking 1 e 2 enviaram imagens do hemisfério setentrional de Marte, onde eram visíveis algumas estruturas anômalas. Na região denominada Cydonia notou-se a presença de diversas formações misteriosamente simétricas para serem tidas como naturais. Entre elas sobressaía-se uma estranha construção com cerca de 2 km de largura e 50 m de altura, semelhante a um rosto humano, com o olhar fixo para o alto. Próximo deste havia um complexo de três pirâmides de base quadrangular e diferentes dimensões. As formações apresentavam inacreditáveis semelhanças com as pirâmides e a esfinge situadas na planície de Gizé. Como era previsível, a NASA não publicou tal descoberta, limitando-se a dizer que eram apenas luzes e sombras… Felizmente, após minuciosas análises, Vincent Di Pietro e Gregory Molenaar, ambos engenheiros eletrônicos, divulgaram a existência das misteriosas estruturas marcianas, contrariando a NASA e causando grande polêmica.
Os dois consultaram os arquivos fotográficos do National Space Center e conseguiram estabelecer a exata altitude em que estava a sonda Viking 1 sobre a região de Cydonia, no momento do registro fotográfico, além de exporem importantíssimas informações que serviram para derrubar a possível natureza geológica das referidas estruturas, confirmando serem artificiais. De qualquer modo, as pesquisas de Di Pietro e Molenaar foram totalmente ignoradas pela comunidade científica internacional e pela própria NASA, como era de se esperar. Em seguida, outros cientistas também refutaram a possível origem natural das estruturas anômalas presentes em Cydonia, como Mark J. Carlotto, da Analytic Sciences Corporation. Carlotto transformou-se num grande defensor da tese de que a NASA estaria enganando a opinião pública quanto ao assunto. Foi ele quem desenvolveu, através das mesmas fotografias analisadas por Molenaar e Di Pietro, um modelo tridimensional do rosto marciano descobrindo que este prescindia do ângulo de incidência da luz solar sobre a superfície do planeta. Ou seja: qualquer que fosse a angulação da luminosidade, ainda assim o rosto teria o mesmo formato, sem distorções comuns a formações geológicas naturais.
Além disso, a presença de demais formações na mesma região de Marte, tais como as pirâmides, uma denominada Fortaleza e outras construções de aspectos nitidamente artificiais, aumentaram a hipótese de que esses complexos não eram formações geológicas causadas por erosão ou o que quer que fosse. “Têm que ser artificiais”, argumentou Carlotto. Quem também defende essa tese é o jornalista norte-americano Richard Hoagland e seu grupo de pesquisa, a Mars Mission. Há tempos Hoagland iniciou com sua equipe uma série de estudos detalhados sobre as singulares estruturas de Marte. Ele colocou em evidência as diversas relações significativas entre as suas posições recíprocas, as dimensões e as orientações, e comprovou a enorme complexidade de tais estruturas. “As medidas envolvidas nas construções tornam impossível classificá-las de coincidências ou obras do acaso”, afirmou. Hoagland demonstra ainda que as seis pirâmides existentes em Cydonia e o rosto esculpido sejam na realidade os restos de um grande conjunto edificado em Marte há cerca de 500 mil anos, segundo um complexo código matemático desenvolvido por cientistas.
Pirâmides encontradas em Marte
Além disso, o estudioso descobriu que a estrutura mais importante naquela área não era a face, mas uma pirâmide pentagonal com um eixo de simetria bilateral na direção do rosto, que Hoagland chamou de D & M, em homenagem aos pesquisadores Di Pietro e Molenaar. Carlotto trabalhou com as mesmas imagens e obteve uma resolução ainda mais precisa da pirâmide, analisando especificamente três fotogramas obtidos por vias indiretas da NASA. Um deles mostra claramente uma estrutura que tem cinco lados, dos quais os dois opostos são levemente mais longos que os outros e dotados de simetria bilateral. À direita da pirâmide encontra-se uma cratera com um diâmetro reduzido, cuja profundidade parece notável porque não se avista seu fundo. Sobre a borda do buraco observam-se duas formas similares às das cúpulas.
Tal c
omplexidade morfológica é fruto do inacreditável código matemático defendido por Hoagland e em parte decifrado pelo técnico do Pentágono Errol Torun, especialista do Serviço Cartográfico do Ministério da Defesa dos EUA. Torun foi encarregado de investigar as estruturas no solo marciano, com a intenção de desmentir oficialmente a origem artificial à qual Hoagland e outros eram favoráveis. Entretanto, Torun mudou de idéia e alinhou-se aos que sustentam a existência de uma antiga civilização em Marte, sobre a qual a agência espacial norte-americana teria conhecimento e estaria omitindo-a do mundo. O estudioso, depois de minuciosos exames, excluiu qualquer hipótese de origem natural para os achados, afirmando que não se conhecia fenômeno morfológico em condições de dar início a uma pirâmide pentagonal em qualquer lugar do Sistema Solar. “Uma estrutura similar não existiria nem em Marte, nem na Terra, e muito menos em outros planetas de nosso sistema”, afirmou Torun. Cydonia era, portanto, um concentrado de fenômenos artificiais. Mas quem construiu tais monumentos e por quê?
Contudo, a descoberta mais surpreendente que Torun efetuou foi que a estrutura piramidal pentagonal não só foi edificada segundo as divisões áureas empregadas por Leonardo Da Vinci no conhecido desenho do homem dentro do círculo, mas também que os ângulos, as distâncias e as constantes matemáticas encontradas na pirâmide D & M são as mesmas existentes em toda a região de Cydonia – uma geometria que Hoagland definiu como tetraédrica. Ele chegou a essa conclusão graças ao trabalho desenvolvido pelo estudioso Stanton Tenen, que conseguiu encontrar as bases do cálculo que seria a origem da construção da pirâmide D & M através do estudo da geometria empregada na construção de alguns templos sagrados terrestres, tais como: Teotihuacán (México), Gizé (Egito), Stonehenge (Inglaterra) etc. De fato, se uma pirâmide triangular é posicionada com a ponta voltada para o pólo norte de uma esfera, os ângulos a tocam na faixa de 19,5º de latitude. Numerosos antigos templos da Terra estão colocados sobre a faixa de 19,5º de latitude, assim como sólidas estruturas geológicas, como os vulcões do Havaí. Supõe-se também que a marca escura de Netuno, os vulcões extintos de Vênus, o sinal vermelho na superfície de Júpiter, o grande vulcão Olympus em Marte e a porção mais ampla das marcas solares se encontram todos a 19,5º norte ou sul de latitude. Coincidência?
Existem leis astrofísicas por nós ainda desconhecidas? Segundo Hoagland, nas dimensões e em conexão com a posição da pirâmide D & M estaria guardada uma mensagem enigmática, um código com o poder de colocar-nos em contato com forças desconhecidas ligadas aos corpos esféricos giratórios. Em diversos laboratórios estariam sendo executadas pesquisas, sempre mantidas como segredo militar, sobre esses tipos de fenômenos. Dentre os pesquisadores envolvidos nestes projetos está o físico Bruce De Palma, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). De Palma e outros cientistas sustentam que entre os corpos giratórios aconteça uma troca de energia e que a rotação abra uma espécie de “porta” para uma outra dimensão, de onde viria uma força de natureza elétrica coerente. Essa troca de energia entre as duas dimensões estaria sempre à latitude de 19,5º, o que para De Palma poderia conduzir à realização de sistemas tipo antigravidade, viagens cósmicas através de portais dimensionais e, finalmente, ser utilizado como uma fonte de energia inesgotável. Em síntese, seria aquela fabulosa tecnologia em poder dos seres que nos visitam com suas máquinas voadoras que chamamos de UFOs.
Descobertas confirmadas
Esse raciocínio, segundo pesquisadores como Di Pietro e Molenaar, seria um tanto fantasioso. Eles preferem manter os pés no chão e ater-se exclusivamente às descobertas confirmadas. Hoagland também é tido como exagerado por muitos de seus colegas, alguns dos quais defendem a teoria da artificialidade das construções marcianas, sem no entanto divagarem a respeito. Uma investigação sobre a hipótese de De Palma foi feita em 1989, quando a Voyager 2 passou perto de Netuno. O mundo científico norte-americano e internacional ficou desconcertado com os dados transmitidos pela sonda, tanto que reformulou todas as possibilidades feitas até o momento sobre o planeta. Netuno não se apresentava como um descampado de gelo nos limites do Sistema Solar, como se imaginava, mas como um pântano de metano com excêntricas condições meteorológicas, atravessado por fortíssimos ventos na ordem de 2.000 km/h. O oitavo astro de nosso sistema resulta num verdadeiro enigma para os astrofísicos, pois emana uma quantidade de energia três vezes superior do que aquela recebida pelo Sol. Uma resposta para tal anomalia, segundo Hoagland, viria somente através das hipóteses de De Palma. Dessa maneira, as estruturas presentes na região de Cydonia encerrariam o conhecimento ou a ciência daquilo que une o mundo, o segredo de uma energia livre e infinita que, no futuro, o homem poderia ter à disposição.
Hoagland também destaca que as formas mágicas da geometria tetraédrica podem ser encontradas nos célebres e tão discutidos círculos feitos nas plantações de grãos do sudoeste da Inglaterra. Estas formações, que demonstram ser correspondentes em formato e características às da região de Cydonia, aparecem com freqüência em algumas zonas do planeta, especialmente a enigmática construção medieval de Silbury Hill e Avebury, ambas situadas a cerca de 100 km a sudoeste de Londres. Nestas duas localidades existem formações aparentemente naturais e regiões megalíticas ligadas por uma misteriosa relação geométrica com duas das estruturas existentes em Marte. A leste do enigmático rosto de Cydonia encontra-se uma espécie de anel e uma colina de forma cônica denominada Tholus, com 170 m de altura e 1,5 km de diâmetro. Completamente diferente das outras regiões circundantes, Tholus é perfeitamente circular e plana, parecendo ser contornada por um terrapleno. Se observada atentamente, nota-se nessa colina a incrível semelhança de sua singular estrutura com montes artificiais de origem pré-histórica localizados no continente norte-americano e europeu. Silbury Hill é um exemplo.
Outra característica marcante de Tholus é a presença de uma espécie de estrada em forma de espiral similar àquela que antigamente levava ao topo de Silbury Hill. Esta última é a mais famosa entre as colinas artificiais da Inglaterra, sendo, na verdade, o maior morro construído pelo homem em toda a Europa. Ao norte de Silbury Hill encontra-se o círculo megalítico de Avebury, onde estão situados dois círculos, seguindo um ângulo de desvio no sentido norte-oeste de 19,5º. Coincidentemente, ao norte de Tholus também existe uma cratera em
forma de anel com duas protuberâncias na parte superior, localizada na mesma posição em que aparece o círculo de Silbury Hill. Hoagland adverte que se grande parte da área de Avebury fosse destruída, o que restaria seria suficiente para traçar paralelos com a área de Cydonia. “Se o mapa topográfico de Marte for sobreposto sobre o de Avebury será possível perceber que se encontram na mesma posição a pirâmide pentagonal D & M do planeta e o formato pentagonal de um terreno ao longo da localidade inglesa”, defende o jornalista.
Na mesma sobreposição nota-se ainda que o rosto de Marte coincide perfeitamente com uma porção de território que vai da Rodovia A4, ao norte de Beckhampton, até oeste, numa área onde se localiza uma grande região pré-histórica da Inglaterra – estes são locais endêmicos de surgimento dos círculos misteriosos nas plantações, que não se manifestam dessa forma em nenhum outro lugar do planeta. Mas as analogias não terminam por aí. A famosa jarda, unidade de medida da cultura megalítica, equivale precisamente a 2,72 pés ingleses (cerca de 90 cm), um valor constante nos monumentos de Marte. Outra coincidência? Este número também está presente no sítio arqueológico de Stonehenge, disposto na direção norte-leste da mesma região e com uma angulação de 49,6º, o que corresponde à geometria de Cydonia.
Círculos nas plantações
O aspecto mais incrível e surpreendente decorrente dos estudos de Hoagland e de seu grupo é que na zona de Avebury e Stonehenge, depois que a sonda Viking conseguiu fotografar a região marciana de Cydonia, o fenômeno dos círculos nas plantações de grãos se manifestou com muito maior freqüência e continuidade. Esse tipo de manifestação foi objeto de estudo de Colette Dowell, colaboradora de Hoagland que, através das análises sobre modelos de círculos, constatou que quase todos eram desenhados com as unidades de medida da geometria de Cydonia. Dowell analisou, entre outras formações, uma em formato triangular surgida em Barbury Castle em 16 de julho de 1991 e conhecida como “a mãe de todos os círculos”. A construção consistia em um perfeito tetraedro de onde foi tirada a mais completa seleção de dados idênticos àqueles extraídos do estudo de Cydonia. Diversos valores foram obtidos a partir da análise feita por Dowell. Dentre eles destaca-se o número 49,6º, que é o ângulo anterior de sustentação da pirâmide D & M e a angulação do eixo de Stonehenge. Assim, tem-se a demonstração evidente de que o círculo surgido em Barbury Castle é o equivalente terrestre da pirâmide pentagonal D & M de Marte. Portanto, como textualmente afirmou Hoagland, “nossa incessante investigação em Cydonia em relação aos círculos nas plantações confirmou a insólita suspeita de que a mesma geometria daqueles que há meio milhão de anos marcaram com figuras extraordinárias o solo marciano também, finalmente, desceram ou retornaram à Terra”. Exagero?
Com base nas fotos da Mars Global Surveyor, assim como nas velhas imagens da Viking, o rosto marciano apresenta características como regularidade, angularidade e simetria, que corroboram todas as conclusões baseadas na hipótese da artificialidade da estrutura
— Thomas Van Flandern, renomado astrônomo da Universidade de Yale
No mês de julho de 1988, a então União Soviética enviou para Marte duas sondas denominadas Phobos 1 e 2. A tarefa principal de ambas as missões era recolher dados, fotografar a superfície de Marte e sucessivamente prosseguir para Phobos, uma das duas luas do planeta. No entanto, a primeira sonda saiu do controle da base na Terra por causa de um erro na emissão de dados no computador de bordo. Somente a Phobos 2 conseguiu chegar até Marte, em janeiro de 1989, e colocar-se em órbita paralela com a lua marciana. O objetivo principal naquele momento era alinhar a sonda com o pequeno satélite e analisá-lo detalhadamente com a ajuda de sofisticados aparelhos que seriam colocados sobre a sua superfície. Mas isso não ocorreu e, em março daquele ano, o centro de controle da missão soviética anunciou ter problemas de comunicação. Os mesmos órgãos de informação diminuíram a gravidade do acontecimento afirmando que estavam operando para restabelecer os contatos com a Phobos 2. No entanto, cientistas norte-americanos e europeus, associados ao programa soviético, foram comunicados através de canais não-oficiais sobre a efetiva natureza do problema: algo impedia o contato da sonda com o controle da missão na Terra. Mas o que seria? Alguns dias depois, porém, enquanto a opinião pública era tranqüilizada com a alegação de que os contatos estariam sendo restabelecidos, um alto oficial da Glavkosmosa, a agência espacial soviética, insinuou que na realidade não se tinha nenhuma esperança em recuperar a sonda…
Desestabilização da sonda
Surgiram várias especulações sobre o que realmente estava acontecendo com a Phobos 2, quando os órgãos de informação começaram a divulgar as notícias. A que mais surtiu repercussão foi a nota publicada por um conhecido jornal espanhol através de seu correspondente em Moscou. O texto trazia a seguinte redação: “O noticiário televisivo Vremya revelou que a sonda espacial Phobos 2, que estava orbitando em torno de Marte, fotografou um objeto não identificado sobre a superfície do planeta, alguns segundos antes de perder o contato com a base terrestre. Os cientistas definiram como inexplicável a última foto transmitida pela sonda, na qual se via claramente uma sutil elipse, um fenômeno que não podia ser uma ilusão de ótica, porque foi registrado com a mesma clareza tanto por objetivas coloridas como por infravermelhas”. Legítimas também foram as interrogações que nasceram por causa dessa declaração. Quais imagens estava transmitindo a Phobos 2 quando se verificou o incidente? Sobretudo, o que havia causado a desestabilização da sonda – uma avaria técnica ou um agente externo?
As respostas não tardaram a chegar. Pressionadas pelos participantes internacionais da missão Phobos, que pediam esclarecimentos sobre o ocorrido, as autoridades soviéticas forneceram o registro da transmissão televisiva que a sonda havia enviado nos seus últimos momentos de operação, exceto as gravações finais, efetuadas poucos segundos antes que os contatos fossem interrompidos. Os desenhos visíveis da superfície marciana foram filmados com aparelho infravermelho, que capta objetos a partir do calor que irradiam, e não com a simples objetiva ótica das sondas. Em poucas palavras, a grande rede
de linhas paralelas e de retângulos que aparecia naquela seqüência e cobria uma área de cerca 600 km2, emitia radiações térmicas incomuns. Ademais, seria impensável que um fenômeno natural pudesse produzir um desenho geométrico tão perfeito. O único ponto obscuro para os cientistas, no entanto, era não saber exprimir um parecer sobre a efetiva natureza de tal formação.
Além da gigantesca rede presente nas imagens, o filme mostrava um perfil escuro que podia ser descrito como uma sutil elipse com as margens muito nítidas, com pontas aguçadas em vez de arredondadas. As margens não eram confusas e resultavam perfeitamente claras em relação a uma espécie de halo sobre a superfície de Marte. Segundo o doutor John Becklake, do Museu Científico Britânico, a sombra pertenceria somente a algo colocado entre a sonda soviética em órbita e o planeta, pois era possível vê-la sobre a superfície. Além disso, o objeto foi filmado tanto pela máquina ótica como pela infravermelha, o que elimina qualquer eventualidade de mau funcionamento. Becklake explicou que a imagem foi feita enquanto a sonda se alinhava com a lua Phobos, e acrescentou: “Os soviéticos viram alguma coisa que não deveria estar ali e não forneceram ainda a última fotografia daquilo, para assim podermos imaginar do que se trata”.
Uma astronave gigantesca
Entretanto, em junho de 1990 a pilota de caças Marina Popovich [Candidata a cosmonauta, mas sem nunca ter ido ao espaço], durante uma conferência realizada na Alemanha, difundiu para alguns pesquisadores informações subtraídas de alguma forma dos cofres científico-militares da ex-URSS. Popovich confirmou a existência do primeiro indício certo da presença de uma nave-mãe extraterrestre estacionada em nosso Sistema Solar. E mostrou duas fotografias que seriam, segundo ela, as duas últimas imagens obtidas pela sonda Phobos 2 antes de perder o contato. As fotos mostravam a lua marciana Phobos ao fundo e, em primeiro plano, algo de forma alongada. Tal objeto tinha a aparência de uma astronave gigantesca e cilíndrica, com cerca de 20 km de comprimento e 1,5 km de diâmetro, parecia dirigir-se para a sonda espacial soviética, deixando atrás de si um rastro. A Phobos fotografou esse objeto em 25 de março de 1989, conforme afirmou Popovich, “e depois de transmitir a imagem para a Terra desapareceu misteriosamente”, concluiu. Os soviéticos consideraram que tivesse sido destruída ou colocada fora de uso por uma espécie de impulso. Mesmo assim, segundo estudiosos, tal astronave podia ser o objeto que nas imagens precedentes registradas pela sonda teria projetado a insólita sombra elipsoidal sobre a superfície de Marte. Por isso, alguma coisa de anormal aconteceu na órbita da lua Phobos e sua superfície apresentava evidentes anormalidades que deixaram perplexos os cientistas soviéticos.
Em 25 de setembro de 1992 foi lançada do Centro Espacial de Cabo Kennedy, nos EUA, a sonda espacial Mars Observer. Definido como de quinta geração, sofisticadíssimo e em condições de orientar-se automaticamente, o aparelho foi concebido não somente para explorar Marte de maneira mais detalhada, mas também para observá-lo por um longo período. Dentre suas tarefas previstas estava a de refazer os levantamentos fotográficos da região de Cydonia. Infelizmente, depois de onze meses de cruzada pelo espaço, em 21 de agosto de 1993 – três dias antes do início da exploração do Planeta Vermelho –, a sonda cessou a transmissão de dados ao Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), em Pasadena, Califórnia.
Em 25 de agosto, após várias tentativas de ativar os contatos, a NASA anunciou oficialmente a perda da Mars Observer. Ninguém estava em condições de saber o que realmente havia acontecido, nem mesmo o porta-voz oficial do JPL. Os engenheiros do projeto ficaram perplexos, pois na realidade a sonda foi programada para colocar-se automaticamente em posição de segurança caso seus sensores computadorizados notassem qualquer anomalia. Em tal situação, todos os instrumentos seriam excluídos, exceto um transmissor que, podendo empregar toda a potência disponível, continuaria a transmitir informações para a base na Terra. No entanto, nada disso aconteceu e a missão falhou inexplicavelmente. Sobre a NASA surtiram diversas acusações, entre as quais a de ter deliberadamente sabotado a missão quando se detectou algo anômalo que pudesse vir a comprometer a manutenção do segredo sobre estes assuntos, imposto pelas autoridades norte-americanas. Essa hipótese era de Richard Hoagland e seu grupo, o Mars Mission, que afirmaram que a agência espacial norte-americana alegou a paralisação da sonda como forma de evitar a divulgação das reais informações que ela continuava a obter de Marte e de uma possível nave-mãe. Durante uma conferência à Imprensa, a equipe de Hoagland declarou a existência de um grupo especial entre os altos dirigentes da NASA que estava – e ainda está – tentando de todas as formas possíveis ocultar as desconcertantes descobertas efetuadas na superfície marciana. Marte nunca deixou de maravilhar os pesquisadores por tudo que já foi mostrado através das imagens e dados fornecidos pelas missões norte-americanas, entre elas a Pathfinder e a Mars Global Surveyor. Revelar segredos pareceu ser insuportável para a agência…
Natureza artificial das estruturas
Com a expedição da Pathfinder, que durou de 1996 a 1997, os pesquisadores esperavam obter a definitiva confirmação ou o desmentido da natureza artificial das estruturas presentes na região de Cydonia. No entanto, tal expectativa não foi atendida. A sonda aterrissou numa zona desértica denominada Ares Vallis e, juntamente com o robô Sojourner, registrou diversas anomalias no Planeta Vermelho. Uma dessas era a presença de colinas distantes cerca de 2 km da Pathfinder e denominada
s Twin Peaks. Segundo Hoagland, as montanhas eram de natureza artificial, pois o relevo do morro à direita resultava idêntico ao da esquerda, exceto pelo cume. Em seu topo podia-se distinguir uma espécie de sub-estrutura, além do que o alto de uma das colinas de Twin Peaks apresentava disposição interna parecida com as cavidades de uma colméia de abelhas, “o que leva a supor tratar-se de restos de grandes núcleos habitacionais”, propôs o jornalista. “Estas instalações assemelham-se surpreendentemente às estruturas terrestres encontradas no sítio arqueológico de Machu Pichu, no Peru”, concluiu.
Quando essa notícia chegou ao conhecimento público, a NASA retirou imediatamente de sua rede de teleinformática e de suas páginas na Internet as fotos das duas colinas. Ainda assim, posteriormente a equipe de Hoagland encontrou evidentes e intrigantes anomalias nas várias fotos tiradas pelo Sojourner, o que constitui um indício de uma possível manipulação da agência com os negativos obtidos em Marte. Tal censura seria, segundo o pesquisador, “a enésima demonstração da existência de uma ferrenha política de acobertamento sobre a presença de artefatos de origem extraterrestre no Planeta Vermelho”. Esta possibilidade emergiu também a partir das declarações feitas em 1996 pelo diretor da NASA, Daniel Goldin, alguns dias antes do lançamento da Mars Global Surveyor. A sonda decolou em 7 de novembro de 1996, munida de sofisticados equipamentos com o propósito de mapear a superfície de Marte. Em seu discurso sobre o fato, Goldin, quando questionado a respeito da possibilidade de fotografar novamente aquelas estruturas, afirmou que a agência sabia que em Marte jamais poderia ter existido civilização alguma.
Se analisado atentamente o complexo de dados e as imagens fornecidas pela sonda, a hipótese da NASA resulta decididamente concreta. Não resta dúvidas disso! Ocorre, entretanto, que as informações e imagens difundidas pela agência apresentam características de terem sido manipuladas. A polêmica é grande. As informações divulgadas em abril de 1998 pela agência levaram a opinião pública norte-americana a duvidar da possibilidade artificial da face humanóide da esfinge e das estruturas piramidais presentes em Marte. Com base nas imagens obtidas da Mars Global Surveyor, apresentadas aparentemente manipuladas, os dirigentes da NASA declararam que a estrutura do rosto humano na superfície marciana simplesmente não existia. Ou melhor, que seria na verdade apenas uma normal e prosaica formação geológica, resultado de ilusórios jogos de luzes e sombras favorecidas pela escassa determinação das imagens fornecidas pela antiga Viking.
Hipótese artificial
Ao contrário do que se esperava, no entanto, a justificativa da NASA para as insólitas estruturas existentes em Marte rendeu muito e foi longe. Tentou-se colocar uma pá de cal sobre o assunto e sepultá-lo para sempre, mas o resultado obtido foi justamente o inverso. Mark Carlotto, que como Hoagland acredita na origem artificial das formações, expressou fortes dúvidas acerca de algumas imagens transmitidas pela Surveyor. “Nas cenas fornecidas pela Viking, em 1976, a impressão de um rosto humano era inconfundível. Porém, se iluminado por baixo, parece menos evidente. Muitas das características transmitidas por essa sonda também podem ser revistas nas fotos da Surveyor, mas nestas o rosto apresenta-se gravemente corroído”, afirma Carlotto. “Isso é muito incomum e suspeito, sob o ponto de vista de uma análise fotográfica”. O cientista concluiu que possuindo perfeita simetria, precisão na borda e traços lineares no cume da face em Marte, dificilmente tais fatos pudessem mesmo ser explicados geologicamente. Contudo, antes de emitir parecer final, restam diversas questões que necessitam de respostas.
A primeira delas refere-se aos traços faciais. Se estes existem, a probabilidade de que tal formação seja realmente um rosto aumenta grandemente. Mas a pergunta mais importante diz respeito às imagens de alta revelação que se assemelham aos outros complexos na região de Cydonia. Por exemplo, o lineamento e a regularidade geométrica nas paredes da estrutura conhecida como Fortaleza podem ter uma explicação geológica óbvia, assim como a disposição de quatro pequenos relevos sistematizados numa espécie de “praça”, a grande formação regular chamada de Pirâmide Principal. Esses objetos, tendo na forma relevantes características geométricas, poderiam ter conservado relativamente a própria arquitetura inicial para serem suficientemente reconhecíveis em condições de notável deterioração. As imagens emitidas pela Surveyor em abril de 1998 mostram estruturas de aspectos naturais, consideradas como resultantes de um processo geológico normal, sem que se pudesse confirmar uma possível origem artificial das referidas formações.
Pesquisadores como Richard Hoagland e Tom Van Flandern sustentam a artificialidade de todos os complexos existentes em Cydonia, e não apenas de alguns. De acordo com Van Flandern, doutor em astronomia pela Universidade de Yale, as mais recentes imagens do rosto, divulgadas e maquiadas pela NASA, ainda assim não negam em nada sua origem artificial. Em um pronunciamento declarou que, “com base nas fotos da Mars Global Surveyor, assim como nas velhas imagens da Viking, o rosto apresenta características como regularidade, angularidade e simetria, que corroboram todas as conclusões baseadas na hipótese da artificialidade da estrutura”, disse. Tais sinais seriam a presença de cavidades nasais, de uma boca abaixo do nariz, os cílios acima da cavidade ocular, uma pupila, uma espécie de chapéu sobre a testa e quase completa ausência de elementos estranhos ou que contribuam para limitar o aspecto da face. “Sem deixar margens para dúvidas, acredito que o rosto marciano é de natureza artificial”, finaliza o cientista, contrapondo-se radicalmente ao que alega a NASA. Polêmica maior impossível.
se discute é se é artificial, como insistem estudiosos do planeta, ou natural, como alega a NASA. A foto foi obtida no vale conhecido por Libya Mons, próximo à linha do equador marciano, a cerca de 275 graus a oeste e 2,66 graus ao norte. A imagem está espalhada por inúmeros sites na internet, com variados estudos que mostrariam sua autenticidade de maneira inequívoca e inquestionável
Quadrado quase perfeito
Uma minuciosa análise de algumas fotos da Pirâmide Principal tiradas pela Surveyor revelaram-na com a aparência de uma pequena montanha, onde embaixo predominam pequenos cômodos estratificados – estranhas estruturas angulares e simétricas. Segundo Stanley McDaniel, porta-voz da Sociedade para Pesquisas Planetárias (SPSR), existe ainda uma peculiar estrutura à nordeste da pirâmide que necessita de investigação geológica. Um outro objeto próximo tinha o formato de um quadrado quase perfeito dentro de uma cratera circular. Para Hoagland, uma das fotografias oferece impressionante evidência de artificialidade. “Ela revela cavidades do tamanho de quartos em vários níveis sob a superfície erodida da Pirâmide Principal”, afirmou. Através de outras imagens descobriu-se ainda o chamado Quarteirão de Cydonia, também conhecido como a “praça” e situado no centro do complexo de monumentos marcianos. A formação é constituída por quatro pequenas estruturas piramidais que não são nem uniformes, nem simétricas – têm aparência de vidro, foram elaboradas com alta tecnologia e estão totalmente em ruínas. Foram descobertas também outras formações de natureza suspeita ou sobre cuja origem não se tem explicação convincente. Mesmo assim, a Surveyor não foi capaz de confirmar ou desmentir, definitivamente, a possível origem artificial das estruturas em Cydonia.
É óbvio nosso direito de questionar se a NASA não estaria escondendo o que a sonda registrou. Se é verdade, quais razões levaram-na a fazer isso? As respostas, como Hoagland afirma, encontram-se num documento oficial, cuja existência é desconhecida do público, denominado Brookings Report. Este relatório foi redigido em 1958, durante a presidência de Eisenhower, que havia acabado de criar o que viria a ser a NASA de hoje. Segundo o documento, a agência deveria providenciar a mais vasta colheita de dados registrados durante as missões espaciais para depois divulgá-las à população norte-americana e ao mundo inteiro. Mas, na realidade, atrás dos bons propósitos com que aparentemente foi lançado este projeto, a opinião pública tomava conhecimento de poucas informações. Uma comissão formada por uma equipe de especialistas em vários campos foi encarregada de redigir um documento particular, que recebeu o título de Proposta de Estudo Sobre a Aplicação de Atividades Espaciais Pacíficas para os Interesses Humanos ou Brookings Report.
O trecho mais significativo deste relatório chama-se Implicações em Caso de Descoberta de Vida Extraterrestre e diz que “os artefatos deixados num determinado ponto no tempo, por formas de vida pertencentes ou não ao Sistema Solar, poderão ser descobertos através das nossas atividades espaciais na Lua, em Marte e Vênus”. Hoagland argumenta que, se a NASA descobrisse e revelasse qualquer coisa alienígena, isso implicaria em problemas no sistema social terrestre. Ele afirma ainda que a agência é contraditória, pois possui propósitos de honestidade e abertura, mas redige um documento que nega essa intenção. O Brookings Report discute ainda qual seria o papel dos cientistas e das “pessoas no poder”, a partir do momento em que se constatasse qualquer indício de vida extraterrestre. “A conduta da agência é de ocultamento dos fatos para a sociedade”, garante Hoagland. “Os grupos detentores do poder, segundo o documento, poderiam ser os mais devastados pela descoberta e revelação da existência de criaturas inteligentemente superiores a nós. Isso significaria a anulação político-militar e científico-religiosa dos governos mundiais”, afirma sem restrições, no que é apoiado por ufólogos de todo o mundo. As avaliações do relatório não consideram as repercussões positivas que a descoberta de vida alienígena teria sobre a população do nosso planeta, mas visam unicamente proteger a própria rede de personagens e privilégios pessoais adquiridos.
Nesse ponto da discussão resta resolver a interrogação sobre a origem das estruturas marcianas. Hoagland propôs algumas hipóteses a respeito. Ele afirma que na Terra pode ter existido uma civilização precedente à nossa, que desenvolveu o vôo espacial e se dirigiu para Marte, construindo algumas obras para depois, por alguma razão, extinguir-se. Dessa maneira, segundo o pesquisador, descobrir-se-ia a herança terrestre. Sua segunda teoria retrata uma civilização proveniente de muito longe, de centenas de milhares de anos-luz de nós, que alcançara o Sistema Solar e desembarcara em Marte, construindo aquelas obras e um monumento “para aquele ser primitivo que um dia se transformaria no ser humano”. Em ambos os casos, Hoagland afirma que uma catástrofe teria forçado a população marciana a abandonar o próprio planeta para transferir-se a um outro: a Terra. O cientista diz ainda que o objetivo principal do rosto de Marte é criar nos terráqueos a consciência de que não são os únicos no Universo, mas que outros seres deixaram um sinal – as formações marcianas – para que a Humanidade da Terra reflita e alcance a harmonia entre o desenvolvimento tecnológico e espiritual.
Detalhes do mapa da região de Cydonia, em Marte. A razão da distância entre os lados oeste e leste da Cidade Marciana, seu centro e o Penhasco é de exatamente 1:2:4:8. Isto é uma confirmação definitiva da origem artificial do monumento, segundo os cientistas
A – A chamada “Cidade Marciana”, conforme as fotos obtidas pela sonda Viking em 1976. Está localizada bem no centro de Cydonia, na latitude norte 40.86°, e tem despertado a atenção dos cientistas.
B – O centro da cidade, um conjunto de objetos inusitados e construções geometricamente situadas. Estudiosos encontraram várias relações matemáticas entre tais peças.
C – A Fortaleza marciana, cuja face está voltada diretamente para a pirâmide D & M (F). Nesta construção foram observadas estranhas características de natureza tipicamente artificiais.
D – A face de aparência humana, que teria sido esculpida na superfície do planeta por alguma civilização extinta há milhares de anos, segundo crêem os estudiosos dedicados ao mistério de Marte.
E – O pen
hasco, cuja estrutura não denota ter sido atingida por meteoritos, o que seria esperado, levando os cientistas a concluírem tratar-se de uma construção relativamente recente.
F – A famosa pirâmide marciana, chamada D & M em homenagem a Vicent Di Pietro e Gregory Molenaar. Tem cinco lados, sendo que um dos ângulos está diretamente voltado para a face.