O fato de alguns países do continente terem entidades oficiais de pesquisas ufológicas há anos vem motivando os ufólogos brasileiros a pedirem que o nosso país também estabeleça um organismo oficial dedicado à realidade ufológica. Esta reivindicação, aliás, é um dos pilares do Manifesto da Ufologia Brasileira, documento central da bem sucedida campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) lançou por meio da Revista UFO, em 2004, logrando êxitos significativos a partir de 2007. Entre eles, o mais importante é a liberação de mais de 4.500 páginas de documentos ufológicos oficiais antes secretos das nossas Forças Armadas, principalmente da Aeronáutica, mostrando que o Brasil se ocupou seriamente da investigação do Fenômeno UFO em várias ocasiões da história.
Ao longo da vitoriosa campanha — que ainda não teve fim e aguarda providências prometidas pelo Ministério da Defesa, em reunião ocorrida em 18 de abril de 2013, em Brasília [Veja edição UFO 202, agora disponível na íntegra em ufo.com.br] —, e até para fortalecê-la, esta publicação visitou os escritórios de pesquisas ufológicas oficiais de vários países do continente, colhendo informações sobre seu funcionamento, obtendo dados de suas atividades e entrevistando seus dirigentes. A Revista UFO levou aos seus leitores os diálogos mantidos entre este editor e o coronel Ariel Sánchez, diretor da Comissão Receptadora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não Identificados (Cridovni), do Uruguai [UFO 185], e com o general Ricardo Bermúdez, diretor do similar Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA), do Chile [UFO 205]. Nesta edição, na seção Diálogo Aberto, é a vez de publicarmos a entrevista com o coronel José Julio Chamorro Flores, um dos fundadores da Oficina de Investigação de Fenômenos Anômalos Aeroespaciais (OIFAA), do Peru.
Demandas locais
Cada conversa mantida com os dirigentes destas entidades foi altamente positiva para a formação de uma ideia geral e abrangente de como deve funcionar um organismo oficial governamental voltado à pesquisa da ação na Terra de outras espécies cósmicas. Mais do que isso, forneceu à Comunidade Ufológica Brasileira uma noção exata da seriedade com que o Fenômeno UFO é tratado pelas forças armadas dos países envolvidos — hoje, além dos citados Uruguai, Chile e Peru, também o Equador e a Argentina têm entidades estruturadas em sua hierarquia militar. Cridovni, CEFAA e OIFAA têm funcionamento assemelhado, mas particularizado para atender às demandas dos países onde atuam. Em comum, todos os órgãos fazem entre si intensa troca de informações e, às vezes, até de procedimentos de pesquisas.
A última das entidades oficiais de pesquisas ufológicas visitadas pela UFO, a peruana Oficina de Investigação de Fenômenos Anômalos Aeroespaciais (OIFAA) [Oficina significa escritório em espanhol], estava temporariamente paralisada quando a entrevista com seu dirigente ocorreu, o coronel Chamorro. Fundada por ele e vários outros militares e civis no começo dos anos 2000, o escritório teve um pequeno recesso em suas atividades na metade do século passado, como se pode conferir na seção Diálogo Aberto desta edição. Chamorro nos contou que foram inúmeras as investigações realizadas pelo órgão, do qual se afastou em 2002, por razões particulares. “A OIFAA teve uma trajetória de muito êxito nos anos seguintes, graças à intensa casuística ufológica peruana”, disse.
Quando foi paralisado, o escritório contava com uma quantidade limitada de membros e recursos, e ninguém sabia dizer quando voltaria à ativa — nem mesmo Chamorro, que foi entrevistado por este editor no primeiro semestre de 2013. Entretanto, qual não foi a surpresa geral da Ufologia Sul-Americana, com fortes reflexos na Mundial, quando se comunicou que o escritório voltara com suas atividades normais em 19 de outubro de 2013. E mais do que isso: a entidade regressava agora na condição de departamento, ou seja, com uma estrutura mais robusta dentro da hierarquia militar da Força Aérea Peruana (FAP), à qual está submetida. “Se já era bom contarmos com um escritório de pesquisas ufológicas antes, melhor será agora podermos contar com um departamento para o mesmo fim”, disse o advogado e também ufólogo limenho Anthony Choy, que fez parte da OIFAA em seu processo de estabelecimento. Com este ato, o Peru emitiu uma forte mensagem às forças armadas dos demais países do continente: a de que considera excepcionalmente relevante tratar da questão ufológica não apenas com seriedade, mas também de forma abrangente.
O ressurgimento do órgão
Coube ao coronel da Força Aérea Peruana (FAP) Julio José Luis Vucetich Abanto coordenar a retomada das atividades do agora Departamento de Investigações de Fenômenos Aéreos Anômalos (DIFAA). Logo no ato de ressurgimento da entidade, o militar fez um discurso que ecoou por todos os países da região e foi comemorado por ufólogos nos quatro cantos do globo, destacando suas prioridades. Com laços fortes no Peru, a Revista UFO acompanhou de perto o ressurgimento do órgão e foi a primeira publicação a requisitar e ser recebida para realizar uma entrevista com o atual dirigente da entidade. A conversa teve lugar em 07 de dezembro do ano passado no gabinete de Vucetich na Direção Nacional de Interesses Aeroespaciais (DINAE), em Lima, onde o DIFAA está temporariamente alojado, enquanto aguarda sua transferência
para uma base aérea da FAP.
Acompanhado por Luiz Álvarez Vita, físico, matemático e filósofo, e Barthelemy d’Ans, engenheiro civil e astrofísico, ambos membros do DIFAA, Vucetich discorreu sobre o que levou à sua reativação e a forma como pretende conduzir a entidade oficial peruana de investigações ufológicas. “Não resta dúvida de que o assunto é de importância para a segurança nacional, tanto que nosso governo determinou não somente a reativação do órgão como sua elevação à condição de departamento”, disse o militar. Para ele, é fundamental que as Forças Armadas peruanas sejam informadas de recentes, assim como de antigas, manifestações de objetos voadores não identificados sobre seu território. “Não vamos poupar energia para conhecer a fundo este fenômeno”, disse. Vamos à entrevista.
[E], diretor da entidade uruguaia de pesquisas ufológicas
O que motivou a reativação da OIFAA e sua transformação no DIFAA? A reativação ocorreu devido a ocorrências que surgiram nos últimos tempos, incluindo também a queda de meteoros e de lixo espacial no país. Como se sabe, há um movimento no qual alguns países da América do Sul, como o Chile, a Argentina, o Uruguai e o Brasil, estão se unindo de forma oficial para tratar a questão dos fenômenos aéreos anômalos de forma séria. Sabemos que há relatos de observações de UFOs que não são levados até a instância federal, que vêm através de entidades ufológicas ou de pessoas interessadas no assunto. A Força Aérea tem a responsabilidade de lidar com a soberania e a segurança do espaço aéreo territorial do Peru, e é nossa prioridade garantir que qualquer artefato que apareça em nossos céus seja verificado de forma adequada. Falamos, por exemplo, da Defesa Civil, da Polícia, do Exército e também de diversas entidades de estudo, como o Centro Nacional de Energia Nuclear, para que, caso aconteça algo, estejamos preparados.
E quais são os novos objetivos do atual DIFAA? O objetivo do DIFAA agora é coletar informações de avistamentos ufológicos em nível nacional de todas as pessoas que tenham algum relato a fazer. Depois disso, poderemos analisar e proceder às investigações correspondentes para podermos dar ciência ao Governo e fazermos um informe final sobre o que conseguirmos colher. Isso nos permitirá ter um banco de dados e, como já nos pediram outros países, fazer um intercâmbio de informação global para posteriormente tirarmos conclusões sobre essa questão — esse é o motivo da reativação.
Também planejamos ter um mapa completo de avistamentos no país.
Resposta prática
O senhor mencionou que houve ocorrências recentes que motivaram a reativação do DIFAA. Quais foram elas? O que aconteceu foi que a imprensa recebeu uma série de relatos de avistamentos recentes e veiculou matérias sobre eles. Houve reportagens em Huanuco, na região de Lima e também em La Molina — e nós não podemos nos manter alheios a isso, pois é algo de nossa responsabilidade. Como já tínhamos a intenção de realizar um trabalho na área de fenômenos aéreos, fizemos o lançamento do DIFAA e aproveitamos para mostrar que tudo pode ter, até certo ponto, uma explicação teórica e uma resposta prática. Aproveitamos a ocasião para falarmos sobre as Linhas de Nazca, que é um tema apaixonante desde nossos ancestrais. Algumas delas têm explicação arqueológica, mas para outras não há respostas.
Há algum caso específico que tenha chamado a sua atenção, ou dos órgãos militares peruanos, para que tenha havido a reativação do DIFAA? Algum avistamento ou contato? Não, nada específico. Na verdade, o ponto fundamental da reativação é que existe interesse pelo tema na esfera federal e no meio aeroespacial do país. A OIFAA já estava desativada há muito tempo e era hora de trazê-la à tona. Recuperar seu trabalho e ampliá-lo era algo reclamado por muita gente, que queria ver isso ocorrer.
O senhor tem algum interesse pessoal na investigação do Fenômeno UFO ou uma opinião formada a respeito do que seja o fenômeno? Dentro do que temos trabalhado com nossos especialistas do comitê técnico do DIFAA, podemos constatar que não existem apenas informes visuais ou relatos de testemunhas, mas também evidências sólidas da manifestação ufológica, que as pessoas nos trazem. Há informações que apontam para o fato de que não estamos sós no universo e que as grandes obras que nos deixaram nossos ancestrais não foram feitas somente por eles, mas, possivelmente, contaram com alguma ajuda externa — isso é parte do enigma a ser estudado, na minha posição.
O Peru está envolvido com o Fenômeno UFO há muito tempo, com casos bastante contundentes, como o do comandante Oscar Santa Maria, de 1980. O país já possui evidências concretas de que estamos sendo visitados por outras formas de vida? Não temos nenhum relatório oficial produzido neste sentido até então. Tudo o que estamos fazendo agora é observar essas questões e não há ainda nenhum informe originado dentro do Governo Peruano sobre isto. Estimo que, de agora em diante, à medida que dermos início à investigação dos casos, começaremos a ter esses relatórios de forma oficial. Tem havido detecções de objetos voadores não identificados por radar, creio que principalmente desde 1999. Estamos procurando dados sobre estes casos — são ocorrências históricas que estamos recompilando.
Avistamentos no litoral
O Peru tem também uma extensa costa litorânea, assim como o Chile, que possui uma grande quantidade de detecções de UFOs por radar e inclusive casos de encontros de pilotos com estes objetos. Há algo parecido em seu país? Onde temos muitos avistamentos, segundo já levantamos, é ao longo de nossa costa, especialmente na área da cidade de Chilca, ao sul de Lima [Cerca de 70 km]. Mas, repito, começamos agora o processo de receber, indagar e investigar sobre esses e outros tipos de avistamentos. Ainda é cedo para uma resposta mais objetiva sobre esta questão.
Já faz tempo que se relatam avistamentos de UFOs no ar e na água em Chilca. O senhor acredita que haja alguma razão especial para que o local seja um centro de ocorrências? Bem, eu não poderia dizer isso com certeza, pois não fui à Chilca com o propósito de investigação ou para constatar alguma ocorrência específica. Mas é fato que há pessoas que estão vindo a público revelar muitos avistamentos. Entendemos que temos que ir com cautela ao fazermos uma investigação detalhada do local, o que pode se dar em conjunto com técnicos especializados e utilizando-se equipamento adequado para examinarmos e rastrearmos as manifestações. Creio que isso será feito mais adiante, pois pouco a pouco vai se dando mais peso às informações recebidas.
A reativação do DIFAA ocorreu devido a ocorrências que surgiram nos últimos tempos, incluindo a queda de meteoros e de lixo espacial. Como se sabe, há um movimento no qual alguns países da América do Sul querem tratar do assunto de forma oficial
Qual é a principal diferença entre a antiga OIFAA e o atual DIFAA e quais são os planos imediatos do seu Departamento para o futuro? A OIFAA era um escritório com um determinado nível de importância. Já o DIFAA tem um nível superior àquele e nossa intenção é ter uma abrangência nacional maior do que a de nosso antecessor. Baseados em resultados, estamos bu
scando recursos no orçamento federal para que se possa agir de forma mais dinâmica e para que haja mais pessoas de diferentes partes do país trabalhando conosco. Também planejamos atuar de modo internacional, para que quem
esteja no exterior mande suas informações e experiências de encontros ou avistamentos do fenômeno.
Há atualmente algum contato do DIFAA com outros países? Já fizemos contato com o Chile, na pessoa do general Ricardo Bermúdez, do Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA). Ele manifestou interesse em manter intercâmbio conosco para que lhe enviemos nossos casos mais importantes e vice-versa, a fim de vermos como cada organismo desenvolve suas investigações — é muito importante termos intercâmbio com entidades congêneres. Como os chilenos estão há mais tempo na área e já têm tudo pronto, eles nos orientarão para que enriqueçamos nossas atividades e possamos lhes passar boas informações sobre o que ocorre no Peru.
O DIFAA é ao mesmo tempo um organismo militar e civil, ou apenas militar? É militar e parte da Força Aérea Peruana (FAP). Mas temos a colaboração de jornalistas, de profissionais e de técnicos com reconhecidas trajetórias na área ufológica e astronômica, o que nos permite ter uma melhor apreciação do que encontrarmos.
O DIFAA pode fazer contatos com organizações civis de outros países para intercâmbio de informações? Creio que seria positivo que isso ocorresse, pois, afinal, a informação de numerosas fontes vai enriquecer o produto final, que é o nosso objetivo de trabalho.
Parece que há uma consciência crescente no mundo de que o Fenômeno UFO está se tornando cada vez maior. Como o DIFAA vê esta questão? Vemos como uma grande oportunidade, já que temos o plano de crescer e também estabelecer um número maior de atividades. Nosso atual meio de contato com a população é através das redes sociais e da televisão. Hoje os canais History e Discovery Channel estão difundindo muitos casos ufológicos peruanos e a sociedade quer mais informações sobre o tema. Estamos aí para isso.
Como será o funcionamento material e de recursos humanos do DIFAA? Atualmente o DIFAA está com um mínimo de pessoal, muito pouco mesmo. Esperamos que, frente aos resultados que buscamos, sua estrutura vá crescendo. Atualmente o Departamento está localizado na sede da Direção Nacional de Interesses Aeroespaciais (DINAE), mas pouco a pouco começaremos a ter ramificações pelo país — atualmente estamos concentrando nossas atividades na região de Lima, onde podemos estar em qualquer bairro quase instantaneamente.
Alto comando em ação
No caso de ocorrer um evento em alguma área distante do país, como agiria o DIFAA? Vocês têm pessoal para enviar ao local e fazer as investigações? Nesse momento não, pois ainda estamos construindo as bases do Departamento. Temos uma norma para nosso funcionamento e prevemos que no ano que vem faremos a difusão e ampliação de nosso trabalho. A seguir iremos projetando a possibilidade de captar recursos para investigações em parceria com universidades. Pouco a pouco, temos que criar a consciência de que tudo isso é da máxima importância.
Qual é o envolvimento do alto comando da Força Aérea Peruana (FAP) com a reativação do DIFAA? A determinação para reativar a entidade foi assinada pelo próprio comandante geral da Força Aérea Peruana (FAP) e seu comandante de operações assistiu ao evento. O general Ricardo Borges esteve presente à solenidade, já que há interesse do alto comando para impulsionar nossas atividades. O que nossos comandantes querem ver, naturalmente, são resultados e relatórios mostrando que estamos avançando, para que, desta maneira, façam as coordenações correspondentes com outros níveis de Governo para uma maior cobertura do território nacional pelo Departamento e mais infraestrutura para seu funcionamento.
Houve alguma reação contrária no meio político peruano ou alguém que tenha dito que vocês vão gastar dinheiro e tempo desnecessários? Nós não entramos em discussões políticas. Falamos do ponto de vista militar, prático, somente. A oposição ao DIFAA pode existir, mas, com base em nossos resultados, muita gente pode mudar de opinião ao ver que se está trabalhando de forma moderna e produtiva.
O senhor acredita que o atual presidente do Peru, o senhor Ollanta Humala, tenha interesse por este tema? Não posso responder pelo governante da Nação. Não tenho esta autonomia.
Alto comando
O senhor sabe se ele já manifestou algum interesse? O ex-presidente Fujimori tinha interesse pelo assunto. Fujimori gostava de Ufologia, sim. Chegou a ter um avistamento em Iquitos, na Amazônia peruana, quando estava pescando. O fato é relativamente bem conhecido no meio militar, porque se no princípio ele queria que a ocorrência não fosse veiculada publicamente, ao final ele já não se importava mais e não fazia segredo. Isso aconteceu na década passada, quando então houve a abertura da OIFAA para poder avaliar de alguma forma aquela e outras ocorrências. Já sobre o senhor Humala, nada posso dizer.
Em algum momento da OIFAA ou do DIFAA houve aproximação de organismos militares ou da inteligência norte-americana para saber o que vocês conhecem sobre o fenômeno? Que eu saiba, não. Pelo menos, nada disso nunca chegou ao meu conhecimento.
Suponhamos que durante suas atividades o DIFAA encontre alguma evidência concreta de que o Peru foi visitado por uma nave alienígena. O senhor acredita que o Governo anunciaria este fato à população abertamente? Não posso responder a isso no momento, pois levamos nossos relatórios a entidades superiores e são elas que decidem o que fazer com tais informações. Mas, dependendo do momento em que isso ocorrer, se ocorrer, será feita uma avaliação da necessidade de se levar este fato à sociedade.
No Chile, em entrevista à Revista UFO, o general Ricardo Bermúdez nos garantiu que não há nenhum documento oculto da população. No Uruguai, o coronel Ariel Sánchez nos disse que também não há nada secreto. No Brasil, sabemos que houve investigações oficiais nos anos 50, 60 e 70 e que foi produzida grande quantidade de documentos, dos quais 4.500 páginas já foram liberadas. Como está esse panorama no
Peru? Pelo menos do ponto de vista administrativo, nós não temos nada a esconder da população — agimos com transparência.
Reação da população
Então, qualquer pessoa pode fazer uma requisição, um pedido de informação ao DIFAA e ser atendida? Os pedidos de informações ao DIFAA são canalizados por meio do Ministério de Defesa e da Força Aérea. Como disse anteriormente, ainda estamos iniciando nosso trabalho e fazendo arquivos de cada caso informado, razão pela qual ainda não há muito o que população possa nos pedir. Mas no futuro isso irá mudar e estaremos à disposição da população para informar o que descobrirmos.
É preciso ver também que há informações que temos que ter cuidado ao divulgar, pois podem causar pânico ou alguma comoção nas pessoas, e esta não é uma reação desejável. Por isso é necessário bastante cautela para ver como se devem administrar os dados
E quando houver informações em abundância, não haverá acobertamento? A transparência será total? Sim. Mas é preciso ver que também há informações que temos que ter cuidado ao divulgar, pois podem causar pânico ou alguma comoção nas pessoas, e esta não é uma reação desejável. Por isso é necessário bastante cautela para ver como se devem administrar os dados — temos um critério técnico para isso, mas também é preciso pensar na reação das pessoas.
Perfeito. O senhor gostaria de deixar uma mensagem final? Sim. Nós, no Peru, temos interesse em informar nossos cidadãos sobre todos estes fatos. Por isso, estamos fazendo a divulgação de nosso trabalho no DIFAA para que qualquer pessoa que tenha algum avistamento, algum contato ou alguma ocorrência a relatar se aproxime e nos informe os dados, para que possamos fazer a necessária investigação dos fatos envolvidos.