Ciência, Espiritualidade e Ufologia
Esta parece uma mistura tão estranha que pode causar arrepios nos ufólogos que seguem firmemente a pesquisa cientifica. Existem coisas que o bom-senso afirma que não se misturam. Será mesmo? Durante a maior parte da minha vida ufológica procurei não me afastar da chamada Ufologia Científica. Sempre respeitei as outras áreas como se fosse um campo minado. Claro que parte desse temor era por não ter conhecimentos suficientes sobre o que os UFOs representavam.
Quando conheci o saudoso general Alfredo Moacyr Uchôa, em 1975, tive a chance de ler seus três primeiros livros sobre Parapsicologia, hiperespaço, Ufologia e Espiritualismo. Suas idéias causaram um impacto muito grande em minha forma de encarar os UFOs. Não era possível que um homem com tamanha bagagem científica, um cargo respeitável e demonstrando ser tremendamente lúcido, fosse um fanático espírita. Sobretudo, tendo ele a coragem de assumir sua posição em plena ditadura militar. Assim, apesar da estranha mistura, pressentia que alguma coisa muito forte e verdadeira havia por trás dela.
Hoje, analisando depoimentos de abduzidos e testemunhas, vislumbramos fatos que extrapolam todos os graus de estranheza já cunhados para o Fenômeno UFO. Encontramos viagens astrais, traumas de “quase morte”, entidades que atravessam paredes e outros fatos em total desrespeito às nossas leis físicas. Esta fantástica fenomenologia interage em nossa realidade e causa uma subversão em tudo que nos foi ensinado por nossos professores e cientistas. Como se isso fosse pouco, pessoas que não são e nunca foram místicas relatam ter recebido mensagens de cunho eminentemente religioso provenientes de entidades divinais. Algumas descrevem que elas próprias teriam transcendido e interagido em outra dimensão. Como vemos o velho general já tinha percebido tudo isso há muito tempo…
Analisando depoimentos de abduzidos vislumbramos fatos que extrapolam todos os graus de estranheza já cunhados para se lidar com os UFOs
– Alberto Romero
Se respeitados profissionais da área de saúde mental realizam inúmeros exames nessas pessoas e as classificam como absolutamente normais, quem somos nós para contestá-los? Nosso bom-senso se agita em evidente desconforto. Mas serão que há algum pacto para nos iludir, para se fantasiar os depoimentos dos abduzidos e manipular informações? Creio que não! Especialmente quando sabemos que o governo dos EUA e da Rússia empregam fabulosas cifras na pesquisa das propriedades parafísicas dos UFOs e seus ocupantes.
Sob este prisma, as coisas começam a fazer sentido. E não seria para menos que a própria Agência Central de Inteligência (CIA) se dedica intensamente a investigar pessoas que tiveram contatos com ETs e desenvolveram alguma forma de percepção extrassensorial. A suspeita de que exista uma ligação entre elas e os ocupantes dos UFOs é plenamente justificada. Como vemos as peças deste gigantesco “quebra-cabeças” cósmico se encaixam e nos revela, pouco a pouco, uma imagem inusitada sobre a ação de seres alienígenas atuando em nosso planeta, se não com a conivência, pelo menos com total conhecimento de nossas autoridades.
Para complicar ainda mais o quadro, o teor de algumas mensagens recebidas por abduzidos indicam uma grande preocupação, por parte dos alienígenas, no que diz respeito ao nosso planeta e à degradação que estamos lhe impondo, condenando à extinção milhares de espécies – inclusive a nossa. As imagens apocalípticas que têm sido mostradas aos abduzidos incluem inundações, terremotos e maremotos, despertando grande pânico nessas pessoas. Estes fatos ocorrem em todo o mundo e muitos ufólogos os têm registrado continuamente. Tais testemunhos devem ser levados a sério, sob pena de, se não o fizermos, arcarmos com terríveis conseqüências.
A dificuldade de se lidar com o trauma das abduções
A busca por evidências de abduções extraterrestres – psicológicas mentais ou físicas – é um dos aspectos mais complicados do Fenômeno UFO. Tentamos mostrar que tais provas podem ser obtidas através de pesquisa, mas temos que pensar nas circunstâncias que envolvem a presença alienígena para poder consegui-las. A intenção dos ufólogos é apresentar algumas certezas nas três áreas. Mas vou considerar essa primeira fase baseando-me em um caso pessoal.
Tenho estado envolvido com as abduções por 27 anos e sei que minhas experiências são um fator de suma importância. Estou ciente do fato de que existem vários tipos de relatos e que as percepções das pessoas que passaram por tais situações podem ser muito diferentes entre si. Como ufólogo, tento não encobrir outros eventos com as lembranças conscientes que tenho de minhas próprias percepções. Em 1952, quando tive minha primeira experiência, aos 4 anos de idade, não havia ninguém à minha volta para explicar por que sentia distúrbios de estresse pós-traumático (PTSD). Na verdade, não tinha a menor idéia do que seria o PTSD. Apenas conhecia seus efeitos, e hoje sei que é o trauma resultante de experiências mais severas na área das abduções.
Por causa desta síndrome as recordações ficam impressas num certo nível neurológico e podem causar reações pelo resto da vida dos abduzidos. Freqüentemente, quem passou por tais traumas saberá que está sendo observado, vigiado e que “eles estão por perto”. Entretanto, a que devemos atribuir tal fato? Se perguntarmos aos abduzidos, receberemos sempre a mesma resposta: “Eu apenas sinto esta presença”. Alguns deles a sentem fisicamente, em seus corpos. Hoje existem técnicas incríveis para se lidar com o PTSD, mas gostaria de ter conhecido alguém com essa habilidade na época em que precisei de ajuda.
Derrel Sims,
especialista em implantes da Fund for Interactive Research and Space Technology
Paradigmas extraterrestres e ultraterrestres
Nesta época de grandes conquistas, o enorme grau de complexidade universal cria um cenário para uma discussão de oportunidades e desafios, quando a Terra e seus habitantes terão um inevitável encontro com culturas cósmicas. Com a contínua exploração científica do espaço, a raça humana entrou num novo e crítico estágio evolucionário. Nesta fase de transição, a Humanidade deve discernir outras formas de vida, pois o contato com ETs tem mudado de isolado para avistamentos coletivos – que incluem grande número de pessoas em escala mundial.
Ao mesmo tempo, parece que a Humanidade está sendo cobaia de alienígenas, que realizam experimentos genéticos em larga escala. Os resultados das pesquisas até agora conduzidas indicam ampla variedade de formas de vida, algumas com níveis não físicos de inteligência, que poderíamos chamar de ultraterrestres. O período mais crítico de envolvimento de homens com ETs começa quando a raça humana passa por seu ponto inicial de contato em relação a outras raças no espaço. Os contatos de longa duração redefinirão a nova imagem do homem e mudarão o significado de todas as disciplinas e novos ajustes no século XX.
A consciência de nossas capacidades, em conjunto com a inteligência alienígena, pode ajudar a reestruturar nossa vida nas novas fronteiras do espaço, na experiência da conquista espacial e numa nova civilidade universal. Com suas ferramentas astronômicas para explorar o espaço infinito, a mente humana está recebendo suas primeiras impressões de vida nessa fronteira, e a Ufologia pode ser o instrumento de mudança que falta em nós mesmos.
James Hurtak,
cientista, estudioso de religiões antigas e presidente da The Academy for Future Sciences
A Ufologia tratada como ciência pela própria Ciência
São muitas as acusações de que a Ufologia nunca poderá se tornar uma ciência porque seu objeto de estudo é desconhecido. Embora válida tal afirmação encubra um erro, pois o objeto de estudo – independentemente de sua origem – pode ser considerado um fenômeno material que interage com o meio ambiente, incluindo os seres humanos. Esta reação requer um estudo metodológico que, infelizmente, muitas vezes não está ao alcance dos ufólogos.
Também tem-se dado demasiada credibilidade às teorias psicossociais para se explicar o Fenômeno UFO. O certo é que vários casos não se explicam a essa tese – mas certamente não todos. A chave para o estabelecimento de uma verdadeira ciência ufológica é a multidisciplinaridade. Há muito tempo, os ufólogos se tornaram coletores de informações e provas da existência de fenômenos anômalos, e os conduziram a cientistas e laboratórios. Isso já é fazer ciência! Hoje tratamos de mostrar outra faceta da investigação ufológica, talvez muito clássica para alguns, mas ainda válida por sua proposta.
Segundo o arqueólogo Rivera Dorado, do Departamento de Arqueologia da América da Universidade Complutense de Madri, o método comparativo é um instrumento que todos os cientistas devem dispor para obter conhecimento. Da mesma opinião é o arqueólogo Ibarra Grasso, de Buenos Aires, célebre por suas teorias difusionistas. Ambos acreditam que comparar culturas permite ampliar as referências comportamentais e estabelecer os pontos de similitude entre os povos. Que isso seja de uma vez implementado à pesquisa ufológica.
Pablo Villarrubia Mauso,
jornalista e correspondente da Revista UFO na Espanha