por Renato A. Azevedo
Stephen Hawking e sua obsessão contra extraterrestres hostis
Cerca de um ano após dar declarações alertando sobre a possibilidade de alienígenas agressivos chegarem à Terra, que causaram grande polêmica nos meios científicos e ufológicos, o astrofísico britânico Stephen Hawking volta a tratar do assunto. Dessa vez, em entrevista ao jornal The Guardian, em maio, o cientista afirmou que “a noção de vida extraterrestre é real, mas perigosa”. E tornou a alertar que enviados de outras espécies cósmicas que chegassem ao nosso planeta “seriam hostis e tratariam de saquear nossos recursos naturais, possivelmente levando a humanidade à extinção”.
Com afirmações como essas, Hawking foi novamente contestado por seus colegas de mente mais aberta, e amplamente criticado pela Comunidade Ufológica Mundial. Em resposta, Seth Shostak, diretor do Projeto SETI, o programa de busca por vida extraterrestre inteligente — que recentemente teve suas antenas desligadas por falta de resultados —, disse “que os ETs podem conseguir em outro lugar qualquer recurso que a Terra tenha, sem necessidade de invasão”. David Morrison, do Centro de Pesquisas Ames, da NASA, afirmou também que uma civilização alienígena avançada certamente já teria resolvido problemas que aqui na Terra consideramos insolúveis.
ETs vão saquear nossos recursos naturais e levar a humanidade à extinção. Nem sempre a vida inteligente é algo agradável
Como se vê, Hawking está na contra-mão. Para complicar sua situação, recentemente foi lançado o livro First Contact [Primeiro Contato, Simon & Schuster, 2011], de Marc Kaufman, que procura analisar friamente a questão do contato com civilizações alienígenas. A obra, entre outros assuntos, debate o fato de o SETI defender a idéia de que os ETs são benevolentes, mas conclui que não há evidência de que isso seja verdadeiro ou falso. Hawking, mencionado por Kaufman, insistiu e voltou a alertar que “basta olharmos para nós mesmos para comprovarmos que nem sempre a vida inteligente é algo agradável de se ver”.