Conhecimento que liberta
Vamos tratar a questão ufológica como fato real e irreversível. Com certeza os seres extraterrestres já se encontram em nosso planeta há muito tempo e provavelmente inspiraram a maioria de nossos líderes espirituais – digo a maioria! No entanto, já inserido em nossa época atual, é importante que a revelação da existência dos alienígenas seja feita com o fim do acobertamento governamental em que estão envolvidos estadistas, militares, cientistas, tecnocratas da economia e religiosos. Mas, por outro lado, é importante que exista esse segredo de estado, porque a divulgação de imediato desta realidade não traria a credibilidade plena – talvez somente com a presença viva de um extraterrestre e algumas de suas naves. Obviamente, tudo seria mostrado pelos meios de comunicação que, se deixassem de ser manipulados, seriam capazes de fazer-nos acreditar em qualquer coisa.
O acobertamento tem um fundo de responsabilidade por parte dos setores governamentais dos países envolvidos, pois assim o provável pânico social e a expectativa filosófica em torno de criaturas também criadas à imagem e semelhança desta divindade, que comumente chamamos de Deus, espalhariam de vez a praga do fanatismo religioso. Isso é só um aspecto do que a revelação governamental da existência de vida extraterrestre poderia trazer, sem citar aqui os fatores políticos e econômicos envolvidos. Não estamos nem um pouco preparados psicologicamente para receber essa divulgação! A tendência inicial seria de deslumbre, apesar de intimamente considerarmos a idéia de que pode haver formas de vida fora da Terra. No entanto, não as admitimos plenamente, o que é uma prudência natural em torno de algo fenomenal como os UFOs. Se pensarmos com a mentalidade das pessoas imbuídas desse acobertamento, mesmo sabendo que temos direito a essas informações, também acharíamos que não seria saudável divulgar os fatos de maneira tão brusca.
A revelação pura e simples da existência dos UFOs, com provas irrefutáveis, seria apenas um pedaço da ponta do iceberg, uma vez que a História do planeta – pré-humana e pós-humana – teria que ser revisada de maneira drástica, apesar da incredibilidade de muitas pessoas. Um exemplo disso é a ida do homem à Lua, que muitos não querem acreditar por motivos hipocritamente religiosos. Vamos ser realistas com o mundo e encarar os fatos: os ufólogos estão certos em seu objetivo de demonstrar a verdade e os acobertadores também, em segurar um pouco mais essa verdade! O problema são os métodos desses últimos, que fugiram ao controle desde julho de 1947 – talvez bem antes – ou, pelo contrário, estariam sob terrível supervisão. Prudência é a chave desse item tão delicado e pouco respeitado na Ufologia.
E é bom que pensemos de uma maneira despida de concepções religiosas que nos foram incutidas desde a nossa infância, já que só acreditamos em determinada divindade por herança cultural e por termos que assim crer. Finalmente, os que acordarem dessa lavagem perceberá que basta acreditar sem ter que seguir qualquer instituição política, igrejas e outras. Por isso, o estudo sistemático da Ufologia tem que ser muito bem direcionado, a ponto de trazer mais benefícios do que malefícios e estabelecer um método social de pesquisa para não chocar culturalmente a sociedade em sua debilidade mental, psicológica e religiosa atual. O conhecimento da verdade que liberta pode também nos destruir.
Fábio Rogério,
fab7@escelsa.com.br
O valor da testemunha
Em quase todos os tipos de contatos com seres alienígenas as provas provêem de testemunhas. Considerando que o ser humano, com o passar do tempo, acaba modificando de maneira despercebida o conteúdo de suas experiências – e no caso do fenômeno ufológico altera velocidades, altitudes, cores, distâncias, dimensões, etc. -, cabe ao investigador dispor das técnicas de Psicologia para melhor traçar o perfil do entrevistado. Isso é especialmente interessante quando se refere à sinceridade dos depoimentos,à coerência do relato eà fidelidade aos fatos ocorridos. Porém, algumas dicas devem ser seguidas. Primeiramente, desconfie de quem alegar categoricamente conhecer tudo sobre os discos voadores e seus tripulantes, ou garantir que com estes mantêm contatos regularmente. Em segundo lugar, tenha cuidado com os fanáticos que se mostram como \’mensageiros\’ de outras civilizações, criando uma aura mística para o Fenômeno UFO. Por fim, fique atento àqueles que se apresentam como seres alienígenas. Os ETs não querem publicidade.
O propósito fundamental de uma entrevista com uma testemunha de um fato ufológico é colher o maior número de dados sobre o caso, o que permitirá ao pesquisador tentar esclarecê-lo. Portanto, a vítima deve ser interrogada o mais rápido possível, uma vez que a demora no recolhimento do relato poderá provocar modificações na recordação dos detalhes. E importante ressaltar que um dos princípios – que não pode ser ignorado – é o de não colocar palavras na boca das testemunhas, mas sim deixá-las à vontade e confortáveis em suas declarações. Além de acompanhá-las para que os depoimentos tenham uma estrutura com início, meio e fim. Outro ponto importante é que somente com sua expressa autorização é que os relatos poderão ser gravados e, posteriormente, levados a público. Tomando os cuidados acima, os resultados dessa primeira abordagem serão altamente positivos, o que favorecerá a seqüência dos demais passos da pesquisa.
Antonio de Pádua Faroni,
Rua Nelson de Souza 13,
06263-090 Osasco (SP)
Verdade sonegada
Há mais ou menos cinqüenta anos surgiu a moderna Ufologia, como é conhecida atualmente. Muito se tem discutido e inventado a seu respeito, principalmente no que se refere às fraudulentas aparições de UFOs, cujos objetivos são conseguir notoriedade e angariar dinheiro – ganância inerente e pertinente ao ser humano. Mas felizmente ainda temos alguns trabalhadores sinceros e honestos – verdadeiros \’samurais\’ da Ufologia-, que buscam a verdade, além de correrem o risco de se defrontarem com as mentiras e decepções existentes e tão abundantes no meio ufológico. Face à inegável manifestação de certos acontecimentos inusitados, temos a certeza de que o fenômeno está presente em nosso meio, como sempre esteve no passado da Terra e registrado nas culturas de nossos ancestrais. Apenas agora adquirindo mais forma e personalidade.
A existência dos discos voadores deixou de ser apenas uma hipótese de manifestação divina para tomar aspecto mais material, sólido e físico. No entanto, ainda não foi possível encontrar uma explicação plausível para tal já que lidamos apenas com a casuística. Os ufólogos só chegam ao local da manifestação dos UFOs após os acontecimentos, quando somente é possível analisar os vestígios do fenômeno. Sua notoriedade, portanto, vem tomando os rumos mais desconcertantes possíveis. Ora nos deparamos com o aparecimento de círculos nas plantações de cereais, ora com abduções de várias pessoas. Isso causa incompreensão em nós, humanos, e ao mesmo tempo nos lança em um mar de indagações sem respostas definitivas. Apesar disso, sabemos que os seres extraterrestres estão aqui em nosso planeta e, ao que parece, não têm a menor preocupação com o que pensamos ou podemos fazer a seu respeito, caso resolvessem decidir invadir nosso mundo definitivamente. Tal atitude despreocupada torna o Fenômeno UFO ainda mais intrigante.
Partindo de especulações, alguns ainda acreditam que os aliens estejam vindo do interior do solo terrestre ou de alguma parte do próprio Sistema Solar, sem se considerar que a Ciência não conhece muito sobre a relação espaço-tempo. Presente, passado e futuro só existem como um conceito. O futuro é uma expectativa de acontecimento que, no instante que predomina, deixa de ser futuro e torna-se passado. Na realidade, o presente simplesmente não existe. Isso prova o que desconhecemos em relação ao contínuo espaço-tempo. Talvez exista em algum outro planeta uma física fundamentada em leis diferentes das nossas, com uma tecnologia avançada e surpreendente, capaz de fazer o homem viajar a velocidades completamente inimagináveis, nas quais seríamos desmaterializados em um determinado lugar e, no momento seguinte, rematerializados em outro ponto, não importando as distâncias entre ambos.
Muito se tem falado da falta de interesse dos grupos militares em revelar a verdade sobre os UFOs. Acredita-se que tais instituições estariam ocultando evidências, que se fossem levadas ao conhecimento dos povos de todo mundo, desmistificariam as especulações em torno desta temática. Isso pode ser verdade. Infelizmente, parece que certos órgãos ou setores da Ciência praticam experiências que vão desde a utilização de armas ultrassecretas a experimentos biológicos mal-sucedidos. Tais atitudes explicam o comportamento das autoridades no processo de ocultação de certos fatos ufológicos. Como exemplo, cito o Caso Roswell e a Área 51 [Instalação militar secreta do governo norte-americano situado a cerca de 150 km ao norte de Las Vegas, no Estado de Nevada. E lá que se concentram as pesquisas secretas de UFOs acidentados e resgatados em várias partes do mundo]. Devemos ficar atentos e registrar com clareza cada notícia referente ao Fenômeno UFO, eliminando toda mistificação que, de modo natural, virá acompanhar tal fato. Ao mesmo tempo, devemos saber descartar os aproveitadores que distorcem a verdade e mascaram a realidade criando novas religiões, tal como a que trata da vinda do novo Messias.
José Kauffmann,
Caixa Postal 07, 89176-000 Trombudo Central (SC),
ika@softhouse.com.br
Perguntas e Respostas
O que vocês podem me responder a respeito das experiências realizadas por ETs, principalmente sobre os implantes de chips no cérebro dos humanos? Marcelo Fantasia, São Paulo (SP).
Resposta: A questão é bem polêmica e complexa. As experiências realizadas com abduzidos são sempre traumatizantes. Os aspectos psicológicos que comprovam que tais experiências são reais são também desconcertantes. Quanto aos implantes, até o momento não existem provas de que os objetos estranhos encontrados em humanos tenham origem extraterrestre.
O maior pesquisador no assunto, o norte-americano Derrel Sims, ainda não conseguiu, apesar de possuir dezenas de artefatos retirados de humanos, provar que sejam extraterrestres. O fato, porém, existe e é intrigante. Três pontos não permitem que se aceite incondicionalmente que os implantes sejam alienígenas. Primeiro, se temos em mãos um possível artefato extraterrestre, não conseguimos provar sua procedência com testes em laboratório. Segundo, até o momento, das dezenas de supostos implantes retirados de humanos, não se encontraram dois iguais ou pelo menos similares em seu formato.
O mais comum tem o formato de esfera e nunca foram encontradas duas com mesmo diâmetro. Terceiro, nenhum dos implantes analisados apresentou características de um circuito eletrônico. Da mesma forma que na década de 80 a \’moda ufológica\’ eram as canalizações, a dos anos 90 as viagens interestelares, o próximo milênio nos brindará com uma enxurrada de implantes.
Ricardo Varela Corrêa,do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)