Foi lançado no último 20 de maio o avião espacial robótico X-37B, da Estação da Força Aérea, em Cabo Canaveral. Como de costume, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) não liberou maiores informações quanto à missão do drone, intitulada Veículo de Teste Orbital 4 (OTV-4). Um dos poucos anúncios foi o de que o voo se concentrará menos na avaliação do próprio X-37B e mais nos equipamentos que leva a bordo. E, ineditamente, muito mais detalhes a respeito foram divulgados.
A USAF revelou que um dos elementos da carga útil é um motor iônico do tipo Hall, semelhante ao utilizado pela nave Dawn, atualmente em órbita do planeta anão Ceres. Esse tipo de impulsor funciona pela aceleração de ions, moléculas ou átomos carregados eletricamente, por fortes campos magnéticos. O propulsor da Dawn utiliza gás xenônio e, de acordo com a USAF, o motor a bordo do X-37B consome menos combustível, além de mais eficiente. Também a NASA instalou o experimento Exposição de Materiais e Inovação Tecnológica no Espaço, que irá estudar a exposição ao ambiente espacial de cerca de 100 diferentes tipos de materiais, com o objetivo de colher dados para auxiliar no desenho das futuras naves espaciais da agência.
A bordo do foguete Atlas V da United Launch Alliance subiram ao espaço 10 pequenos satélites, conhecidos como Cubesats, incluindo o LightSail desenvolvido pela Planetary Society, grupo sem fins lucrativos que tem como meta incentivar a exploração espacial. O LightSail pretende testar a utilização da tecnologia da vela solar e nessa primeira missão o pequeno satélite, do tamanho de uma caixa de sapatos, irá testar seu sistema de controle e liberação da vela solar, que tem 32 metros quadrados de área. Velas solares, feitas de materiais extremamente finos e leves, como mylar, são impulsionadas pela pressão da radiação solar que incide sobre elas. Dessa maneira, podem depois de meses atingir grandes velocidades, e a Planetary Society planeja uma missão orbital mais ambiciosa para o próximo ano. O LightSail irá desacelerar pelo arrasto contra a atmosfera superior, deve reentrar e queimar em 10 dias, entretanto poderá ser visível a olho nu enquanto estiver no espaço.
PERSISTE MISTÉRIO QUANTO AO X-37B
A USAF possui dois exemplares do X-37B, construídos pela divisão Phantom Works da Boeing. O robô mede 8,8 m de comprimento por 2,9 de altura e possui uma envergadura de asas de 4,6 m. Seu compartimento de cargas tem volume equivalente a uma picape grande e há muito se especula que a aeronave é uma arma espacial, capaz de atacar satélites e até mesmo disparar ogivas desde o espaço em alvos em terra. Os militares norte-americanos refutam essas hipóteses, dizendo que a aeronave serve meramente como plataforma de testes de novas tecnologias para veículos reutilizáveis e naves espaciais do futuro. Analistas afirmam que a China tem demonstrado preocupações de que o programa X-37B seja a primeira etapa na construção de veículos espaciais robóticos maiores e mais capazes.
Analistas concordam que o X-37B não deixa de ser uma vitrine para o poderio militar dos Estados Unidos, reafirmando sua projeção de poder mesmo no espaço. A própria China tem estudado a possibilidade de construir veículos espaciais reutilizáveis similares. O programa teve como suas missões anteriores a OTV-1, de abril a dezembro de 2010, e a OTV-2 com a segunda aeronave, voando 469 dias a partir de março de 2011. A OTV-3 teve o retorno ao espaço do primeiro X-37B, lançado em dezembro de 2012, para ficar 675 dias em órbita. A USAF não divulgou qual dos dois X-37B está realizando a OTV-4 e foi divulgado somente que a escolha do exemplar é feita com base nos objetivos dos experimentos.
Confira um vídeo do lançamento
Infográfico com a evolução dos projetos dos aviões espaciais
Infográfico sobre o avião espacial robótico militar X-37B
Visite o site da Planetary Society
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A instalação militar mais secreta e protegida do mundo é, reconhecidamente, a Área 51, que fica no Deserto do Nevada, Estados Unidos. É nela que o governo norte-americano esconde naves extraterrestres acidentadas que consegue resgatar, assim como seus tripulantes, vivos ou mortos. A Área 51 guarda segredos inconfessáveis em prédios subterrâneos com centenas de metros, como a desmontagem e reconstrução das naves resgatadas após acidentes. Este documentário é uma mega produç&ati
lde;o com filmagens e depoimentos impressionantes sobre o local.