A Carta de Foz do Iguaçu 2013, um dos mais importantes documentos já produzidos pela Ufologia Brasileira, acaba de ser protocolada no Ministério das Relações Exteriores. O documento foi apresentado durante o V Fórum Mundial de Ufologia, ou II UFOZ 2013, que aconteceu entre os dias 21 e 24 de novembro de 2013. Durante os trabalhos do dia 24, último dia do evento, a Carta de Foz do Iguaçu foi solenemente lida, antes que se procedesse à coleta de assinaturas dos conferencistas e do público presentes.
Também intitulada de Manifesto da Ufologia Mundial, esta é uma versão bem mais completa e abrangente que sua antecessora, de 2012, e segue a tradição iniciada em 1997, quando da realização do I Fórum Mundial de Ufologia em Brasília. Naquela ocasião foi assinada a Carta de Brasília, que requeria ao Governo Brasileiro a abertura dos arquivos ufológicos em sua posse, destacando os maiores casos da Ufologia Brasileira, a saber, a Operação Prato, de 1977 e a Noite Oficial dos UFOs no Brasil, de 1986. Naquele primeiro Fórum Mundial de Ufologia houve um recorde com 70 conferencistas de 35 nações, e a absoluta maioria assinou o documento.
Contudo, a falta de respostas tanto com relação ao Governo Brasileiro quanto das Forças Armadas, que, para o encerramento do I Fórum Mundial de Ufologia haviam enviado seus representantes, frustrou a Comunidade Ufológica Brasileira. Assim, um novo plano de ação foi elaborado, e apresentado na edição 98 da Revista UFO: a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Pelos meses seguintes ufólogos e entusiastas de todo o Brasil colheram assinaturas a fim de pressionar o Governo a ouvir suas demandas.
PRIMEIRA FASE DA CAMPANHA EXTRAORDINARIAMENTE BEM-SUCEDIDA
A campanha foi coroada de êxito com o histórico convite para a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) visitar as instalações da Força Aérea Brasileira (FAB), em Brasília, fato que ocorreu em maio de 2005 e teve ampla cobertura e repercussão, sendo descrito na edição 111 da Revista UFO. Era o reconhecimento oficial da legitimidade do pedido dos ufólogos, e também da seriedade com que se pratica a Ufologia no país.
Levou ainda algum tempo, mas finalmente, em outubro de 2008, com o acionamento do Governo por outro documento, o Dossiê UFO Brasil, utilizando-se da Lei 11.111/2005, os primeiros documentos da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a ser enviados ao Arquivo Nacional, ficando disponíveis não somente para os ufólogos, mas à toda a sociedade brasileira. Em 2011 a FAB protagonizou mais um momento histórico, quando seu comandante, Brigadeiro Juniti Saito, assinou uma portaria determinando o envio imediato ao Arquivo Nacional de toda a documentação sobre UFOs produzida pela instituição.
Restavam ainda, entretanto, os papéis sob posse do Exército e da Marinha, mais reticentes do que a FAB em liberar informações. E dessa forma, foi elaborado um novo documento por parte da Ufologia Brasileira, a Carta de Foz do Iguaçu 2012, apresentada e assinada durante o IV Fórum Mundial de Ufologia (I UFOZ 2012), que ocorreu entre 06 e 09 de dezembro de 2012. O documento pedia a abertura irrestrita de informações ufológicas de posse das três Armas, e principalmente a criação de um grupo misto, composto por civis e militares para estudo da fenomenologia. Finalmente, este resultou em outro momento histórico.
UFÓLOGOS BRASILEIROS QUEREM QUE A ONU REABRA AS DISCUSSÕES SOBRE A PRESENÇA ALIENÍGENA NA TERRA E UFÓLOGOS DE VÁRIOS PAÍSES QUEREM QUE O BRASIL LIDERE A INICIATIVA
Em 18 de abril de 2013, de maneira inédita em todo o mundo, o Ministério da Defesa do Brasil recebeu representantes de Exército, Marinha e Aeronáutica para se reunirem com a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), a fim de discutirem não somente a abertura dos arquivos sobre UFOs das três Armas, mas também o início de uma parceria entre militares e ufólogos, culminando com a criação de um Grupo de Trabalho dentro daquele Ministério, para discutir a ambicionada comissão mista para estudar ocorrências ufológicas em Território Brasileiro. Os trabalhos encontram-se ainda nos estágios iniciais, mas sem dúvida trata-se de um feito extraordinário, conseguido através da Carta de Foz do Iguaçu, em sua primeira edição.
Quando, entre 29 de abril e 03 de maio, poucos dias após esse memorável acontecimento, o Brasil liderou a delegação sul-americana durante as Audiências Públicas sobre Abertura em Washington, realizadas pelo Paradigm Research Group (PRG), entidade comandada pelo ativista Stephen Bassett, o feito da Ufologia Brasileira causou admiração em todos os demais pesquisadores. Ufólogos norte-americanos o compararam a eles próprios serem recebidos por seus militares no Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, para falar a respeito da liberação de informações ufológicas.
A destacada participação brasileira rendeu o convite para participar de uma reunião extra de trabalho, liderada pelo próprio Bassett e pelo ex-senador norte-americano Mike Gravel, participante da mesa de autoridades das Audiências Públicas. E nessa reunião as sugestões de A. J. Gevaerd, editor da Revista UFO, e do professor Wilson Picler, histórico colaborador da Ufologia Brasileira, foram não somente elogiadas, mas incorporadas ao objetivo mais grandioso já traçado pela Ufologia Mundial. A Carta de Foz do Iguaçu 2013 é o resultado desses contatos, que têm se repetido ao longo dos últimos meses até ser produzida sua versão final, que já está disponível para todos os interessados neste link.
Não é a primeira vez que o assunto dos discos voadores é discutido no âmbito das Nações Unidas, como a própria Carta descreve no trecho apresentado abaixo. Mas o ineditismo desta iniciativa reside no fato de ela estar firmemente embasada em atitudes tomadas pelo próprio Governo, após acionado por ufólogos. Por isso mesmo o Brasil tem assumido papel de liderança mundial no trato de informações públicas relativas à Ufologia, credenciando-o como um dos países membros mais apropriados para propor a retomada das discussões. Dessa forma, a Carta de Foz do Iguaçu 2013 traça para as autoridades um panorama vanguardista emb
asado em premissas e fatos irrefutáveis, pretendendo mais do que resolver a demanda pelo fim dos segredos ufológicos, mas, principalmente, a discussão ampla e sem preconceito, de um dos mistérios que mais aflige os humanos. Destacamos abaixo alguns dos trechos mais significativos do documento:
Sobre os resultados da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já:
“Considerando-se que esta realidade foi confirmada pelos resultados da campanha \’UFOs: Liberdade de Informação Já\’, conduzida desde 2004 pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) por meio da Revista UFO, especialmente na forma de documentos gerados pelas três Forças Armadas, em especial a Aeronáutica, gradualmente sendo enviados ao Arquivo Nacional, em Brasília, e que atestam o registro de tais veículos em voo, sob perseguição de nossos caças, em processo de aterrissagem e até mesmo em contato com nossos habitantes, embora a maioria desses dados tenha sido classificada em categorias de sigilo, assim permanecendo por décadas, vindo somente agora à tona por meio da Legislação atual, sobretudo nos anos anteriores e posteriores à sanção da Lei de Acesso à Informação (12.527/2011)”.
“Considerando-se que, como resultado direto da campanha “UFOs: Liberdade de Informação Já”, significativos esforços também têm sido colocados em prática pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), agora em parceria com o Ministério da Defesa, para que as informações já obtidas pelas nossas Forças Armadas sobre o Fenômeno UFO no País sejam devidamente estudadas e as conclusões de tais estudos livremente disponibilizadas à sociedade brasileira, sem preconceito ou restrição de qualquer origem”.
Sobre as tentativas anteriores de discussão dos UFOs na ONU:
“Considerando-se que, desde a década de 60, a Organização das Nações Unidas (ONU) vem recebendo propostas e pedidos independentes para que o objeto das considerações acima se estabeleça em nível internacional, a exemplo do que ocorreu em 1965, quando o órgão foi provocado quanto ao tema visando-se à criação de um grupo de estudos sobre a existência de formas vida extraterrestre inteligente, levando-se em consideração a alta possibilidade daquelas estarem visitando nosso planeta e serem as responsáveis pelos veículos representados pelo Fenômeno UFO”.
“Considerando que, em meados de 1970, o primeiro-ministro de Granada, Eric Matthew Gairy, iniciou procedimentos para levar oficialmente o tema para a agenda de discussões da Organização das Nações Unidas (ONU), o que resultou em audiência oficial no Comitê Político Especial do órgão em 28 de novembro de 1978, durante a 32ª Assembleia Geral, e que no ano anterior, em discursos feitos em 30 de novembro e 06 de dezembro de 1977, os requerimentos de Granada à ONU levaram à sua decisão 32/424, que aceitava a proposta do país caribenho para discussão do tema de maneira ampla no órgão”.
Sobre o papel de liderança que cabe ao Brasil assumir:
“Considerando-se que o Brasil promoveu nos últimos anos, como resultado direto da campanha civil “UFOs: Liberdade de Informação Já”, movida pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) por meio da Revista UFO, a mais respeitada abertura ufológica do planeta, com a liberação de milhares de páginas de documentos antes sigilosos sobre o tema, produzidos a partir de investigações conduzidas principalmente pela Força Aérea Brasileira (FAB) e hoje disponibilizados no Arquivo Nacional, em Brasília, posicionando a Nação na vanguarda mundial quanto ao reconhecimento do Fenômeno UFO”.
NA RETA FINAL PARA A GLOBALIZAÇÃO UFOLÓGICA
A Carta de Foz do Iguaçu 2013 foi protocolada no Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em Brasília, nesta última quinta-feira, 12 de dezembro de 2013, e é endereçada ao embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, ministro das Relações Exteriores. O pedido para que o Brasil assuma a liderança do movimento que pede o fim dos segredos ufológicos e a abertura completa dos arquivos classificados de todas as nações deve chegar em breve às mãos da presidente Dilma Rousseff, a quem cabe determinar as linhas de atuação da política externa de nosso país.
A demanda dos ufólogos do Brasil e do mundo é muito simples: que nosso país assuma o papel de protagonismo e liderança já desempenhado pela Ufologia Brasileira, cuja participação em inúmeros eventos ao redor do mundo nas últimas décadas tem rendido somente espanto pela intensa casuística que ocorre em nosso território, e rasgado elogios diante do profissionalismo, produtividade e eficiência de nossos pesquisadores.
O direito à livre informação, como destacado na própria Carta de Foz do Iguaçu, consta da Carta da ONU, e essa instituição, representando a vasta maioria das nações deste planeta, é sem dúvida a de maior representatividade e legitimidade para a discussão dessa questão tão importante, que diz respeito à toda a humanidade: a de que não somente não estamos sozinhos no Universo, mas que há muito tempo nossos vizinhos cósmicos têm nos visitado. “Estamos dando um passo ousado, é verdade, mas igualmente concreto e consciente no sentido de levarmos o tema UFO à Organização das Nações Unidas (ONU)”, declarou o editor de UFO A. J. Gevaerd, coordenador do V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013) e um dos redatores da Carta de Foz do Iguaçu 2013.
Leia aqui a íntegra da Carta de Foz do Iguaçu 2013
Ministério da Defesa e ufólogos acertam canal de comunicação inédito no mundo
Tema da abertura ufológica deve ser discutido na ONU
Quarto dia de conferências do II UFOZ 2013
Saiba mais:
Livro: UFOs: Arquivo Confidencial
Saiba o que há por trás da política de acobertamento do Fenômeno UFO mantida por nossas autoridades. Esta obra expõe casos ufológicos de gravidade ocorridos no Brasil, que permanecem até hoje sob sigilo. UFOs: Arquivo Confidencial – Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira também mostra os bastidores do Caso Varginha e apresenta as linhas de ação militar para a captura e transporte dos seres extraterrestres, além da intervenção de autoridades norte-americanas no processo. O autor, Marco Antonio Petit, é um dos mais conhecidos e respeitados ufólogos brasileiros, coeditor da Revista UFO há 20 anos e autor de várias obras sobre a presença alienígena na Terra.