Uma abordagem no que se refere à Ufologia requer, inicialmente, uma atenção detalhada, principalmente tendo em vista que se trata de um estudo muito complexo e representa um dos maiores enigmas da História. Afinal, o que há de verdade nisso tudo? Estamos sendo visitados por seres pertencentes a outras civilizações? Desde quando? Qual o seu propósito? Embora muitos concordem com a existência dos UFOs, ainda nos questionamos se seriam viajantes do tempo ou habitantes de outras dimensões. O certo é que há muitos anos nos visitam, havendo, portanto, uma perspectiva histórica a ser considerada. Ao buscarmos evidências nos registros de antigas civilizações terrestres, por exemplo, encontramos indícios de que a presença de alienígenas está inserida de alguma forma na cultura, religião e costumes daqueles povos antigos, das mais diversas regiões do planeta.
Na Índia, por exemplo, textos antiqüíssimos relatam experiências com discos voadores. Um deles, traduzido por um sábio indiano da Universidade de Calcutá, em 1996, descreve o avistamento de naves gigantescas que sobrevoavam nosso planeta. De acordo com o manuscrito, elas nunca aterrissavam e às vezes lançavam veículos menores – chamados pelos antigos indianos de vimanas –, que assustavam os nativos. Em outras regiões, como a sumério-babilônica, povos antigos também relatavam a presença de seres divinos que viajavam em máquinas com fumaça, fogo e barulho, muito semelhantes a algumas ocorrências descritas na Bíblia. Na Mesopotâmia, atual Iraque, milhares de tábuas de argila descobertas recentemente tiveram sua construção atribuída ao povo sumério, que habitava antigos povoados. Estas tábuas revelariam que aquela civilização não era humana, e sim oriunda de uma cultura muito mais avançada, a dos deuses que possuíam uma realidade física. Eles teriam vindo do planeta Nibiru – o que coincide com a descrição do Planeta X, procurado por astrônomos em nosso Sistema Solar. No texto Enuma Elish, estudado e decifrado pelo estudioso russo Zecharia Sitchin, é possível encontrar um relato épico que descreve detalhadamente a formação do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos. Nele é descrito também um planeta que os babilônios denominaram Marduk, e que representaria o Nibiru dos sumérios. Segundo Sitchin, Marduk seria um planeta errante introduzido em nosso Sistema Solar por um acontecimento cósmico desconhecido.
Sua órbita, entre Netuno e Urano, giraria no sentido horário, inverso do que seguem os outros planetas do Sistema Solar. O efeito gravitacional combinado dos outros planetas teria desviado Marduk até o centro do sistema, em desenvolvimento, havendo uma colisão em sua trajetória com outro planeta, chamado Tiamat. Com o impacto, Tiamat teria se dividido em dois e uma dessas partes viria a formar a Terra, desviada por uma das luas de Marduk para uma nova órbita. Em posterior colisão, de Marduk com a metade restante de Tiamat, teria sido formada a faixa de asteróides entre Marte e Júpiter.
Para os sumérios, os deuses habitavam Marduk ou Nibiru, e eram chamados de anunnaki, “os que vieram do céu para a Terra”. Segundo as tábuas, o deus supremo Anu viveria em Nibiru, embora fosse muito difícil a sobrevivência em um planeta que teria passado por incríveis cataclismos, pois a evolução se tornaria mais difícil. Dessa forma, onde evoluíram os deuses? Uma das possíveis teorias é que Nibiru seria um planeta muito semelhante à Terra, em um sistema estelar próximo. Parece lógico concluir que os deuses chegaram à Terra não de Nibiru, mas passando por esse planeta. Ou seja, Nibiru não teria sido seu mundo de origem, e sim uma espécie de base ou observatório astronômico. Mas por que tais deuses fariam essa longa viagem? Conforme os textos sumérios, eles chegaram à Terra como “deuses de carne e osso”, com o objetivo de explorar sua riqueza mineral. Para esta finalidade criaram primitivos e híbridos seres humanos. Os textos referiam-se repetidamente a acontecimentos de quando apenas os deuses estavam na Terra e o homem ainda não havia sido criado. Depois de certo tempo, “deuses menores” teriam se rebelado e protestado por seu excesso de trabalho. Isto coincidiu com a visita de Anu à Terra. Para aplacar os rebeldes, Enki, primogênito do deus supremo, e Ninharsag, sua meia irmã, propuseram criar por engenharia genética um escravo à “imagem dos deuses”, segundo aquela escritura.
Pelos atributos com os quais o homem foi criado, pode-se deduzir que a finalidade de seus criadores relacionava-se com a exploração dos recursos naturais do planeta, como os minerais. Sitchin, então, foi relacionando diversas evidências que sugeriram Abzu, no hemisfério sul, como a região mais provável do início das atividades extraterrestres em nosso planeta, sendo a África do Sul o local onde as extrações minerais teriam se iniciado. As terras africanas sempre foram muito ricas em minérios, como o ferro, cobalto, ouro e diamantes e, mesmo parecendo impossível, as extrações minerais são realizadas há mais de 200 mil anos. Isso sugere que a região teria sido o primeiro local da criação de seres humanos híbridos, utilizados como escravos.
Décimo Planeta — Em uma conferência sobre a origem do homem, em 1992, todos os participantes apoiaram a teoria de que a Eva Mitocondrial – o mais primitivo antecessor do homem – foi um africano, o que é confirmado por fósseis encontrados na Etiópia, Quênia e África do Sul. Com isso, pode-se confirmar claramente que os supostos deuses vieram ao nosso planeta com o objetivo de explorar as abundantes riquezas naturais. Por esse motivo, precisavam de escravos que fizessem o trabalho árduo das explorações nas minas subterrâneas. Em 1983, o Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS) fotografou um grande objeto na imensidão do espaço. O astro seria tão grande quanto Júpiter e provavelmente poderia fazer parte do nosso Sistema Solar. Em 1987, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou oficialmente que admitia a provável existência do chamado Planeta X. Em uma conferência realizada no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia, o pesquisador John Anderson declarou: “Um décimo planeta pode estar orbitando o Sol. Sua localização seria três vezes a distância entre o Sol e Plutão”. A Confirmação da existência deste planeta aumentaria a credibilidade do que foi descrito por povos antigos, principalmente os sumérios e babilônicos. Entretanto, algumas pessoas atribuem ao desconhecido orbe diversas outras denominações e significados.
Nas tradições de conhecimentos esotéricos, por exemplo, este
10º planeta é chamado de Hercólubus. Os dogon, da remota região da África Oriental chamada Mali, acreditam que seus deuses, denominados por eles de nommos, teriam vindo de um planeta do sistema estelar de Sírius, há cinco ou seis mil anos. Em representações artísticas, os dogon retratam os nommos com partes do corpo humanas e outras semelhantes a répteis, lembrando o sumério Enki. Coincidência? Os textos religiosos de muitos povos antigos também referem-se a deuses provenientes de algum lugar diferente da Terra.
Erich von Däniken acredita que as aparições de UFOs sejam, na verdade, o retorno de supostos deuses. Mas o que nossos antepassados viram e acreditavam ser manifestações angelicais, não passavam de naves extraterrestres que aterrissavam constantemente na Terra. As figuras de Nazca, no Peru, por exemplo, são algumas provas disso. Segundo Däniken, seria absurdo pensar que os ETs usariam pistas de aterrissagem, porque ali não havia ninguém para construí-las. Entretanto, suas naves deixaram marcas. Por que em Nazca? Talvez pela aridez do local, não sabemos. O fato é que, ainda hoje, a região é a mais rica em minérios do Peru: ferro, ouro, prata, etc. Quando tais deuses desapareceram, tudo o que deixaram para trás foram marcas, sinais, vestígios.
A própria Bíblia está repleta de passagens que, interpretadas segundo nossos conhecimentos, revelavam já naquele tempo a presença de naves aéreas e seres celestes com incríveis poderes. Um exemplo pode ser encontrado no Antigo Testamento, em uma descrição de seres celestes feita pelo profeta Ezequiel. Eles teriam fornecido instruções muito precisas quanto aos seres humanos. Além disso, até mesmo em documentos antigos, como os textos da Mesopotâmia, anteriores à Bíblia, é possível encontrar indícios de que nossos ancestrais seriam resultantes de experimentos de engenharia Genética. Nos Manuscritos do Mar Morto – verdadeiro achado arqueológico – também são evidentes a presença e a interferência dos extraterrestres na história da Humanidade, que não podem mais ser ignoradas. E como afirmou sabiamente Erich von Däniken: “As grandes religiões já não conseguem dar respostas satisfatórias. As pessoas não desejam apenas acreditar, mas também querem saber”.
Ufologia Contemporânea — Desde a primeira observação oficial de um disco voador, em 1947, quando se deu o chamado nascimento da Ufologia, inumeráveis casos ufológicos indicaram a presença de extraterrestres em nosso planeta, com objetivos até agora indefinidos. Afinal, o que desejam? Porque estão agindo aqui? Qual a origem desses visitantes? Infelizmente, uma eficiente campanha de acobertamento mantida pelos governos e capitaneada pelos Estados Unidos sempre impossibilitou a obtenção de informações e esclarecimentos quanto ao assunto. É possível notar facilmente a constante incapacidade de se encontrar uma explicação definitiva para o Fenômeno UFO, pois quanto mais nos aprofundamos nas pesquisas, mais dúvidas surgem, tornando o assunto cada vez mais complexo. Sem dúvida, é inquestionável a veracidade de muitos contatos, mas até que nível? A falta de coerência e a desinformação existente em muitas obras sobre o assunto certamente dificultam ainda mais o trabalho dos estudiosos, além de prejudicar a tão frágil credibilidade que os céticos conferem ao tema. Ao que parece, existem certos grupos desejosos em manter as pesquisas ufológicas nessa posição, inofensiva.
A investigadora ufológica Jenny Randles, ex-diretora da British UFO Research Association (Bufora), certa vez declarou que temia que a Ufologia tivesse se transformado em um mercado com um potencial muito lucrativo, “a ponto de ter sido perdido o controle em favor das companhias que dominam os meios de comunicação”. Em grande parte, surgem teorias de conspiração alimentadas pelo aspecto comercial da Ufologia. Isso certamente aumenta o escasso volume de informações legítimas sobre discos voadores. Mas também promove o acobertamento de alguns fatos, provocado mais pela ignorância do que pela vontade de se esconder a verdade. Os serviços de inteligência procuram manter em segredo qualquer informação ufológica, não porque possuam provas convincentes, mas sim devido à sua ignorância e à necessidade de manter as evidências encobertas. Entretanto, desde os primeiros projetos oficiais para se estudar e avaliar o fenômeno, como o Projeto Sign, substituído pelo Projeto Blue Book, nos Estados Unidos, não foi possível esconder da opinião pública as ondas de aparições de naves extraterrestres que ocorriam em todo o planeta. Embora tais acontecimentos fossem notórios e evidentes, um grande processo de acobertamento e manipulação intencional, individual ou de massas, sempre esteve em andamento.
A própria Ufologia dispõe de inúmeros casos absurdos, que muitas vezes são aceitos e propagados ingenuamente, sem uma checagem séria e minuciosa. Já as ocorrências de contatos e abduções, no entanto, são cruciais para entendermos a temática da realidade extraterrestre e sua presença no planeta. Infelizmente, no entanto, cerca de 90% do material ufológico disponível, como fotografias e filmes, são fraudes ou interpretações errôneas de fenômenos mal identificados, o que nos deixa com uma porcentagem pequena, mas significativa, de casos verdadeiros. Os materiais que chegam à mídia geralmente recebem uma rotulação duvidosa e, se analisados, são quase sempre tachados como fraudes. O Caso Roswell, por exemplo, tornou-se uma espécie de paranóia ufológica, parecendo ser utilizado como artifício para que outros casos sejam pouco divulgados e encobertos, embora seja inegável sua natureza marcante.
Autópsia de ETs — Anos atrás também foi veiculado pela mídia um polêmico documentário da Fox Network britânica, Autópsia de um extraterrestre: realidade ou fantasia?, que teria sido produzido em 1947. As imagens deixaram no ar uma única pergunta: seriam autênticas? Adquirido pelo produtor Ray Santilli, por 200 mil dólares, o filme se referia à queda de um disco voador e mostra a suposta autópsia de um ser extraterrestre num hospital norte-americano. Contudo, após diversas análises realizadas nas filmagens, as opiniões se dividiram [Veja UFO 40, 42 e 44]. A teoria que ganhou mais força entre os ufólogos é a de que o filme seria uma falsificação realizada pelas autoridades para difundir dúvidas sobre o incidente em Roswell. Dessa forma, manipularia a opinião pública e a levaria a acreditar que aquilo nunca ocorreu. Mais recentemente surgiram as filmagens da queda de um UFO em uma remota região da Sibéria, na extinta URSS, que teriam se dado em 1969. Elas teriam sido vendidas por agentes da KGB a um militar russo e depois repassadas ao Ocidente. As imagens, obtidas no mercado negro soviético por 10 mil dólares, mostravam os destroços de um dis
co voador sendo resgatados por militares da KGB e a autópsia de partes do corpo de um extraterrestre, que teria sido encontrado juntamente com a nave [Ver UFO 61]. Análises preliminares realizadas no filme indicaram uma fraude realizada pela KGB, o que fez com que as opiniões novamente se dividissem. No Brasil, os estudiosos Ricardo Varela e Claudeir Covo, respectivamente consultor e co-editor de UFO, confirmaram a ilegitimidade das imagens. Mais uma campanha de desinformação?
Enfraquecedores de Opinião — Além disso, logo em seguida, um novo filme surgiu para aumentar a galeria do que chamamos de “enfraquecedores de opinião”. Ao que tudo indica, essas novas imagens foram roubadas do Nellis Air Force Range, próxima a também conhecida Área 51. O filme teria sido roubado de um acerto que contaria com centenas de filmes secretos de entrevistas com extraterrestres. Nas imagens, podem ser vistos dois homens entrevistando uma criatura supostamente alienígena [Veja box]. Alguns segundos da fita foram apresentados no programa de televisão dos EUA Strange Universe, em abril de 1997, provocando intensa reação dos meios de comunicação e redespertando o interesse público pela Área 51. Isso, oito anos depois do físico Robert Lazar ter revelado que os militares estavam construindo nove naves extraterrestres naquele local. Portanto, a sofisticação da atual tecnologia dos efeitos especiais exige ainda mais cuidado e critérios dos que forem assistir a filmes do gênero. Felizmente, há uma preocupação por parte dos pesquisadores de que, sobre estas “provas” da existência de extraterrestres, veiculadas pela mídia, não prevaleçam interesses comerciais contrários ao estabelecimento da verdade.
“A Ufologia considera-se uma ciência emergente, mas existem poucos ufólogos honestos trabalhando nela, que está cheia de segredos e rumores… Ficamos ocupados discutindo a legitimidade dos documentos Majestic 12 (MJ-12), ou se o telefone que aparece no filme Autópsia de um Extraterrestre era de verdade”, indigna-se o jornalista George Knapp, que se tornou conhecido internacionalmente. “Dediquei-me à Ufologia por mais de 10 anos e, infelizmente, não vejo perspectivas de melhora”, concluiu. Os constantes atritos não só impedem que seja dada a cobertura adequada ao tema, como também desestimulam os cientistas e pesquisadores. Muitas declarações surgem para alimentar a fantasia e dificultar o quebra-cabeças em torno do Fenômeno UFO. As de John Lear, em 29 de dezembro de 1987, por exemplo, foram sobre o lado obscuro das operações da Área 51, que para ele era controlada por alienígenas. Lear, inspirado por Milton William Cooper, afirmava que o próprio governo norte-americano permitia que extraterrestres abduzissem cidadãos em troca de sua tecnologia. Haveria, portanto, uma conspiração, que incluiria implantes, AIDS, drogas, fábricas de robôs e planos para escravizar a população terrestre.
Igualmente, Cooper, em suas declarações de 17 de novembro de 1989, sobre conspirações e um suposto plano de contingência para a invasão alienígena, veio acrescentar mais dúvidas, incoerências e confusão ao meio ufológico. “O perigo maior está no fato de a Ufologia estar escapando das mãos da comunidade de ufólogos e se transformando em um brinquedo para o mercado”, declarou a pesquisadora inglesa Jenny Randles.
No livro The Day After Roswell o falecido coronel Philip J. Corso afirma ter recebido ordens de desmontar a nave alienígena que caiu em Roswell, em 1947. Sua tecnologia, analisada exaustivamente, foi transferida para laboratórios que já estavam trabalhando em idéias semelhantes, e se tornou responsável por inovações milagrosas que tivemos em nossa própria tecnologia, tais como a invenção de circuitos integrados, raios laser, fibras óticas, instrumentos de visão noturna e fibras hipertensas. Segundo Corso, não foi possível descobrir de onde vieram as naves e os seres, denominados pelas autoridades da época de Entidades Biológicas Extraterrestres (EBEs). Acreditou-se que eram clones construídos especificamente para viajar pelo espaço, e que alguns discos voadores teriam se acidentado por uma falha no sistema de controle. Muitos ufólogos, no entanto, acreditam que algumas declarações de Corso seriam fantasiosas, pois apesar das inovações milagrosas aparecerem depois do acidente, muitas já estariam patenteadas antes do coronel ter dito que as havia recebido, em 1961. Como exemplo temos Charles Townes e Arthur Schalow, que inventaram o laser em 1958 e o patentearam no mesmo ano.
Nave Desmontada — Os circuitos integrados também foram apresentados pela primeira vez em 1955 e patenteados em 1958, por Jack Kirby. Em relação às fibras óticas, o princípio já era conhecido há bastante tempo pelos físicos, faltando apenas materiais adequados para construi-las. Mais campanha de desinformação? Em favor dessa tese, a versão de Corso tem muitos pontos duvidosos, valendo-se de que houve realmente um acidente em Roswell em 1947 [Veja UFO 56]. Se os militares negam que ocorreu o acidente em Roswell, todas as declarações e a história de Corso não passariam de pura invenção. Mas em quem deveríamos acreditar, nas autoridades dos Estados Unidos ou nas declarações de um coronel aposentado que participou da inteligência militar? Será que todas essas inovações tecnológicas as quais Corso se refere foram verdadeiramente inspiradas em tecnologia extraterrestre? Não há evidências que permitam apoiar ou refutar suas declarações, e somente seu notável histórico militar é suficiente para lhe dar credibilidade. Entretanto, muitos críticos argumentam que as invenções, supostamente originárias de tecnologia alienígena, possuem uma extensa história de pesquisa que prova sua origem terrestre, embora isso também possa ser um disfarce para ocultar a verdadeira origem das tais inovações.
Mas será que a Ciência não tem capacidade para, por si mesma, fazer descobertas? O conhecimento científico não evolui à custa de esforços próprios e pesquisas? Como acontece em muitas das meias-verdades que existem ao redor da Ufologia, selecionamos as evidências e as provas que melhor nos convêm, e talvez Philip Corso estivesse aproveitando o fascínio das pessoas por UFOs e conspirações militares. Segundo seu relatório, os humanóides encontrados nos destroços da nave eram geneticamente alterados, entidades biologicamente clonadas que cultivavam espécies biológicas para a realização de experiências na Terra. As intenções dos extraterrestres, portanto, eram e continuavam sendo hostis, e os militare
s tomaram as providências necessárias para atenuar a ameaça alienígena. Entretanto, os fatos deste caso continuam um mistério, sendo provável que continuem assim. Registros históricos demonstram a presença extraterrestre há milhares de anos, e não faz mais sentido supormos que justamente em nossa época queiram nos dominar ou escravizar, pois se assim fosse já o teriam feito.
Para analisar a possibilidade da existência de vida inteligente em outros planetas, o escritor e pioneiro dos satélites artificiais Isaac Asimov pesquisou diversos casos, em uma grande variedade de hipóteses. Ele concluiu, não necessariamente por cálculos reais, que as 21 civilizações mais avançadas da Via Láctea encontram-se a aproximadamente 13.500 anos-luz de nosso planeta, e estariam distribuídas ao acaso. À 37 anos-luz da Terra, por exemplo, existem duas estrelas semelhantes ao Sol, Zeta Reticuli 1 e 2, que provavelmente têm planetas ao seu redor. A probabilidade de que uma civilização estabelecida em algum deles realize uma viagem interestelar à Terra é muito grande, porque sabemos que essas estrelas são um bilhão de anos mais antigas que o Sol. Se em aproximadamente 100 anos passamos da carroça ao avião supersônico, o que aconteceria então com uma civilização bem mais antiga que a nossa? Milhares de anos mais antiga? A própria Ciência já admite teoricamente a existência de “atalhos” no Universo – como buracos negros, buracos de minhocas e dobras dimensionais – que tornariam as viagens interestelares bem mais viáveis.
Contatos e Abduções — Com a popularização dos contatos, sobretudo na década de 50, iniciou-se uma série de narrativas de pessoas que afirmaram ter conversado com seres espaciais. Desde George Adamski, passando por Daniel Fry, Truman Bethurum, Cedric Allingham, Orfeo Angelluci, Salvador Villanueva Medina, João Freitas Guimarães, etc [Veja UFO Especial 20 e 21], tais narrativas foram se intensificando e chegaram finalmente às abduções, aos implantes e outras coisas mais. A “década do contato”, como ficou conhecida, trazia também supostas mensagens de alienígenas, em sua maioria de cunho messiânico. Por coincidência, estávamos no auge das experiências atômicas. Concomitantemente a isso, a abdução do casal Betty e Barney Hill, em setembro de 1961, marcou o início dos relatos sobre viagens em discos voadores e experiências médicas e genéticas. Tal fato é importante porque pela primeira vez foram empregadas técnicas científicas para o entendimento da abdução. Atualmente, existem milhares de casos que têm sua autenticidade baseada nos indícios obtidos por regressão hipnótica. Mas, infelizmente, nem sempre a técnica é empregada com o mesmo rigor dos testes feitos com o casal Hill. Os psiquiatras ainda estão divididos quanto à utilização da hipnose, pois acreditam que ela tanto pode estimular fantasias e sonhos como trazer à tona experiências reais. A freqüência e as semelhanças nas declarações dos abduzidos podem indicar uma consciência compartilhada, cuja origem pode ser terrestre ou extraterrestre.
Ladrões Genéticos — Embora ainda não tenhamos uma resposta definitiva, é fato que muitas vítimas de abdução tiveram recolhimento de óvulos e espermas, indicando a existência de experiências genéticas em andamento. O mais incrível é que estas características são repetitivas. Se o objetivo é a criação de seres híbridos, eles provavelmente têm uma finalidade específica. Mas a freqüência das abduções e a obtenção de nosso DNA em diferentes partes do planeta deixam certas dúvidas. Estariam criando uma raça de escravos híbridos, tal como no relato sumério Enuma Elish? Contudo, experiências genéticas, implantes e mutilações de animais são fatores que ainda não podemos entender definitivamente. E representam somente algumas poucas peças desse imenso quebra-cabeças.
Além da manipulação de seu material genético, muitos abduzidos relatam experiências com implantes. Nos últimos anos, sua procura e identificação, bem como a comprovação quanto à origem extraterrestre, têm sido constante por parte dos pesquisadores. No início, muitos duvidaram das cicatrizes encontradas em diversas pessoas que alegavam ter sido abduzidas por ETs. A maioria dos casos ocorreu nos Estados Unidos e são relativamente raras ocorrências desse tipo em outros países, embora também tenham altos índices de abduções. Em outras ocasiões, pessoas que nunca viram discos voadores, e desconhecem que foram abduzidas, também apresentam cicatrizes ou marcas suspeitas. É provável até mesmo que tenham sido seqüestradas e ignorem esse fato. Na década de 70, abduzidos informaram que objetos estranhos foram alojados em seus corpos e, na década de 80, o número de casos aumentou.
Anteriormente, estes implantes eram introduzidos pelo nariz, mas depois se verificou uma mudança quanto aos locais. Agora, já é possível encontrarmos estranhos objetos na cabeça, ouvidos, boca, mãos e pés de abduzidos que vêm sendo pesquisados por estudiosos de todo o mundo. O doutor David Pritchard, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), por exemplo, fez um estudo minucioso sobre os implantes e afirmou que não podia identificar sua natureza – embora apresentassem características orgânicas. Já o doutor John E. Mack da Universidade de Harvard, acha que não seria difícil para os extraterrestres adaptarem os implantes para que se formassem de acordo com a química do organismo de cada abduzido.
Se os implantes não são produtos biológicos naturais, teriam uma origem extraterrestre? No livro The Controllers, Martin Cannon sugere que civis inocentes são raptados por alguma ramificação secreta do governo dos Estados Unidos, possivelmente a CIA, e sofrem implantes de dispositivos de controle mental. Dessa forma, essas pessoas trabalhariam para o governo sem saber o que estão fazendo. As vítimas clássicas de uma abdução poderiam, no caso, ser produtos desses experimentos. Sugestões hipnóticas seriam usadas para programá-las a pensar que tiveram um autêntico encontro extraterrestre e, assim, serem desacreditadas.
No dia 13 de abril de 1953, o programa oficial e secreto de pesquisas Mk-Ultra, da CIA, veio reforçar essa hipótese. Era dividido em 140 subprojetos, dos quais alguns se dedicavam à eletrônica, com a possibilidade de “ativar o organismo humano através de controle remoto”, segundo sua documentação. No en
tanto, prevalecia como principal objetivo a lavagem cerebral, que deveria ser utilizada somente em informantes e espiões. “A estimulação eletrônica do cérebro consistia em implantar nele uma pequena sonda, que permitiria exercer poder total sobre o indivíduo”. Também há muitas especulações sobre a realidade dos implantes e sua função. Para muitos pesquisadores, no entanto, ainda não foi encontrada qualquer relação dos implantes com extraterrestres. Tampouco descobriu-se a função desses dispositivos. De acordo com alguns ufólogos, tais artefatos nada mais são do que tumores normais. Já segundo o estudioso Derrel Sims, descobertas recentes atestam uma origem meteórica para essas substâncias, e verificou-se que os implantes apresentam magnetismo.
Extraterrestres, discos voadores, implantes, abduções, mutilações, conspirações, etc, fazem parte do grande enredo e da caricatura ufológica. Mas qual é a verdade nisso tudo? A Ciência tenta encontrar vida extraterrestre em planetas do nosso Sistema Solar e fora dele, observando astros longínquos e colocando a probabilidade de vida alienígena em evidência. A incrível capacidade de viajar no tempo, no espaço, tornar-se invisível, levitar, atravessar paredes, comunicar-se telepaticamente, tudo isso nos faz pensar em seres evoluídos, mas se eles estivessem realmente em nosso planeta, não seria necessário usar mensagens como os círculos nas plantações para decifrarmos a comunicação. Não faz sentido que espécies avançadas, capazes de viajar anos-luz para visitar a Terra, necessitem mutilar animais para resolver seus problemas biológicos ou extrair nossos materiais reprodutivos, quando de nossas células poderiam cloná-los.
Exploração Mineral — Se no passado, como revelam os textos sumérios decifrados por Zecharia Sitchin, os anunnaki aterrissaram na Terra e criaram primitivos habitantes para realizarem o trabalho duro nas explorações minerais, em tempos atuais poderia haver alguma diferença? A casuística revela a existência de várias raças nos visitando, com os mais diversos interesses. Mas se esses seres acompanham nosso dia-a-dia, devem nos considerar primitivos e idiotas, ou nos fazem de cobaias para seu divertimento. Eles fazem o que bem entendem conosco: invadem nossas mentes, nossas privacidade, raptam-nos, enviam mensagens sobre os destinos de nosso planeta, que na verdade já sabemos, e quando deixam provas de sua presença, estas nada mais são do que rochas e escritos… Mas por que há tanta necessidade de se ocultar o Fenômeno UFO por parte de nossas autoridades? Negar a presença extraterrestre é negar a verdade e fazer com que a mentira, a falsidade e a tirania nunca tenham fim. Aquilo que chamamos erroneamente de Humanidade apenas parte de algo mais complexo, espalhado pelo Cosmos. Compreender isso pode ser a chave para entendermos nosso comportamento e o dos seres extraterrestres, intraterrestres, qualquer que seja o local de onde possam originar-se. Não adquirimos maturidade suficiente para respeitar e ser respeitados e, por causa disso, não passaremos de um grande laboratório para sermos estudados, analisados. Tardiamente poderemos descobrir que tão cedo não teremos chances de participar da elite cósmica.
Rigor científico e sigilo militar absoluto
Vários projetos militares e secretos foram empregados para encobrir e desacreditar a presença extraterrestre no planeta. Muitos oficiais de altas patentes participaram dessas operações e hoje, estimulados pela mídia, estão revelando isso publicamente. O ex-coronel do Exército do Estados Unidos, Robert Dean, por exemplo, é um deles. Há seis anos revelou detalhes do documento Análise, um estudo muito dispendioso encomendado pelo governo ao Exército sobre o assunto, que demorou três anos para ser concluído e envolveu 15 países. Análise, segundo Dean, é um documento secreto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre seres extraterrestres e sua participação na história da Humanidade desde seus primórdios.
Ele revelaria ainda a existência de um plano ou processo alienígena na Terra, de acordo com o qual a raça humana estaria sendo observada constantemente por várias civilizações cósmicas. Também concluiria que os extraterrestres não oferecem nenhuma ameaça aos humanos, mas que é impossível alcançarmos seu nível tecnológico. Em relação às espécies de seres que nos visitam, o documento Análise mencionaria que existem quatro grupos conhecidos. Um deles, chamados de “reptílicos”, tem pele verde parecida com a de répteis, escamosa e enrugada. Outro grupo tem seres quase idênticos a nós e são chamados de “nórdicos”. Estes são os que mais preocupavam os membros da OTAN. O relatório indicava também que poderiam existir mais de 100 espécies de ETs. Análises concluíram que até mesmo nossas religiões podem ter se originado de contatos com esses seres, muito mais evoluídos que nós.
Um ET cativo nos Estados Unidos?
A entrevista com um suposto alienígena na Área 51 é um dos temas mais polêmicos da Ufologia. Apresentada num vídeo produzido pelo ufólogo italiano Giorgio Bongiovanni, a matéria causou espanto na Comunidade Ufológica Internacional quando foi lançada, há cinco anos. Se verdadeira, a entrevista seria a primeira filmagem de um ET de que se tem conhecimento, obtida dentro da secretíssima instalação militar do governo norte-americano, no Deserto do Nevada. Lá são realizados avançados testes com protótipos de aviões revolucionários e tecnologia de ponta, mantidos longe do conhecimento público. Entre as principais atividades da base está a pesquisa de naves extraterrestres acidentadas e resgatadas com poucas avarias.
Segundo ufólogos dos EUA, quase uma dezena de discos voadores já foram capturados pelo governo e encaminhados à Área 51, onde foram recuperados e têm sido testados por pilotos de caça. Seus tripulantes, quando encontrados com vida, seriam mantidos cativos pelo governo em instalações e laboratórios subterrâneos, onde cientistas terrestres trabalhariam muitas vezes em conjunto com alienígenas. A entrevista é um documentário espantoso, se legítimo, mas os ufólogos estão divididos quanto à sua autenticidade. A criatura é apresentada como um cientista de outro mundo cativo na Área 51. Especialistas garantem que ela é apenas uma entre dezenas que os EUA conservam sob cativeiro, como fontes de informação e tecnologia. “Há indícios de que o governo tenha capturado pelo menos três dúzias de ETs nas últimas cinco décadas”, informa o ex-sargento Robert O. Dean. O vídeo pode ser obtido através do catálogo de suprimentos das páginas finais desta edição.