O satélite Swift, cuja missão é investigar as misteriosas explosões de raios gama nos confins do universo, prossegue com êxito a sua missão, horas após o seu lançamento em 20 de novembro (sábado) a partir de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). O satélite, equipado com instrumentos que o tornam um verdadeiro observatório espacial, analisará as violentas explosões que, segundo os especialistas, estão na origem dos buracos negros. O projeto, orçado em US$ 250 milhões, foi posto em marcha pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA), em colaboração com o Reino Unido e a Itália. Dois anos de vida O Swift, que terá uma vida útil de dois anos, começará suas observações em janeiro próximo, apontando os seus telescópios para as enormes explosões de raios gama, produzidas a bilhões de anos-luz da Terra. As explosões provêm de várias direções e duram desde poucos segundos a alguns minutos, sendo ? segundo alguns cientistas ? o prelúdio do nascimento dos buracos negros após uma enorme conflagração estelar. Segundo a teoria dominante, os feixes de raios gama provêm da explosão de estrelas gigantes cujos núcleos se fundiram para dar lugar a um buraco negro. Instrumentos Fontes da NASA afirmam que a missão está a correr conforme o previsto e explicam que o satélite tem três instrumentos especiais de exploração que funcionam em conjunto. Um desses instrumentos é um equipamento de raios X fabricado pela Universidade da Pensilvânia, com a colaboração de cientistas britânicos e italianos. Os dois potentes telescópios de que está munido foram produzidos pelo mesmo centro universitário.