Foi anunciada a descoberta do cometa ISON, também conhecido pela sigla C/2012 S1. O fato foi divulgado pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok, que utilizaram um telescópio de 40 cm de abertura pertencente a rede ISON (rede Óptica Científica). O objeto foi fotografado a uma distância de 1 bilhão de quilômetros da Terra, em meio a constelação de Câncer.
A órbita do 2012 S1 já foi calculada, e seu periélio, o ponto de máxima aproximação com o Sol, se dará em 28 de novembro de 2013, a uma distância de somente 1,2 milhões de km da superfície da estrela. Tamanha aproximação tem feito os astrônomos especularem acerca da possibilidade de o cometa ser muito brilhante, a ponto de talvez ser visto a luz do dia.
Outro motivo que tem chamado a atenção da comunidade astronômica é a semelhança entre a órbita do 2012 S1 e a do corpo conhecido como Grande Cometa de 1680. Naquele ano, esse objeto deu um verdadeiro show nos céus, sendo visível durante o dia, exibindo uma cauda que se estendia por um comprimento de 70 graus de arco. Como comparação, um punho fechado mantido a distância de um braço esticado mede aproximadamente 10 graus.
Alguns chegam mesmo a especular que poderia se tratar do próprio cometa de 1680 completando uma longa órbita elíptica. O cometa ISON será visível a olho nu próximo a constelação de Leão em outubro de 2013, estando perto de Marte no dia 16 desse mês.
Nos dias anteriores a máxima aproximação com o Sol o cometa deve exibir seu maior brilho. Os cientistas não especulam qual tamanho sua cauda pode atingir, e o que podemos aguardar é que os tradicionais pregadores do fim do mundo não se animem a espalhar suas irresponsabilidades, permitindo que as pessoas acompanhem o belo espetáculo.
Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa