Depois de mais de 50 anos de investigações ufológicas, são poucas as pessoas no meio que ainda duvidam da realidade física do Fenômeno UFO. Na verdade, mesmo aqueles que estiveram envolvidos em projetos governamentais secretos, cujas conclusões negavam esta realidade, após o fim dos mesmos acabaram por afirmar a inequívoca presença de objetos voadores controlados por seres extraterrestres. E mais, confirmam que tais seres detêm elevada tecnologia – que aos nossos olhos parece quase magia, tamanha a disparidade tecnológica que se apresenta em relação às nossas possibilidades.
Se por um lado não parece haver dúvida sobre a realidade do fenômeno, por outro, entretanto, existe um grupo de pesquisadores que continua defendendo a falta de uma compreensão maior da realidade representada pelos UFOs. E existem ainda aqueles que não aceitam sequer que o Fenômeno UFO tenha origem extraterrestre. É evidente que não podemos tirar o direito destas pessoas de terem opiniões diferentes das nossas, sejam quais forem. Mas, evidentemente, não vamos nos limitar a elas, pois a única maneira de chegarmos a algum lugar em nossa caminhada de pesquisas é não tendo medo de errar. Infelizmente, alguns confundem seriedade com imobilismo mental. Como escreveu Shakespeare: “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”.
Um dos casos mais polêmicos da Ufologia Brasileira, que pode conter algumas das respostas que tanto procuramos, é sem dúvida o que envolveu Hermínio Reis e Maria Aparecida de Oliveira Bianca. Lembro bem como, no início de meu envolvimento com a Ufologia, no final da década de 70, acompanhei durante vários finais de semana as participações do casal no programa Flávio Cavalcante, na extinta Rede Tupi. Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Hermínio e Bianca durante o I Encontro Nacional de Teses Ufológicas, onde proferi minha primeira conferência defendendo a realidade entre a origem da humanidade e a presença dos UFOs em nosso tempo. Nesta época, eu era partidário das idéias lançadas pelo suíço Erich von Däniken, segundo as quais o homem terrestre – o Homo sapiens sapiens – era resultante de uma intervenção genética realizada por uma raça extraterrestre em uma criatura simiesca, nativa do planeta Terra. Em minha visão, parte da presença extraterrena na atualidade estaria ligada a este acontecimento, ocorrido em nosso planeta em época remota [Ver livro do autor, Contato Final – O Dia do Reencontro, código LV-13 da Biblioteca Ufo].
Karman Guia — O Caso Hermínio e Bianca aconteceu na noite de 12 de janeiro de 1976, quando o casal saiu de carro do Rio de Janeiro, onde residia, com destino à cidade de Belo Horizonte (MG). Eles tinham objetivo de trocarem seu automóvel em Minas Gerais, um Karman Guia, com um conhecido que trabalhava na área de carros usados. Após pararem para jantar numa churrascaria de beira de estrada, Hermínio e Bianca seguiram viagem, mas quando já estavam em Minas, próximos da cidade de Matias Barbosa, decidiram parar o carro no acostamento de um trecho novo, que ainda não havia sido inaugurado, pois Hermínio sentia necessidade de descansar, dormir um pouco, coisa que acabou fazendo. Enquanto isso, Bianca, que já tinha dormido durante a viagem, mantinha-se atenta, acordada, pois seu companheiro queria ser despertado um pouco mais tarde, para que pudessem seguir viagem. Desejavam chegar cedo a Belo Horizonte (MG).
Já era aproximadamente 23h30 quando, ao olhar para frente do carro, ainda estacionado, Bianca notou uma luz vermelho-alaranjada no céu, que a princípio julgou ser um balão. O objeto movimentava-se lentamente, entrando e saindo das nuvens. Por vários minutos ela ficou observando a trajetória daquilo. Após baixar os olhos para apagar o cigarro que fumava, perdeu o contato visual com o mesmo. Mas não deu muita importância ao fato no momento, julgando que o balão poderia ter caído atrás do morro sobre o qual antes estava sendo avistado. Algum tempo depois, bem em frente ao carro, numa baixada, uma luz intensa pôde ser observada, desaparecendo de maneira tão inesperada como havia surgido. Ao mesmo tempo, era notado um estranho zumbido. A explosão luminosa fez com que a contatada esfregasse os olhos, notando logo em seguida um grande objeto que vinha em sua direção. Bianca acordou seu companheiro aos gritos, totalmente fora de si, acreditando que um avião estava caindo sobre eles.
O UFO simplesmente sugou o carro para seu interior, junto das testemunhas, e em seguida iniciou uma viagem até uma nave maior, dentro da qual entrou. Nela, Hermínio e Bianca foram finalmente retirados do carro e conduzidos por dois seres de aspecto masculino até um compartimento muito amplo, onde notaram vários aparelhos e foram sentados em poltronas próximas dos mesmos. Segundo descreveram, através da utilização de capacetes, que serviram como máquinas tradutoras, mantiveram uma longa conversação com um dos extraplanetários, que se identificou pelo nome de Karran. Dos tais capacetes saíam vários fios que se conectavam a um dos aparelhos, aparentemente um sistema de tradução simultânea. Karran teria aproximadamente 2 m de altura, pele morena cor de jambo, cabelos lisos e escuros. Seus olhos eram grandes, redondos e verdes, sendo a boca e o nariz bem proporcionados. “Embora sua altura fosse avantajada, não era feio de corpo, pois o físico compensava plenamente”, disse Bianca. O ser estava vestido com um macacão de cor branca, no qual não foi notada nenhuma costura ou emenda. Usava sapatos da mesma cor.
Um Ser de Dois Metros — Dois dias depois da abdução, o casal foi deixado com seu próprio carro numa estrada de terra não muito distante do local onde tudo havia começado. Segundo foi dito para Hermínio e Bianca, seus abdutores vinham visitando nosso planeta desde remotas épocas. Neste período, a Terra já possuía vida vegetal e animal, mas de pouca evolução. Assim, segundo os seres extraterrestres, eles estudaram o clima terrestre, as condições ambientais e o próprio planeta em termos gerais, concluindo que tinha condições favoráveis para abrigar vida humana. Resolveram então “semear” formas de vida vegetal e animal mais avançadas, provenientes dos planetas que participariam de uma espécie de projeto de colonização, já em andamento. Cada grupo de colonizadores que para cá foram enviados se estabeleceu nas regiões com climas semelhantes ao de seus mundos de origem.
Neste ponto da história, Bianca perguntou a Karran por que eles tinham abandonado o homem, naquela época. O extraterrestre teria explicado, então, que isto não aconteceu e nossos próprios registros mostrariam sua contínua atenção ao nosso mundo. “Nossa presença foi sempre sentida na Terra. Em todas as épocas, sempre estivemos aqui… Num tempo ainda desconhecido de vocês, por razões que não pudemos evitar, o planeta luz [Referindo-se ao Sol] emitiu forte descarga de energia, que atingiu seriamente seu planeta e todo o Sistema Solar&rd
quo;, disse Karran ao casal, estupefato. Ainda segundo o ser, tal problema teria impedido qualquer viagem de socorro à Terra, devido a barreiras magnéticas que se formaram em volta de nosso planeta, como também em torno de todos os corpos celestes de nosso sistema.
“Assim foram bloqueados os canais de comunicação e ligações. Seu planeta ficou desligado e sem nenhuma ajuda por aproximadamente três mil anos de seu tempo. Nossas naves não puderam romper esta grande intensidade de energia, que atingiu sua atmosfera, danificando grandemente o sistema de proteção à vida”. A história continua com Karran explicando que este acidente solar provocou grandes prejuízos para os descendentes do processo de colonização que eles implementaram aqui. A Terra teria sido deslocada de seu eixo original, provocando grande destruição. “O mar trocou de lugar com a terra, invadindo e destruindo as cidades, como também quase todas as espécies de vida”, disse-lhes Karran. Em conseqüência disso, os dias teriam ficado mais curtos a partir do aumento da velocidade de rotação do planeta.
Danos Cerebrais — Mas o grande desastre, que teria provocado problemas ainda maiores, foi a ruptura de uma das camadas protetoras que envolviam a Terra, que permitiu a passagem de um excesso de radiações provenientes do Sol. Estas radiações acabaram por provocar sérios danos cerebrais aos que ainda sobreviviam à tragédia. Apenas quando as condições finalmente permitiam, aqueles grupos extraterrestres que haviam participado do projeto de colonização retornaram ao planeta. “As pessoas que havíamos deixado morreram neste planeta e as gerações que restaram não nos reconheciam, chegando mesmo a nos confundir com deuses…
Todos estavam embrutecidos e inconscientes”. Segundo Karran, seu grupo tentou nos ajudar, cedendo-nos novamente muitos de seus recursos e informações. Mas recusava qualquer gesto de adoração que expressávamos, deixando nossos antepassados furiosos. Os terrestres de então se negavam a aceitar que eles não eram nossos criadores ou deuses, e sim pessoas iguais a todos. “Por isso, não havendo condições para que pudéssemos corrigir esse defeito, recebemos instruções para nos afastar do homem da sua Terra”, finalizou. O extraterrestre confirmou ainda, entre outros temas abordados, a existência de uma dimensão espiritual por trás da matéria, afirmando a realidade dos processos reencarnatórios. Estas informações provocaram um grande impacto na vida dos protagonistas do caso, que eram evangélicos.