A maioria das pessoas, assim como muitos investigadores, acredita que os contatos com extraterrestres sejam definidos apenas por meio de dois tipos de experiências: as abduções, quando o indivíduo pode se sentir paralisado, sequestrado, em transe ousonâmbulo a bordo de uma nave espacial, e os contatos, que parecem deixar uma lembrança consciente quase completa da experiência.Minha pesquisa sugere uma terceira categoria, muito mais ampla, mais prevalente e fisicamente menos intrusiva.Ela engloba algumas das características citadas, mas incorpora padrões mais sutis da experiência.Se ampliarmos a visão sobre o assunto para incluir esta nova categoria,ganharemos um quadro mais complexo, mas muito mais convincente sobre o contato — um quadro que pode nos oferecer uma melhor compreensão de como, e porque, as inteligências extraterrestres estão interagindo com a nossa espécie.
Este artigo pretende explorar os encontros com alienígenassob todas as perspectivas mencionadas e questionar por que a pesquisa com os contatados, ou seja, com indivíduos que têm interações com inteligências não humanas, oferecemdados tãodiversos e conflitantes.Falaremos, entre outras coisas, sobre qual é a melhor abordagem ao buscarmos respostas e verificação das experiências decontatosobre os benefícios de uma abordagem holística para a coleta de dados e sobre osequívocos nas informações reveladas por meio da hipnose.Iremos, também,questionarse os“dados extraordinários”obtidos são realidade, confabulação, fantasiaou se nos está sendo mostrada uma realidade mais ampla, envolvendo os multiversos que anova ciência explora, como possíveis hipóteses para a compreensão da natureza da realidade.O testemunho dos contatados desafia não só a realidadeconsensual, mas as nossas mais caras crençasreligiosas e espirituais.Ele demonstra uma associação íntima e complexa com extraterrestres e, possivelmente, com seresinterdimensionais, além de inteligências de um tempo futuro.Se isso é possível, então nossas interações afetam o espaço e o tempo e incluem ambientes multidimensionais, tais como as dimensões da alma.
Um contexto mais amplo
Esta autora está convicta de queo encontro extraterrestre consciente, ou em estado alterado de consciência, se divide em duas etapas: a comunicação com inteligências não humanas e, posteriormente, a mudança do ponto de vista do indivíduo e de suas percepções em relação ao mundo.Embora os termos abduzidoe contatadosejam sinônimos de pessoas que tiveram encontros extraterrestres e aceitos pela maioria como sendo a mesma coisa, eles são experiências muito diferentes.
Há uma terceira categoria muito mais presente do que as duas anteriores. Ela é sutil e acontece quando o indivíduo passa por um episódio de experiência fora do corpo [Em inglês, out of body experience ou OBE] ou quando em estado de sonho, quando a interação e oencontro podem ser físicos, mas também podem abranger o que chamamos de espírito, alma ou essência astraldo indivíduo.O contato OBE não pode ser confundido com os sonhos normais, apesar dassimilaridades, principalmente porque pode ser facilmente lembrado, meses ou anos depois — sonhos normais, no entanto, são logo esquecidos nos segundos ou minutos após o despertar.A comunicação no estado de sonho geralmente é telepática e, às vezes, experimentada como umdownload de dados. As pessoas que passam por tais situações geralmente não procuram ajuda convencional, pois, apesar de se sentirem isoladas, sabem que suas experiências podem expô-las ao ridículo ou a um rótulo psiquiátrico.
A grande diferença entre os encontros em estado de sonho e as abduções está nas consequências para os indivíduos que os experimentam. Os abduzidos, na grande maioria dos casos, se sentem irritados, traumatizados e vitimizados, enquanto os contatados, durante o estado de sonho, têm sensações opostas. Muitas vezes, quem passa pela experiência sente que também é alienígena e que os extraterrestres são a sua família real, o que leva a pessoa a ter um devastador sentimento de isolamento. Ela tem, também, uma grande consternação diante do comportamento primitivo e destrutivo da espécie humana e não consegue se identificar com o comportamento agressivo e com o estilo de vida materialista que reina em nossa sociedade. Eu uso os termos Homo noeticus, novo humano ou crianças estelares para nomear essa categoria de indivíduos.
Muito embora possa parecer que apenas os contatos em estado de sonho sejam positivos, devemos observar que todos os tipos de encontros têm em comum o fato de serem transformadores de vidas — as experiências, e a conscientização que elas trazem, agem como um catalisador e acionam a consciência profunda de nossa natureza multidimensional, mudando as vidas e percepções da realidade daqueles que as vivenciam.
Explorando a matrix
Em seu livro A Estrutura das Revoluções Científicas [Perspectiva, 1975], Thomas Kuhn diz que “basta observar para ver se dissiparem todos os preconceitos da melhor maneira possível. Apenas recolha a informação bruta.Nem mesmo use palavras como ‘aconteceu’ ou ‘não aconteceu’, ‘existe’ ou ‘não existe’, ‘dentro’ ou ‘fora’, ‘real’ ou ‘irreal’. Basta colocar tudo de lado e coletar dados brutos”.A abordagem sugerida por Kuhn pode ser controversa, mas acredito que ela seja a maneira mais correta para explorarmos o fenômeno dos encontros extraterrestres.
Estamos tentando entender algo profundamente complexo, olhando através da limitada e preconceituosa janela da experiência humana, pela subjetiva lente humana, limitada pela também limitada programação humana.Não temos informação disponível para avaliar alguns dos dados com base em nossa realidade consensual presente.Se queremos entender a nós mesmos, essas experiências, a psique complexa, a metodologia e os objetivos de muitas inteligências diferentes que visitam este planeta, temos que estar abertos para o que não sabemos e coletar os “dados brutos”.Com este termo me refiro à informação que não se encaixa naquilo que chamamos de realidade ou nos modelos científicos atuais. Precisamos de dados não editados, que sejam agrupados sem vieses pessoais, mas simplesmente documentados sem preconceito ou perguntas capciosas.
O encontro extraterrestre consciente ou em estado alterado de consciência se divide em
duas etapas: a comunicação com inteligências não humanas e, depois, a mudança do ponto de vista do indivíduo e de suas percepções em relação ao mundo
Se estivermos abertos a explorar os dados brutos como sendo informação potencialmente válida, apesar da natureza controversa de todas as formas de encontros com seres extraterrestres, poderemos obter uma compreensão mais clara daquilo que desconhecemos.Dados extraordinários foram descobertos por muitos pesquisadores e terapeutas, mas podem ter sido descartados por serem vistos como confabulação ou produto de uma imaginação ativa, simplesmente porque estavam em conflito com a realidade conhecida.O problema dessa abordagem é que ela supõe que sabemos o que não sabemos.Diante de nossa ignorância, temos que questionar se somos capazes de julgar o que é válido e o que é real, e não podemos simplesmente descartar coisas porque elas desafiam nosso conhecimento.
Um estudo amplo permite a exploração de dados inéditos, com potencial de oferecer uma maior compreensão dessa experiência humana e também de fornecer novas informações sobre quem somos e sobre a verdadeira natureza da realidade.A veracidade dos dados apresenta-se sob a forma de padrões consistentes de experiência, quando são adquiridos por meio de centenas ou milhares de indivíduos psicologicamente sãos. Proponho que seria contracientífico não confrontar e pesquisar quaisquer padrões de experiências, não importa o quão diversos, extraordinários ou incomuns eles sejam.
Como pesquisadora e terapeuta, após trabalhar com mais de dois mil casos de abduções alienígenas e contatos diretos, descobri nos depoimentos dos meus pacientes fatos que têm desafiado todas as minhas crenças firmemente arraigadas, assim como desafiam as deles.Aprendi que, se fosse para eu explorar águas desconhecidas, tinha primeiro que reconhecer quão pouco sei — caso contrário, eu poderia estar inclinada a aceitar apenas os dados que concordam com o que conheço e, em minha ignorância, “jogar o bebê fora junto com a água da bacia”, como diz o ditado.
Formas de recordação
A abordagem ampla provou ser a mais útil e não apenas como método de pesquisa, mas também porque trouxe a permissão dos pacientes para explorar tudo o que os seus conscientes e subconscientes revelam, sem que os indivíduos se reprimam por medo de julgamentos.Essa metodologia deu a eles a oportunidade de alcançar uma nova visão de suas experiências, que possibilita sua cura e integração.A liberdade para explorar amplamente tai experiências foi facilitada porque eles sabiam que eu estava totalmente aberta para o que quer que dissessem, sem interferir ou julgar a eles ou a informação revelada.
Dissemos acima que exploramos o subconsciente dos indivíduos, mas poderia o subconsciente, se lhe for permitido, esbarrar no que pode ser a verdadeira natureza da realidade? A lembrança consciente das experiências é geralmente aceita com mais validade pelos pesquisadores,mas, no entanto, questionamos se isso é realmente verdadeiro. A lembrança consciente pode, infelizmente, oferecer uma descrição limitada e editada dos eventos, porque rejeita qualquer coisa que desafie a realidade ou a programação da pessoa, editando os dados — informações subconscientes, no entanto, não têm tais limites e revelam as informações sem qualquer filtro ou barreiras.O falecido doutor John Mack, renomado e respeitado professor de psiquiatria de Harvard, especialista em abduções alienígenas, acreditava que os dados subconscientes revelados por meio da hipnose regressiva são muito mais precisos do que as lembranças conscientes, porque nós filtramos automaticamente o que não podemos aceitar. O que nossa crença subconsciente revela é muito mais acurado.Depois de realizar muitas regressões hipnóticas, eu concordo com ele.
A hipnose regressiva permite trazer os dados intactos para a superfície da memória.Entretanto,a técnica, como qualquer ferramenta, pode ser mal utilizada e se baseia na compreensão do profissional, seu treinamento e integridade.Em mãos hábeis, é uma excelente ferramenta e oferece uma oportunidade inestimável para a psiquê humana.Se, como habilidosos realizadores do processo pudermos evitar o julgamento quando a informação é revelada, então teremos a oportunidade de aprender mais sobre a experiência humana e sobre outras possíveis realidades.Se permanecermos abertos para o que nós não sabemos, poderemos evitar jogar o bebê fora com a água do banho.
Dados extraordinários
Muitas pessoas que passaram pela experiência de encontro com seres extraterrestres questionam de que forma poderíamos verificar a integridade de tais dados extraordinários, já que eles desafiam o que chamamos de realidade.No entanto, mesmo que o experimentador se sinta em conflito com a informação, em algum nível mais profundo, muitas vezes, ele ressoa e vê que a informação faz sentido para ele.Com isto, quero dizer que é criada uma resposta emocional ou física a esses dados, um pressentimento que parece correto para quem passou por tal experiência — sua validação posterior pode ser feita por outros indivíduos, que acrescentam ainda mais tangibilidade aos dados.
Os experimentadores precisam estar cientes de que o investigador pode não ter a compreensão e as habilidades que eles precisam para serem ajudados.E isso levou muitos a se sentirem desiludidos, porque suas necessidades não foram satisfeitas
Em meu trabalho de pesquisa, tenho usado um modelo semelhante ao do doutor Mack, que afirmou, em diversas ocasiões, que podemos buscar padrões nos relatos de experiências, e que se um número significativo de indivíduos trouxer os mesmos dados de forma independente, então devem ter suficiente integridade e devem ser explorados e compilados.Esse processo também ajuda a evitar hipóteses conflitantes de trabalho. E elas são muitas e existem por várias razões.
Já falamos sobre como a imposição de limites à pesquisa atrapalha a busca da verdade, mas também há outros fatores que intervêm no processo de investigação, como, por exemplo, o fato de alguns pesquisadores apenas aceitarem as lembranças conscientes como válidas, descartando os dados revelados por hipnose regressiva.Outros fatores que se interpõem na busca de dados são os critérios que definem os &ldquo
;dados aceitáveis”, a inexperiência do pesquisador ou terapeuta, o tipo e a profundidade das perguntas, a desinformação feita pelas operações de acobertamento, as abduções feitas por militares em programas de controle da mente [Em inglês, military abductions ou MILAB] e as pesquisas feitas apenas para confirmar ideias preconcebidas ou objetivos pré-fixados.
Em quem podemos confiar?
O experimentador de um encontro com seres extraterrestres, quando confrontado com a procura de ajuda para as suas experiências, tem atualmente uma oferta de recursos muito limitada.A pesquisa ufológica, ao longo destas sete décadas da Era Moderna dos Discos Voadores, teve um recorde considerável de incompetência, principalmente porque atrai para si amadores entusiasmados e bem-intencionados, mas com poucas habilidades para oferecer à investigação — muitos ufólogos tratam o assunto como um hobby fascinante, mas não como seu trabalho principal, já que isso simplesmente não paga as contas do dia a dia.
O meio acadêmico, por sua vez, costuma ridicularizar o fenômeno das abduções alienígenas — e a fenomenologia ufológica em geral —, aomenos publicamente.Ufólogos competentes e atualizados com a metodologia de pesquisa sabem que sem os recursos científicos temos pouco ou quase nada a fazer.Isso significa que o suporte para o experimentador é mínimo, muitas vezes amador e inadequado, por causa da escassez de recursos profissionais, especialmente daqueles com habilidades terapêuticas capazes de oferecer apoio emocional e psicológico.
Por outro lado, os experimentadores precisam estar cientes de que o investigador pode não ter a compreensão e as habilidades que eles precisam para serem ajudados.E isso levou muitos contatados a se sentirem desiludidos, porque suas necessidades não foram satisfeitas. Em meu livro Awakening [Despertar, New Mind, 2010] tentei responder a várias das dúvidas habituais dos experimentadores.Como muitos têm importantes avistamentos de naves, muitas vezes procuram primeiro os pesquisadores habituais.Isso é bom, se é tudo o que a pessoa precisa.Mas o que descobri é que ter avistamentos seguidas vezes sugerem que há mais acontecendo com o indivíduo do que apenas ver uma nave alienígena. Um número elevado de pessoas também teve encontros diretos com seus tripulantes e isso modifica o quadro, algo que o experimentador precisa entender para que possa obter o suporte correto.
Um investigador usará principalmente protocolos e modelos científicos da realidade para decidir quais são os dados tangíveis e aceitáveis destas experiências.Esse protocolo poderá aceitar a exploração de diferentes cenários, tais como tipos de seres e naves, para provar que o encontro ocorreu.No entanto, se o protocolo é limitado e sem qualquer outro tipo de investigação, pode deixar o indivíduo se sentindo vitimizado, ou pior, retraumatizado, com pouco ou nenhum entendimento de porquê ele está sendo visitado por estes seres.Conheci várias pessoas que, mesmo depois de anos de suas experiências, ainda não podem falar sobre seus encontros sem dor e medo, por causa dessa abordagem.
Explorando o multiverso
Já o foco principal dos terapeutas está na escuta ativa, nos sentimentos do paciente e em seu estado psicológico. Nós nos baseamos nessas informações para oferecermos ferramentas que ajudarão na integração da experiência e na cura de possíveis traumas — a terapia permite a exploração de dados menos quantificáveis, mesmo que possam desafiar as crenças da pessoa com perspectivas alternativas, e com isso abrir o caminho para a cura, a aceitação e a integração.
O fenômeno do contato com outras inteligências cósmicas desafia-nos a expandir nossa noção de realidade, para que possamos ser astutos o suficiente e aceitar que nós não sabemos nada sobre a maioria das coisas. Nossa compreensão da realidade está sendo enquadrada por uma ciência em transição, o que nos traz uma série de desafios. Conceitos como realidade quântica, universo holográfico, consciência da unidade e outras teorias que sugerem que tudo se interliga por meio da consciência são, para muitas pessoas, impossíveis de conceber.Já para aqueles que experimentam encontros com extraterrestres, os conceitos de multidimensionalidade são entendidos facilmente.
Se estivermos abertos para o que não sabemos, isso nos leva a algumas hipóteses fascinantes.Em encontros durante experiências fora do corpo, muitas pessoas se percebem como orbes — elas se descrevem deixando o corpo como uma esfera de luz
Eu sinto que a espécie humana está sendo desafiada, por meio desses encontros, a abandonar antigas percepções da realidade.Os encontros atuam como uma moderna experiência xamânica, projetada para quebrar programas antiquados e permitir que nos tornemos plenamente conscientes, para podermos operar em uma realidade multidimensional — a alteração de realidade é necessária após esses encontros, mas pode ser aterrorizante e desestabilizadora, pois desafia todos os parâmetros daquilo que é conhecido pelo indivíduo. Para sobreviver com uma concepção expandida da realidade, os experimentadores devem ser corajosos o suficiente para aceitar as novas normas de conhecimento.Mas, como o xamã aprendiz, se eles enfrentarem seus medos e investigarem o mundo usando sua nova consciência, muitas vezes podem alcançar a riqueza da compreensão, tanto física quanto emocional e espiritualmente.Eles não podem voltar a ser como eram antes e, não surpreendentemente, a maioria não tem nenhum desejo de abandonar a sua compreensão recém-descoberta.
Os encontros com inteligências não humanas sugerem que tais seres podem ter origem extraterrestre ou além dela, interdimensional.Estudos indicam que podem trabalhar e interagir em dimensões de realidades não físicas, como o que chamaríamos de “dimensões da alma”.Isso abrange o contato ou comunicação com eles antes mesmo de nossa atual encarnação física. Esse ponto está bem exemplificado por aquilo que o doutor Michael Newton descreve em seu livro Destiny of Souls [Destino das Almas, Llewellyn Publications, 2000] como sendo “a vida entre a vida, o estado da alma”.
Sem limites
Além disso, minha pesquisa sugere que a interação com esses seres pode continuar também depois que nós morremos fisicamente.Testemunhos dizem que após nossa encarnação, podemos permanecer envolvidos com essas inteligências cósmicas, em interações por meio do que cha
mamos de tempo-espaço. Eu costumo explorar alguns desses relatos extraordinários, quando os julgo consistentes, e eles parecem vir à tona apenas no nível mais profundo de hipnose regressiva.Os relatos ilustram interações que parecem não ter limites no espaço-tempo, mas, infelizmente, não tenho como verificar pessoalmente qualquer um desses dados.Porém, eu os recolho e comparo os padrões de experiências e de coerência para uma possível corroboração de dados futuros.
Se o que me contam for verdade, não apenas existem encontros durante situações de experiências fora do corpo, como também parece haver interações ao longo de muitas vidas, entre elas e antes da atual encarnação humana — encontros que continuam depois que nossa vida física atual cessa.Então, para todos os fins e efeitos, as interações são tanto físicas e não físicas e se dão por meio de muitas linhas do tempo. Além disso, nós também somos educados e assistidos nos reinos físicos e nos reinos e dimensões da alma.
Essa informação é profunda e responde a uma das mais prementes perguntas feitas pelos experimentadores, especialmente se eles já se sentiram vitimizados em seus encontros com seres extraterrestres.Para surpresa deles, quando lhes é perguntado sobre seu consentimento para ter tais experiências, ficam chocados ao descobrirem que a permissão foi dada antes de sua atual encarnação humana. Durante as sessões de hipnose, dizem claramente: “Eu concordei, mas foi antes de vir para cá. Eu tenho um trabalho a fazer, que é auxiliar na evolução da consciência humana”.Centenas de pessoas têm verbalizado tais declarações.
Eu cheguei a partilhar essa informação com um colega pesquisador que é também um autor muito conhecido e ele dispensou completamente os dados, argumentando que não passavam de ilusão, de um programa incutido pelos extraterrestres em nossa mente, na esperança de enganar o indivíduo para que ele aceite os encontros com mais facilidade.Acho muito difícil acreditar nesta explicação, uma vez que as informações vêm de um nível profundo do subconsciente. Nós confiamos no que diz o experimentador ou naquilo que nós, como observadores, preferimos acreditar?Eu não tenho as respostas e não finjo ter, mas tenho preocupações quando alguém articula um argumento desse tipo, sem nenhum dado para comprovar o que diz.
Os domínios da alma
Se estivermos abertos para o que não sabemos, isso nos leva a algumas hipóteses fascinantes.Em encontros durante episódios de experiências fora do corpo, muitas pessoas se percebem como orbes — elas se descrevem deixando o corpo como uma esfera de luz, que em termos metafísicos é chamada de merkabah.Isso aconteceu, por exemplo, com um contatado de Sidney, na Austrália, chamado Peter Loach. Disse ele: “Sou líquido, sou fluido, eu posso ir aqui ou ali, como uma bolha. Esta é a forma da alma”.O orbe de luz sugere o estado do espírito ou da essência do indivíduo ao viajar para fora do corpo.
Em alguns encontros com seres extraterrestres as pessoas relatam que o seu parceiro, ali na mesma cama, por exemplo, não pôde ser acordado, não importa o quanto elas chamem, gritem ou o sacudam.São as tais “visitas de dormitório” [Veja mais na edição UFO 213, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. Na hipnose regressiva, obtivemos uma explicação para isso:a pessoa, mesmo dormindo, percebe uma esfera de luz esverdeada entrando em seu quarto.O orbe se move pelo aposento e logo depois a pessoa, que estava dormindo, acorda.Na regressão, descobrimos que o orbe era o corpo astral ou estado da alma da pessoa que estava dormindo, retornando ao seu corpo físico.
A nave era como uma bolha. Havia dois grays nela. Eu não conseguia ver através da dela, porém ela estava ao lado do carro e ao longo das chaminés. Era como os pisos que não têm um reflexo — uma bolha com uma coloração amarela. A nave voava suave
Em outra ocasião, foi demonstrado que podemos habitar outras formas de vida no estado fora do corpo.Um experimentador, que eu chamo de “semente estelar”, sentiu que tinha dupla consciência, parte humana, parte extraterrestre. Na regressão, a pessoa descreveu estar a bordo de uma nave e ver-se sob a forma de um gray [Cinza], trabalhando como cientista. Quando lhe perguntei onde estava sua forma humana, ela me respondeu que estava na nave, mas inanimada, enquanto sua consciência habitava sua parte extraterrestre.Quando perguntada sobre como retornou ao corpo, a pessoa descreveu uma bola de luz deixando o ser extraterrestre para reanimar o corpo humano — ela disse que foi como se tivesse se mudado de um invólucro biológico para outro.Muitas outras pessoas experimentaram a troca da forma física humana para uma forma extraterrestre enquanto estavam fora do corpo.
A pesquisa ampla oferece uma perspectiva extraordinária sobre nossas conexões íntimas com outras inteligências cósmicas e levanta muitas questões quanto à verdadeira natureza da realidade. Ela examina conceitos como ligações genéticas entre espécies, pois há indivíduos que disseram que podem ter o DNA de uma ou mais formas de vida alienígenas. Alguns dados extraordinários vieram de um menino de 15 anos de idade, a quem chamaremos de John, com quem trabalhei no Reino Unido, em 2008, durante uma turnê de palestras.Os dados eram intrigantes, especialmente levando-se em conta a idade do jovem.Havia muitos aspectos fascinantes sobre o caso e por isso foram feitas regressões hipnóticas com dois dos membros da família, que conta com quatro pessoas.
Medos aprisionados
Eles tiveram um encontro conjunto e experimentaram a sensação de lapso temporal, muito comum em casos assim.A regressão foi feita com John e com sua avó, que, por sinal, foi extremamente bem-sucedida em lidar com seus medos aprisionados e finalmente se libertar deles por meio do processo.Seu neto estava reticente quanto a tentar a hipnose regressiva, com medo daquilo que poderia descobrir.No entanto, o resultado positivo de sua avó o encorajou a continuar.Na regressão, John falou sobre a natureza profunda do que ele chamou de “novas almas”.Temos de lembrar que ele era um garoto de 15 anos falando acerca de conceitos sobre os quais ele não tinha conhecimento algum.Em um de seus encontros com os grays ele reconheceu seus parentes falecidos, dizendo que apareciam como orbes de luz.Segundo o rapaz, eles estavam lá para apoiá-lo e para impedi-lo de se apavorar.John narrou os acontecimentos
da seguinte forma:
“Estou em um carro, ao lado de mamãe, que está dirigindo. São 17h30.Eu posso ver chaminés, paredes de pedra, campos e um carro vermelho. Nós ultrapassamos o carro vermelho. Estranho, há um gray na estrada. Agora há dois.Não são altos. Têm 1,2 m e estão sem roupas.Eles não são como você os vê, mas são mais complexos, agradáveis e amigáveis do que se imagina, mais curiosos.Eles estão sorrindo, são mais humanos do que se pensa. Estamos agora fora do carro, parados na porta. Eles são curiosos e estamos em contato, em ambos os sentidos. Eles são suaves como golfinhos e não como uma cobra e docemente encostamos uns nos outros.
Eles estão dizendo ‘olá’”.
O jovem também disse que a conversa com os seres aconteceu em sua mente e se lembrou de vê-los também quando tinha 3, 5 e 7 anos de idade.O interessante comentário sobre o toque do extraterrestre deu ao relato uma veracidade extra, porque uma observação semelhante foi feita por um garoto de quatro anos, que falou que alienígenas iam brincar com ele durante a noite — ele comentou que não gostava que eles o tocassem porque tinham o toque como o de golfinhos.Notem que os meninos não se conhecem e nunca estiveram em contato, mas ambos descreveram a mesma coisa.
Em seu livro The Catchers of Heaven [Sequestradores do Céu, Dorrance, 1996] o doutor Michael Wolf, um homem altamente credenciado [Veja texto nesta edição], descreve como interagiu e trabalhou com vários tipos de extraterrestres em instalações secretas.Em uma entrevista, ele também comentou que os grays com os quais teve contato tinham a pele como a de um golfinho, e que compartilhavam um elo evolucionário com aqueles animais. Mas, voltando à regressão de John, perguntei onde ele estava depois do encontro na estrada e ele respondeu: “A nave era como uma bolha. Havia dois grays nela. Eu não conseguia ver através da dela, porém ela estava ao lado do carro e ao longo das chaminés. Era como os pisos que não têm um reflexo — uma bolha com uma coloração amarela. As pessoas não podem ver, mas nós vamos por cima das chaminés e sobre o monte”.
Quando lhe perguntei o que acontecia a seguir, ele me disse que se sentia contente e que havia dois grays com ele e “quatro ou cinco pequeninos, mais jovens, que estão aprendendo.A luz está atrás de mim, eles estão apenas inclinando a cabeça e olhando para nós. Dizem que estão nos levando para Órion”.John continuou a discussão questionando os seres espontaneamente: “Quanto tempo demorará?”O ser respondeu: “Três dias”.Na sessão, John questiona a informação dizendo: “Mas isso é ridículo. Não dá tempo!” Os seres disseram: “Podemos modificar a sensação de tempo”. A viagem continua para John: “Eles me levam para um lugar que não é legal e me mostram a sua devastação. Dizem que está me mostrando aquilo porque é desagradável e eles não querem que a Terra acabe como aquele lugar”.
Extraterrestres e espíritos familiares
Mais tarde, ainda na regressão hipnótica, perguntei ao jovem porque ele foi levado daquela vez. “Para me iniciar”, respondeu John. Eu insisti e quis saber porque eles estavam interessados no jovem. “Eu tenho um trabalho a fazer. Mudar o mundo”.“Como?”, perguntei.“Eu não sei, mas vou saber quando estiver pronto.Estou apenas sendo educado.O mundo vai mudar em dezembro de 2012”. E John complementou dizendo que ele havia sido escolhido porque, em suas palavras, “ah, eu escolhi fazer isso, eu me ofereci para voltar e escolhi fazer isso.Os dois grays ainda estão comigo e dizem: ‘Não saia do caminho’. Eu estive aqui 27 vezes antes”.
Um dos problemas de John era o medo que sentia de seus encontros — ele queria entender a origem do seu medo e descobrimos que tudo havia começado em outro encontro.Ele disse que “os seres cinzentos chegaram quando eu estava no meu jardim”.Então John passou a exclamar espontaneamente: “Eu posso ver orbes, brancos e dourados e dois menores. Eles estão aqui para eu me sentir aquecido, são minha família”. O jovem também disse que seus irmãos e pais tinham vindo com os grays, para que ele se sentisse confortável e não se assustasse.
A diferença entre as abduções violentas e aquelas em que a pessoa se sente bem e acolhida, por si só, já deveria fazer com que pesquisadores começassem a se questionar porque seres tão avançados viriam até nós para nos mutilar, agredir e traumatizar
John continuou a explicar que o gray voltou para tranquilizá-lo, porque alguns seres parecidos com robôs chegaram em uma nave triangular para investigá-lo — ele afirmou que os tais robôs se pareciam com a imagem de um extraterrestre que ele vira retratado em um agroglifo, referindo-se ao rosto alienígena da temporada de agroglifos de 2002.O rapaz contou ainda que os seres robóticos chegaram depois de os grays o deixarem.“Eles me assustaram muito.Mas são iniciantes e estão apenas começando o ciclo.Eles não têm emoção e tentam chegar até você porque querem compartilhar de sua experiência.Mas não podem tê-la.Eu não estou com medo agora, eles não vão me machucar.Os robôs têm uma energia escura porque estão apenas começando — são vazios e não têm permissão para assustar”.
Após essa sessão de hipnose regressiva, John compartilhou algumas reflexões sobre o processo: “Eu não estou inventando isso, parece que vem de algum outro lugar.É incrível como eu me lembro de tudo e é reconfortante saber que o que me assustava eram apenas as novas almas. Se você está com medo, simplesmente é porque é desconhecido para você, mas não há necessidade de ter medo.Eu me senti triste por eles. A razão a qual eu estava com medo era o ambiente à volta das almas frescas, sem carma, sem experiência, almas vazias.Nós somos almas mais completas”.
Vinda de um menino de 15 anos, essa informação é surpreendente.Isso teve um tremendo impacto sobre mim, porque ele discutiu conceitos bastante estranhos à sua mente consciente, como, por exemplo, o número de suas encarnações humanas, o seu papel neste planeta e o trabalho que tinha a fazer.John também disse que o encontro com sua família foi o pontapé inicial para eles.A explicação de seu medo forneceu não apenas respostas e compreensão para o jovem como
o liberou, tal como havia acontecido com sua avó.Mas isso também mudou a forma como eles se viam e como viam seus encontros, para sempre.
Orbes extraterrestres
Nesse ponto, gostaria apenas de esclarecer que pode haver alguma ligação entre os relatos de John e o mistério dos orbes — não confundir com partículas de poeira — que se tornaram tão comuns em imagens digitais [Veja mais na edição UFO 188, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].Essas esferas, de todas as cores, formas e tamanhos, têm aparecido em fotografias e em locais sagrados depois que as pessoas meditam.Algumas são capazes de ver as esferas com sua visão normal e podem dizer para onde apontar a câmera.Orbes também foram filmados em movimento e podem ser vistos no filme Orbs: The Veil is Lifting [Orbes: O Véu está se Levantando, 2007], disponível online, que explora o fenômeno. Eles parecem interagir com o indivíduo e a câmera, de modo a mostrar alguma consciência.Eu pessoalmente vi muitos orbes diferentes e coloridos, e cheguei a solicitar mentalmente que um azul aparecesse, o que aconteceu. Também indico o estudo científico realizado por Michael Ledworth e o Klaus Heinemann, compilado no livro Orb Project [Projeto Orb, Atria Books, 2007].
Aqueles que têm investigado o fenômeno dos encontros com seres extraterrestres sugerem que os orbes podem ser inteligências interdimensionais ou espíritos — é possível que a câmera, com a sua capacidade de alcançar um espectro mais amplo da luz, possa mostrar-nos como nos manifestamos no estado da alma. Os aborígines, por exemplo, as chamam de luzes “min min”, acreditando serem as almas dos seus antepassados.Talvez a câmera esteja nos mostrando a mesma coisa.Mas há vários relatos, além do de John, indicando que os orbes fazem parte das experiências astrais envolvendo extraterrestres. Josh Brott, um experimentador da Austrália, disse que visitou uma grande nave com muitas outras almas e que “havia uma enorme variedade de seres. Eles eram divertidos e incrivelmente sábios, e eram capazes de mudar sua forma à vontade, por exemplo, de uma forma humanoide para uma fita de luz. Para mim, eles parecem ser compostos de bolhas efervescentes de energia”.
A intenção dos extraterrestres
Outro depoimento vem de Helen Sanderson, uma experimentadora que vive no Reino Unido e está prestes a lançar um livro com suas experiências.Ela escreveu:“Minha filha tinha 14 anos quando me disse pela primeira vez que foi abduzida, e descreveu a experiência de forma chocante”.Ela contou que, antes de nascer, os extraterrestres separaram seu embrião do seu corpo em várias ocasiões, a fim de fazer ajustes que lhe permitissem viver sem dificuldades, tanto na nave quanto aqui na Terra. Helen explicou que os seres fazem a separação da alma e do corpo por meio do giro das camadas de merkabah em diferentes direções e velocidades. “Isso é o que acontece em muitos casos de abdução: a alma é tomada e o corpo deixado para trás, mas quando é devolvida, a alma ‘lembra’ de ter sido manipulada e ajustada, e exibe a memória disso em forma de contusões”, afirma Helen. “Na mesma época, sua filha também me disse que o extraterrestre lhe ensinou telepatia, quando ela tinha 18 meses de idade, e que é por isso que ela não fala muito. Ela apenas acha a outra maneira mais fácil”.
Falsas abduções alienígenas
Outra experimentadora, Hayley Brian, diz: “Eu continuei recebendo a mensagens de que elesestavam próximos. Eu estava totalmente segura, pois eles me amavam. ‘Mudança de espécie”, foram as suas palavras. Alterando a mim e outros, a mudança iria funcionar como uma onda através de nossa espécie, algum tipo de conexão interior que todos nós compartilhamos. Isso me fez sentir como se eu tivesse encontrado Deus”.
O doutor Helmut Lammer, autor de Milabs: Military Mind Control & Alien Abduction [Controle da Mente por Militares e as Abduções Alienígenas, Illuminet Press, 2000] e também o doutor Steven Greer sugerem que pseudo-abduções traumáticas, orquestradas na verdade por militares, poderiam corresponder a 80% dos casos registrados.Infelizmente, as abduções deste tipo são um aspecto do fenômeno pouco conhecido para a maioria do público emuitos pesquisadores não têm conhecimento ou descartam a possibilidade de sequestros como estes — embora a pesquisa indique ser uma das principais origens do trauma. Abduções feitas por humanos são deliberadamente orquestradas para enganar as pessoas, fazendo-as acreditar que o que lhes aconteceu tem origem extraterrestre.
Programas de abduções por militares usam esses processos para obter informações sobre os programas extraterrestres, interrogando os verdadeiros abduzidos por estes últimos.Eles enganam os indivíduos para que acreditem que estão tendo um encontro extraterrestre real.A pessoa é aterrorizada e ocasionalmente até violentada a bordo do que se pretende crer ser uma nave alienígena. Elas sofrem abuso emocional e psicológico, são drogadas e têm a mente controlada.Alguns pesquisadores que não conhecem o assunto, ou por razões próprias ignoram os dados, interpretam esses sequestros como sendo um encontro extraterrestre real.O doutor Lammer afirma que um grande número de investigadores bem informados não reconhece este aspecto do fenômeno, apesar de terem os dados em seus arquivos.
Dança cósmica
A diferença entre as abduções violentas e aquelas em que a pessoa se sente bem e acolhida, por si só, já deveria fazer com que pesquisadores começassem a se questionar porque seres tão avançados viriam até nós para nos mutilar, agredir e traumatizar — a violência parece ser mais uma característica humana do que extraterrestre. Evidentemente, pode haver espécies que sejam brutas, pois, afinal, nada sabemos sobre os povos que nos visitam ou sobre suas intenções. Mas acredito naquilo que os experimentadores contam e a maioria deles narra ter tido boas sensações e grandes aprendizados.
Temos que convir que um programa extraterrestre complexo, envolvendo liga&c
cedil;ões genéticas, programas educacionais em vários níveis e a interação com a alma humana, não é congruente com uma agenda violenta.Mesmo usando a limitada lógica humana, isso é absurdo.Extraterrestres têm tecnologia para nos levar em um nanossegundo, se quiserem.Enfim, se pudermos nos libertar dos muitos julgamentos e medos que colorem a nossa compreensão,isso nos dará a oportunidade de explorar e analisar várias possibilidades, tais como a verdadeira natureza da realidade humana.Uma das hipóteses da física quântica diz que o universo é holográfico e que tudo está conectado dentro dessa matriz.Se for esse o caso, poderíamos acabar descobrindo que todos nós somos apenas almas desempenhando papéis diferentes na mesma dança cósmica.