Que as explosões solares são um fato comum, ninguém duvida. Afinal, são elas que arremessam as partículas carregadas que provocam as belas auroras aqui na Terra. No entanto, longos filamentos como o registrado recentemente são raros, mas quando explodem podem provocar violentas tempestades em nosso planeta.
O gigantesco filamento visto nessa imagem – com quase um milhão de quilômetros – foi registrado pelo Observatório Espacial de Dinâmica Solar, SDO e foi captado no comprimento de luz ultravioleta emitida pelo hélio.
Pairou por quase uma semana acima da superfície solar, até que finalmente explodiu, lançando ao espaço milhões de toneladas de plasma de alta energia, que se dispersaram no Sistema Solar.
Do material arremessado, uma parte muito pequena atingiu a alta atmosfera terrestre, provocando pequenos distúrbios na ionosfera e algumas auroras boreais nas latitudes mais altas.
Se as partículas da explosão atingissem diretamente a Terra, poderia causar sérios danos em satélites de comunicação ou até mesmo algum colapso momentâneo nas redes de distribuição de energia elétrica.
Os filamentos são uma espécie de loops magnéticos que armazenam gás relativamente frio e denso acima da superfície do Sol. Quando o campo magnético ao seu redor se torna instável, explodem, liberando de forma violenta o gás que estava aprisionado em seu interior.
À medida que a atividade solar aumenta, explosões como essa se tornam mais comuns. O pico do atual ciclo de atividade solar está previsto para ocorrer em maio de 2013 e até lá as instabilidades solares deverão ser mais freqüentes, com mais explosões, mais auroras e mais tempestades magnéticas. Uma vez passado o período, o Sol deve voltar à calmaria.
Assista trecho do evento: