Uma questão de suma importância que se coloca diante da Ufologia é entender a motivação que teriam os extraterrestres para nos visitar. O que os traz até aqui? Por que seres de outros planetas nos observam de forma furtiva, evitando exposição pública e um contato mais direto com a sociedade terrestre? Segundo alguns estudiosos, eles viriam à Terra para explorar nossos recursos naturais, suprindo a deficiência de certas matérias-primas e alimentos em seus planetas de origem. Outros, mais alarmistas, sustentam a existência de um projeto de invasão do planeta, com características estratégicas que exigiriam um comportamento discreto dos alienígenas. O presente trabalho tem por objetivo refutar essas teses com um contra-argumento bem simples: os extraterrestres não precisam de nós nem dos nossos recursos, pois têm tecnologia suficientemente avançada para satisfação de suas necessidades materiais.
Para entendermos esta argumentação, é importante que saibamos que a tecnologia usada por nossos visitantes para transpor distâncias interestelares não está restrita aos sistemas de propulsão de seus discos voadores, mas vai mais além. Frequentemente se tem repetido no meio ufológico o que este autor chama de “Teoria do Planeta Carente”, discutida de maneira particular quando se acreditava na existência de uma decadente civilização em Marte. Por este enfoque, extraterrestres habitantes de um planeta moribundo, com escassez de recursos naturais e alimentos, se debandariam para a Terra em desesperada tentativa de sobrevivência — aqui obteriam água, oxigênio, alimentos e fontes de energia. Mas esta hipótese, embora respeitável, carece de um elemento de razoabilidade. Como uma civilização conseguiria dispor da maravilhosa tecnologia para empreender o voo interestelar e não seria capaz de suprir suas necessidades básicas, tendo que cruzar dezenas ou centenas de anos-luz para obter matérias-primas?
Desenvolvimento científico
Nossa própria civilização, que mal consegue realizar uma simples viagem espacial ao seu satélite natural, já desenvolveu a engenharia genética a ponto de clonar uma ovelha e sinalizar a cura de várias doenças pelo uso de células-tronco. A história tem demonstrado que a evolução de diversos ramos da ciência, como a física, química, biologia e medicina, não se dá de forma individualizada, mas ocorre mais ou menos de modo paralelo. Por exemplo, o progresso da física quântica permitiu a construção de microscópios de varredura eletrônica, de tomógrafos e de aparelhos de ressonância magnética que revolucionaram a medicina e a biologia. Assim, se isso ocorreu no nosso planeta, é razoável e lógico pensar que de modo semelhante aconteça em outros mundos distantes — não se deve esquecer que a tecnologia para realização da viagem para outro sistema estelar é algo inimaginável para a ciência atual.
Contudo, uma teoria científica desenvolvida por um físico brasileiro estabelece as bases teóricas não somente para a propulsão de naves espaciais, mas inclusive para a utilização de energia limpa e inesgotável, criação de materiais supercondutores à temperatura ambiente, possibilidade de obtenção de fusão nuclear a baixo custo e, surpreendentemente, a síntese de determinados elementos químicos como a prata e o ouro, velho sonho dos alquimistas.
Antes de falar sobre essa teoria, convido o leitor a deixar o preconceito científico de lado — o que, aliás, já é um requisito para aquele que pratica a Ufologia — e de espírito aberto seguir o desenvolvimento do texto. Vamos abordar novamente o trabalho teórico do professor Fran De Aquino, físico da Universidade Estadual do Maranhão (UFMA), sobre o qual tivemos oportunidade de falar nos artigos A Propulsão dos UFOs no Espaço, Ufologia: Os Desafios de Uma Ciência Nova e Emergente e Física dos UFOs [Respectivamente nas edições 151 e 152, 171 e 183, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br].
Após desenvolver estudos sobre o controle do campo gravitacional pela redefinição do conceito de massa, De Aquino utilizou seus fundamentos teóricos para explicar desde a propulsão dos discos voadores e fenômenos associados até a paranormalidade e as possibilidades de utilização do projeto HAARP na produção de terremotos artificiais. Ele também esclareceu mistérios relacionados ao Triângulo das Bermudas e ao Projeto Filadélfia. Não pretendemos repetir considerações já analisadas nos artigos precedentes, mas é importante lembrar que De Aquino elaborou uma Teoria Quântica da Gravidade, intitulada Fundamentos Matemáticos da Teoria Relativística da Gravidade Quântica [Disponível no endereço www.frandeaquino.org]. O desenvolvimento das equações apresentadas por ele envolve conhecimentos superiores de física e matemática que estão além da finalidade deste artigo. Aqui o objetivo é mostrar que as conclusões científicas do pesquisador viabilizam realizações tecnológicas tão expressivas que, se adotadas por uma civilização avançada, não justificariam as visitas extraterrestres calcadas na citada “Teoria do Planeta Carente”.
Manipulação da gravidade
Para analisarmos a questão, partimos aqui de um pressuposto básico, o de que os extraterrestres que aqui chegam manipulam a gravidade. Por outro lado, se o trabalho do professor Fran De Aquino explica tão precisamente os fenômenos associados aos discos voadores, como as acelerações bruscas e levitação de objetos e pessoas para o interior das naves, então as conclusões que emergem da Teoria Quântica da Gravidade devem constituir o paradigma científico e teórico das civilizações avançadas que nos visitam. Teria Fran De Aquino descoberto os fundamentos da natureza que têm sido sistematicamente ignorados por grande parte da comunidade científica, mas provavelmente utilizados em larga escala por outras culturas planetárias?
Mas o que são os fundamentos básicos da Teoria Quântica da Gravidade? De Aquino partiu do conceito inovador — ainda não aceito pela física — de que a massa gravitacional e inercial não são equivalentes. Generalizando o que em física se conhece por função da ação, e amparado em sólidos conhecimentos de eletromagnetismo, mecânica quântica e relatividade, o professor construiu seu arcabouço teórico. Tomando por base sua citada teoria, que estabelece a relação entre o campo gravitacional e o eletromagnético, o pesquisador maranhense conseguiu deduzir as equações da Relatividade Geral de Einstein, além de explicar questões cosmológicas relacionadas à expansão do universo, como as chamadas energia e matéria escuras. Vale lembrar que o conceito de massa de um corpo &eac
ute; tradicionalmente ensinado pelos professores de ciências do ensino fundamental como a quantidade de matéria existente naquele corpo, e vamos aceitá-lo aqui para fins didáticos, evitando confundir desnecessariamente o leitor.
Velocidade da luz
Portanto, na presença de um campo gravitacional como o terrestre, ou de qualquer outro corpo celeste, a massa sofre a ação de uma força chamada peso. A massa assim entendida seria uma espécie de carga, análoga à elétrica, porém sob atuação da força gravitacional de natureza distinta à interação eletromagnética — a esta “carga” de massa damos o nome de massa gravitacional (mg). Por sua vez, a massa também pode ser considerada como uma medida de oposição ao movimento de um corpo. Quanto maior a massa, maior a força necessária para movê-la, ou seja, maior a inércia do objeto — a esta inércia da massa damos o nome de massa inercial (mi). A física afirma que estas massas são sempre idênticas, razão pela qual corpos de massas diferentes caem ao mesmo tempo quando estão em queda livre, desde que desprezada a resistência do ar.
O professor De Aquino estabeleceu uma equação relacionando massa gravitacional com inercial, em função da variação do momento linear e da velocidade da luz, relação esta que também pode ser expressa em função das características eletromagnéticas do meio. As alterações seriam imperceptíveis na experiência comum diária e a ordem de grandeza para sua detecção supera em muito a precisão dos experimentos já realizados para estabelecer as diferenças entre as massas gravitacional e inercial. Podemos resumir dizendo que a razão mg/mi é proporcional à densidade de energia eletromagnética, permeabilidade magnética, condutividade elétrica e índice de refração, sendo inversamente proporcional à frequência da onda aplicada e densidade da substância. Por isso, a utilização de gases à baixa pressão associados a radiações eletromagnéticas de extrema baixa frequência [Iniciais ELF em inglês] seriam os melhores meios de controle da gravidade. O efeito da chamada radiação ELF afeta somente a massa gravitacional e, consequentemente, seu peso, mantendo inalterada a massa inercial.
As possibilidades abertas pelo controle gravitacional são amplas e já foram mencionadas em textos anteriores deste autor publicados aqui na Revista UFO. Destacamos, na ocasião, as perspectivas do voo interestelar pela redefinição da Segunda Lei de Newton para uma nova expressão F = mg.a, onde F é a força aplicada, mg é a massa gravitacional relativística e a representa a aceleração do sistema. Desta equação, podemos concluir que uma pequena força de empuxo pode produzir vertiginosa aceleração em um corpo de grandes dimensões e massa inercial, bastando que haja substancial redução da massa gravitacional mg. Todavia, mudando as características eletromagnéticas do meio, também seria possível incrementar a massa gravitacional a tal ponto que a força da gravidade entre pequenas massas atingiria valores absurdos, surgindo aí um “admirável mundo novo” de possibilidades tecnológicas.
A força da gravidade
Não é intenção deste autor cansar o leitor com equações, mas é fundamental lembrar que a Lei da Gravitação Universal de Isaac Newton estabelece que a força gravitacional entre dois corpos é proporcional ao produto das respectivas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa. Porém, dado que a Teoria Quântica da Gravidade considera como seu fundamento básico a diferença entre as massas inercial e gravitacional, então a expressão que representa a força gravitacional é dada pela equação F = G.mg1.mg2/r², onde mg1 e mg2 são as massas gravitacionais dos corpos, r é a distância entre elas e G é a constante de gravitação universal.
O resultado disso é claro: se por alteração das características eletromagnéticas do meio as massas gravitacionais forem aumentadas de forma intensa, então a força da gravidade será suficientemente forte a ponto de superar a força elétrica de atração — no caso de cargas elétricas distintas — ou de repulsão — no de cargas elétricas iguais — presentes no átomo. O mais surpreendente neste ensaio é a possibilidade de se estabelecer uma força gravitacional tão grande entre o elétron e o próton, que ela chegará a superar a força nuclear, que é a responsável por manter a estabilidade do núcleo atômico, sendo a força de coesão que mantém unidos prótons e nêutrons.
Feitas essas considerações, vejamos as principais aplicações tecnológicas do controle da gravidade. Fran de Aquino desenvolveu as bases teóricas para um dispositivo denominado Célula de Controle da Gravidade, um cilindro semelhante às lâmpadas fluorescentes e preenchido com gás ionizado à baixa pressão, atravessado pela radiação ELF. A variação da massa gravitacional do gás provoca alteração da aceleração da gravidade acima da célula por um fator correspondente à fração mg/mi, ou seja, da massa gravitacional da substância submetida às ondas eletromagnéticas de baixa frequência dividida pela sua massa inercial. Assim, o peso de um objeto colocado acima do dispositivo poderia ser reduzido, aumentado ou tornado negativo. Para um bom rendimento da célula são essenciais as características do gás, como pressão, condutividade elétrica e permeabilidade magnética, bem como a frequência da radiação eletromagnética aplicada sobre o conjunto.
Controle da gravidade
A maior parte dos dispositivos apresentados pelo professor Fran De Aquino estão baseados na célula de controle de gravidade e podem ser estudados mais detalhadamente nos textos científicos disponíveis em seu site [Endereço www.frandeaquino.org]. É dele também um estudo sobre a geração de energia pela utilização direta do campo gravitacional. Em seu artigo Um Sistema para Converter Energia Gravitacional Diretamente em Energia Elétrica, ele propõe um gerador composto de dezenas de células de controle da gravidade. Em linhas gerais, uma esfera de 60 mm de diâm
etro teria sua massa gravitacional incrementada a tal ponto que a força gravitacional atuante sobre os elétrons de um núcleo de ferro seria capaz de “libertá-los” do átomo, criando corrente elétrica. A potência desse gerador de dimensões reduzidas seria de aproximadamente 41 KW, mais do que suficiente para o consumo de uma residência familiar com muitos eletrodomésticos. Mas talvez esta proposta não seja muito apreciada pelas companhias de distribuição de energia elétrica…
Outra importante questão derivada de tal estudo está na produção de fusão nuclear à baixa temperatura. A obtenção de fusão nuclear controlada é um dos maiores desafios da ciência atual, pois para fundir núcleos de átomos de hidrogênio — que contém um próton cada e têm carga elétrica positiva — é necessário vencer a chama repulsão coulombiana existente entre cargas iguais. Por isso é preciso aquecer um plasma a milhões de graus centígrados. Mais difícil ainda é sustentar a reação mantendo o plasma sob determinadas condições de equilíbrio. Bilhões de dólares já foram gastos em projetos experimentais de fusão nuclear, mas, por enquanto, a energia obtida é menor do que aquela necessária para iniciar a reação.
A teoria científica desenvolvida por Fran De Aquino estabelece as bases teóricas não somente para a propulsão de naves espaciais, mas também para a utilização de energia limpa e inesgotável e criação de materiais supercondutores à temperatura ambiente
Sobre isso, De Aquino propõe que o incremento da força gravitacional sobre os núcleos atômicos pode ser suficientemente intenso para vencer a repulsão elétrica. O físico brasileiro ainda consegue explicar um anômalo aquecimento em uma barra de níquel preenchida com hidrogênio, observado em uma experiência no ano de 1989, conduzida pelos cientistas Martin Fleischmann, MarvinHawkins e Stanley Pons. O processo criou toda a celeuma da fusão a frio. De Aquino esclarece em seu texto Uma Explicação Possível Para Produção Anômala de Calor em Sistemas de Níquel e Hidrogênio que a frequência natural de ressonância da Terra, conhecido como Frequência Schumann e da ordem de 7,83 Hz, seria capaz de incrementar significativamente a massa gravitacional dos núcleos de uma liga de níquel — e assim seria possível obter a fusão nuclear a baixo custo.
Materiais supercondutores
O professor da Universidade Federal do Maranhão também tratou, em seus estudos, da criação de materiais supercondutores à temperatura ambiente. Como se sabe, tais elementos permitem a condução de corrente elétrica sem os efeitos da resistência elétrica, responsável pela dissipação de parte da energia na forma de calor. São ideais para os sistemas de levitação magnética para trens de alta velocidade. No entanto, estes materiais precisam ser submetidos a temperaturas muito baixas — em média, inferiores a 150 graus abaixo de zero —, o que demanda a utilização de nitrogênio líquido para o processo de resfriamento. De Aquino propõe que, aplicando um campo magnético de 3 Teslas a uma frequência de 2 Hz, haveria a formação do chamado Par de Cooper, um estado em que dois elétrons permanecem ligados, a despeito da repulsão elétrica entre as respectivas cargas — o que facilita a supercondutividade do material, o que seria possível pelo incremento da força gravitacional entre os elétrons.
Outro fato relevante é que, mesmo após desligado o campo magnético, a condição de supercondução se manteria em temperatura ambiente, já que o Par de Cooper não seria desfeito. O trabalho teórico encontra-se detalhado no artigo Estado Supercondutor Gerado por Pares de Cooper Ligados por Interação Gravitacional Intensificada, de Fran De Aquino. É dele também o ensaio sobre a síntese de elementos químicos sem o uso de aceleradores de partículas ou reatores, ou seja, o velho sonho dos alquimistas de transmutação dos elementos, que pode se tornar realidade sem a utilização de reatores nucleares ou aceleradores de partículas. Sabemos que os elementos químicos são classificados na Tabela Periódica por seu número atômico, que corresponde ao número de prótons presentes no núcleo. Assim, se este número puder ser alterado, obteremos a transformação de um elemento químico em outro. De Aquino apresenta as bases teóricas para tornar este sonho possível, mediante a aplicação de um campo magnético de 2.500 Teslas a uma frequência de 0,1 Hz.
Nesta hipótese, haveria um incremento tão absurdo da força gravitacional entre o elétron orbital e os prótons mais fracamente ligados ao núcleo atômico que, em tese, seria superior à força nuclear forte, responsável pela coesão nuclear de prótons e nêutrons. Arrancando-se o próton do núcleo atômico, haveria um decréscimo do elemento químico na Tabela Periódica. Por exemplo, um átomo de mercúrio, que possui 80 prótons, seria transmutado para um átomo de ouro, com 79 prótons. De modo idêntico, o elemento netúnio poderia ser transformado em urânio 235, cádmio em prata e assim por diante.
Comprovação prática
As conclusões do professor maranhense são descritas em outro de seus textos. É importante se notar que a nossa presente tecnologia não permite a criação de campos magnéticos estáveis e contínuos superiores a 45 Teslas, mas nada impede que civilizações avançadas possam criar um campo da ordem de milhares de tal unidade. Tudo isso é fantástico demais para ser verdade? Bem, explicar o que é aparentemente inusitado não pode constituir, por si só, motivo de rejeição da Teoria Quântica da Gravidade. Porém, conforme já mencionamos no artigo Ufologia: Os Desafios de Uma Ciência Nova e Emergente [Edição UFO 171, agora disponível na íntegra em ufo.com.br], nada melhor para comprovar uma teoria do que a concordância de suas previsões com os resultados experimentais. Assim, o trabalho teórico de Fran De Aquino logrou o êxito de ca
lcular o excesso de aceleração gravitacional da sonda Pioneer 10, que em 1973 alcançou o planeta Júpiter — embora pequena a anomalia, era suficiente para intrigar a comunidade científica pelo fato de os dados não concordarem com a Teoria Newtoniana da Gravitação ou com a Relatividade Geral de Einstein.
De forma idêntica ocorreu a comprovação do aumento no período de oscilação de um pêndulo em lugares que experimentam um eclipse solar, observado pelo cientista francês Maurice Allais há mais de 40 anos e conhecido por Efeito Allais. O incremento do período é da ordem de 0,005%, mas não pode ser desprezado. Trata-se de mais uma anomalia de origem gravitacional explicada pela Teoria Quântica da Gravidade, pois os valores previstos por De Aquino concordaram com os obtidos experimentalmente. Há também outras questões cruciais da física em que os resultados experimentais convergem com os teóricos propostos pelo físico brasileiro, mas que escapam aos objetivos deste despretensioso artigo.
Mas, apesar de tantos êxitos, ainda vemos da comunidade científica um triste exemplo de reação às novas ideias do professor maranhense. Claro que o leitor pode se questionar sobre o comportamento da comunidade científica quanto à Teoria Quântica da Gravidade, e seremos obrigados a reconhecer que, como toda nova ideia, ela sofreu de início uma violenta oposição — mas não se pode desprezar os valiosos resultados de uma nova hipótese apenas porque ela não está em afinidade com o pensamento vigente da ciência acadêmica.
Ceticismo arraigado
Aliás, às vezes esta oposição assume níveis tão dogmáticos que a percepção dos eventos fica totalmente ofuscada. Temos vários exemplos dessa postura, como o caso que aconteceu recentemente com o editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, que, convidado para uma entrevista na TV Educativa de Porto Alegre, foi duramente questionado por uma astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mesmo quando apresentava evidências incontestáveis da ação na Terra de outras espécies cósmicas [Veja edição UFO 196, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
O exemplo de rejeição da referida astrônoma à possibilidade de seres extraterrestres atuarem em nosso planeta é o mesmo que experimentou a Teoria Quântica da Gravidade quando lançada — apesar de seus resultados incontestáveis, a reação científica custou a arrefecer. No caso do editor, ao passo em que ele explicava à astrônoma, por exemplo, como ocorreu a famosa Noite Oficial dos UFOs no Brasil, quando 21 objetos esféricos de 100 m de diâmetro cada e origem não terrestre foram perseguidos por sete caças da Força Aérea Brasileira (FAB), a cientista preferiu desprezar a informação sob a alegação de que as distâncias interestelares impediriam a existência de UFOs e, por consequência, de algo como o que foi registrado em 19 de maio de 1986 pelos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). Ou seja, de que servem as evidências quando não se quer aceitá-las?
O comportamento da astrônoma caracteriza a atitude dos céticos em geral. Se um fato contradiz o seu conhecimento científico, então o procedimento que adotam é o de desqualificar o evento e seu observador, tudo para manter de pé a Santa Inquisição que se estabeleceu na ciência. Lembremo-nos do que disse Galileu Galilei ao ser obrigado pela Igreja a abjurar de sua crença no sistema heliocêntrico e adotar a tese da Terra estacionária: eppur si muove [Mas se movimenta]. Enfim, se os extraterrestres usam o controle do campo gravitacional para impulsionar suas naves — o que parece razoável pelos dados reportados por incontáveis testemunhas ao redor do mundo —, então é porque detêm um conhecimento semelhante ao apresentado pela Teoria Quântica da Gravidade. Assim, não somente utilizam energia livre e inesgotável, mas também podem dispor de materiais supercondutores — ideais para as naves gravitacionais —, dos minérios e recursos naturais exigidos por sua civilização, sem a necessidade de dominarem outros planetas.
Tecnologia superior
Por tudo o que foi dito aqui, não podemos concordarmos com a Tese do Planeta Carente ou da construção de uma estratégia de características militares para o domínio da Terra por parte de nossos visitantes. Considerando, por exemplo, o Caso Roswell, de 1947, não é possível que este plano demore 65 anos para ser executado. Se desejassem, as diversas raças alienígenas que vêm à Terra já teriam conquistado nosso planeta há muito tempo. Nossos aviões, mísseis e carros de combate são virtualmente ineficazes contra uma tecnologia infinitamente superior. Eventual luta com outras civilizações galácticas seria comparável a atirar lanças e pedras contra tanques blindados e helicópteros. Assim, o objetivo dessas incursões deve ter caráter de estudo, pautado pela regra áurea da não intervenção. Neste particular, devemos aprender com a própria biologia que a melhor forma de estudar um ecossistema é interferir o mínimo possível nele.
Nossa curiosidade científica nos leva aos mais inóspitos recantos, mesmo com risco de vida para os pesquisadores. Por que haveria de ser diferente com outras civilizações? Ademais, justamente por não acreditarmos na beligerância dos seres que nos visitam é que propusemos a criação de uma legislação federal de proteção às entidades biológicas extraterrestres, apresentada no artigo Definindo as Regras para o Contato, publicado em UFO 178. Ou seja, os extraterrestres não precisam de nós. Talvez nós é que venhamos a precisar deles um dia. A ânsia de lucro e a injustiça dos sistemas econômicos mundiais estão matando a Mãe Terra com a exploração predatória de seus recursos naturais. A filosofia de crescimento do PIB a qualquer custo exige cada vez mais produção e consumo, não podendo constituir um modelo sustentável em longo prazo. Na realidade, um planeta que tem uma civilização como a nossa não precisa de inimigos interplanetários para ser destruído.