
O Caso Varginha acaba de completar seu primeiro aniversário, em 20 de janeiro passado. Muita água rolou debaixo da ponte construída por três grandes nomes da Ufologia Brasileira, os pesquisadores do fantástico episódio: Ubirajara Franco Rodrigues, Claudeir Covo e Vitório Pacaccini. Estes ufólogos fizeram o mais completo, detalhado e aprofundado trabalho ufológico de que se tem notícia no Brasil. Amparados por uma constelação de pesquisadores de todo o Brasil — destacando-se Marco Antonio Petit e Irene Granchi —, conseguiram ainda desbaratar o mais intrincado processo de acobertamento ufológico já realizado (ou pelo menos pretendido) em terras tupiniquins.
Um trabalho sério, dedicado, contínuo e responsável — é assim que se pode definir o andamento das investigações que se iniciaram apenas dois dias após os acontecimentos, quando Ubirajara descobriu o caso e passou a puxar o fio da meada, permitindo que Pacaccini viesse em seu socorro e a ele estendesse sua habilidade de investigador de campo. De lá para cá, o “mundo ufológico” tem sido tomado de sobressaltos em períodos regulares. A cada semana, as novas descobertas feitas pelos investigadores são comunicadas aos demais ufólogos do país, revelando outra importante faceta do episódio: o Caso Varginha sempre teve seus resultados compartilhados com quem quer que fosse — Imprensa, ufólogos, instituições, leigos e até céticos.
Em momento algum o caso ficou restrito aos pesquisadores principais, obscurecido ou mesmo acobertado do público e demais estudiosos. Ubirajara, Pacaccini, Claudeir e Petit, principalmente, sempre fizeram questão de anunciar suas descobertas tão logo eram feitas, para que todos fossem conhecendo detalhe por detalhe aquele que viria a transformar-se no mais extraordinário evento ufológico das últimas décadas, em termos mundiais. Só isso já seria um feito e tanto. O caso transcendeu — e muito — os limites geográficos do país, passando a ser conhecido e respeitado internacionalmente. Uma das principais ferramentas para isso foi a rede Internet, onde Varginha aparece em mais de 100 homepages conhecidas.
Outro mecanismo que proporcionou ao mundo conhecer o Caso Varginha foram os inúmeros artigos publicados em revistas especializadas de vários países. Estimamos que pelo menos meio milhão de pessoas as tenham lido, em 7 ou 8 diferentes idiomas, em mais de 15 países de 3 continentes. Não é pouca coisa: pelo contrário, o caso teve uma divulgação raras vezes igualada por outro incidente ufológico. Hoje, é patente que Varginha é muito mais importante que Roswell, embora este último caso tenha sido investigado por mais de 500 ufólogos, em comparação com não mais do que meia dúzia para o Caso Varginha. Mesmo assim, este caso tem incontáveis vantagens sobre a queda ufológica norte-americana, que serão discutidas nesta edição.
As revistas UFO e UFO Especial têm sido peças fundamentais na divulgação do caso. Em nível nacional, já são duas edições de UFO Especial inteiramente dedicadas ao assunto e inúmeros artigos na série UFO — assinados por vários membros de nosso Conselho Editorial. Igualmente, temos levado para vários países estrangeiros os detalhes do caso e seus updates, permitindo que platéias de congressos e simpósios nos Estados Unidos, Austrália, Chile, Argentina, Inglaterra, Escócia, Finlândia etc, conheçam-no quase tão bem quanto as brasileiras. Até o final de 1997, pelo menos 20 diferentes países terão oportunidade de conhecer o caso mais fantástico da já surpreendente casuística ufológica nacional. Esta edição dá ao leitor uma idéia clara do que isso significa. Boa leitura!