Após a incidência verificada em Mucugê, em setembro, outubro e novembro de 1994, atrevemo-nos a afirmar que era o prenúncio de uma grande onda, talvez a maior de que se tinha notícia em nosso país. Foram observações, sobrevôos, aterrissagens, quedas, Entidades Biológicas Extraterrestres (EBEs), abduções, não apenas em nível nacional, mas mundial. E, para desespero dos órgãos de segurança do nosso país, os ufólogos estavam de prontidão, e os cinegrafistas tanto amadores quanto profissionais, também. A Bahia começou o ano de 1995 com uma estranha história (que mais parecia ser uma estória ou um “causo”). Na manhã de 12 de janeiro daquele ano, um fazendeiro de Feira de Santana procurou a imprensa para tentar vender um furo de reportagem.
Segundo a testemunha, um disco voador teria caído numa lagoa em sua propriedade. “A forma como as duas criaturas saíram do disco era parecida com um parto”, descreveu. O fazendeiro disse que um dos seres tinha características humanóides e o outro era igual a um bicho preguiça, com três dedos e garras nas mãos. O primeiro era muito pequeno e já se encontrava morto, mas o segundo ainda gemia muito. Conforme relatou, o acidente teria ocorrido de madrugada, mas ele só veio a contatar a Imprensa depois das 08h00 do dia corrente. Quando finalmente pudemos conversar com este senhor, já passava do meio-dia. Sua história parecia fantástica demais. Embora o padrão de cultura — médio/baixo — que o indivíduo parecia possuir não permitisse a ele ter conhecimentos tão específicos, muito menos descrever com tanta objetividade e segurança algo imaginário. Alguma coisa não estava coincidindo…
Além disso, não constavam em nossos arquivos nada sobre duas tipologias distintas de criaturas operando juntas, a não ser em casos onde seres loiros e altos são vistos com entidades menores como os grays. Enfim, o Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ) e a Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), além do nosso amigo jornalista José Raimundo, da Rede Globo, ficaram na expectativa de uma conclusão naquela noite, aguardando o telefonema que daria o sinal verde para a investigação. Mas ao invés disso, veio um balde d\’água fria. A esposa do fazendeiro, visivelmente descontrolada, pediu para que não o importunássemos mais. Ela informou-nos que, por culpa das mentiras do marido, sua casa estava em polvorosa e cheia de gente. Em seguida, desligou o telefone, sem dar maiores satisfações ao ufólogo Emanuel Paranhos.
Foi a partir desse detalhe que os fatos começaram a se interligar… Será que alguém teria abordado a testemunha antes de nós e mandado que contasse essa nova versão da história? Talvez obrigando-a a mentir, ou ainda, aproveitando o que ela já tinha visto e falado, tirado proveito da situação e armado a arapuca para todos nós. Mas por quê? Eram muitas perguntas e muitas dúvidas que acenavam com a possibilidade de nunca encontrarmos as respostas. Mas, como se diz no Nordeste: “Quando o pirão está muito quente, recomenda-se começar a comer pelas beiradas”. O caso ficaria arquivado até que pudéssemos ter maiores elementos mãos que justificassem uma nova investida.
Porém, nossa maior dúvida era descobrir como a Aeronáutica e o Exército souberam do caso para agirem com tanta presteza e eficácia, sem os conhecidos entraves burocráticos? Temos certeza de que as providências foram tomadas por esses órgãos logo nas primeiras horas da manhã e que, desde a hora da queda do UFO, os militares sabiam exatamente onde procurá-lo. Temos conhecimento de que outras testemunhas viram fatos incomuns ou suspeitos naquele dia e agora estão dispostas a conversar conosco. Quem sabe, muito em breve, possamos desvendar este mistério.
HAMBÚRGUER GIGANTE — Outro caso recente ocorrido na Bahia e que vem se somar à casuística ufológica deste Estado aconteceu quando um médico de Conceição do Almeida, a 161 km de Salvador, filmou uma estranha luz que aparecia quase que com hora marcada na região. As várias horas de filmagens obtidas pelo doutor Damião Domingues Conrado, em alguns momentos, parecem cansativas para os leigos, mas assistindo-as várias vezes, surgiram detalhes que antes não foram percebidos. O UFO possuía um formato retangular e em certas ocasiões parecia puntiforme. “A luz dividiu-se ao meio, parecendo um gigantesco hambúrguer. Em seguida, retomou sua forma original”, lembra o médico. Já em outra filmagem, aparecem vários pontos de luz menores cruzando a tela do vídeo. Segundo descreveu a testemunha, os UFOs pareciam uma esquadrilha de jatos em formação de combate, com alguns alas avançados e outros dando cobertura pelo alto e atrás, deixando o primeiro UFO captado no meio.
Casualmente, soubemos que dois jatos F-5 ficaram na Base Aérea de Salvador por quase 15 dias naquela mesma época. Conforme dados apurados, a estadia de um caça em Salvador naquela data foi devido ao fato de que um urubu ficou preso numa das entradas de ar do motor e, portanto, houve necessidade de se esperar peças para reposição. Um detalhe que vale ressaltar é que omitiram o segundo avião — embora é fato que eles nunca andam sozinhos, e sim aos pares. E somente a título de curiosidade: um jato F-5, supersônico, poderia chegar a Conceição do Almeida, partindo de Salvador, em menos de 10 minutos, e no entanto o dito fenômeno durou várias horas. Porém, um dos fatores que eliminam de vez a hipótese — maldosamente levantada por algumas pessoas — de se tratar do planeta Vênus (também visível nesses dias) é o fato de a imagem gravada não se deslocar no céu em trajetória orbital, e sim permanecer inerte por horas no mesmo ponto.
Mais um episódio marcante das observações em Conceição do Almeida foi um avistamento ufológico presenciado por diversos moradores da cidade. Entre eles estão a diretora da escola local e várias professoras, que viram a olho nu, além de Paulo Roberto, que observou através de um telescópio amador. O UFO, como das outras vezes, parecia estático no céu, mas quando um avião comercial se aproximou dele, este desceu alguns metros, deixando a aeronave passar por cima. Ao se distanciar, o UFO saiu em sua perseguição, ultrapassando o avião e retornando logo depois, em rota de colisão.
No último instante, o objeto desviou seu rumo, deixando as testemunhas aterrorizadas, pois pensaram que iriam presenciar uma tragédia no ar. Doutor Damião, de posse de suas gravações, decidiu mostrá-las aos técnicos do Observatório Antares, da Universidade de Feira de Santana. Lá, disseram ao médico que, sem dúvida, tratava-se de imagens de Vênus ou talvez da estação orbital russa MIR. Sem comentários.
BRILHO TÊNUE — Em março de 1996, fomos com doutor Damião até uma fazenda em São Félix (também no Recôncavo Baiano) onde, segundo um paciente seu, apareciam luzes
estranhas. Antes de irmos para lá, o médico já tinha feito algumas filmagens em que podem ser vistas certas luzes em movimento. Na ribanceira, logo abaixo de onde estavam as pessoas, pudemos observar um brilho tênue muito parecido com o que presenciamos em Mucugê e nossos companheiros viram num mangue em Jacuruna. Porém, nessa noite não aconteceu nada de espetacular, apenas algumas luzes muito suaves que se deslocavam ou ficavam paradas no ar.
Mas a experiência serviu para estreitarmos ainda mais os laços de amizade com este médico que acima de todas as coisas preocupa-se com a verdade e a apuração rigorosa e imparcial dos acontecimentos. Então Damião nos levou até seu paciente que, sem dúvida, sofreu uma abdução nessa mesma época. Trata-se do senhor M. N. Em nosso encontro, ele nos contou que viajava com sua esposa, da fazenda com destino a Conceição do Almeida, quando foram seguidos durante vários quilômetros por uma luz que, segundo ele, parecia-se com a Estrela Dalva. Ao se aproximarem da cidade, já muito curioso, M. N. decidiu parar o carro numa estação rodoviária desativada para ver melhor a luz que tinha — aparentemente – pousado num campo a menos de 500 m dele. O contatado, atendendo às súplicas de sua esposa, levou-a embora para casa, distante menos de 100 m dali. Em seguida, quando regressava ao local, o contatado pôde notar que a luz tinha se deslocado um pouco e, ao descer do carro para averiguar o que poderia ser aquilo, a testemunha sentiu muito receio e resolveu retornar ao veículo na mesma hora.
M. N. garante que não permaneceu mais do que dez minutos observando o fenômeno, porém, contrariando sua afirmação, sua esposa tem certeza de que foi mais de uma hora e meia. Ainda com muito receio, o contatado — incentivado por doutor Damião — aceitou nos mostrar uma cicatriz que surgiu logo depois dessa experiência em seu peito. Pouco acima do mamilo direito, apareceu uma marca circular medindo 2,5 cm de diâmetro envolta por uma série de picadas, semelhantes às de agulha por todo o perímetro. E cada um desses pontos estava saltado como se tivesse por baixo da pele um minúsculo grão de arroz. Com a ajuda do doutor Damião, ainda estamos tentando convencê-lo a fazer uma regressão hipnótica, porém M. N. se recusa terminantemente. Só após submetê-lo a tal processo, poderemos chegar a conclusões mais respaldadas e certas.
POUSO EM AMARGOSA — Além dessas, a cidade de Amargosa, a 231 km de Salvador, também é palco de constantes manifestações do Fenômeno UFO. Uma delas ocorreu no dia 15 de novembro de 1996 e envolveu o senhor Jorge Gadella. Passados dois dias, Jorge procurou o Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ) para nos comunicar sobre indícios de um pouso de UFO na Fazenda Juá, de Nilson Lomanto. Ele trouxera algumas fotografias do local, além de dois cogumelos com mais de 12 cm de diâmetro cada — um deles fora extraído do interior da marca em forma de anel que o suposto UFO havia deixado na grama, e o outro, de fora. A diferença era clara: enquanto o primeiro estava queimado, torrado e totalmente esfarelado, o outro apresentava-se esbranquiçado e praticamente inteiro, apesar da viagem. No final de semana seguinte, viajamos com Paranhos para Amargosa.
Ao chegarmos à cidade, reunimo-nos com Gadella e seguimos viagem rumo à fazenda onde teria acontecido o provável pouso. Na entrada da fazenda, já desde a porteira, pudemos observar uma das marcas numa rampa, bem em frente à sede, ainda bastante visível — mesmo após decorridos mais de 20 dias. Os moradores disseram que não viram luzes nem objetos. A única coisa que afirmaram foi que, ao acordarem no dia seguinte, a marca estava lá. O anel media 6,12 m de diâmetro e 30 cm de largura, e possuía uma coloração diferenciada do restante do capim. Dava para perceber uma ligeira diferença de temperatura quando tocávamos a terra dentro e fora do anel. Em seu interior a terra estava mais quente e, embora não pudéssemos conferir com instrumentos, a diferença podia ser facilmente sentida. O magnetômetro e a bússola não evidenciaram nenhuma anomalia, e isso nos levou a arriscar o toque com as mãos.
Porém, ao que consta, no dia da ocorrência, uma senhora moradora na fazenda — que durante nossa visita não se encontrava na propriedade — pisou sem querer descalça no anel. Mais tarde, sentiu uma forte dormência na perna acompanhada de ânsia de vômito, entretanto não procurou os médicos e também aparentemente não sentiu mais nada. A testemunha que nos contou sobre esse incidente não quis ser identificada, mas ela afirma que também sentiu um pouco de dormência no braço após tocar a terra. Posteriormente, teve a sensação de que seu antebraço estava queimando, além de um leve prurido que logo desapareceu. A respeito desses detalhes, nada pudemos comprovar.
E no momento não temos condições de afirmar nada sobre o caso, visto que estamos à procura de alguém de confiança que possa nos auxiliar analisando as amostras. Só o que podemos dizer é que os cogumelos possuem algumas características peculiares. A amostra que está queimada tem uma cor marrom acentuada, de textura muito macia na superfície. Por dentro, o processo de esfarelamento que sofreu transformou sua estrutura em um pó tão fino que parecia talco. O outro cogumelo, que foi retirado de fora da marca praticamente intacto, tem consistência mole, porém mais firme que o anterior, e não apresentou, até o momento, nenhum indício de degeneração. Por sua vez, a terra extraída do anel apresentou uma cor mais escura do que a de fora da marca.
CASO RIACHÃO DO JACUÍPE — A Fazenda Volta do Rio, no distrito de Baixa Nova, a uns 15 km de Riachão do Jacuípe, foi o local onde ocorreram estranhas manifestações ufológicas na noite de 08 de janeiro de 1997. O fato alarmou a família de Virgílio Pereira Filho, dono da propriedade, sua esposa Jeanne, seus filhos Laylanne e Gleydson e mais quatro pessoas que ali se encontravam. Eram 23h18 quando Pereira viu uma luz estranha que se aproximava pelos fundos. Assim que a testemunha avisou do UFO, todos correram para o local e puderam observar uma luz vermelha circular que lentamente se aproximou da casa e ficou pairando a uns 100 m dela. Segundo as testemunhas, o UFO apresentava o diâmetro aparente de uma roda de bicicleta. A intensidade da luz era tão violenta que, quando Pereira tentou olhar detidamente para o UFO e contar os raios que parecia haver na superfície, o contatado sentiu uma forte dor de cabeça. Para observar melhor o fenômeno, os moradores desligaram o gerador de energia deixando tudo às escuras.
Enquanto Laylanne, muito assustada, era amparada pelo irmão e pela mãe, outra testemunha de nome Beta Pereira observou uma espécie de cone luminoso que saía da parte inferior do objeto em direção ao solo, com uma movimentação de partículas em suspensão no seu interior “como poeira num raio de sol”. Incomodado por uma dor de cabeça, Pereira não percebeu muitos detalhes. Pouco depois, relacionou que a luz “tendo percebido o pânico que estava tomando conta das pessoas se afastou um pouco” — sempre lentamente —, ao tempo em que começava a girar e apresentar uma luminosidade azul turquesa. “O azul mais lindo que já vi na minha vida”, confirmou.
Aos poucos, o objeto foi se retirando sobrevoando o terreno, sempre à baixa altitude. O fenômeno demorou exatos 12 minutos. E pouco antes dele acabar, surgiu — muito provavelmente vindo da Base Aérea de Salvador — uma aeronave voando muito baixo, com os holofotes de busca acesos, que voltou a ganhar altitude assim que se aproximou dos limites da fazenda. Sobre esse detalhe, vale a pena comentar que o radar da Base Aérea está integrado ao sistema Cindacta e tem alcance suficiente para cobrir quase toda a Bahia, Sergipe e parte de Alagoas. Esse equipamento, que também ajuda na navegação civil do Aeroporto 2 de Julho, está instalado em paralelo com outro radar militar na base e nas dependências da torre que são destinadas ao Cindacta. Segundo fontes, através dele, são cuidadosamente anotados todos os acontecimentos ufológicos desta área — num livro secreto de capas pretas. O número de casos dessa ordem é cerca de 80 a 90% a mais do que o que chega até nós.
A investigação realizada pelo Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ) e Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), com a participação deste autor, Emanuel Paranhos, Luiz Gago, Luiz Ramos e João Jorge, conseguiu apurar ainda que não era a primeira vez que luzes misteriosas apareciam no local. Dias antes dessa ocorrência, um empregado da fazenda, Benícios de Oliveira, e sua esposa Ritângela, que moram numa casa a 20 metros da casa principal, tinham acordado com uma luz intensa que incidiu por todas as frestas da casa, iluminando-a por completo. Esta luz parecia vir de algum lugar ou coisa acima do curral que fica entre ambas as residências.
UFO ENTRE CERCAS DE ARAME — Apavorado, Benícios não teve coragem de sair para ver do que se tratava, e como o gado não estava agitado, ficou mais tranqüilo e voltou para cama. Quando visitamos o local, percorremos toda a área dos acontecimentos e a única coisa que achamos foram três buracos circulares com 15 cm de diâmetro, dispostos em triângulo, com distância entre os mesmos de 2 e 2,6 metros. A bússola e o magnetômetro não acusaram anomalias, nem nos buracos nem no local onde — provavelmente — o UFO ficou planando. Os desenhos descritivos do objeto feitos por três pessoas da família são totalmente coincidentes, com pequeníssimas divergências. Por exemplo: o feito por Pereira não mostra o cone inferior visualizado pelos outros, o que poderia ser explicado pela dor de cabeça de que foi vítima.
O inusitado fenômeno aconteceu também com Ritângela Cristina Magalhães e seu marido Benícios, na tarde de 11 de março deste ano, quando se encontravam no interior de sua residência após um dia de trabalho. Seu esposo estava na cama descansando e Ritângela, escutando seu programa de rádio sobre o Evangelho quando viram — através da fresta inferior da janela — uma grande luminosidade. Eram 18h55. Enquanto a senhora se dirigia à cozinha, foi olhando a luz por debaixo da janela. Ao abri-la, deparou-se com um objeto estranho, cujo tamanho estimou em cerca de 12 m de diâmetro e não mais de 20 de altura, com inúmeras luzes de diversas cores, predominando a vermelha na parte inferior.
O UFO se encontrava entre duas cercas de arame, junto ao curral, e não produziu nenhum som audível. Apavorada, a testemunha chamou pelo marido que, mais uma vez, com medo da luz que penetrava por toda a casa, não quis atender aos apelos da esposa. Ritângela foi até o quarto para fazer com que ele saísse para conferir o que estava acontecendo. Ficou falando e insistindo por alguns minutos, então lembrou-se de que tinha deixado a janela da cozinha aberta. Quando a contatada voltou para fechá-la, viu o objeto subindo rapidamente e pousando logo em seguida, a uns 150 m de distância. Alguns minutos depois, Benícios resolveu sair também. O casal viu o UFO subir e pousar novamente a uns 500 m de distância, atrás de um curral velho.
Outro detalhe que puderam perceber foi que durante todo o tempo em que o objeto esteve próximo e até o momento em que desapareceu no céu, o rádio deixou de funcionar, voltando a fazê-lo assim que o UFO foi embora. Em nossas pesquisas, conseguimos apurar que algumas ovelhas da propriedade ficaram muito agitadas uma ou duas noites antes deste episódio, porém não houve mais nada de anormal. Decidimos pernoitar na fazenda e realizar uma vigília que se estendeu até quase 05h00. O único incidente que presenciamos ocorreu por volta das 03h00, quando os cachorros começaram a latir muito e de repente, sem motivo aparente, um deles ficou ganindo. Dirigimo-nos, então, à casa do empregado da fazenda no momento em que ele saía com um fifô — pequena lamparina — para iluminar o terreno e, por sorte, pudemos constatar que os animais nada sofreram. Aparentemente, tinham perseguido algum bicho que se refugiou embaixo de umas palhas, em um pé de mandacaru, mas que deve ter fugido quando chegamos.
No dia seguinte, antes mesmo de tomar café da manhã, decidimos caminhar mais uma vez até o curral velho. Lá, também fizemos medições e observamos a área, que é um grande lajeado junto de uma estrada por onde transita o gado, a caminho das pastagens. Além disso, uma nova conversa antes de nossa partida trouxe mais novidades: o rapaz que trabalhou antes de Benícios na propriedade saiu da fazenda porque não agüentava mais ver essas luzes rondando a área. Contaram que esse funcionário tinha sido advertido por Pereira para não mais falar dessas coisas.
Não há dúvidas de que alguma coisa existe ou chama a atenção dos UFOs nessa fazenda. E, com um pouco de sorte, em breve teremos mais novidades. O ufólogo Emanuel Paranhos deixou uma câmera fotográfica de fácil manejo para que Benícios ou sua esposa documentem qualquer outro
objeto que chegar perto do curral. E importante ressaltar que alguns meses antes dessa manifestação, morreram três borregos [Editor: cordeiros com menos de um ano de vida] que não apresentaram indicativos da causa de seus óbitos, sendo que uma das carcaças permaneceu intacta por muito tempo.
CHARUTO PARALELO À RODOVIA — O caso ocorrido no dia 07 de fevereiro deste ano também merece ser citado, c envolveu o casal Flor e Oscar Santos. Nesse dia, eles testemunharam, às 17h30, na Linha Verde — estrada que liga Salvador a Aracaju (SE), pelo litoral norte — um corpo fusiforme voando a uma altura difícil de se precisar. Os dois estavam dentro de um ônibus executivo, já em terras sergipanas, na altura de Estância, em direção ao leste. De acordo com depoimentos do casal, o UFO voava perto de um avião comercial que estava a 800 ou 1.000 m de altitude, porém um pouco afastado dele. Tanto o UFO quanto a aeronave eram intensamente brancos, e pareciam flutuar no céu completamente sem nuvens.
O fenômeno manifestou-se por cerca de dois ou três minutos, deixando de ser visto quando o ônibus fez uma curva na estrada. O UFO em forma de charuto parecia estar imóvel, mas uma faixa cinzenta que cobria 1/6 de seu comprimento, localizada no centro e com uma imitação grosseira de asas muito curtas, parecia ter um estranho e lento movimento de rotação. Pelo fato de ser demasiadamente branco, refletia bastante a luminosidade do Sol em sua superfície. Esta foi a primeira vez que Oscar e Flor foram testemunhas de avistamentos ufológicos, e até hoje se lembram, maravilhados, do espetáculo que viram.